Keana POV
Finalmente havia conhecido a famosa Giovanna Puente, e realmente, ela fazia jus a todo e qualquer elogio. A stripper era dona de uma sensualidade fora do comum, e de um corpo nitidamente esculpido pelos deuses. A morena de cabelos ondulados fazia com que você se sentisse fora de orbita ao vê-la, era uma hipnose em uma áurea de tesão e desejo. Tentador não é? Mas tentador mesmo era saber que uma única mulher durante todo esse tempo havia conseguido algo com ela. Mulher essa que carregava o poder sobre as mãos, o poder que deveria ser meu.
Dulce María.
A toda poderosa, o monstro do setor imobiliário. Quantas vezes iriamos cruzar nossos caminhos? A vida cuidava de nos manter sobre linhas de frente em um combate pelo poder e dinheiro. Será que agora seria pelo desejo também? Bem que poderia, Giovanna era digna de ser disputada com todas as armas possíveis.
- Gostou dela?
Ouvi Taylor perguntar enquanto caminhava em direção ao divã daquele camarim.
- Sim, ela é maravilhosa.
- Eu disse, Giovanna tem um poder fora do comum. Não tem um ser humano que não fique louco por ela.
- Mas vejo que não adianta muito não é? A mesma cuida de deixar claro que não se envolve com os clientes da boate.
Ela deu de ombros e se aproximou.
- Adiantou para Dulce. Ela foi bem insistente, e teve o jogo de cintura para conseguir o que quer. Ela sempre consegue não é?
A mulher estava praticamente me desafiando, instigando pelo caminho que sabia que eu aceitaria. Eu só não conseguia entender o porquê. Dulce era uma mulher poderosa, até mais que eu. Se o problema fosse dinheiro, ela estaria bem demais com ela, mas havia outro segredo por trás. Segredo esse que eu não fazia ideia.
- Consigo tudo que quero também Taylor.
- Sei que sim, por isso lhe apresentei Giovanna.
- Porque o interesse em me apresentar essa dançarina?
A loira me fitou por alguns instantes, e suspirou.
- Gosto de apresentar o que tenho de melhor a pessoas importantes. - Disse enquanto acendia um cigarro.
Soltei uma risada irônica e me virei para ela.
- Taylor, não me subestime.
Ela assentiu e se levantou.
- Quero tirar Dulce do meu caminho Srta. Marie, não gosto de como ela quer mandar no que é meu.
- Com isso você quer dizer Giovanna?
- Exatamente, Giovanna é o que eu tenho de melhor aqui, e estou sendo ameaçada a perde-la para essa mulher.
- Então acha que sou a solução para os seus problemas?
- Acho que você, se me permite. É a única pessoa a altura para conseguir mudar isso.
Eu sorri, ela era boa em negócios.
- Devo ser.
- Não quero lhe forçar a nada, e digamos que ter Giovanna como premio final é um bom negocio não acha?
Com toda certeza era. A stripper era uma espécie de mulher fora do comum, algo nela me instigava a seguir em frente, a querê-la. Seus olhos castanhos intensos eram quentes e provocadores. Confesso ter gostado bastante, mas algo me dizia que tudo aquilo não era tão desconhecido assim.
- O que me oferece Taylor?
Ela sorriu.
- Não será fácil, mas quero que pense na proposta de um particular com ela.
- Não a ouviu dizendo que não se envolve com nenhum dos clientes?
- Será apenas um lap dance Keana, já pensou na hipótese? Um show particular para você. E claro, se chegarmos nesse momento, o resto é tudo com você.
- Sabe que Dulce iria nos odiar não é?
- Você se importa? Por que, eu não.
- Claro que não, será um enorme prazer. Consigo até imaginar a decepção de perder sua diversão para mim.
Taylor soltou uma risada e se aproximou parando ao meu lado.
- Então o que me diz?
- Vou analisar sua proposta. Assim que decidir entro em contato com você.
- Vou ficar a sua espera Srta. Issartel.
Dulce POV
- Dulce não faça essa cara.
Continuei caminhando em direção ao elevador, enquanto Anahí tentava acompanhar meus passos.
- Vai mesmo ficar assim comigo?
Eu não respondi, apertei o botão do ultimo andar, que daria certo na base principal onde o helicóptero já estava a minha espera. Assim que as portas se fecharam Anahí me prensou na parede de metal fria.
- Amor. Você vai mesmo viajar estando brigada comigo?
- Sim, a culpa disso é sua.
Resmunguei de mal humor. Mas ela apenas sorriu, e começou a distribuir beijos por meu rosto, até parar em meus lábios. Eu estava muito irritada com o fato de Anahí não ter aceitado ir para N.Y comigo. A tal premiação importante seria lá, e eu não poderia faltar já que era uma das mais indicadas ao premio principal. Anahí por sua vez se recusou, alegando que não era hora de nos expor para o mundo inteiro, afinal tudo que aconteceria ali seria transmitido em rede internacional de telecomunicação. O que eu não me importava, o que as pessoas pensam ou deixam de pensar sobre mim é problema delas.
- Você não vai me amansar assim. - Sussurrei entre os delicados lábios de Anahí.
- Nem com os carinhos você fica tranquila?
Perguntou colocando as duas mãos em minha nuca, no qual deslizou a ponta das unhas em arranhões leves que fizeram todo meu corpo arrepiar. Anahí estava tão próxima que eu podia sentir seu hálito quente escapar por sua boca entreaberta. A mulher se aproximou devagar roçando os lábios sobre os meus, para logo em seguida dar uma chupada rápida no lábio inferior. Eu suspirei pesado colocando as mãos em sua cintura fina, e ela sorriu maliciosa. Maldita. Subiu com os dedos nos cabelos de minha nuca, e puxou meu rosto para tomar meus lábios em um beijo faminto. Estremeci ao sentir a língua quente de Anahí invadir minha boca de forma tão autoritária e maliciosa, serpenteando maldosamente sobre a minha. Eu segurei forte em sua cintura, prendendo seu corpo no meu, enquanto retribuía com a mesma intensidade o beijo que a latina me dava. O beijo não pode demorar muito, paramos assim que ouvimos o bipe do elevador.
- Seja boazinha, quando você voltar vou te recompensar da forma que quiser.
Eu respirei pesado, soltando seu corpo do meu.
- Isso é uma promessa?
- Sim, eu prometo. Volte com o premio na mão Savinon, e eu vou comemorar com você.
- Bom, falando assim eu já sinto vontade de voltar.
Ela sorriu e me beijou mais uma vez. Nos soltamos assim que ouvimos o piloto pigarrear na frente do elevador.
- Senhora, precisamos ir.
Eu apenas assenti e o mesmo se retirou.
- Boa sorte lá okay? Vou ficar aqui torcendo por você e morrendo de saudade.
- Eu vou ficar com saudade também Annie, obrigada. Qualquer coisa me liga e eu volto no mesmo instante.
Ela sorriu e me abraçou.
- Me avise assim que chegar, eu vou cuidar de tudo aqui.
- Sei que vai, agora eu tenho que ir.
- Eu te amo Dulce.
- Eu também te amo Annie. - Falei roubando um ultimo beijo dela antes de seguir em direção ao meu helicóptero.
