Fanfics Brasil - Novos tempos A Stripper ---- Portinon ( ayd)

Fanfic: A Stripper ---- Portinon ( ayd) | Tema: Anahí & Dulce


Capítulo: Novos tempos

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                  Anahi POV


 


 



Eu não sei exatamente por quantos segundos eu paralisei naquele instante. Meu corpo ficou totalmente estático assim que ouvi Dulce terminar aquela frase. A mulher me encarava com aquele par de olhos castanhos tão intensos e marejados, eu poderia ver neles a ansiedade e sua inquietação, porém a emoção do momento. Estavam lindos, com uma tonalidade clara e suave, quase demonstrando calma. O que definitivamente não me representava.



O pedido de Dulce havia me pegado totalmente desprevenida, deixando meu emocional feito uma montanha russa cheia de altos e baixos em tão pouco tempo. Era incrivelmente assustador o que ela me fazia sentir. Suas doces palavras acompanhadas de seu olhar penetrante haviam me deixado sem chão, mas me acolhido em um amor sem tamanho. Não era exagero, mas eu juro que poderia ouvir os meus batimentos fortes e acelerados, a sensação era de que a qualquer momento ele poderia sair pela minha boca.



Dulce se remexeu a minha frente, dando o balanço suave na água da hidromassagem, ela tocou com o polegar a pele de minha mão, fazendo um carinho leve. Ela ainda esperava a resposta. Acorde Anahí! Diga sim! Meu subconsciente gritou alarmante para meu corpo paralisado.



- Então..- Ela sussurrou, deixando que seus olhos baixassem a minha mão, para em seguida voltar a se conectar aos meus. - Você aceita se casar comigo, Annie?



Meus labios se curvaram em um sorriso, que fizeram meus olhos ficarem semicerrados, deixando que as pequenas lagrimas escorressem por meu rosto. Soltei uma forte lufada de ar, liberando a emoção que preenchia meu peito com tanto fervor.



- É claro que eu aceito, Dulce. -Disse me inclinando para frente, para abraçá-la com todo o amor que eu poderia oferecer naquele momento. - Eu aceito! - Sussurrei em seu ouvido.



Eu poderia jurar que Dulce estava sorrindo, sua respiração descompassada revelava isso. A mulher envolveu meu corpo em um abraço forte, deixando-me sentir de forma evidente o quão acelerado seu coração palpitava. Saber que Dulce, uma mulher tão bem controlada e segura de si estava nervosa ao me pedir em casamento era maravilhoso. Ela suspirou em um alivio evidente por minha resposta e se soltou de meu abraço com um sorriso escancarado em seu rosto. Eu já disse que o sorriso dela me tirava de orbita? Era apenas mais uma das coisas no qual eu amava nela.



Dulce me olhou no fundo dos olhos, ainda sorrindo. E devagar capturou minha mão direita, para sem delongas deslizar o lindo e delicado anel em meu dedo. Meu coração batucava forte, revelando apenas o quão importante para mim aquilo estava sendo. Quando o anel se posicionou perfeitamente em meu dedo, ela inclinou minha mão e levou até seus labios macios, que pousaram com delicadeza sobre o lugar onde o mesmo estava.



- Eu vou te fazer a esposa mais feliz de todo esse mundo, Anahí. - Sussurrou me fitando. - Eu prometo.



Eu inclinei meu corpo, ficando de joelhos no chão da hidromassagem. As mãos de Dulce pousaram em minha cintura, no intuito de me aproximar mais dela. Eu prontamente me aproximei, sentei em seu colo, fazendo minhas pernas ficarem ao redor de sua cintura. Encostei minha testa junto à dela, podendo sentir sua respiração irregular contra meu rosto. Estávamos de olhos fechados, apenas aproveitando toda a sensação que aquele momento estava nos oferecendo. As mãos delicadas de Dulce subiram e desceram por minha costa em um carinho leve, cheio de amor.



- Sei que sim, confio em você, Amor. - Sussurrei para ela.



Dulce roçou a ponta do nariz pela maça de meu rosto bem devagar, até que seus labios encontraram os meus com leveza. Deslizando os mesmos contra os meus, arrancando suspiros involuntários de mim. Talvez eu nunca pudesse explicar a sensação de beijar Dulce, nenhum tipo de palavra seria o suficiente para descrever. Mas eu sentia aquela explosão de sentimentos dentro de mim quando me entregava a ela com tanto fervor. Você consegue entender? Quando você está nos braços da pessoa que você mais ama, e tudo que você quer é nunca mais sair dali? Quer que o mundo inteiro pare, para que você possa prolongar aquele momento por mais tempo que conseguir. Você quer apenas sentir aquilo, viver toda a eternidade que aquele momento pode lhe oferecer.



