Anahi POV
Senti uma brisa fria percorrer meu corpo, espremi os olhos enquanto deslizava a mão pela cama a procura de um cobertor, ou melhor, do corpo de Dulce para me aquecer. Mas a tentativa infelizmente foi falha. Com certa dificuldade abri os olhos, fitando a cama vazia. Onde estava Dulce? Puxei edredom para me proteger do frio, afinal eu ainda estava nua devido aos acontecimentos anteriores. Quando avistei Dulce na sacada, debruçada sobre o batente.
Semicerrei os olhos em sua direção, e a percebi distante em seus pensamentos. Dulce virou o rosto de lado e soltou uma lufada de ar, deixando que a fumaça se desenhasse ao seu redor. Ela estava fumando, eu odiava o fato dela fumar. A mesma só fazia isso quando estava tensa, ou brava. Sentei-me na cama sentindo certa dor no corpo, mais especificamente onde Dulce mais abusou aquela noite. Mas não me incomodei tudo havia sido incrivelmente maravilhoso, a nossa volta da greve foi em grande e prazeroso estilo.
Coloquei as duas pernas para fora da cama, deixando que as pontas de meus pés encostassem-se ao chão frio. Um arrepio percorreu por toda minha coluna, mas levantei. Enrolei-me no lençol de seda branco e caminhei na direção de minha mulher. Eu tinha que confessar, Dulce estava fodidamente sexy aquela noite. Seus cabelos estavam levemente desgrenhados, caindo feito uma bela cascata por sua costa lisinha. Ela usava apenas um baby doll azul escuro, tão curto que eu poderia ver um pouquinho do seu bumbum empinado. Eu não sabia que horas era aquilo, mas o céu ainda estava escuro e a noite muito fria.
Caminhei em passos tão leves que Lauren nem percebeu minha presença, até eu envolver seu corpo por trás em um abraço carinho. Dulce ficou ereta no mesmo instante, respirando fundo. Dei um pequeno beijo em seu ombro, onde apoiei meu queixo.
- Insônia?
- Sim, problemas demais na cabeça. – Disse de forma seria.
Eu suspirei e a apertei mais em meu abraço, deixando que minha mão deslizasse por seu abdômen lisinho, em um carinho leve. Eu podia ouvir nossas respirações fracas com o silencio que fazia ali.
- Não fica assim amor, vai ficar tudo bem.
Dulce não respondeu, ficou paralisada no mesmo lugar. Ela me parecia irritada, e distante. Eu soltei seu corpo e a virei para mim. Sentindo um arrepio por meu corpo ao fitar seus olhos, eram frios e furiosos.
- O que está havendo meu amor?
Perguntei segurando seu rosto com as duas mãos. Dulce desviou, e negou com a cabeça.
- Nada.
- Como nada Dul? Você está estranha.
Ela não respondeu apenas me olhou.
- Vem pra cama comigo, eu te faço carinho até você dormir. – Falei tentando fazer um carinho em seu rosto, mas ela desviou se afastando de mim. - Dulce, você pode me dizer qual é o problema? – Perguntei segurando na barra do lençol que estava enrolado em meu corpo.
Ela virou de frente, com um olhar tão frio que tive medo.
- Desde quando está me traindo?
- O que?
Soltei automático sem entender a pergunta. Meu cérebro demorou alguns segundos para realmente acreditar que ela estava me perguntando aquilo. Traindo? Como assim meu Deus?!
- Isso mesmo que você ouviu Giovanna! Você acha que sou otaria?
- Dulce! Meu Deus, de onde tirou isso? – Perguntei calma.
- Não importa, você achou que eu não ia saber?!
Ela falou pausadamente, mascarando a raiva que eu sabia que ela estava sentindo.
- Saber do que? Eu não fiz nada.
A mulher soltou uma risada sarcástica, e caminhou para o outro lado em um silencio agonizante. Eu estava um pouco perdida ainda, eu não fazia idéia daquelas acusações e a forma como Dulce estava me deixou sem reação, ela estava irreconhecível. Eu respirei fundo, procurando entender. E num impulso me aproximei dela.
- Meu amor, se acalme ok? Deixa-me entender você.
- Não encosta em mim! – Gritou me fazendo recuar.
- Amor, me escuta. Eu não fiz nada, eu não traí você. – Tentei explicar em um fio de voz.
- Eu sei que você traiu! Oh meu Deus.
- Você não sabe, porque eu não fiz nada!
- Você tem prazer de me enganar?
- N-não, eu não estou te enganado!
Eu estava nervosa, gaguejei na tentativa de explicar que tudo aquilo deveria ser um mal entendido. Eu nunca havia traído Dulce, nem sequer pensava nessa hipótese. Eu queria ao menos entender, para explicar. Mas o estado que ela se encontrava não me permitia isso.
- Não minta! Seu histórico é bem sujo comigo!
- Eu juro pra você, depois que você soube de Giovanna eu não menti mais.
- Há não?!
Ela soltou uma risada diabólica, carregada de sarcasmo. Meu Deus, o que havia acontecido? Dulce se aproximou intimidadora, me fazendo recuar alguns passos até minha costa bater contra o batente da varanda
- Acha que eu não vi Keana na Imperium aquele dia? Acha que não sei que ela foi a seu camarim?
Naquela fração de segundos meu corpo inteiro gelou. Acho que todo sangue em meu rosto desceu, eu devia esta pálida. Apenas abaixei a cabeça e respirei fundo, buscando forças para explicar.
- Você novamente mentiu pra mim! Será que não foi o suficiente a primeira vez?
- Dulce...- Tentei falar, mas ela me atropelou com as palavras.
- Eu não suporto que mintam pra mim! E você pelo visto adora! Está tendo um caso com ela?
Eu neguei com a cabeça, tentando procurar as palavras para me expressar.
- Eu não tenho, amor. Por favor, acredita em mim.
Eu sentia meus olhos encherem de lagrimas, droga. Eu havia mentido para Dulce sim, não devia ter ocultado a presença de Keana na Imperium. Mas eu nunca me envolvi com ela. Nunca a traí. Mas eu parecia não ter forças naquele momento para explicar, Dulce estava tão furiosa que me fez temê-la.
- Como você quer que eu acredite? Você mente.
- Eu só não queria estragar nada entre a gente, eu nunca nem falei com ela lá dentro eu juro. Meu Deus, foi a primeira vez que eu a vi lá.
- Você é sonsa demais. Acha que vou acreditar nisso?
Eu podia ver a veia do pescoço de Dulce elevada, as palavras saiam rudes e cortantes por seus lábios.
- Você precisa acreditar, eu não traí você.
- Eu quero você longe de mim. – Disse, puxando o ar para seus pulmões para então continuar - Longe daquela empresa. Entendeu? Eu não quero ver você nunca mais na minha vida Anahí.