Anahí ficou ali parada me fitando até o helicóptero decolar, acenei pela ultima vez a fazendo sorrir. Eu já estava tão acostumada a ter ela ao meu lado 24 horas por dia que sair sozinha me deixava um tanto estranha, a morena tinha o poder de me deixar bem e até de cuidar de mim.
[...]
Depois de uma tensa reunião com a filial de N.Y eu resolvi voltar para o hotel, a premiação seria apenas no dia seguinte e eu teria todo um dia para descansar. A suíte no qual eu havia ficado era a maior do prédio, praticamente um apartamento de luxo com a bela visão da selva de pedra daquele lugar. Tirei meu sobretudo jogando sobre o sofá da sala, e caminhei até a mesa do escritório parcial que ali havia, aberto junto a sala de estar. Revisei meu discurso caso eu ganhasse o premio no dia seguinte e depois resolvi tomar um banho. A cidade estava incrivelmente fria aquele dia, e um banho quente iria me ajudar a relaxar com a ausência de Anahí.
Tirei todas as roupas enquanto a hidromassagem enchia e peguei uma taça com vinho tinto suave. Enfrentar a corja de empresários e imprensa amanhã precisava de uma boa preparação psicológica. Derramei alguns sais de banho que rapidamente fizeram espuma, e então coloquei a pontinha do pé para verificar se a água estava na temperatura certa, e nossa, ela realmente estava. Me acomodei na banheira deixando que todos meus músculos relaxassem, tomei um gole do vinho e relaxei. Até ouvir o barulho estridente do celular. Eu iria praguejar céu e terra se não visse o nome do visor.
"Srta. Portilla" - Sorri limpando as mãos na toalha ao lado, para pegar o aparelho.
- Sentiu saudades?
Ela perguntou com a voz um tanto manhosa.
- Claro que senti, tive um dia estressante e só queria você aqui agora. - Falei me encostando novamente na borda da banheira.
- Problemas? Você precisa estar relaxa, tem a premiação amanhã.
A morena devia estar em casa, eu podia ouvir os barulhos de sacolas e armários batendo.
- Muitos, mas nada grave. Annie, você sabe que eu não ligo pra isso. - Dei de ombros tomando outro gole do vinho. - O que está fazendo?
- Não liga porque tem uma estante cheia de troféus não é? - Eu podia jurar que ela estava sorrindo agora com uma das sobrancelhas arqueadas. - Acabei de chegar em casa, passei no supermercado antes.
- Jantar essa noite? - Perguntei irônica.
Ela suspirou como quem prendesse um riso.
- Sim, minha chefa me deu uma folga sabe? Tenho que aproveitar e jantar com alguém.
- Que alguém?
Abri os olhos e me sentei forma ereta. Anahí soltou uma risada descontraída.
- Pra que quer saber?
- Curiosidade. - Menti.
- Espere.
Anahí falou calma, e nem me deu chance de responder. Devia ter deixado o telefone sobre a bancada. Pude ouvir o barulho de passos e uma movimentação rápida, até que ela novamente pegou o celular.
- Minha convidada chegou.
- Se quiser eu desligo. - Falei um tanto mal humorada.
Ouvi a respiração calma da morena, e alguns estalos com a língua.
- Não, a visita quer falar com você.
- Comigo?
- Sim, um segundo.
Ouvi alguns barulhos fortes, e novamente alguém pegou o celular, mas dessa vez não era Anahí.
- Oi Dul!
Eu sorri aliviada, não que eu pensasse que Anahí iria realmente ter um jantar com alguém, mas saber que Mari estava lá me deixava tranqüila.
- Mari, pensei que tivesse ido para casa. Você está bem?
- Sim, Mari foi me buscar hoje à tarde. Minha mãe só vai vir amanhã então eu liguei para ela já que você está viajando.
- Isso é ótimo, você pode fazer companhia a sua irmã enquanto estou longe. Cuide dela pra mim okay?
- Pode deixar Dul, não vou deixar ninguém dar em cima da Gigi.
"Mari" Ouvi Anahí resmungar ao fundo me fazendo rir.
- Está super certa Mari, não pode deixar que qualquer uma se aproxime da sua irmã não. Ela é minha.
- Deixe comigo! Vou ser sua espiã.
- Perfeito Espiã! Eu vou levar um presente bem legal pra você daqui ta?
- Não precisa me dar presentes Dul, Gigi disse que isso não é legal. - A menor falou pensativa.
- Não se preocupe, depois me acerto com ela.
"Vamos, levanta esse bumbum daí Mari, me de esse celular" Ouvi Anahí falar ao fundo.
- Eu vou passar o celular para a Gigi, volte logo Dul. Precisamos ir ao parque aquático gigante que eu vi na TV.
- Deixe comigo Mari, beijos.
Ouvi as duas soltarem uma risada no fundo, e Mari reclamar de cócegas. Era bonito ver como as duas se davam tão bem. Anahí tinha o instinto protetor e o amor de uma mãe para com Mari, e isso só a tornava mais especial.
- Você tem que parar de fazer um complô com minha irmã. - Ouvi a voz de Anahí ofegante ao telefone.
Soltei uma risada nasal, mas parei.
- Porque está ofegante?
- A pestinha me fez correr atrás dela. Me desculpe amor.
- Não tem problema, adoro ouvir sua respiração assim. - Sussurrei provocante.
Ela suspirou forte, e como o barulho ao fundo foi ficando gradativamente mais baixo, percebi que ela devia estar indo para um lugar mais afastado da casa.
- Gosta? Hum, e por quê?
Eu poderia apostar que ela estava sorrindo, enquanto enrolava a pontinha do cabelo com o indicador.
- Me lembra coisas muito agradáveis, sabe? - Soltei com segundas intenções.
- O que exatamente?
Eu sorri, pegando a taça de vinho para beber todo liquido doce até a ultima gota.
- Você gemendo quando está gozando.
No exato momento que terminei a frase, ouvi a morena suspirar pesado do outro lado da linha. Ela não imaginou que eu fosse ser tão direta em minhas palavras, mas pudor para que não é? Tudo ficou em absoluto silencio, eu só conseguia ouvir a respiração baixa do outro lado. O gato comeu a língua dela? Sorri, mordendo o lábio inferior devagar.
- Gosta de pensar nisso? - Seu tom de voz sensual assumiu o comando.
- Gosto de fazer Anahí, eu gosto de ação.
- Estou com uma puta saudade de você.
- Você deveria estar aqui nessa banheira comigo agora... - Disse enquanto mexia nas espumas em minhas pernas no qual estiquei até a outra borda.
- O que estaríamos fazendo se eu estivesse ai Savinon?
- Bom, você estaria gozando na minha boca agora.
- Filha da p..
"Gigi, vamos logo eu estou com fome" Ouvi Mari gritar ao fundo, e Anahí resmungar irritada, o que me fez ri. O lado bom da greve de sexo, é que não era apenas eu que sofria com isso. Anahí também pagava na mesma moeda.
- Eu já vou Mari, calma! - Ela gritou - E você pare de provocar, não é saudável ficar pensando nessas coisas com você tão longe de mim.
- Eu? Não estou fazendo nada amor, apenas falando o que estaria acontecendo nesse exato momento. Eu estou aqui nessa hidro-massagem completamente nua, e carente porque certa pessoa inventou uma greve de sexo.
- Você mereceu! - Ela sussurrou.