- Eu te amo, Anahí. Eu te amo! - Sussurrou com um sorriso lindo, assim que soltou meus labios.



Eu sorri para ela, sentindo a felicidade tomar conta de mim.



- Eu te amo, Dulce. Te amo muito. - Murmurei segurando seu rosto com minhas mãos.



Dulce inclinou a cabeça para cima, e abriu os olhos para fitar os meus com intensidade.



- O que você fez comigo? - Perguntou, enquanto com a ponta dos dedos ela contornava a linha de meu maxilar.



Eu fechei os olhos e respirei fundo, para rapidamente abrir e fita-la. Com os dedos eu coloquei uma fina mexa dos cabelos dela para trás de sua orelha, enquanto ela ainda me observava atentamente.



- Eu apenas amei e desejei você com toda as minhas forças, Savinon. - Sussurrei.



Com o polegar eu desenhei o contorno de seus labios tão macios, Dulce fechou os olhos deixando-se levar pelo carinho tão suave. Ela inclinou a cabeça para o lado, beijando a palma de minha mão.



- Minha Annie. - Sussurrou com um sorriso de canto.



Eu sorri para ela com a gota de esperança que havia dentro de mim. Dulce era o extremo de minha vida, ela me levava ao cume de minhas emoções em um estalar de dedos. Eu poderia estar em meio à guerra, em meio ao caos, mas se ela estivesse do meu lado, segurando a minha mão e dizendo que tudo ficaria bem, eu não duvidaria de suas palavras, pois ela realmente poderia realizar. Em um dia tão obscuro, e triste ela foi à única que me trouxe um sorriso de felicidade. Eu não tinha duvidas, Dulce María era a melhor coisa que havia acontecido em toda minha vida, e eu não deixaria aquela chance escapar. Ela seria minha, para sempre minha.



Aquela noite não aconteceria absolutamente nada, tudo que eu precisava era estar nos braços dela e me sentir segura. E foi exatamente assim que ela fez. Depois de mais alguns minutos na banheira, saímos juntas, e de forma cuidadosa ela secou meu corpo com a toalha macia, vestiu-me um de seus moletons grossos e uma calcinha branca. Eu me arrastei até sua enorme cama, coberta por um edredom branco e confortável. O quarto estava frio devido à central de ar ligada, fazendo os pelhinhos dos meus braços arrepiarem. Aconcheguei-me debaixo das grossas cobertas, quando senti a mulher se juntar a mim. Dulce puxou meu corpo para colar ao seu, e eu prontamente o fiz. Envolvi um de meus braços por cima de sua barriga lisinha, fazendo um carinho com a ponta dos dedos na carne de sua cintura, Dulce suspirou e me abraçou.



- Obrigada. - Sussurrei tímida.



- Pelo que, Annie?



Eu poderia ouvir sua respiração serena,e as batidas compassadas de seu coração.



- Por ser tão maravilhosa comigo, Dulce.



Ela sorriu, e acariciou meus cabelos.



- Obrigada você por existir, Meu amor. -  falou depositando um beijo em minha cabeça.



Eu me sentia cansada, e totalmente sonolenta. Aconcheguei-me mais em seu abraço, ficando com o corpo parcialmente sobre o seu, dando-me a oportunidade de colocar o rosto na curva de seu pescoço, sentindo o cheiro gostoso de sua pele tão macia. Eu não sei por quantos minutos ela me fez carinho, só senti meu corpo ser embalado pelo sono.



[...]



Sai do elevador e caminhei em passos apressados até a porta do apartamento de Dulce. A mulher agora fazia total questão que Mari e eu sempre dormíssemos com ela. No inicio eu me senti um pouco desconfortável por imaginar que estaria incomodando, mas Dulce dava sinais diários que nossa convivência estava sendo maravilhosa, e como ela mesma nos dizia estávamos começando uma nova vida. Vasculhei em minha bolsa as chaves da porta, enquanto deixava a mala em pé do meu lado. Eu havia pegado uma boa quantidade de roupas de Mari para levar até o apartamento, a menina estava animada com a idéia de moraríamos todas juntas. Depois da morte de Tisha a pequena garota ficou muito triste, mas tanto Dulce quanto eu nos fazíamos presente em seu dia a dia. Tanto que hoje, minha mulher resolveu sair mais cedo do trabalho para passar o dia com minha irmã. Será que poderia ser melhor?



Encontrei o molho de chaves e destravei a porta, entrando no apartamento. Tirei meus saltos, dando graças a Deus pelo alivio de sentir o piso frio. Deixei a mala perto do criado mudo localizado no canto esquerdo da sala de estar, quando ouvi um barulho vindo do banheiro. Semicerrei os olhos, e segui em direção ao mesmo, notando que no meio do corredor havia uma grande quantidade de rolos de papel higiênico espalhado pelo chão.