- Não faz isso.
- Foi você quem fez! Mentirosa, falsa!
Dulce falou furiosa, se afastando de mim rapidamente. Mas em um impulso segurei firme em seu braço, fazendo-a ficar.
- Por favor..me escuta! – Disse com os olhos marejados.
- Me larga!
- Dulce!
- Some da minha vida! – Gritou.
Oh não, não. Meu Deus, isso não pode estar acontecendo. Eu comecei a chorar, um choro sentido. Carregado de medo, mas não medo dela, medo do que seria de mim sem ela. Eu senti meu corpo ficar fraco, encostei-me à parede sentando no chão. Fechei os olhos com força sentindo as lagrimas escorrem com força, e quando abri enxerguei o teto claro e os olhos assustados de Dulce sobre mim.
- Annie? O que houve meu amor? – Perguntou em um tom preocupado.
Um pesadelo, tudo havia sido um maldito pesadelo.
Fechei os olhos novamente, sentindo minha respiração irregular. Dulce estava agora de lado, me fitando com aquele par de olhos verdes clarinhos e brilhantes. Muito diferente da Dulce de meu sonho.
- Tive um pesadelo. – Sussurrei para ela.
- Não fique assim, já passou ta bem?
Ela falou de forma preocupada, com um olhar atento. Devagar, ela deslizou o polegar sobre a maça de meu rosto em um carinho leve e reconfortante. Eu suspirei, e fechei os olhos tentando aproveitar o Maximo daquele instante.
- Vem, deita aqui juntinha de mim Annie, vou cuidar de você.
Eu sorri vendo ela se deitar ao meu lado novamente, fazendo sinal para que eu me aproximasse. E assim eu fiz, me juntei a ela, ficando parcialmente sobre seu corpo. Dulce começou a afagar meus cabelos calmamente, talvez esperando que eu falasse algo.
- Você estava brava demais no sonho. – Sussurrei.
- E porque eu estava brava, amor?
- Me acusava de ter traído você, foi horrível. Eu tentava explicar, mas você não me ouvia.
Dulce suspirou, e continuou com os carinhos.
- Isso não vai acontecer Annie, eu confio em você. – Disse calmamente.
Eu levantei a cabeça, olhando em seus olhos que me transmitiam tamanha confiança. Apenas apoiei meu queixo sobre o seu peito e sorri.
- Mesmo?
- Mesmo meu amor. Confio em você, e no seu caráter. Sei que não iria me trair.
- Isso me deixa tão aliviada, sabia? Eu sei que já escondi coisas de você, mas hoje você sabe de tudo.
Dulce sorriu e se inclinou para beijar meus lábios.
- Fica tranqüila ta? Eu te amo Anahí, eu não quero que tenha medo de mim. Eu sei que sou um pouquinho ciumenta.
Fiz uma careta para o seu "Pouquinho" e ela riu.
- Tudo bem, eu sou muito ciumenta. Mas não sou má, jamais faria algo contigo.
- Eu sei Dul, você é diferente. E é justamente por isso que eu te amo.
Dulce arqueou uma das sobrancelhas e me virou na cama, ficando por cima de mim. Eu soltei uma risada baixa, quando abri os olhos senti meu coração fraquejar. Oh Deus, ela era a mulher mais linda que eu já vi em toda minha vida. Dulce estava praticamente sentada sobre mim, completamente nua, deixando seus seios de mamilos rosados visivelmente amostras. Tirei os olhos deles, e subi para o seu sorriso largo e perfeito. Você consegue entender como o sorriso dela me fazia perder o rumo da vida? Dulce delicadamente deslizou a ponta da língua sobre o lábio inferior, provocando algo em meu corpo. Encarei seus olhos verdes tão intensos e suspirei.
- Me ama é? – Perguntou desafiadora, mexendo a cabeça a ponto de fazer seu cabelo ficar totalmente virado para o lado.
Droga, ela estava tão sexy.
- Sim, eu amo muito! E você me ama?
Dulce ficou totalmente ereta, colocando a mão sobre o queixo como quem estivesse pensando.
- Deixa eu pensar.
- Cachorra! – Rosnei sentando na cama, com ela sentada em meu colo.
Dulce soltou uma risada divertida, e eu no mesmo instante levei uma das mãos a sua nuca, puxando seu rosto para um beijo intenso. Assim que paramos ela me jogou novamente na cama. Suas mãos prendiam meus pulsos acima da cabeça com certa força. Eu respirei fundo, e encarei seus olhos fechadinhos devido ao seu largo sorriso.
- Não xinga Anahí, já disse o que me causa.
- Então diga. Você me ama?
Ela mordeu os lábios, e devagar se abaixou depositando um pequeno beijo em meus lábios.
- Eu te amo Anahí Portilla.
Falou assim que desgrudou os lábios dos meus, eu apenas sorri apreciando aquelas palavras. Dulce por sua vez deslizou os lábios pelo meu queixo, até descer para meu pescoço, onde tratou de lamber bem devagar me fazendo arfar.
- Eu amo sua pele. – Sussurrou em meu ouvido. – Amo seu cheiro. – Disse aspirando forte. – Amo cada detalhe seu.
- Mesmo?
- Mesmo! Eu não sei quando isso aconteceu, mas eu sou completamente apaixonada por você. Sinto falta a cada hora que não estamos perto uma da outra, quando não posso ver o teu sorriso, e nem tocar em seu corpo.
Meu coração batia frenético a cada palavra que saia de sua boca. Dulce foi distribuindo beijos por meu pescoço, ombro, colo até parar sobre meus seios.
- Eles são lindos. – ela massageou os dois com as mãos, senti uma fisgada em meu ventre.
- São pequenos Dulce..
- Gosto deles assim, são perfeitos. – Soltou em tom malicioso, apertando entre os dedos o mamilo rígido.
Ela passou cerca de alguns segundos apenas olhando para eles. E eu para ela. Eu estava cansada e dolorida, mas a vontade de ter Dulce era devastadora.
- Vou deixar você descansar, peguei pesado contigo.
A mulher falou calmamente deitando sobre meu corpo.
- E se eu não quiser descansar?
Dulce que estava com a cabeça repousada sobre meu peito, levantou com os olhos semicerrados em minha direção. Eu apenas mordi o lábio inferior, e ela sorriu maldosa.
- E depois quer dizer que sou ninfomaníaca.
Ela falou em uma risada perversa, subindo o corpo para encaixar junto ao meu. Aquela madrugada ainda seria longa demais para nós duas.
[...]