- Você vai merecer tudo que eu fizer quando te pegar Srta. Portilla.
- Safada!
- Gostosa.
Ela soltou uma risada sarcástica e suspirou.
- Tenho que desligar, ou Mari vai cair de fome aqui.
- Tudo bem Annie, nos falamos amanhã.
- Me liga antes da premiação?
- Claro que ligo, ainda estou chateada por não ter vindo comigo.
- Me desculpe amor, eu só acho que ainda não é a hora. Mas olhe, vou estar aqui assistindo tudo e torcendo por você.
- Sei que sim, obrigada. Eu te amo.
- Eu também te amo, beijos. - Foram as ultimas palavras antes dela desligar.
[...]
Faltavam apenas os últimos detalhes, eu estava quase pronta para a tal premiação. Confesso que eu não estava tão animada assim, eu preferia estar em casa com Anahí e sua pequena irmã. Sorri involuntariamente ao lembrar de ambas garotas que me faziam tão bem. Mas infelizmente, eu estava me preparando para enfrentar os leões, ou melhor, as cobras do mundo dos negócios.
- Uau! Você está maravilhosa Dulce! - Alfredo comentou entusiasmado entrando em minha sala.
Eu sorri, olhando minha imagem refletida no espelho. Realmente, aquela noite eu estava de dar inveja a qualquer uma, modéstia parte é claro. Eu usava um vestido de gala preto, com um decote que ia abaixo de meus seios. Totalmente chamativo e provocante, mas nada vulgar. Escolha de Angelique, que cuidou de comprá-lo especialmente para esse evento.
- Obrigada Alfredo, você não está nada mal.
- Eu estou lindo, realmente lindo. - O homem falou bem humorado enquanto ajeitava a gravata na cor preta.
Melhor ficar esperto, você vai ser transmitido em rede nacional. Não quer que a Srta. Castro veja alguma gafe sua não é?
Ele semicerrou os olhos em minha direção, e negou com a cabeça.
- De forma alguma. Vou impressionar minha gata. E você devia fazer o mesmo com a sua.
Dessa vez fui eu quem semicerrou os olhos na direção dele. Alfredo nunca se metia em minha vida pessoal, mas sabia muito bem o que se passava entre Anahí e eu.
- Eu não preciso disso Alfredo.
- Desculpe se não sou milionário!
Soltei uma risada divertida e caminhei juntamente dele para fora da suite. O caminho foi curto até o local da premiação, eu havia escolhido um hotel relativamente próximo a sede do evento. Assumi uma pose seria assim que entramos na avenida principal, a fila de carros importados estava imensa. Parecia que toda a imprensa de N.Y estava naquele lugar. Os flashes faziam meus olhos arderem, os jornalistas pareciam animais em buscas de fotos e informações. Eu respirei fundo, controlando minha mente para enfrentar tudo aquilo. Quando um dos seguranças abriu a porta do carro para que eu saísse.
" Oh Deus, Dulce olhe para cá!"
" Dulce María é verdade que você demoliu o hospital central da florida para construir um de seus prédios?"
"Bata fotos dela"
"Não a deixe entrar logo"
Era um tremendo alvoroço, eu apenas os ignorei. Caminhei em passos lentos, com o nariz em pé. Se havia uma imagem que eu precisava que eles tivessem de mim era essa, imponente e forte. Eu era completamente fechada a qualquer tipo de alterações de humor para com eles e o resto do mundo, apenas poucas pessoas desfrutavam do meu verdadeiro eu. Alfredo se juntou a mim, abrindo espaço para me ajudar a passar.
"É verdade que você está saindo com sua secretaria? Dulce!" Um jornalista rechonchudo perguntou estendendo o Iphone que gravava tudo aquilo.
- O que você..
- Dulce, não... - Alfredo sussurrou mais próximo de mim.
Eu apenas virei o rosto e segui meu caminho. Por Deus, como eles sabiam disso? Será que meu relacionamento como Anahí já estava virando publico?
- O segredo está acabando Dulce. - Alfredo sussurrou sorrindo.
- Estou percebendo.
Entramos no enorme salão após passar pelos seguranças na entrada principal. Os homens apenas abriram caminho ao meu ver, e eu adentrei o lugar recebendo mais alguns flashes, mas agora dos fotógrafos particulares do evento.
- Nossa melhor empresaria acabou de chegar!
Richard falou assim que me viu. Falso sempre. Abri um sorriso, e me aproximei dele e de seu grupo de companhias.
- Não imagina lhe encontrar aqui.
- Tive que vir para ver você ganhar Dulce.
- Nem sabemos se vou ganhar ainda não é mesmo?
- Sabemos que você vai ganhar, a Savinon Industry está em seu melhor ano.
Eu cumprimentei os outros homens ao seu redor, e suas companheiras.
- Claro que está, aos olhos do dono tudo cresce.
O homem soltou uma risada sem graça, e os outros o acompanharam. Alfredo riu com vontade ao meu lado, e me entregou uma taça de champanhe.
- Vamos dar uma volta Dulce, temos muita gente para falar.
- Claro, tem razão. Nos vemos no auditório Richard. Com licença senhores.
Falei rapidamente ao me retirar.
- Você sempre corta esse cara.
- Ele é um imprestável, estava afundando a matriz em Miami, e ele dava em cima de Anahí.
Alfredo riu e tomou um gole de sua bebida.
- Sua possessividade me assusta.
- Só gosto de cuidar do que é meu Alfredo.
Andamos por quase todo o salão. Encontramos empresários realmente importantes ali, pessoas de alta influencia no mundo inteiro. Aquele lugar estava se movendo pelo poder.
- Você precisa se juntar mais aos acionistas da Continental. Se eles se juntarem conosco vamos construir os prédios deles para o resto da vida. - Sussurrou ele fitando o grupo de homens a nossa frente.
- Eu sei, mas acho que nem preciso. Veja, o dono está se aproximando de nós.
Conversei com ele por cerca de trinta minutos, e um futuro acordo já estava quase sendo fechado. Daqui a um tempinho a Savinon Industry existiria até no japão. Alfredo ficou abismado como eu conseguia fechar negócios tão rápido com os clientes. Eu não tinha uma forma para aquilo, apenas influencias e conhecimentos para saber qual caminho seguir.
- Foi um enorme prazer falar com a senhora. - Otávio falou animado.
Quando iria falar alguma coisa, notamos a presença de mais alguem se aproximando.
- Veja só, pensei que não viria.
Eu fechei os olhos, e abri devagar. Virando de frente para quem falava. Keana.
- Senhor Otávio, que bom vê-lo.
- Bom ver você também Srta. Issartel. Bom moças, vou deixa-las. - Disse antes de se retirar.
- Negociando?
- Sempre, é meu dom.
Keana sorriu desafiante. Por Deus, meu sangue fervia só de estar no mesmo ambiente que ela.
- Estamos focando na Continental Dulce, não caia em cima do que já tem dono.
Soltei uma risada baixa, tomando mais um gole de minha bebida.
- Eu não procuro ninguém Srta. Marie, eles que vem atrás de mim. Sabe como é não é? Todos querem um pedacinho da Savinon Industry. - Falei da forma mais irônica que pude.
- Querem porque ainda não provaram algo melhor, mas isso logo, logo vai mudar.