O que estava acontecendo aqui, meu Deus?!



A risada de Dulce soou forte do cômodo, e eu apressei o passo para me deparar com aquela confusão. O chão do banheiro estava totalmente tomado com a enorme extensão de papeis por todos os lados. Mari soltou uma risada alta enquanto fazia algo com o rolo em suas mãos. Quando adentrei o cômodo, o ser nas mãos de Mari latiu alto, me assustando.



- Meu Deus! O que está acontecendo aqui? - Exclamei com a mão no peito.



Elas me encararam de olhos arregalados, e o pequeno cachorro desceu da cadeira onde estava e caminhou até meus pés, no qual cheirou por alguns segundos enquanto seu rabo balançava de um lado para o outro de forma frenética e animada.



- Ahh! - Dulce começou, sem saber o que dizer. - Oi Amor! - Disse com um sorriso forçado.



Eu franzi o cenho em sua direção, cruzando os braços por debaixo do seio. Encarando a mulher com uma expressão quase assassina.



- Uma das duas pode me explicar? - Perguntei impaciente.



Dulce engoliu em seco, e se aproximou desviando de todo o papel enrolado pelo chão. A mulher parecia um pouco receosa, porém a expressão divertida em seu rosto era evidente. Maldita.



- Esse aqui é o...- Começou falando enquanto seus olhos procuravam o cachorro que rasgava entre os dentes os papeis no chão. - Cronos! Compramos ele essa manhã no shopping.



- Gostou dele, Gigi? Lindo né?! - Mari falou animada, pegando o pequeno labrador de cor caramelo do chão. Ela inclinou o mesmo para mim que estava parcialmente enrolado com o papel higiênico.



- Lindo é o estado que vocês deixaram esse lugar! Eu posso saber o que estavam tentando fazer com o pobre do animal?



- Mari disse que seria divertido fazer dele uma múmia. E não achamos a gaze na maleta de primeiro socorros. Então..- Dulce cortou a frase olhando por todo o banheiro, para em seguida colocar os olhos nos meus e dar de ombros.



- Eu devia ficar muito brava com as duas! - Exclamei irritada.



- Annie! Qual é? Depois a empregada vem limpar tudo. - Dulce falou me puxando pela cintura.



- Eu não posso deixar vocês duas sozinhas por um dia, que vira uma bagunça!



- Gigi você parece uma velha resmungando! Dulce aceita brincar comigo sempre.



Eu semicerrei os olhos para a menor que saiu correndo com o cachorro no colo. O pobre coitado estava sendo amassado e sacudido em meio aos seus braços finos. O silencio de instalou no cômodo, até eu virar novamente em direção a Dulce que estava parada com as duas mãos juntas frente a seu corpo, e uma cara que dizia "Sou inocente."



- Você está muito encrencada!



Ela sorriu abertamente e se aproximou, tomando posse de minha cintura na qual colidiu contra a sua assim que me puxou.



- Não seja malvada! Estávamos no shopping e aquele cachorro nos olhou com uma cara que quase implorava por ser comprado. - A mulher falava de forma que fingia sofrimento.



- Está tentando me comover? - Perguntei com uma das sobrancelhas arqueadas.



Dulce fitou meus olhos.



- Estou conseguindo? - Fez um careta, e eu neguei com a cabeça reprimindo um sorriso.



- Vai Annie! Não fica assim. - Ela me agarrou, distribuindo pequenos beijos em meu pescoço.



Isso era golpe baixo, maldita.



Fechei os olhos sentindo seus labios macios deslizarem delicadamente pelo meu ponto de pulso, enquanto suas mãos apertavam minha cintura com a força certa.



- Isso é jogo sujo.



Sussurrei meio perdida, sentindo-a sorri contra minha pele. Dulce aprofundou mais os carinhos, e agora com a ponta da língua ela deixava rastros pelo meu pescoço até o lóbulo de minha orelha. Eu arfei quando ela chupou de leve, fazendo o ar que saia de sua boca ir de encontro ao meu ouvido. Suas mãos delicadas desceram até meu bumbum, apertando devagar.



- Mari pode aparecer. Não vai ter nada agora, se aquiete. - Falei me soltando de seus braços.



Dulce sorriu, com a língua entre os dentes e se aproximou novamente. Em passos lentos como um felino.



- Se afasta! - Soltei em meio a uma risada nervosa.



- Por quê? Tem medo de não conseguir parar? - Disse ela de forma provocante.



Que filha da puta!



Dulce agarrou minha cintura novamente, e em um solavanco puxou meu corpo para o seu com força.



- Eu ainda estou brava. - Tentei parecer convincente.