E realmente foi, acordei aquela manhã com o corpo mole e cansado. O que menos fizemos aquela madrugada foi dormir. Sentei-me na cama devagar, vendo Dulce enrolada no lençol ao lado. Ela tinha a expressão serena e feliz. Eu apenas sorri e depositei um beijo em sua costa nua, mas ela nem sequer se mexeu. Peguei meu celular que estava sobre o criado mudo ao lado da cama para ver todas minhas tarefas do dia. Apesar de eu namorar Dulce, eu ainda era sua secretaria e cuidava de seus deveres e da vida profissional. Suspirei pesado vendo a enorme lista para resolver, mas tudo aquilo já era fácil demais para mim.
Pensei em acordar Dulce, mas a mesma ficaria a manhã inteira reclamando por estar exausta, e ela realmente estava. Eu havia sugado todas suas energias na noite anterior. Então, em um solavanco me levantei da cama completamente nua e caminhei em direção ao banheiro, eu precisava de banho e roupas.
Fiz um coque no cabelo, enquanto a hidromassagem enchia. Ao passar em frente ao enorme espelho eu pude notar algo diferente em mim. Me aproximei devagar, com os olhos atentos as marcas em meu corpo.
- Oh Cristo! – Soltei assustada ao encarar a marca avermelhada, quase roxa no meu pescoço.
Aquela maldita havia chupado com força. Analisei de perto tocando onde estava mais escuro. Droga, fiquei cerca de dois minutos olhando toda a parte da frente do meu corpo, quando me virei de costa e tomei outro susto.
Eu.vou.matar.essa.safada!
Sobre o bumbum havia grandes marcas de seus tapas fodidamente violentos e prazerosos da noite anterior, e a marca evidente de uma mordida. Não poderia visitar uma praia tão cedo. Oh Deus, como iria dançar com aquilo? Virei do outro lado, e as marcas eram mais fracas.
Isso teria volta.
Keana POV
Girei mais uma três vezes aquela colher dentro do café quente, vendo à fumaça se esvair. Eu estava exausta aquela manhã, depois da droga de premiação eu resolvi sair e beber com minhas amigas. Estar em casa era sempre maravilhoso, lembrar os velhos tempos nunca era demais. O que realmente estava me incomodando era a forte dor de cabeça e meu ego ferido. Mais uma vez Dulce María havia disparado na frente, que filha da puta.
Massageei as têmporas devagar em sentido anti-horário quando notei alguém sentando a minha frente.
- Bom dia Flor do dia.
Lucy falou sorrindo de forma cínica.
- Acha mesmo que estou em um bom dia?
A morena sorriu, pegando um dos morangos de meu prato para então comê-lo.
- Você esta com uma cara péssima Keana, isso é efeito do álcool.
- Eu não dormi quase nada Lucy, aquela loira não cansava nunca. – Resmunguei exausta.
A mulher soltou uma gargalhada alta, mas tratou de se controlar quando atraiu o olhar de pessoas ao redor. Lucy Vives era minha amiga, e diretora do setor de designe da Issartel Enterprise. Nos conhecemos a cinco anos atrás pelas baladas da Europa na época perdida e feliz da minha vida.
- Não está mais agüentando Issartel?
- O que? Não é isso, eu só não estava com humor para sexo.
- Pensei que isso fosse fazer sua cara amarrada passar.
- Nada pode mudar isso Lucy! Dulce mais uma vez saiu na frente!
Soltei irritada. Lucy me fitou calmamente enquanto tomava seu café.
- Eu não sei qual seu problema com Dulce, ela é uma pessoa maravilhosa.
Revirei os olhos irritada e bufei.
- Você vai começar a defender sua amiguinha?
- Só não vejo motivos para essa disputa.
- Eu a acho muito exibida, fica por ai com aquele nariz em pé achando que é dona do mundo.
- Ela deve ser dona de parte dele. – Zombou.
- Vá se foder. – Xinguei e ela arregalou os olhos fingindo estar ofendida.
- Não venha com xingamentos okay? Acabei de voltar do Reino Unido por sua causa, não me faça me arrepender por isso.
- Desculpe, não vou. Fico feliz que tenha voltado, seu lugar é aqui Lucy.
Disse de forma calma encarando a mulher que analisava as pessoas que estavam no restaurante. Estávamos em um dos hotéis mais caros de Nova York, o mesmo era bem próximo a sede da premiação da noite anterior.
- Eu não sei, é um pouco estranho voltar para cá.
- Não acho, gostei de ter voltado. Vamos voltar para Miami amanhã. Preparada para rever sua família e seus antigos amigos?
- Claro! Estou morrendo de saudades! – Disse animada.
- De todos? Até da sua ex? – Perguntei de forma implicante, fazendo Lucy me fuzilar com os olhos castanhos.
- Já disse que não quero falar sobre Angelique.
- Ela e toda poderosa vivem juntas, pelo menos é o que ouvi dizer.
- Posso até encontrar com Dulce, mas com Angel não.
- Ainda acho que essa sua birra com ela é amor.
- Keana, por favor. Não tenho mais sentimento algum por aquela mulher.
Lucy falou rapidamente em tom exaltado, revelando seu nervosismo em tocar no assunto. Eu apenas sorri e dei de ombros, fingindo acreditar em suas palavras ressentidas. Quando encontrei com Lucy pela primeira vez, ela estava em uma maré de tristeza por ter acabado de se mudar para a Europa a pedido de seus pais. Havia deixado família e amigos para trás, e sua ex- quase namorada cafajeste. No começo era choro sem fim, mas fiz a mesma ver que poderia ser feliz sem alguém. E ela prontamente seguiu meus conselhos, e agora era totalmente cheia de si. Como ela diz "quem manda agora sou eu." Mas eu tinha certeza que no fundo daquela carranca, Lucy Hale ainda gostava da sua perdição chamada Angelique Boyer.
- Tudo bem, calma. Não se exalte! – Falei rindo.
- Você é uma idiota.
- Você me ama assim Lucy!
- Quem disse? Não sou obrigada a aturar seu mau humor por ter perdido para Dulce na premiação, e nem suas piadinhas sem graça.
- Claro que é. Você é minha melhor amiga.
- Tudo bem melhor amiga, levante essa bunda daí e vamos. Quero fazer umas compras antes de voltar para Miami.
Resmunguei por alguns minutos ainda sentada. Lucy ficou em pé, me olhando com cara de quem dizia "Anda, estou esperando" Eu suspirei cansada e sem humor algum e apenas me levantei. Ela estendeu a mão para mim no qual segurei, caminhando ao seu lado em direção ao saguão do hotel. No caminho notei uma movimentação mais forte, uma mulher de corpo bem modelado e familiar falava ao telefone de forma irritada.
"Sim, aguarde ai, não faça nada sem antes me comunicar, certo. Deixe comigo" – Seu tom de voz doce me fez parar, eu sabia muito bem quem era.