- Quando existir algo melhor quem sabe. - Virei de costa para ela, e quando dei o primeiro passo para me afastar ela se pronunciou.
- Pensei que Anahí viria, não sai com ela em publico?
Eu parei no mesmo instante que ouvi o nome dela. Uma especie de trava impediu que eu continuasse o caminho, eu apenas me virei de frente para ela e me aproximei novamente. Keana sorriu de canto, sabendo exatamente o que causava em mim ao falar de Anahí.
- Em primeiro lugar - Falei seria, e cortante. Com os olhos fixos e fuzilantes sobre ela - Para você, ela é Sra. Portilla.
Ela riu, de forma irritante.
- Há Dulce, para mim ela é Anahi, Anniezinha! Carinhoso não é? Coisas do passado.
Maldita, Maldita! Eu respirei fundo, sentindo meus pulmões arderem, ela queria me tirar do serio.
- Coisas do passado? Claro, o presente e o futuro são meus. - Disse confiante.
- Quem te garante? Você nem sequer a trouxe aqui. Acha mesmo que vai durar o seu caso?
Em um impulso segurei o braço dela com força, e ela me encarou surpresa.
- Escute aqui, você não tem que se meter na minha vida pessoal. Se vai durar ou não, o problema não é seu.
- Opa! - Ela levantou as mãos com um sorriso debochado. - Vejo que é possessiva com as mulheres também.
- Não me provoque Issartel!
Ela olhou de um lado para o outro, e depois me fitou.
- Você não pode ter o mundo nas suas mãos Dulce. Anahí é boa demais para você.
- E acha que ela é boa para você? Por favor, não me faça te odiar mais. - Suspirei irritada.
- Ótima para mim, foque na outra. Você pareceu gostar bastante..
Keana falou me deixando confusa. Outra? Do que diabos ela estava falando? Eu olhei em seus olhos que me desafiavam. Por Deus, eu tinha vontade de mata-la ali mesmo. Maldita.
- Do que está falando? - Me aproximei.
Um fotografo se aproximou pedindo uma foto de ambas, ela no mesmo instante aceitou e se juntou a mim. O homem bateu a foto e saiu.
- Você quer ter mais do que pode Dulce! Ter varias é pecaminoso! - Brincou sem humor.
Eu não conseguia entender. Será que estava bêbada?
- Eu não sei que merda esta falando, mas grave o que vou te dizer. Fique longe da Anahí, completamente longe. Eu não quero sujar minhas mãos com você Issartel.
- Vai me bater ou me matar? - perguntou rindo - Tem medo que eu tome tudo que é seu Savinon? Sabe que tenho poder suficiente para isso não é?
- Você não tem porra nenhuma, é apenas uma principiante de merda.
- Vá achando isso, até o momento que você abrir os olhos e ver que eu vou ser a melhor empresaria tendo ao meu lado o que você mais protege. Anniezinha.
- Se for atrás dela, eu acabo com você. Pense nisso.
Eu nem dei tempo para que ela respondesse, apenas me retirei. Caminhando na direção de Alfredo que me fitava apreensivo. Eu estava vermelha de raiva, ela sabia exatamente o que eu tinha com Anahí. E fazia absoluta questão de me provocar com aquilo.
- Deus é bom por você não ser uma Serial Killer.
Eu respirei fundo, tomando toda a bebida de minha taça. Para depois seguir em direção ao auditório, a premiação iria começar.
Assim que sentamos em nossos devidos lugares, a apresentação começou. Ouvimos alguns discursos de poderosos da economia norte americana e de todo o mundo. Eu prestava tenção em tudo, até sentir meu celular vibrar.
"Isso tudo é muito chato, mas estou vendo para ver você. - Anahí"
Eu soltei um riso baixo, quase inaudível. E respondi.
" Eu também estou achando chato! Me viu alguma vez? como estou?"
Eu olhei para o palco onde o gestor do evento ainda discursava quando meu celular vibrou novamente.
"Vi varias vezes, as câmeras gostam de você. E você está incrivelmente gostosa."
"Fica pensando essas coisas de mim com suas amigas do lado Srta. Portilla?"
"Hum, claro. Não tenho outra escolha a não ser pensar, não é?"
Maldita provocadora. Eu sorri olhando para sua mensagem, mas o sorriso se desfez assim que levantei a vista e vi Keana me fitando. Eu bufei, resmungando algumas coisas quando o mestre de cerimonia falou:
- Então chegamos a hora mais espera da noite senhoras e senhores! O premio principal que irá eleger o melhor ou a melhor empresaria do ano. Sabemos que isso é um grande prestigio a qualquer operador de grandes negócios internacionais. E esse ano temos novas potencias para essa disputa e outras que nunca perdem seu status. - O senhor de cabelo grisalhos sorriu - Vamos aos nossos indicados.
"Oh Deus! Agora é você!" Vi a mensagem de Anahí e sorri.
De repente no enorme telão ao fundo do palco, começou a rodar alguns vídeos mostrando as empresas nas quais cada indicado tinha posse. A primeira foi a Issartel Enterprise, mostrando o nome principal da mulher que eu mais odiava naquele lugar. A mesma recebeu aplausos e elogios pelo crescimento visível em seu comando nos últimos anos. Em seguida, os donos da continental, e Metrópole. E por fim, não menos importante a Savinon Industry. Tendo como nome principal Dulce María Savinon. Recebi uma serie de aplausos, e comentários de quem apresentava. Dizendo que eu já era a maior ganhadora das ultimas premiações.
- Então vamos descobrir quem foi o grande ganhador. Lembrando que todos os profissionais aqui indicados são merecedores do premio por desenvolver os melhores números em relação a economia não só dos Estados Unidos mas sim de todo o mundo. - O homem falou enquanto retirava o cartão de dentro envelope preto no qual possuiria o nome do ganhador.
Confesso que naquele instante um certo nervosismo bateu em minha porta. Eu respirei fundo e encarei Keana que estava com um largo sorriso no rosto. A mesma colocou os olhos sobre mim e piscou, dando de ombros como quem já tivesse ganhado. Mas graças ao destino, ou melhor, graças ao meu desempenho. George Lewis pronunciou o ganhador.
- Já era de se esperar! A vencedora como melhor empresaria da Business Award USA ..- Naquela fração de segundos olhei para maior concorrente que mantinha os olhos fixos no palco - Dulce María Savinon!
E naquele momento seu sorriso desafiador se desfez. O auditório inteiro explodiu em aplausos. Eu me levantei devagar, sorrindo diante as câmeras enquanto caminhava em direção a escada principal no qual Keana estava bem de frente. E me aproximei dela fingindo simpatia.
- O premio vem para mostrar quem são os melhores. - Sussurrei em seu ouvido após dar um falso abraço na mesma.
" Vejam, é ótimos ver como há o respeito entre as indicadas!"
Ela sorriu sem humor, e me soltou. Cumprimentei os outros indicados e subi ao palco central no qual peguei o premio. Subi no púlpito tendo a visão de toda plateia a minha frente. Eu respirei fundo, e pigarreei duas vezes antes de começar a falar.