Mas ela apenas soltou um sorriso sacana.



- Só não te pego agora, porque Mariana está vindo ai e Mari pode aparecer. Caso contrario, Srta. Portilla você estaria em minha cama agora. - Sussurrou maldosa contra meus labios.



Com uma das mãos segurei em sua mandíbula, apertando um pouco par aproximar seu rosto do meu.



- Safada! - Exclamei olhando para seus labios.



Dulce fez jus ao que eu havia a chamado, e apertou meu bumbum novamente.



- Gostosa. - Disse piscando para mim.



Eu sorri, e ela veio de encontro a meus labios em um beijo intenso que só foi interrompido quando sentimentos algo se mover perto de nossos pés. Eu soltei Dulce vendo Cronos nos encarar e soltar um latido agudo. Até que Mari apareceu na porta.



- Ahh! Cronos achei você! - A menina gritou. - Dul, sua irmã acabou de chegar. - Mari disse capturando o pequeno cão.



- É Com você Anahí! - Dulce falou saindo com Mari do banheiro.



O dia seria cheio.



 


              Dulce POV


 



Minha manhã havia sido maravilhosa, o que eu não poderia dizer o mesmo da parte da tarde. Já que agora eu estava em uma exaustiva reunião com empresários importantes do Japão que estavam interessados nos processo da Savinon Industry. Era uma ótima oportunidade é claro, eu estava imensamente feliz com o futuro contrato, mas entre estar na companhia de minha noiva, minha irmã e Mari era infinitamente melhor do que a dos japoneses tão sérios. Enquanto Alfredo Flores apresentava nosso modo de trabalho, e objetivos ao lado da projeção feita. Eu lia algumas das clausulas do contrato, tudo estava se encaminhando bem, até o final da reunião teríamos uma nova parceria.



Olhei para ambos os lados, sentindo a falta de Anahí naquele lugar. A mulher estava agora com minha irmã preparando tudo para o jantar em família, no qual eu informaria aos meus pais que estava de casamento marcado. Deus! Como tudo pode ter mudado assim? Posso jurar que jamais imaginei isso! Há tempos atrás eu me casaria com Beatrice, mas nada foi de forma tão natural como estava sendo com Anahí. O pedido havia partido por parte dela, e todo interesse em fazer o casamento também, já com Anahí não. Era a união de nossos desejos para o futuro.



Não demorou muito, e logo todos sentados ao redor da mesa estavam aplaudindo a apresentação de Alfredo, que para ser sincera havia sido magnífica. Conversamos por alguns minutos, e por fim fechamos o contrato. Mais um aliado da Savinon Industry.



- Você foi incrível! - Falei abraçando meu amigo que sorria animado.



- Eu confesso que estava nervoso, mas fico feliz que tenha dado tudo certo! - Ele falou caminhando ao meu lado.



- Eu também fico! Você se dá muito bem nessa área comercial. Tem futuro.



Ele me encarou com um sorriso.



- Acha mesmo?



- Claro! Estou até pensando em te mudar de lugar. - Falei enquanto entrava em minha sala. O moreno sem perder o ritmo acompanhou meus passos, entrando logo após de mim.



- Não diga isso nem brincando!



- Não gostaria de ir para esse setor? Alfredo, você iria viajar o mundo todo a negócios.



- Isso é o sonho da minha vida, Dulce! Mas não quero ficar longe de Melany. - Ele comentou pensativo.



Eu sorri, tirando o meu sobretudo para colocar no encosto do sofá.



- Pode colocar ela como sua secretaria, assistente. Mão direita, não sei.



O homem me encarou, com os olhos semicerrados.



- Está brincando? Você está bêbada, Dulce?



Soltei uma risada, enquanto me servia de um pouco de café.



- Claro que não! As coisas vão mudar por aqui. A Savinon Industry está conseguindo novas parecerias e eu tenho que ter pessoas de confiança para organizar.



- Quer dizer posso colocar a Melany para me ajudar? Digo ela poderia ser a supervisora. Procurar contatos com empresas importantes, e fiscalizar na área comercial que está em alta no mercado. Me ajudaria bastante.



- Isso é uma ótima idéia, Flores. - Falei tomando um gole do café quente, e doce.



- Meu Deus, eu tenho que beijar os pés de Anahí.



- Porque?



- Como por quê? Essa mulher te virou do avesso. Agora você é uma Dulce mais leve, de mente aberta e bem humorada.



Eu semicerrei os olhos na direção do homem que me encarava com um sorriso irônico.



- Aproveita que eu estou numa fase ótima. Caso contrario você sabe como posso ser.



O home rapidamente se levantou da cadeira onde havia sentado.



- Eu sei exatamente. É por isso que as pessoas temem você!