- O que houve? – Lucy perguntou me fitando.
Eu sorri.
- Anahi Portilla, isso que houve.
- Oh Deus Keana, pare. Deixa a moça em paz.
- Eu não estou fazendo nada demais ainda.
- Você só quer ficar perturbando porque sabe que ela está com Dulce. – Lucy falou me fitando.
- Já viu como ela é gostosa? Nunca vi uma mulher com uma bunda daquela.
Lucy me olhou, e depois olhou para Anahí que estava parcialmente inclinada para o balcão, assinando algumas papeladas.
- Realmente, aquilo ali não é fácil de se encontrar. – Deu de ombros me fazendo rir.
- Exato. Agora deixa-me fazer meu trabalho.
Atravessei o saguão em passos largos até me aproximar da latina de meu passado, ela parecia bem concentrada em todos aqueles papeis. Provavelmente estava resolvendo as coisas pela estadia de Dulce aqui.
"Pronto, está tudo certo então?"
"Sim senhora"
"Mande o café da manhã completo para a Sra. Savinon na suíte principal, por gentileza."
Anahí falou antes de se virar e bater de frente comigo.
- Oh me descul-pe.
Assim que Anahí pôs os olhos em mim, toda a coloração de seu rosto sumiu. A morena ficou pálida com os olhos arregalados.
- Parece que viu um fantasma. – Falei brincando.
Ela sorriu sem jeito e recuou um passo.
- Não sabia que estava aqui Anahí, não lhe vi na premiação ontem.
- É eu..- Ela respirou fundo – Tinha compromissos na Savinon Industry.
- Há é uma pena, eu ia adorar ter você lá.
- Mas eu vi tudo pela tv.
- Não é a mesma coisa estando perto. – Disse calmamente olhando em seus olhos.
Ela desviou o olhar, focando em direção ao elevador e depois novamente para mim.
- Bom, eu tenho muitas coisas para resolver então nos vemos outro dia. – Ela disse saindo depressa, mas eu a segurei.
- Calma ai, parece que foge de mim como o diabo foge da cruz. Quero conversar com você Anahí.
Ela suspirou pesado, e me fitou.
- Keana, eu não quero problemas com a Dulce. Então, por favor, entenda.
- Dulce é tão ciumenta assim? – Perguntei sorrindo.
- O que você acha?
- Que tem coisas melhores nessa vida Anahí.
- Eu amo Dulce, e ela é melhor para mim.
- Tudo pode mudar. Então vem, vamos conversar um pouco.
Dulce POV
Me espreguicei lentamente, sentindo alguns estalos em minhas articulações. Oh Deus eu estava simplesmente exausta. Abri os olhos devagar sentindo a pouca iluminação me incomodar. Anahí havia fechado todas as persianas para o sol não me acordar logo, e pelo visto serviu de muita coisa, pois já eram quase dez e meia da manhã.
- Meu Deus, dormi demais.
Me sentei na cama, procurando algum sinal de Anahí pelo quarto, mas tudo estava silencio demais. Olhei para ambos os lados, quando notei um pequeno bilhete.
"Vou ser boazinha e te deixar dormir, cansei muito você essa madrugada. Quando acordar tome um banho demorado e quentinho para relaxar, mandarei seu café no quarto. Eu te amo.
P.S: Estou resolvendo tudo, não se preocupe."
Sorri assim que terminei de ler. Anahí sempre bem adiantada, mesmo tendo um relacionamento comigo a mesma não deixava o lado profissional de lado. O que as vezes me irritava. Como agora, seria muito melhor acordar ao lado da minha mulher, mas ela estava ocupada demais trabalhando.
Levantei da cama, sentindo o arrepio percorrer meu corpo assim que meus pés tocaram o chão. Caminhei apressada ao banheiro onde fiz toda minha higiene matinal. Depois de alguns minutos relaxando na hidromassagem, terminei o banho pegando a toalha na cômoda ao lado. Enxuguei meu corpo devagar, para em seguida dar atenção aos meus cabelos. Assim que os mesmos ficaram relativamente secos, eu abri os olhos em direção ao espelho vendo um marquinha vermelha em minha costela. Aproximei-me mais do espelho, e me virei de costa.
Puta que pariu.
Eu sorri ao ver os arranhões em minha costa, e não eram poucos não. Mas até que dava gosto de se ver, era apenas a prova concreta de que minha mulher estava muito satisfeita com o que fizemos. Sorri de canto lembrando o exato momento em que ela havia feito isso.
Maldita Latina dos infernos.
[...]
Tomei o ultimo gole do café quente, pegando o pequeno lenço de cor marfim para limpar os cantos da boca. Olhei no relógio, vendo que já estava tarde demais. Levantei da mesa em direção ao banheiro, retoquei o batom vermelho que estava usando aquela manhã. E então, peguei minha bolsa para sair da suíte, há essa hora Anahí já tinha tudo resolvido com a minha estadia naquele lugar. Eu tinha plena confiança, a mesma cuidava até minhas contas e meus cartões de credito.
Dei uma ultima olhada pelos cômodos do quarto, verificando se não havia esquecido nada. Então sai da suíte, e quando fechei a porta me deparei com Anahí no corredor, encostada na parede um tanto pensativa.
- Annie? – Perguntei.
A mulher em sobressalto me fitou assustada.
- Oi.
Eu semicerrei os olhos em sua direção, e ela se encolheu. Eu me aproximei devagar analisando seu jeito.
- Está tudo bem, amor?
Ela assentiu com um sorriso fraco, quase nulo.
- O que está fazendo parada aqui? Porque não entrou?
- Eu...- Ela começou a falar calmamente – Estava em uma ligação com Melany, acabei de desligar.
Eu a fitei por alguns segundos, e ela suspirou. Anahí estava um tanto estranha, sua respiração era agitada, e seus olhos tinham receio.
- Aconteceu alguma coisa?
- Por que?
Levantei a mão até seu rosto, fazendo um carinho de leve em sua pele tão macia e cheirosa.
- Você está tensa Anahí, quer me contar?
Ela se encostou na parede, e mordeu os lábios pensativa.
- Não aconteceu nada Meu amor, eu só estou um pouco estressada. Você ainda tem que descer para assinar os papeis do check out .
Eu assenti, e beijei sua testa devagar.
- Tudo bem, nos vamos lá, certo?
- Sim, e depois vamos subir para pegar o helicóptero. Seu jatinho não ficou pronto a tempo, e eu deixei claro para eles que você precisava hoje. – ela bufou irritada.
Eu sorri de canto, e puxei seu corpo em um abraço.
- Não se preocupe, vamos de helicóptero.
- Vamos ter que cancelar a primeira reunião na empresa hoje por causa disso.