- Primeiramente quero agradecer mais uma vez pela oportunidade de ser indicada, e melhor ainda de ganhar esse premio tão importante. Que com toda certeza não levo para mim, e sim para a Savinon Industry. Sou apenas uma das pessoas que dão o máximo de si para fazer o melhor. Dedico esse premio a meu pai, Fernando Savinon que é o responsável por eu estar onde estou hoje. E a todos os funcionários de minha empresa que fazem parte dessa conquista. Muito obrigada!
O auditório inteiro aplaudiu, e eu recebi um reconfortante abraço de George. Tiramos algumas fotos com o troféu que tinha o formato de um globo de cristal com as siglas B.A.U. Que significavam Business Award USA. E logo em seguida voltei a meu lugar. O restante da premiação aconteceu e no final de tudo eu só estava pedindo a Deus para ir embora. Conversei com alguns empresários importantes após o evento que trataram de me convidar para uma grande festa depois dali. Apesar de estar animada com tudo, eu não estava em clima para festa. Meu único desejo aquela noite, era comemorar com Anahí. Mas isso realmente era impossível, já que a mesma estava em casa com as amigas me assistindo pela tv.
- Há, não! obrigada Levi, eu realmente preciso descansar. Vou voltar para o hotel. - Falei calmamente ao rapaz a meu lado.
- Tem certeza Sra. Savinon? Todos da filial de Nova York vão estar lá.
Por um instante pensei em mudar de ideia, não seria nada mal comemorar aquele premio. Mas, melhor não.
- Tenho sim, obrigada pelo convite. Eu vou descansar, mas garanto que Alfredo vai adorar ir não é?
- Claro! Festa é comigo mesmo chefa. - Falou o homem animado.
- Ótimo, aproveitem bastante meninos. Eu já estou indo.
Os dois rapazes assentiram e então me retirei. Caminhei para a entrada principal onde estava o carro a minha espera. Passei entre algumas pessoas quando senti alguem me puxar pelo braço.
- Deve está feliz demais não é? - Keana perguntou desafiadora.
Eu me virei em sua direção com um sorriso triunfante, e perverso.
- Eu? Isso não é nada demais Srta. Marie. Apenas mais um para minha coleção.
- Você acha que é dona do mundo não é Savinon?
- Jamais, sou dona de parte dele quem sabe.
Seus olhos se mantiveram focados em mim, furiosos quase fuzilantes.
- Pode ficar com esse maldito premio, vou conseguir coisas bem mais valiosas que você tanto protege.
Semicerrei os olhos em sua direção, trincando a mandibula em fúria. Será que ela sabia a raiva que me fazia sentir? Garanto que não, pois se soubesse jamais me enfrentaria dessa maneira.
- Se está se referindo a minha mulher, eu vou repetir.- Me aproximei mais dela. - Fique longe de Anahí se não quer que eu mande alguem desenhar novamente essa sua carinha.
Dei um pequeno toque em seu queixo, fazendo a mulher virar o rosto.
- Você não é maluca a esse ponto.
- Não duvide de mim Issartel, não duvide.
Falei saindo em direção ao portão central, deixando a mesma para trás. O motorista já estava a minha espera, e eu não demorei a entrar no veiculo. Assim que o automóvel se pôs em movimento coloquei meu celular para carregar, o mesmo havia desligado um pouco antes de eu receber o premio. Provavelmente Anahí deveria está querendo minha cabeça em uma bandeja de prata por isso. O aparelho ligou novamente, recebendo três notificações instantâneas.
" Você ganhou Dul! Meu Deus! Estamos aqui em casa comemorando por você, papa chorou muito com sua dedicação a ele. Te amamos! - Mariana"
Eu sorri assim que terminei de ler, saber que minha família estava orgulhosa de mim por isso me deixava mais calma. Keana realmente sabia como estragar minha noite.
" Eu sabia que você iria ganhar. Estou pulando aqui! - Anahí"
" Deve está ocupada demais comemorando não é amor? Assim que sair do auditório me ligue, preciso te falar algo importante."
Anahí mandou um pouco depois, e então eu rapidamente liguei. Não demorou dois minuto quando ela finalmente atendeu.
- Finalmente. - Ouvi sua voz sussurrar do outro lado da linha, fazendo um involuntário sorriso aparecer em meus lábios.
- Desculpe Annie, eu acabei de entrar no carro. Essa droga de celular desligou. - Bufei e ela riu.
- Não tem problema meu amor. Está indo comemorar? - Perguntou sugestiva.
- Não, eu estou voltando para o hotel agora. Não vejo muita graça em comemorar sem você, acredita?
Falei calmamente, enquanto abaixava o vidro do carro, deixando que a brisa fria entrasse arrepiando todo meu corpo.
- Hum, mesmo? Não está a caminho de uma boate não?
- Só frequento uma, e estou bem longe dela e do motivo que me faz ir até lá.
Ela suspirou, parecendo um tanto distante. Talvez o celular estivesse com o alto-falante ligado.
- Está ocupada? - Perguntei curiosa.
- Ah! Não, estou me vestindo.. - Um pouco de silencio - Para dormir.
- Encontrei a Issartel na premiação.
- Eu vi, a foto de vocês duas está por todos os lugares na internet. E confesso que fiquei com medo desse encontro.
- Medo do que? Não tem que ter medo por ela.
- Dulce, você a odeia..
- E estou odiando ainda mais agora, essa vagabunda quer você.
- Claro que não amor, deixe de ciumes. Keana é apenas alguem do passado e não..
- Anahí, ela quer. Disse isso na minha cara. - Esbravejei irritada.
Ela ficou alguns segundos em silencio, aposto que estava pensando em minha reação.
- Você sabe que..
- Não quero falar dela. - Cortei rapidamente. - Eu estou irritada, por isso estou voltando ao hotel.
- Deveria comemorar.
- Não dá pra comemorar do jeito que eu quero Giovanna.
- Será? - Seu tom de voz saiu baixo, e um tanto rouco.
Eu encostei a cabeça para trás, respirando fundo. Tentando fazer a raiva que eu estava sentindo naquele momento passar.
- Estou sentindo sua tensão daqui, não deixe ela te deixar assim. Onde você está?
- Eu não gosto que mexam com o que é meu Portilla. E estou a uma quadra do hotel.
- Possessiva. Gosto assim...
- Pare com esse tom de voz, eu estou irritada! - Falei um pouco mais alto, recebendo o olhar do motorista através do espelho retrovisor.
- Gosto assim, você fica sexy e rude. Me deixa louca...
- Sua maldita! - Sussurrei - Pare de provocar se não pode fazer nada a respeito.
- Eu posso Dulce, eu sempre posso.
Quando eu iria responder ela desligou. O que diabos ela estava pensando? Droga, droga! Falei irritada, jogando o celular de lado. O meu humor estava visivelmente negro, o fato de Keana conhecer Anahí a ponto das duas terem sido ex- namoradas me consumia. Porra, justamente ela? Com tantas mulheres na porra do mundo. Logo Anahí? Eu neguei mentalmente, controlando meus pensamentos.
- Você não estava na vida dela ainda Dulce, Anahí não tem culpa. - Falei para mim mesma. - Mas Keana que não se aproxime.
O motorista pigarreou e então o fitei.
- Chegamos Senhora.
O segurança do hotel rapidamente se aproximou de meu carro abrindo a porta para que eu saísse. Eu apenas assenti e caminhei para dentro do prédio. Tudo que eu precisava era uma boa noite de sexo selvagem pra extravasar toda minha raiva. Mas, era bem nítido que eu não teria, minha outra alternativa seria um bom uísque, e era com ela que eu iria ficaria.