- E vão continuar temendo. Apenas dou oportunidade a quem merece Alfredo. E tanto você, como Melany merecem isso. Só quero deixar claro, que preciso de resultados. Ficar transando com sua assistente em horário de trabalho não é algo que eu gostaria de saber. - Falei firme, porém paciente.



Meu Deus, eu era tão cínica. Mal sabia que eu fazia isso com Anahí o tempo todo. Mas como dizem por ai:



Façam o que eu digo, mas não faça o que eu faço.



- Ok! Senhora Savinon, você não vai se arrepender.



- Tenho certeza que não Alfredo.



[...]



Vi Mari carregar Cronos para todos os lados como um boneco, a pequena menina havia amado o cachorro desde o primeiro momento que o viu. E eu simplesmente não pude resistir de comprá-lo, ele realmente era uma gracinha. Estávamos agora na sala de estar junto a minha irmã conversando sobre toda a bagunça que o mesmo havia feito em apenas um dia. Enquanto Anahí se arrumava no quarto, a morena passou a tarde dizendo que deveria estar apresentável para a chegada de meus pais para o jantar no qual anunciaríamos o nosso casamento.



Eu particularmente achava aquilo um exagero da parte dela, Anahí não precisava fazer qualquer esforço para ficar bela. Mas enfim, apenas aceitei. Eu já estava pronta, usava um vestido vermelho de caimento leve, não havia sequer algum tipo de decote, mas a forma como pano se moldava em meu corpo permitia uma sensualidade na medida certa. De acordo com Anahí aquele vestido me deixava com um "corpão", nós pés calçava um salto preto fino.



- Você está muito bonita, Dul.



Mari falou enquanto sentava ao meu lado.



- Você também está muito linda, Mari. - Falei acariciando as madeixas escuras da menor.



- Dulce? Nossos pais chegaram! - Mariana exclamou caminhando em direção a porta.



Assim que minha irmã abriu a porta pude ouvir a voz de meus pais inundarem o ambiente. Minha mãe abraçou Mariana com a saudade grande, já que agora a garota havia resolvido que moraria em Miami, bem longe da casa dos pais.



- Dul! - Meu pai falou animado.



Senti minha boca se curvar em um sorriso largo ao ver Fernando se aproximar animado.



- Que saudade de você, filha. - O homem falou me abraçando fraternalmente.



- Senti sua falta também, papai. - Sussurrei sendo acolhida em seus braços.



Estar com meu pai sempre era maravilhoso, eu me sentia tão segura e amada quando ele me envolvia em seus braços com um abraço protetor.



- Você está maravilhosa, cresceu muito.



Soltei uma risada baixa, enquanto me soltava de seus braços.



- Filha! - Minha mãe se aproximou, dando-me um abraço apertado. - Que saudade de você.



- Muita saudade, mãe.



- Onde está, Anahí?



Meu pai perguntou enquanto vasculhava com os olhos por todo ambiente.



- Ela está se arrumando, disse que queria ficar apresentável. Exagerada.



- Exagerada mesmo, Anahí é maravilhosa. - Minha mãe completou com um sorriso.



- Sentem-se, se sintam a vontade.



- Oh Deus, quem é essa garotinha linda aqui? - minha mãe perguntou olhando para Mari.



- Essa é a famosa Marichelo Portilla. Irmã de Anahí. - Disse sorrindo.



- Olá Mari, quem é esse seu amigo aqui? - Minha mãe perguntou fazendo um carinho na cabeça de cronos.



- Esse é o Cronos, nós compramos ele hoje! - Falou ela animada. - Como você se chama?



- Sou Blanca, mãe de Dulce.



- Muito prazer Dona Blanca. - Disse ela estendendo a pequena mão para minha mãe em um cumprimento educado.



- Muito educada a Senhorita. - Minha mãe falou apertando a mão da menina. - Veja Nando, essa é a irmã de Anahí.



Fiquei de longe vendo a interação de meus pais com Mari, e eles pareciam ter amado a pequena. Ficaram alguns minutos conversando com a mesma que tratou de responder tudo da melhor maneira possível. Mariana correu até a porta assim que o interfone tocou, por seu rápido comentário Selena e Melany haviam acabado de chegar. De inicio as duas ficaram um pouco sem jeito de estar perto de meus pais que eram donos da empresa no qual ambas trabalhavam, mas logo perceberam que ele não era o que diziam por ai.



- Fico muito feliz que gostem tanto de trabalhar na Savinon Industry. Confesso que ela me dá uma dor de cabeça daquelas! Acreditam que a filial de Miami ainda não está pronta? É um caos! Mas um dia quem sabe ela não se torne a matriz. - Ele falou animado.