- Oh Deus, minha mulher está estressada demais. Quer entrar nessa suíte outra vez? Eu prometo fazer você relaxar.
Ela sorriu, e mordeu os lábios com um olhar desafiador.
- Teria coragem?
Eu sorri, e encostei o corpo dela novamente na parede atrás de si.
- Teria coragem de fazer aqui se deixar.
Dulce suspirou pesado assim que minhas duas mãos entraram por de baixo de seu vestido social.
- Não, pare. A gente tem que ir. – Disse ela se desvencilhando de meus braços, eu apenas dei de ombro e a segui em direção ao elevador.
Enquanto assinava alguns papeis Anahí andava de um lado para o outro no telefone com Alfredo, informando tudo que devia ser passado na reunião de hoje. O mesmo havia voltado bem cedo para Miami, e com meu atraso devido ao jatinho, administraria a reunião. Ela estava visivelmente alterada, tensa. E isso me deixava um tanto agoniada. Anahí mesmo com a enorme quantidade de tarefas sempre mantinha a calma, e hoje estava bem diferente disso. Talvez estivesse cansada, depois de nossa noite movimentada a mesma não havia dormido quase nada. Assinei o ultimo documento do hotel, recebendo um sorriso amigável do senhor da recepção, e então me juntei a morena estressada ali.
- Terminou?
Eu assenti.
- Então vamos Sra. Savinon. O helicóptero está a nossa espera.
Na frente de todos Anahí não ousava me chamar pelo primeiro nome, e não mantinha qualquer tipo de intimidade. Eram relações restritas ao trabalho, até ficarmos sozinhas é claro. Caminhamos em direção ao elevador principal que nos levaria até o ultimo andar, onde o helicóptero já estava a nossa espera.
- Já vai tão cedo?
Eu parei, e me virei. Dando de cara com a infeliz presença de Keana em minha frente.
- Tenho muitos compromissos.
Keana sorriu cínica, e fitou Anahí atrás de mim.
- Bom Dia Anniezinha.
Seu tom de voz indicando intimidade fez todo o sangue do meu corpo ferver. Anahí apenas assentiu com um sorriso fraco.
- Se nos dá licença temos compromissos. – Falei, colocando a mão na cintura de Anahí.
- Claro vossa majestade, o reino precisa da rainha não é mesmo?
- Exatamente, temos que cuidar para os plebeus não invadirem a corte achando que são reis.
Se nossos olhares pudessem ter raios, Keana e eu já havíamos nos destruído. Ela apenas sorriu, e então me retirei com Anahí de perto daquela mulher.
[...]
O voo estava sendo em puro silencio, havíamos acabado de decolar. Anahí estava de um lado e eu do outro, ela mantinha os olhos atentos sobre os prédios que agora pareciam minúsculos para nós. Seus olhos estavam um tanto perdidos, e seu jeito pensativo. Eu coloquei minha bolsa de lado, e devagar me aproximei mais dela.
- Está tão calada.
Ela sorriu assim que eu afastei seus cabelos para o lado e depositei um beijo em sua nuca.
- Estou apenas pensando.
Dei outro beijo, e deslizei a ponta do nariz em sua pele macia, sentindo o cheiro refrescante que ela tinha.
- Pensando em que?
Ela fechou os olhos, e eu beijei seu pescoço. No mesmo instante Anahí se arrepiou, me fazendo sorrir.
- Nesses problemas todos, estou ficando louca. – Sussurrou.
- Você tem que manter a calma, se estressar e ficar assim não vai ajudar.
- Como Dulce? Tenho tanta coisa pra resolver.
- Eu estou aqui para você, meu amor.
Anahí me fitou no fundo dos olhos e sorriu. O sorriso daquela mulher me desmontava inteira, eu ficava me perguntando se era normal ser tão otaria por Anahí Portilla. Eu já nem me reconhecia, a morena de olhos azuis e quentes havia derrubado a barreira de ferro que me protegia. Para Anahí, eu era apenas a simples Dulce. Por algum motivo nessa vida, meu eu interior havia escolhido ela para ser o meu refugio, meu ponto fraco. O meu céu e o meu inferno.
- Eu sei, Dul. Me desculpe. – Sussurrou cabisbaixa.
Havia algo de errado com ela, eu sabia disso. Mas esperaria ela se sentir segura o suficiente para me contar.
- Não tem que se desculpar. Eu estou aqui para você, okay?
Ela assentiu, e eu me aproximei. Tomando seus lábios carnudos e tão macios em um beijo calmo.
No inicio foi só o contato de nossos lábios se movendo, mas não me contentei somente com aquilo. Com delicadeza deslizei a ponta da língua nos lábios de Anahí que rapidamente entendeu meu recado, abrindo espaço para aprofundar mais nosso beijo. Eu suspirei pesado quando senti o toque aveludado da língua dela com a minha, era tão macia e deliciosa que eu quase gemi. Deslizei a minha língua sobre a dela devagar, chupando de forma lenta e intensa. À medida que os minutos estavam passando nosso beijo se aprofundou mais e mais, se tornando rápido e intenso.
Minha mão pousou sobre a coxa de Anahí, apertando com força que a fez gemer baixinho. Era incrível a necessidade de tê-la, de possui-la, a forma como seu corpo me fazia perder o controle facilmente. Em um solavanco, eu puxei seu corpo com força, obrigando a mulher a sentar em meu colo. Anahí fechou os olhos e suspirou pesado quando minha língua entrou em contato com a pele de seu pescoço.
- Dulce, meu Deus!
Sua voz saiu fraca e ofegante. Mas eu nem me importei, pelo contrario. Eu continuei, arranhei suas coxas lentamente, fazendo com que Anahí cravasse as unhas em minha nuca.
- Os pilotos, oh merda! – Exclamou quando mordi seu ponto de pulso - Vão nos ver assim.
Era no mínimo excitante toda aquela situação. Anahí estava sentada em meu colo, com o vestido parcialmente levantado. O piloto estava concentrado mais a frente, mas se caso virasse para trás veria mais coisas do que devia. Eu sorri maliciosa para ela, e me inclinei para frente, abaixando as persianas do vidro que nos separava. Graças a Deus o helicóptero que estávamos era o maior que eu possuía. O mesmo era dividido ao meio, como se fossem duas cabines, uma para os pilotos e o outro para os passageiros. Entre os dois havia apenas uma porta de segurança em casos de emergência.
- Prontinho Srta. Portilla.
Dulce semicerrou os olhos em minha direção e negou com a cabeça.
- Você é tão safada.
Eu não pude evitar o sorriso que escapou de meus lábios. Eu mirei sua boca entreaberta, e sem falar absolutamente nada deslizei minhas mãos que estavam sobre seus joelhos, deslizando sobre a pele suave de suas coxas até entrar para baixo de seu vestido, por fim encontrando o elástico da fina calcinha que ela estava usando.