Fiquei alguns minutos no elevador que não demorou a me levar até o andar de minha suíte. O movimento no hotel era fraco devido ao horário, por isso estava tudo um tanto deserto. Passei o cartão no sensor que destravou a porta, então entrei e me desfiz rapidamente de meu sobretudo colocando sobre a cômoda ao lado da porta. Tateei com a mão sobre a parede, ligando a luz parcialmente, claridade forte era o que menos queria agora. Caminhei até a varanda onde me apoiei sobre o batente respirando fundo. Até notar algo diferente ali.
Virei-me em direção a sala de estar, quando o abajur se ascendeu revelando o que havia de diferente naquele lugar.
- Surpresa. - Ela disse com um belo e provocador sorriso.
Anahí estava sentada na poltrona do parcial escritório que havia na sala de estar. Seus olhos azuis estavam fixados em mim, penetrantes e hipnotizantes. Seu cabelo estava liso, dando uma aparência mais seria e sexy. Ela vestia uma espécie de baby doll de seda negro. Por um instante eu paralisei, tentando decifrar se aquilo era mesmo real ou apenas uma criação de minha imaginação sedenta daquela latina.
Ela curvou os lábios em um sorriso cínico, e provocante. Para logo em seguida tomar até a ultima gota de vinho em sua taça. Eu engoli em seco e me aproximei, mas não muito. Apenas o suficiente para estar no mesmo ambiente que ela.Anahí sorriu e levantou da cadeira no qual ficava tão bem para ela. Meus olhos correram rapidamente por seu corpo, que por Deus. Ela estava usando uma de suas lingeries mais sexy, as pernas estavam cobertas por meias e cinta liga preta. Nos pés um salto preto com detalhes vermelhos.
- O gato comeu sua língua?
Perguntou caminhando até a bancada de bebidas, dando-me a chance de apreciar o volume de sua bunda, por Deus, aquilo era tão grande e delicioso.
- Como você...- Comecei a falar um tanto aérea, até que ela se virou em minha direção.
- Como cheguei aqui?
A penumbra da noite deixava seu corpo parcialmente iluminado, dando uma tensão a mais ao momento. Uma tensão sexual, eu diria. Ela caminhou em passos lentos até parar a poucos centímetros de mim, estendendo o copo com o que eu julgava ser vodka.
- Sim, porque não me avisou?
- Decidi de ultima hora, soube que o seu helicóptero estava vindo para cá e resolvi vir e comemorar sua vitória.
Eu semicerrei os olhos, e tomei um gole da bebida que esquentou todo meu inteiro.
- Mas, você não chegaria a tempo.
- Cheguei hoje à tarde, assim que você saiu para o evento eu vim para sua suíte Sra. Savinon. Espero que não se importe.. - sussurrou olhando para meus lábios.
Eu respirei fundo, olhando para seus olhos e depois para seus lábios carnudos.
- Mentiu para mim.
- Menti, e mentiria de novo. - Ela se afastou, caminhando em direção à mesa, suas mãos desatavam o nó de seu baby doll. - É por uma boa causa..- Disse virando de frente para mim, deixando que a ceda deslizasse por seu corpo até cair sobre seus pés. - Não acha?
Puta que pariu. Foi o que pensei assim que ela ficou de lingerie na minha frente. Anahí sorriu cínica, e se virou de costa para se abaixar até o chão e pegar o baby doll, ela subiu bem devagar. Maldita, me provocava nitidamente.
- Você não tem esse direito! Me deixa de greve, e acha que voltando sexy assim vai me ter fácil?- Eu sussurrei.
Ela me olhou e sorriu, jogando o baby doll sobre a mesa onde se sentou e cruzou as pernas. Pegou a garrafa de vodka e encheu seu copo, levando o mesmo até a boca. Ela tomou devagar, e sem querer ou propositalmente deixou que caísse um pouco em si.
- Ai! - Exclamou rapidamente, droga, eu engoli em seco vendo o liquido escorrer entre os seios da latina. - Se quiser, eu vou embora.
Ela falou levantando da mesa, vestindo novamente seu baby doll. Assim que deu um nó no mesmo, a morena caminhou passando por mim.
- Atrás de outra que me de o que eu quero essa noite.
No mesmo instante eu segurei seu braço com força, puxando seu corpo contra o meu.
- E o que você quer Srta. Portilla?
Ela parou, olhando para meu braço e depois para meus olhos.
- Que arranquem essa lingerie do meu corpo e me fodam bem forte.
Anahi POV
Dulce curvou o canto dos lábios em um sorriso diabólico. Deslizou a ponta da língua sobre os lábios entreabertos.
- Tem coisas que só eu posso fazer, e essa com toda certeza é uma delas.
Sussurrou com um tom rouco e um olhar quase cortante.
- Então faz, e faz agora.
Dulce não se deu o trabalho de responder, apenas me puxou pela cintura com força colando meus lábios no dela. Eu suspirei assim que senti sua boca contra a minha, seus lábios não eram agressivos, eram intensos. Dulce me fez recuar alguns passos, até sentir minha costa bater de leve contra o vidro grosso. Eu rapidamente levei as mãos até o zíper de seu vestido, baixando o mesmo devagar. Dulce soltou meus lábios, e me fitou no fundo dos olhos, dando-me a visão de sua íris totalmente escura e sexy. Eu respirei fundo e me aproximei, beijando seu rosto devagar. Primeiro seus lábios, em seguida seu queixo no qual fiz questão de dar uma mordida leve. Dulce ficou parada, e eu continuei, deslizei os lábios por seu pescoço e subi até o lóbulo de sua orelha onde dei uma chupada demorada.
Dulce apoiou um dos braços no vidro atrás de mim, e fechou os olhos quando caminhei para trás dela. Desci o restante do zíper de seu vestido sofisticado, e abaixei o mesmo que caiu a seus pés. Afastei seus cabelos ondulados para cima de seu ombro esquerdo e beijei sua nuca, desci para o ombro direito onde mordi de leve. O que fez a suspirar e os pelos do seu corpo arrepiar. Eu desci com os beijos pela linha de sua coluna, a ponto de me deixar de joelhos.
Oh Deus, ela era tão maravilhosa. Imaginem, Dulce estava agora com as duas mãos espalmadas sobre o vidro grosso que dava a visão da selva de pedra de N.Y. Ela vestia apenas uma lingerie preta, com detalhes brancos e seus saltos. Seu corpo estava parcialmente inclinado para frente, deixando seu bumbum empinado para mim. Tentador não é? Eu sei. Beijei cada pedacinho de suas nadegas, dando hora ou outra uma pequena mordida, para aliviar a vontade que eu tinha de bater ali. Mas ela rapidamente se moveu, e me puxou para cima.
- Nem pense nisso, eu mando. Eu vou te foder com força, lembra?
Ela estava com a voz tão rouca, revelando a excitação que sentia. Eu sorri, mas ela entrelaçou os dedos entre os fios de meu cabelo com força, puxando meu rosto contra o seu.
- Sim ou não?! - Perguntou depois de morder meu lábio inferior.
- S-sim - Gaguejei involuntariamente.