Todos nós trocamos um olhar cúmplice, mas sem deixar que meu pai percebesse. Com exceção de Mari, todas ali sabíamos da doença que o mesmo tinha, e não comentaríamos nada a respeito disso. A discrição de ambas as amigas de Anahí me deixaram mais calma.



- Não se preocupe Sr. Savinon, tenho certeza que será um sucesso. - Melany falou paciente.



- Dulce, quer que eu chame Anahí? - Mariana se aproximou.



- Ah! Não, deixa que eu vou! Com licença gente, eu vou apressar Anahí.



- Anahí sempre demora demais! - Melany exclamou sorrindo.



- Até demais da conta Srta. Castro. - Falei me retirando.



Segui em direção ao meu quarto, deixando os familiares e amigos para trás. Abri a porta do quarto devagar, mas nem sinal de minha namorada ali dentro.



- Anahi?



- Oi meu amor! - Gritou do banheiro.



- Não me diga que ainda está tomando banho. - Resmunguei sentando em minha cama.



- Não apressada, eu só estou terminando de me arrumar. - Disse em voz alta.



- Daqui a pouco o jantar termina e você não aparece, Annie. Suas amigas e meus pais já estão lá embaixo, só faltam Angel e Lucy que já estão a caminho. - Disse um pouco impaciente.



- Não seja exagerada, Savinon. Eu já terminei. - Falou ela atraindo minha atenção.



Anahí encostou-se à soleira da porta com um sorriso largo. Por Deus, ela estava linda. Meus olhos analisaram desde os pés da latina que estavam cobertos por um salto alto preto, com tiras na parte de cima. Até o começo de suas coxas onde havia uma leve abertura do vestido azul marinho que ela usava. O mesmo era de gola alta, e sem mangas, tinha um caimento sutil por suas tão sinuosas curvas. Seu cabelo estava solto, partido ao meio deixando que as ondulações se moldassem ao redor de seu rosto delicado, coberto por uma fina camada de maquiagem.



Ela estava linda.



- Está me deixando sem jeito. - Sussurrou, dando-me a chance de perceber que estava corada.



Levantei da cama devagar, dando passos até me aproximar dela. Anahí virou de frente para mim, encostando sua coluna completamente na soleira da porta. Diminui quase toda a distancia entre nossos corpos, fitando os olhos azuis intensos daquela mulher.



- Você está incrivelmente linda. - Sussurrei levando uma das mãos até a cintura dela.



- Que bom que gostou, me arrumei para você.



Anahí envolveu meu pescoço com os braços, aproximando sua boca da minha, para sugar meu lábio inferior com gosto. Eu inclinei meu corpo para frente, pressionando contra o dela que agora estava novamente encostado na parede. Minhas duas mãos puxaram o corpo da morena contra mim, fazendo-me sentir o calor daquela pele macia. De forma sutil ela adentrou com sua língua em minha boca, dando seguidas chupadas em minha língua. Aquilo estava me deixando seriamente perdida. Minhas mãos subiram por sua coluna, pressionando-a mais contra mim, a ponto de seus seios ficarem apertadinho contra os meus, para em seguida descer até o enorme volume de sua bunda no qual apertei com gosto. Ela suspirou entre meus labios, pressionando os olhos que estavam fechados.



- Dulce...- Murmurou entre os labios.



Desci com os beijos por sua mandíbula, depois para o lóbulo de sua orelha no qual chupei devagarzinho, a fazendo apertar meus cabelos com certa força, que apenas me impulsionou a continuar. Com a ponta da língua deslizei por aquela região até descer em seu ponto de pulso.



- Pare..- Sussurrou mais para ela, do que para mim.



Minha língua se movia freneticamente por aquela região, dando a ela suspiros involuntários a cada instante que se passava. Desci com uma das mãos até sua coxa, erguendo até a altura de minha cintura. O que ajudou bastante para eu me encaixar com ela. Com habilidade adentrei seu vestido, deslizando avidamente minhas mãos por aquela pele tão quente.



- Deus! Seus pais estão lá embaixo! - Exclamou com a respiração falha.



- Deixe eles, não vão se importar. - Sussurrei para ela e voltei aos seus labios.



Nosso beijo era intenso, quente quase esfomeado. Minha língua procurava a de Anahí para degustar tudo que ela poderia me oferecer, em chupadas fortes e arranhões leves na nuca. Eu estava ficando inebriada. Levei a ponta dos dedos até o tecido da calcinha pequena que ela usava, sentindo a umidade presente ali. Soltei um sorriso sacana contra sua pele, na qual mordi.



- Pare, por favor! Temos que ir até eles. - Ela me encarou com a boca vermelha.



- Tem certeza que quer sair daqui? - Perguntei deslizando a ponta dos dedos sobre o clitóris molhado da latina.