- Você adora quando eu sou assim Anahí, aceita.
- O qu-e – Ela ficou um tanto desconcentrada. – O que esta fazendo?
- Aproveita a cortesia do voo Srta. Portilla.
Foram minhas palavras antes de puxar sua calcinha com força a ponto de fazer o tecido de renda arrebentar. Anahí gemeu com ato de brutalidade, e antes que a mesma pudesse reclamar eu tomei sua boca em um beijo feroz. Minhas mãos correram para barra de seu vestido, puxando o mesmo para fora de seu corpo. Eu puxei devagar, vendo seu corpo nu sobre mim. Naquela fração de segundos tudo parecia estar em câmera lenta. Você consegue entender? Ter aquela morena sentada em seu colo dentro de um helicóptero em pleno voo, ficando totalmente nua a sua frente? Era alucinante.
- Você é a mulher mais gostosa que eu já vi em toda minha vida.
E como se minhas palavras fossem magicas, os olhos de Anahí assumiram um brilho diferente. Ousado e sensual. Ela sorriu diabólica.
- Humm, é?
Perguntou com um tom de voz rouco, enquanto desatava o fecho de seu sutiã que rapidamente foi ao chão. Deixando seus seios pequenos e durinhos tão expostos para mim. Eu nunca me cansaria de olhar para eles, tão lindos e deliciosos. Com as duas mãos eu segurei e apertei devagar. Uma, duas, três vezes. Anahí analisava tudo com os olhos bem atentos.
- Sim, porra você é tão boa.
- Se sou tão boa, prova. Prova de mim Dulce.
As mudanças de personalidades dentro daquela mulher era a ruína de qualquer ser humano. Em um momento ela poderia ser doce e meiga, com aquele sorriso que destrói sua vida. Mas em outro ela simplesmente pode te render a qualquer ordem, a qualquer desejo. Eu sorri, e me inclinei para frente, para então deslizar a ponta da língua sobre o mamilo rígido e rosado de Anahí.
Ela mordeu o lábio inferior, arqueando a costa para me oferecer mais. E a sensação de tê-los em minha boca era indescritível. Eu o suguei faminta, rodeando a pequena aréola rosada bem rápido. A pequena mão de Anahí rapidamente pousou em minha cabeça, apertando meu coro cabeludo com certa força. Dando-me apenas mais um impulso para continuar, eu soltei um e passei para o outro. Mesmo involuntariamente o corpo da morena se movimentava sobre o meu, causando sensações que juro não poder conter.
- Você os chupa tão gostoso Dulce..Isso..Mova a língua mais rápido.
Meu nome saiu tão arrastado de sua boca que eu quase gemi. Eu senti meu sexo úmido, e latejante. Mas continuei, e só parei quando deixei os seios de minha mulher totalmente sensíveis ao toque. Anahí colocou as mãos em minha nuca, puxando meu rosto em direção ao seu. Olhamo-nos profundamente por cerca de alguns segundos intermináveis, em seus olhos eu pude ver o quanto tudo aquilo era louco e excitante.
A morena deslizou a língua pelos lábios e os uniu ao meu, maltratando com uma vontade arrebatadora. Eu gemi, e puxei seu corpo nu para mais junto do meu. Então cravei as unhas em suas nadegas com força, fazendo Anahí morder meus lábios. Apertei seu corpo, forte e rápido. Ela suspirou pesado e abriu os olhos em direção aos meus assim que toquei sua boceta tão molhada.
- Merda, você está fodidamente quente e úmida aqui.
Ela não falou nada, apenas continuou com os olhos vidrados nos meus. Devagar com o indicador e o dedo do meio deslizei entre as dobras de seu sexo tão macio. Eu pude sentir meus dedos melados deslizando de cima a baixo da boceta de Anahí.
- Amo sentir você assim, sabia? Amo ver como sua buceta fica pronta para mim.
- Não faça tantos jogos, não temos tanto tempo. – Sussurrou movendo seu quadril de leve, forçando meus dedos contra seu sexo.
- E como você quer? Hum? Diga para mim Srta. Portilla.
Falei distribuindo beijos pelo seu colo, subindo para o pescoço até chegar ao lóbulo de sua orelha onde chupei bem rapidinho. Ela gemeu, fazendo-me pensar que estava amando aquilo.
- Quero você me fodendo bem gostoso, do jeito que só você sabe fazer Dulce.
Eu tremi no exato instante que ela terminou aquela frase, ela sabia exatamente o que dizer e na hora certa a dizer. Eu masturbei Anahí por alguns minutos, fazendo ela se mover em meu colo pra frente e para trás devagar. Meus dedos deslizavam com tamanha facilidade entre as dobras de sua boceta que a qualquer momento eu poderia a penetrar sem o menor esforço.
- Hum! Isso, esfregue com mais força.. – Pediu.
E assim eu fiz, com três dedos eu fazia uma pressão gostosa sobre o clitóris inchado dela. Movendo sem parar, rodeando aquela região tão gostosa. Minha vontade mesmo era de chupa-la todinha, mas me contentaria com aquilo no momento.
- Assim? Está bom para você Giovanna?
- Mais, eu preciso de mais Dulce!
Apoiei a cabeça sobre os ombros da mulher que gemia baixinho para que ninguém nos ouvisse. Loucura, eu sei, pois o barulho do helicóptero não deixaria isso acontecer. Mas Anahí se mantinha controlada, para meu azar. Eu amava ouvir seus gemidos desesperados e sedentos. Dei mais duas voltas ao redor de seu clitóris e então para surpresa da mulher afundei dois de meus dedos em seu sexo totalmente encharcado.
- Oh Dulce!
Um gemido alto e surpreso escapou de seus lábios. Anahi se arqueou para trás com a boca totalmente aberta, em um perfeito O. Deus, aquela era a visão do paraíso, Anahí completamente nua, com os cabelos ondulados soltos feito uma bela cascata caindo perfeitamente sobre sua costa, deixando seus seios totalmente amostras para mim. Ela voltou ao normal, apoiando as mãos no estofado do banco atrás de mim. E começou, por Deus, ela começou a mover seu quadril, obrigando meus dedos a entrarem e saírem de sua boceta devagar. Eu sentia meus dedos mergulhando em seu interior quente, molhado e totalmente apertado. Eu pisquei algumas vezes e a cada instante eu aumentava a velocidade das estocadas.
- Puta merda! Anahí! – Eu gemi entorpecida.
Ela começou a se mover mais rápido e forte, na medida que seu desejo pedia por mais, e aquilo estava me deixando tonta.
- Assim, assim Dulce...- Disse, lambendo a ponta dos lábios.
- Assim Anahí? – Estoquei fundo e forte.