Dulce tomou meus lábios em um beijo violento, que chegou a ponto de meus lábios doerem mas agradecerem por isso. Ela me guiou até a mesa que havia ali, e eu suspirei só com as lembranças que certas mesas me causaram. Eu fechei os olhos sentindo sua boca descer até meu pescoço chupando em uma força que me fez gemer.
- Oh!
- Tire sua lingerie Portilla. - Sussurrou ofegante.
Dulce se afastou me deixando confusa, e tonta. Ela caminhou até a poltrona onde se sentou e me assistiu. Eu ainda não havia tirado a lingerie, mas já me sentia totalmente nua para aqueles olhos castanhos que quase me comiam. Devagar tirei o meu sutiã, deixando meus seios totalmente amostra, e logo em seguida abaixei a minúscula calcinha do qual me livrei rapidamente. Assim que coloquei as mãos sobre as meias, Dulce fez um sinal para que eu parasse.
- Elas não, fique com elas. Fique assim Srta. Portilla. - Disse ela tomando um pouco da vodka no copo.
Eu estava somente com as meias cinta liga e saltos.
- Agora deita na mesa. - Ordenou rude. - Vamos brincar um pouquinho.
Seu sorriso diabólico me arrepiou dos pés a cabeça, mas eu obedeci. O tom arrogante e prepotente de Dulce nessas horas me deixava totalmente submissa, eu era capaz de fazer o que ela quisesse apenas por prazer. Caminhei até a mesa ali, e me deitei. Ficando totalmente parada, até que ela se aproximou e me analisou dos pés a cabeça. Era loucura dizer que até a forma como ela me olhava naquelas horas me deixava fodidamente excitada? Dulce sorriu, e com o indicador deslizou do meu ombro até meus seios, onde ela beliscou devagar me fazendo grunhir.
- Maldita.
- Calada Srta. Portilla.
Ela continuou agora com dois dedos, descendo por meu abdômen bem devagar. Parando exatamente em meu centro latejante e encharcado. Ela passou os dois na fenda molhada, e fixou seus olhos em mim.
- Já está tão molhada, poderia foder você agora. Mas nem teria graça.
Obvio que teria graça, claro que teria graça. Maldita! Pensei apertando minha coxas em desconforto.
- Vamos brincar um pouco antes.
Dulce tomou mais um gole da bebida, e me fitou. Eu estava agora totalmente imóvel enquanto ela me analisava. Seus olhos percorreram por toda extensão nua de meu corpo. Ela levantou o copo, e deixou que algumas gotas de álcool caíssem sobre meu abdômen. As mesmas rapidamente escorreram para os lados, molhando mais. Até que ela se inclinou sobre mim, e como uma felina ela lambeu o rastro de vodka em meu corpo. A visão de tudo aquilo era tão excitante que um gemido saiu despercebido por minha boca, Dulce lambeu tudinho. E agora derramou mais entre o vale de meus seios.
Meu peito subia e descia em uma respiração descompassada. Eu estava perdendo o ultimo fio de sanidade que restava em mim, você consegue entender? Eu tinha Dulce María neste exato momento deslizando a língua maliciosa sobre o mamilo esquerdo, em círculos perfeitamente sincronizados. Ela fazia de forma torturante e lenta, eu precisava de mais, eu precisava de força e rapidez e ela sabia disso. O barulho das repetidas lambidas estava me deixando completamente louca, mas ela parecia ser paciente e calma. Sua mão apertava o seio livre, em uma massagem gostosa. Eu fechei os olhos e mordi os lábios, mas quase gritei quando seu joelho pressionou meu sexo.
- Oh Porra!
Ela passou a lamber com força, movendo a língua de um lado para o outro incessantemente. E eu não pude evitar, segurei em seu cabelo com força, forçando sua cabeça para mim.
- Ch- chupa isso.
Eu estava tão sensível a ponto de querer gozar apenas com aquilo, e Dulce sabia disso. Até que parou, e chupou o outro seio fazendo o mesmo processo. Quando terminou sorriu cínica, e derramou um pouco da vodka sobre minha clavícula, onde limpou tudinho com seguidas lambidas.
- Isso é uma espécie de castigo? - Perguntei manhosa.
- Exatamente, pela maldita greve.
- Deus, eu já desisti. Você pode parar? - Choraminguei.
Ela sorriu e negou com a cabeça. E foi abaixando devagar, derramando uma grande quantidade de álcool em meu abdômen. Assim que senti sua língua quente lambendo minha pele, comprimi minhas pernas com força, mas ela as abriu. Puta. Xinguei mentalmente, me contorcendo sobre a mesa. Eu podia sentir minha excitação escorrer entre minha pernas, e ela continuava a me torturar.
- Eu vou gozar, e eu sinceramente não quero gozar assim, sem você me tocar.
Dulce me fitou, e puxou meu corpo. Trazendo-o contra o seu em um movimento bruto e rápido.
- E quer gozar como? hum? - Perguntou levando a mão até meu sexo encharcado.
Seus dedos começaram a se mover com uma facilidade imensa, já que o local estava totalmente encharcado.
- Caralho.. Você está toda molhada, Oh!
Seus dedos desceram até a entrada daquela fenda e depois subiram.
- Sente como eu estou para você Anahí. - ela falou levando minha mão até sua buceta totalmente quente e úmida. Eu deslizei meus dedos devagar, e logo tirei. Levando os mesmos até minha boca, no qual chupei bem devagar, tirando uma expressão de prazer da mulher a minha frente. Ela negou com a cabeça, e me puxou de cima da mesa, virando meu corpo de costa para si. Dulce respirou fundo, e começou a deslizar as duas mãos por todo meu corpo, dos meus seios pelo abdômen até descer onde eu mais desejava.
- Vou atender seus pedidos Giovanna. - Sussurrou ofegante em meu ouvido, e eu nem respondi até sentir seus dedos me invadindo de surpresa.
- Oh inferno, isso! - Eu disse espalmando minhas duas mãos sobre a maldita mesa.
Dulce movimentou os dedos em um vai e vem lento, dando-me tempo para acostumar com tal invasão. Eu inclinei meu corpo para frente ficando totalmente empinada para ela, enquanto a mesma cuidava de estocar os dedos de forma firme. Minha respiração estava tão pesada, eu não conseguia pensar em absolutamente nada.
- Você é tão apertada e quente. Eu podia foder você a vida toda.
Eu abri a boca em um perfeito O, eu ouvia o barulho de seu corpo se movendo contra minha bunda. Dulce sussurrava em meu ouvido, resfolegando com força que me deixava vergonhosamente molhada.
- Então foda Dulce, foda! - Eu grunhi.
O lugar estava cada vez mais quente, as gotas de suor começaram a escorrer entre nossos corpos. Eu virei à cabeça de lado, e pude ver Dulce me fitar de forma perversa, enquanto bombeava seus dois dedos em minha boceta. Ela começou a distribuir beijos por meu ombro, e leves mordidas que com toda certeza deixariam marcas.
- Gosta assim? Gosta Anahí?! Eu vou te ensinar a nunca mais me deixar em greve!
Eu fechei os olhos com força, rebolando rápido e forte contra os dedos de Dulce, mas ela não satisfeita, introduziu mais um dedo em mim.
- Ah sua puta! - Esbravejei em surpresa e ela gemeu.