- Oh, sua maldita! - Ela gemeu. - Me deixe..



- Adoro você assim, sem controle. - Sussurrei em seu ouvido, pressionando aquela região tão sensível. Fiz um rasto com beijos por seu pescoço, até apertar a pele fina entre os dentes bem devagar.



- A culpa é sua! Oh!



Circulei o pequeno nervo diversas vezes sem parar.



- Chega! Temos que descer. - Ela se soltou de meus braços com a respiração ofegante.



Soltei uma risada cínica, e encostei-me à soleira da porta do lado onde ela estava. Ela semicerrou os olhos em minha direção, fingindo estar brava. Dei impulso com o corpo para me aproximar novamente dela, mas ela recuou.



- Se afaste! Eu já estou pronta, e com a calcinha em um estado deplorável. Você não pode fazer isso comigo.



Eu sorri abertamente, e me aproximei dela novamente, puxando seu corpo.



- Vou te dar uma folga por essas horas. Mas não pense que vai escapar de mim quando esse jantar acabar Srta. Portilla. Vamos continuar de onde paramos. - Sussurrei roubando um pequeno beijo de seus labios.



Descemos sobre olhares curiosos de Melany, Mariana, Selena e Angel que cochichavam alguma coisa. Meus pais estavam entretidos em uma conversa com Lucy, enquanto Mari brincava com o pequeno Cronos.



- Finalmente! - Angel exclamou alarmante, fazendo todos os olhares se voltarem a Anahí e a mim.



- Ahh que bom que apareceram meninas!



Enquanto Anahí cuidou de cumprimentar meus pais que a receberam com um sorriso largo, Angel se aproximou de mim cuidadosamente.



- Pelos seus labios inchados, posso ter o leve pensamento que estavam transando. - Sussurrou ela me fazendo ri.



- Não estávamos. - Afirmei.



- Sua cara de safada não diz isso.



- Pare, não aconteceu nada! Apenas uns beijos.



- Vocês são duas safadas mesmo!



- Não me julgue.



- Jamais! Lucy e eu demos uma parada no meio do caminho, então seria hipocrisia de minha parte julgar você.



Fitei a mulher com o cenho franzido.



- Voltaram de vez?



- Não! Ela diz que são apenas encontros, nada demais.



Soltei uma risada baixa, olhando em direção a Anahí que recebia um abraço de minha mãe.



- Não dou um mês para que vocês voltem de vez!



- Assim espero, Dulce.



- Meninas, se aproximem! Vamos jantar! - Mariana chamou.



O jantar transcorria animado, entre boa comida, risadas e conversa. Anahí estava sentada ao meu lado, e agora conversava com Mariana sobre a decoração de meu apartamento. De acordo com elas era tudo escuro demais. Não era culpa minha se eu gostava de um tom mais escuro.



- Dulce sempre emo gótica das trevas. - Angel falou fazendo todos soltar uma risada alta.



- Fica quieta Boyer. - A repreendi.



- Algumas paredes mais claras ficaria bom Sra. - Selena falou sorrindo.



- Pode me chamar de Dulce, Selena. - Disse.



- Deixem minha pequena, ela gosta disso. Não vejo mal! Se quiser pintamos seu quarto em casa de preto, Dulce. - Meu pai falou entrando na brincadeira.



- Vocês são todos uns chatos!



Anahi riu, e me fitou com um olhar feliz. Fiquei por alguns segundos olhando cada detalhezinho de seu rosto delicado. Desde seus labios rosados e carnudos, até seus olhos azuis tão quentes, sendo rodeado por uma mascara de cílios longos e negros.



- Quer um babador, Dulce? - Lucy perguntou na frente de todo mundo, me fazendo corar.



Anahí sorriu abertamente para mim.



- Minha filha nunca soube disfarçar muito. - minha mãe falou risonha.



Eu não podia acreditar que até minha mãe havia entrado nessa.



- Sempre soube, não era a toa que ela amava brincar com a prima Zoey. - meu pai falou rindo.



- Adorava é? - Anahí perguntou virando em direção a mim, com um olhar assassino.



- Eu era criança, não fiz nada! Juro.



- Até a uns 5 anos atrás elas ainda de encontravam. - Mariana falou com a sobrancelha arqueada.



Eu arregalei os olhos na direção de minha irmã que soltou uma piscadinha para mim.



- Nossa, a coisa vai ficar feia! - Melany sussurrou.



- Vai mesmo, Savinon! - Anahi fingiu estar seria. - Vamos conversar sobre isso depois.



- Você sabe que eu amo você. - Disse na frente de todos pela primeira vez. - E acho que está mais do que na hora de dizer aos meus pais isso.