- Oh! Caralho! – As palavras saiam engasgadas de sua boca. – Foda-me mais forte, vai!
Ela dizia em desespero para um orgasmo. Enquanto seu corpo se movia freneticamente sobre mim. Anahí praticamente cavalgava sobre meus dedos, subindo e descendo seu corpo. Fazendo seu quadril rebolar de forma gostava em meu colo.
- Oh Deus, é tão gostosa sensação de sua boceta engolindo meus dedos. Eu poderia foder você assim por horas e horas.
- Gosta? Gosta de me ter assim Dulce? – O tom de sua voz era tão rouco de tesão que me molhava inteira.
Seus olhos perversos me fitaram com tanto desejo, eu senti minha boca secar. Aquele lugar parecia ser pequeno demais para nós, o calor estava ficando totalmente insuportável, eu queria arrancar todas as roupas de meu corpo. Anahí subia e descia rápido, forte. Eu podia ver as gotas de suor escorrerem por seu pescoço, se perdendo entre suas curvas tão deliciosas. Estávamos tão ofegantes e suadas, o clima dentro daquela cabine estava tão quente que os vidros começaram a embaçar ao nosso redor.
- Eu amo, porra eu amo comer você assim!
Anahí não parava, nem se quer um minuto. Não diminuía a velocidade, e nem a intensidade. Com uma das mãos ela virou seu cabelo totalmente de lado, deixando um lado de seu pescoço amostra. Eu me inclinei e beijei o mesmo, para depois aspirar forte seu cheiro. Anahí tinha um cheiro refrescante e feminino, e agora um tanto sexual.
- Dulce! Oh Deus, Dulce eu vou gozar tão gostoso pra você.
- Vai? Então goze Anahí, goze nos meus dedos.
- Porra! – Exclamou movendo seu quadril tão rápido, fazendo sua bunda bater com força em meu colo. Por Deus, eu fechei os olhos apertando minhas coxas para não gozar, mas seria impossível. Meu sexo latejava, e toda aquela situação me obrigada a me jogar de um precipício chamado orgasmo.
Anahí apoiou a mão na janela embaçada, deixando a marca de seus dedos ali. E moveu seu corpo intensamente, enquanto meus dedos entravam em saiam depressa em sua boceta que os apertou com força. Porra, ela estava gozando. Eu estoquei forte, tocando seu ponto de mais prazer. Era alucinante, ela mantinha os olhos fechados, eu podia ver as veias de seu pescoço elevadas, indicando que a pressão em seu corpo era mais forte do que poderia suportar. Ela se arqueou e continuou os movimentos, fazendo seus seios se saltitarem a cada estocada de meus dedos em sua buceta totalmente encharcada.
- Merda! Você tem a porra de uma forma tão gostosa pra me foder. – Rosnou perdida em no prazer que estava sentindo.
Com a outra mão deslizei sobre uma de sua nadega, e apertei com força ajudando seus movimentos, até que ela não aguentou mais. Anahí se moveu, mas foi parando gradativamente sobre meus dedos. Junto a ela eu havia embarcado no prazer do ápice, sem ao menos ter sido tocada. O poder em dar prazer a Anahí já era o suficiente para mim.
Eu inclinei a cabeça para trás, encostando no banco. Procurando o ar que havia escapado de meus pulmões quando Anahí se moveu, saindo de meu colo. Antes que eu pudesse perguntar alguma coisa eu senti as mãos de Anahí em minhas coxas. O que diabos ela estava fazendo?
Eu me inclinei e a fitei. Anahí estava ajoelhada a minha frente com um olhar perverso, por Deus.
Anahi POV
Dulce me olhou surpresa. Talvez não imaginasse que eu ainda tivesse disposição para continuar depois desse fodido orgasmo que havia acabado de me dar. Mas justamente por ter sido tão bom que eu iria recompensa-la. Eu sorri perversa, mordendo o lábio inferior.
- O que você..- Ela tentou falar, mas eu fiz um sinal claro para que ela se calasse. E Dulce não ousou me desobedecer.
Eu me ajoelhei, e sobre total visão dos olhos de Dulce. Levantei sua saia bem devagar, deixando-a exposta. Usando somente uma calcinha de renda preta que mantinha um contraste tão maravilhoso com sua pele clarinha.
- Minha cortesia desse voo para você Sra. Savinon. – Falei fingindo cordialidade.
Eu não podia negar como tudo aquilo parecia incrivelmente excitante. Em toda minha vida, eu nunca havia imaginando transar dentro de um helicóptero em pleno voo. Se ele caísse nesse momento, eu juro que não iria me importar. A respiração de Dulce estava totalmente descompassada, e eu faria continuar. Levei minhas duas mãos a calcinha rendada de minha mulher, e desci bem devagar. Vendo como a mesma estava totalmente encharcada.
Meu Deus, ela era meu fim.
- Não pode gemer muito alto Sra. Se controle, okay?
Dulce negou com a cabeça, e eu sorri diabólica. Assim que desci sua calcinha totalmente, passando por seus saltos agulhas na cor preta. Aspirei o cheiro que a mesma me proporcionava, era maravilhoso. Dulce tinha a porra de um cheiro fodidamente delicioso.
- Você tem uma boceta tão cheirosa, que só sinto vontade de fodê-la a vida toda.
- E o que está esperando?
- Você implorar.
- Não comece a brincar comigo Anahí.
Eu sorri, e afastei as pernas de Dulce. Deixando-a totalmente aberta para mim. Deus, eu estava hipnotizada. Ver Dulce tão entregue assim não era para muitos, na verdade, apenas eu tinha aquele direito agora. Ela era linda ali também, rosada e molhada.
Eu me inclinei para frente, depositando beijos em suas coxas, onde deixei pequenas mordidas. Dulce se moveu um pouco, mas continuou ali, analisando cada movimento que eu fazia. Então, continuei meu caminho, depositando beijos molhas até chegar a sua virilha. Ela gemeu, gemeu apenas por eu chegar perto de onde eu mais queria.
- Estão tão sedenta assim, amor?
- Filha da puta. – Resmungou furiosa.
Com a ponta da língua lambi o liquido delicioso que escorria de sua buceta. Mas sem entrar em um contato direto com ela. Dulce estava inquieta, ansiosa. Mas eu não, estava com toda calma que esse mundo poderia me dar. Eu foderia ela, e foderia bem gostoso. Lambi toda sua virilha, de cima abaixo. Então fiquei ereta, com uma cara fingindo inocência.
- Misericórdia, por favor. Coloca a porra da sua boca na minha boceta de uma vez!
- Adoro você rude, mandona.