Dulce me penetrava com os dedos da mão direita, com a mão esquerda ela segurou meus cabelos com força, forçando-me a fita-la.
- Me xingar assim só me deixa com mais tesão. Sabia? Então xinga, xinga mais.. - Falou tão sensual que eu jurei ter esquecido como se respira.
- Oh caralho Dulce!
Eu senti ela curvar os dedos me meu inteiro, massageando sobre o ponto mais sensível de minha boceta. Naquele momento eu já não pensava mais em nada que não fosse o prazer que eu estava sentindo, eu podia sentir a umidade da buceta dela contra minhas nadegas, já que a cada estocada dos dedos de Dulce, seu corpo se chocava contra o meu.
- Oh Deus! - Choraminguei - Eu v-vou gozar assim...Oh!
Dulce soltou meu cabelo, deslizando a mão pela linha da minha coluna, meu corpo estava totalmente suado mas ela nem pareceu se importar, apenas continuou obrigando-me a curvar contra a mesa. Sua delicada mão acariciou toda aquela extensão, até descer para minha bunda.
- Você tem a porra de uma bunda tão fodidamente gostosa! - Rosnou ela.
Eu mantinha o rosto grudado à mesa, as gotas de suor já estavam deixando meu cabelo molhado. Eu só era gemidos naquele momento. Até sentir o estalo de um forte tapa em minha bunda.
- Ah! Merda! - Grunhi perdida.
Ela bateu de novo, e de novo. As estocadas fortes e rápidas juntamente com os tapas estavam construindo em meu ventre o tão desejado orgasmo. Meu corpo já tinha vida própria, apenas se movia em busca do prazer que ela me dava. E Deus, eu cravei as unhas nas bordas da mesa quando aquele tremor tomou conta de todo meu corpo. Dulce gemia em meu ouvido enquanto enfiava os dedos em mim sem pausa ou lentidão.
- Goza, goza pra mim Anahí! - Ela ordenou ofegante.
E nem precisava pedir, o ápice daquele momento me devastou completamente. Como se mil fagulhas se espalhassem por todos os cantos do meu corpo, e se concentrassem em meu sexo. Eu pude sentir os dedos dela serem comprimidos em minha boceta fodidamente apertada, e ela não parou até ver meu corpo desabar sobre a mesa.
Eu fiquei ereta novamente, recebendo as mãos de Dulce em meus seios no quais apertou com força. Ela uniu seu corpo no meu, e começou a sussurrar em meu ouvido.
- Adora quando eu fodo você assim não é? Forte! Adora quando eu te bato.
Filha da puta, eu adorava mesmo. Adorava a forma rude como ela fazia quando estava com raiva. Eu sabia que todo aquele impulso era derivado da presença de Keana em sua noite, e sabia que um bom e selvagem sexo a deixaria mais calma. Meu corpo estava mole, eu respirei fundo.
- Sim, eu adoro. Adoro quando você é rude assim. Adoro suas palavras sujas, e a força com que me fode.
Dulce fechou os olhos e tomou minha boca em um beijo feroz, sugando minha língua com fome e desejo. Nós parecíamos duas loucas e sedentas, não era para menos. Já que estávamos uns bons dias sem sexo. Dulce me puxou para si, segurando meu corpo que ainda estava se recuperando do orgasmo. Caminhamos sem soltar os lábios um do outro, até que ela me fez parar. Pedindo que eu me deitasse no chão sobre o tapete felpudo da sala.
- Quero testar uma coisa nova com você Srta. Portilla. - Sussurrou em meu ouvido.
Eu me remexi um pouco, recebendo beijos molhados dela em meu corpo.
- O que quer?
- Quero ter prazer e te dar prazer ao mesmo tempo literalmente.
Eu arqueei uma das sobrancelhas e Dulce me fitou com um sorriso perverso. Aquela noite ainda seria muito longa para nós duas.
Dulce POV
Eu fechei olhos rapidamente, abrindo a boca tentando soltar um gemido que se perdeu. Apenas inclinei a cabeça para frente, provando do delicioso sabor que Anahí tinha. A mulher estava nesse exato instante sobre mim, de forma invertida. Você pode esta confusa, mas é isso mesmo. Anahí estava me chupando enquanto eu fazia o mesmo nela, uma espécie de 69 no vocabulário universal. E por Deus, aquilo era coisa de outro mundo. Cravei as unhas nas nadegas da morena que me invadia com a língua sedenta por mais.
- Oh Deus Giovanna! - Esbravejei sem folego, encostando minha cabeça no chão.
Mas ela nem se importou, eu podia sentir os movimentos rápidos sobre meu clitóris me levando ao precipício. Eu abri os olhos vendo a boceta dela a minha frente, porra. Eu senti agua na boca por ver de forma tão fodidamente molhada. Inclinei para frente, e com a pontinha da língua deslizei entre as pequenas dobras de seu sexo. Anahí parou os movimentos com a boca e gemeu, soltando uma lufada de ar sobre meu sexo, apenas dando-me impulso para continuar, e assim eu fiz. Suguei aquele nervo rígido com força que quase a fazia gritar. Anahí voltou a me chupar, e agora estávamos a duas em um prazer sem fim. A respiração ofegante, o suor, o calor. Tudo estava mil vezes mais forte, deixando somente espaço para que o orgasmo nos derrubasse.
- Isso...chupa! Oh assim Dulce!- Ouvi ela falar em um sussurro.
E eu obedeci, penetrei a fenda úmida o máximo que consegui. Ela se contorceu, remexendo um pouco o quadril dando-me a total certeza que eu estava fazendo mais que certo. Eu penetrei e tirei rapidamente, uma, duas, três e diversas vezes sem parar.
- Mais..oh Deus, mais rápido Dulceee! Eu vou..
- Inferno! Eu vou gozar! - Soltei alto.
A forma como meu nome saiu de sua boca me jogou do precipício, eu fechei os olhos com força novamente sentindo todo meu corpo convulsionar. Cada célula se entregou ao orgasmo que me levou, o tremor foi dos pés a cabeça e ela não aguentou. Nossos corpos se moviam, nossos gemidos se misturavam. Tudo alucinador demais. Ela e eu estávamos envolvidas em um desejo carnal que consumia cada energia existente em nossos corpos suados. Nós paramos, em todo o ambiente só se ouvia as respirações pesadas se confundindo, Anahí com certa dificuldade se levantou e deitou novamente, agora da forma correta. Sua cabeça pousou sobre meu peito que subia e descia rápido. Eu resfoleguei, e levei a mão até os cabelos molhados da morena.
- Eu não vou conseguir andar depois.
Eu soltei uma risada fraca. E ela me fitou, seus olhos estavam com um brilho especial.
- Você ri não é? Safada, você acabou comigo.
- Eu disse pra se preparar Annie.
Ela se inclinou, e depositou um beijo em meus lábios.
- Eu sempre estou pronta pra você Dul.
Eu sorri, e tirei o ultimo fio de cabelo que estava grudado em sua testa.
- Menos agora não é?
- Se você me disser que não está satisfeita, temos que caracterizar você como ninfomaníaca. Eu nem sei quantos orgasmos tivemos.
Eu deitei Anahí de lado, e me coloquei sobre ela. Ficando com o queixo apoiado entre seus seios.
- Eu estou muito satisfeita. Mas quero mais..quero muito mais...