A expressão de Anahí que até poucos minutos estava fechada, amoleceu, corando violentamente. Eu olhei por todas as pessoas que estavam na mesa e voltei a atenção a Anahí.



- A maioria aqui já sabe, mas queria esse jantar para contar oficialmente para todas as pessoas que julgamos serem importantes em nossa vida.



Meu pai me encarava com um sorriso, e minha mãe também. Os dois obviamente já imaginavam o que seria.



- Anahí e eu vamos nos casar. Eu Percebi que ela é a pessoa certa para dar sentido a minha vida, e graças a ela e agora a Mari também eu sou alguém melhor. - Disse, fazendo um carinho suave sobre as mãos da latina.



- Isso é tão lindo. - Selena sussurrou para Melany que sorriu.



- Fico realmente muito feliz com essa noticia, filha. Com toda certeza você não poderia ter escolhido alguém melhor. - meu pai falou de forma sabia.



- Concordo totalmente com Nando! Faço muito gosto da união das duas. - minha mãe continuou.



- Eu estou ficando emocionada. - Selena falou de forma sentida.



- Nada de lagrimas! Vamos fazer um brinde? - Lucy perguntou.



- Vamos! Porque bebida é sempre bom! - Boyer completou.



- Um brinde a Portinon! - Melany falou rindo.



- Portinon? - meu pai perguntou curioso.



- Pai, é o otp supremo! - Mariana falou nos fazendo ri.



- Amor, acho que significa Anahí e Dulce. - Pude ouvir minha mãe sussurrar para ele.



- Ah! Como não percebi isso antes?! Um brinde a Portinon!



Todos nós erguemos nossas taças de champanhe, exceto a pequena Mari que levantou seu copo com suco de laranja. E brindamos a minha união com Anahí. Eu poderia notar nas feições de minha namorada, a felicidade que transbordava de seus olhos. E não era para menos, toda aquela emoção transbordava em mim também. Faltava apenas um passo para a nova fase de nossa vida.



O casamento.




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Autor(a): Lene Jauregui

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                  Dulce POV       Levantamos as taças para o alto, brindando pela décima vez aquela noite. Os efeitos do álcool no ser humano eram incrivelmente desastrosos. Pensei ao tomar um bom gole do drink azulado em minha taça, já devia ser o sétimo copo em poucas h ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 92



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  • tryciarg89 Postado em 28/07/2023 - 14:47:45

    Simplesmente linda,ameiii demais essa história, parabéns escritora

  • aleayd Postado em 08/09/2021 - 22:06:51

    Olá! Desculpe atrapalhar os comentários, mas estou passando aqui para deixar o link de uma fic que estou escrevendo. Se puderem dar uma passada lá, eu ficaria muitíssimo feliz! A fic é Portiñon. Até pq sou apaixonada por esse trauma. https://fanfics.com.br/fanfic/61398/o-poder-de-um-grande-amor-portinon

  • juuhfdiniz Postado em 06/04/2020 - 22:12:31

    Eu só tenho a agradecer por ter terminado essa história fantástica, eu realmente amei e quero parabenizar vc *-*! Beijos

  • raylane06 Postado em 03/04/2020 - 19:05:41

    Adorando

    • Lene Jauregui Postado em 03/04/2020 - 20:07:17

      Fico muito feliz amoré

  • raylane06 Postado em 01/04/2020 - 00:19:11

    Cadê vc

    • Lene Jauregui Postado em 01/04/2020 - 15:25:59

      Atualizei amoré, Desculpa a demora

  • raylane06 Postado em 31/03/2020 - 12:31:57

    nao consigo le ta cortando ...

    • raylane06 Postado em 31/03/2020 - 13:52:15

      Consegui pelo celular.

  • juuhfdiniz Postado em 31/03/2020 - 12:20:17

    Amei, perfeito, maravilhoso, divino! Continua por favor, está sensacional. Meus parabéns

    • Lene Jauregui Postado em 01/04/2020 - 15:26:54

      Fico felizona por vc ter gostado amoré. Isso me incentiva

  • raylane06 Postado em 30/03/2020 - 14:58:26

    Próximo capítulo e show..

    • Lene Jauregui Postado em 31/03/2020 - 11:59:57

      É isso, postado amoré. Espero que goste

  • leticiaklyn Postado em 30/03/2020 - 14:09:00

    Como assim? Aaaah posta mais por favor!!

    • Lene Jauregui Postado em 31/03/2020 - 11:59:28

      Postado amoré, agora tudo vai fazer sentido

  • juuhfdiniz Postado em 30/03/2020 - 12:10:59

    Kkkkkkkk amei, amei, amei! Perfeito, mas quero a explicação

    • Lene Jauregui Postado em 31/03/2020 - 11:58:41

      Postado amor, tudo explicado.


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