Dulce de tanto se remexer no assento fechou mais as pernas, que cuidei de rapidamente abri-las outra vez. Eu me aproximei de seu sexo, soltando uma lufada de ar que fez ela se arrepiar. Dulce suspirou forte, e gemeu no exato momento que lambi sua boceta quente.
- Oh Meu Deus! – Ela gemeu se abrindo mais para mim.
E eu lambi mais uma vez, de baixo para cima bem devagar.
- Puta merda, caralho Anahí!
Dulce estava tão desesperada que se contorcia sobre o banco. Eu lambi de novo, e de novo. Arrancando gemidos roucos e engasgados de sua garganta. Com dois dedos eu abri as dobras de sua boceta encharcada para deslizar a ponta da língua em movimentos frenéticos e intensos. No mesmo instante o corpo de Dulce se arqueou sobre o banco, e gemidos descontrolados rasgaram sua garganta.
- Isso! Porra, isso...faça mais.
Ela tinha um sabor delicioso, exótico e doce. Eu deixei sua boceta aberta para atacar onde ela mais sentia prazer, fechei a boca em um pequeno bico para sugar forte aquela região. Aquilo parecia ter deixado ela totalmente fora de orbita, sua mão apertou meu coro cabeludo com força, forçando minha cabeça para continuar. E eu apenas obedeci, chupei seu sexo com a vontade que eu tinha de um orgasmo. Dulce fechou os olhos com força, e eu pude ver as veias de seu pescoço elevadas, seu rosto vermelho, sua boca entreaberta deixando escapar sua respiração pesada e seus gemidos roucos.
- Merda, você esta acabando comigo! Chupe, isso Anahí, chupe!
Eu movia minha língua tão rápida sobre seu clitóris, que Dulce passou a remexer seu quadril forçando mais contato. Ela estava totalmente perdida em reboladas contra meu rosto. Eu podia sentir seu liquido melar meu queixo, mas nem sequer me importei. Meu único objetivo ali era dar prazer aquela mulher. E estava conseguindo, Dulce com carinho afastou meus cabelos para um lado só, me fitando enquanto eu lambia sua boceta sem parar.
As palavras saiam desconexas pela boca dela, Dulce choramingava por mais. E eu dei, penetrei Dulce com dois dedos e continuei a chupa-la. Eu abri os olhos e a vi cravar as unhas no banco de couro do helicóptero com força. Ela estava suada, quente. Meu Deus, aquilo tudo era louco demais. Eu já não sabia se o piloto nos ouvia, mas já não me importava mais com isso. Eu fodia Dulce de duas maneiras e com a mesma intensidade. As estocadas acompanhavam o ritmo de minha língua que circulava seu clitóris com intensidade.
- Caralho! Ana-hi! Eu vou gozar, porra eu vou gozar..
Seus dedos apertaram meu cabelo com força, forçando mais e eu fiz. Estoquei meus dedos fundo em sua boceta enquanto chupava forte. Até que senti os mesmos serem comprimidos em seu interior com uma força violenta. Dulce estava gozando deliciosamente, seu liquido escorreu entre meus dedos com uma força mais forte que o normal, e em uma quantidade bem maior.
- Oh Jesus! – Ela gemeu.
Eu estava simplesmente maravilhada com tudo aquilo, que cuidei de lamber tudo até seu corpo gradativamente parar. Dulce encostou a cabeça para trás e sua respiração ofegante fazia com que seu peito subisse e descesse depressa.
- Anahí, eu...- Ela tentou falar.
Eu sorri e me levantei, sentando em seu colo novamente. Mas dessa vez apenas para lhe roubar um beijo, um beijo demorado.
- Essa com toda certeza entrou para lista dos melhores de toda minha vida. – Sussurrou entre meus lábios, me fazendo sorrir.
- Tem uma lista?
- Tenho, e todas elas foram com você.
Eu sorri novamente, e beijei seus lábios macios, fazendo a mesma sentir seu próprio gosto.
- Eu te amo muito.
- Eu te amo muito mais Annie.
Depois de alguns minutos ouvimos o ruído dos fones, Dulce havia desativado quando começamos a nos agarrar. A mesma ligou novamente, recebendo a mensagem que iriamos pousar. Por Deus, eu arregalei os olhos nervosa, e tratei de me vestir. Eu estava totalmente nua, ao contrario de Dulce que apenas vestiu sua calcinha. Coisa que eu nem tinha mais, pois a mesma cuidou de rasga-la.
- Veja o que fez, como vou ficar sem calcinha Savinon?
Ela soltou uma risada divertida, e pegou a mesma de minha mão, colocando no bolso de seu sobretudo.
- O que pensa que está fazendo?
- Vou guardar de recordação da nossa foda aérea.
Soltei uma risada involuntária, e tentei pegar de volta. Mas ela negou, disse que era dela agora.
- Você só pode esta louca! - Falei ajeitando meu vestido visivelmente amassado.
- O que? Vai dizer que não acha isso excitante? Vou guardar em minha gaveta na sala.
- Não pense nisso!
- Posso fazer uma coleção delas Srta. Portilla. Eu li isso uma vez, em uma historia muito boa. Uma empresaria que mantinha uma relação com a secretaria, coisa puramente sexual. Sempre que elas transavam, a empresaria rasgava sua calcinha e guardava.
Eu a fitei com os olhos semicerrados.
- Por isso você é tão safada, fica lendo essas coisas!
- Era ótimo, qualquer dia procuro para você ler comigo. - falou maliciosa.
Eu neguei com a cabeça e sentei ao seu lado, ajeitando meu cabelo desgrenhado.
- Vamos pousar Srta. Portilla. Haja naturalmente.
Em poucos minutos pousamos na sede da matriz da Savinon Industry. O piloto assim que desligou a nave, desceu abrindo a porta do helicóptero para nós. Eu nem sequer olhei para o rosto dele, não queria ter a sensação de saber se ele havia ouvido ou não o que tinha acontecido ali. Dulce sorriu cumplice para mim. Então caminhamos para a entrada, onde avistamos Angelique.
Ela sorriu, mas logo semicerrou os olhos em nossa direção.
- Bom Dia Boyer! – Dulce falou animada.
Angel me olhou, e depois olhou para Dulce.
- Jesus Cristo, vocês estão com cara de acabaram de transar.
Eu acho que todo meu sangue se concentrou em minhas bochechas. Dulce apenas riu e deu de ombros.
- Vantagens! – Disse minha namorada.
- Dulce! – Exclamei.
- Meu Deus, suas pervertidas! E eu aqui esperando para reunião enquanto as duas fodendo no helicóptero! Dulce foi bom? Eu nunca fiz isso. Acho bom você me emprestar!
- É só pedir Boyer.
- Você fique calada – Disse apontando para Angel - E você Savinon se comporte. Temos uma reunião agora.
- É Dulce, a patroa ai manda em geral.