Fanfic: A Stripper ---- Portinon ( ayd) | Tema: Anahí & Dulce

           Anahi POV

Depois daquele dia cansativo, voltei para casa onde estava Selena e Melany, conversamos o jantar todo sobre o novato dos recursos humanos que ficou de olho em nossa pequena.

- Fala sério, Sel, vai dizer que não achou o Justin bonito? – Mel falou rindo enquanto abria nosso apartamento

- Ele é bonito, Melany, mas eu não tenho tempo para namorar – falou jogando-se em nosso sofá.

- Veja isso, Nah: Sel não tem tempo para namorar, onde já se viu?

- Deixe ela Mel, Sel está bem assim.

- Não está. Ela pensa que está. Sexo faz bem pra saúde, sabia?

- Misericórdia, Melany! – Exclamou a garota.

Eu ri ao ver Sel tapando os ouvidos enquanto Mel falava dos benefícios do sexo para a saúde humana.

- Me escute e pare de ser besta Selena! Justin ficou afim de você, isso é óbvio. Amanhã você pode ir bem mais arrumada, vamos impressionar ele.

- Eu não quero impressionar ninguém, ele gostou de mim assim não é, Nah?

- Exato, ele tem que gostar dela como ela é!

- Eu sei, mas ela pode caprichar um pouco para ele, não é? Vê a Nah... depois da entrada da Savinon na empresa, só anda extremamente arrumada e cheirosa.

Arregalei os olhos, jogando uma das almofadas em Melany.

- Que mentira! Eu sempre fui assim.

Caminhei para cozinha fugindo do assunto.

- Agora eu tenho que concordar com a Mel,você anda bem mais arrumada, Anahí.

- Vocês estão ficando loucas! Eu não tenho, e nem terei nada com Dulce – gritei de onde estava.

- E Giovanna? – perguntou Mel.

- Pergunte a ela mais tarde Mel, eu não sei da vida dela.

- Eu sinceramente me sinto confusa com essa sua dupla identidade, será que isso é pecado?

Ouvi Sel falar, me provocando uma risada.

Tomei um pouco de água enquanto via nossas correspondências jogadas em cima do balcão.

Folheei os papéis que se resumiam em contas e propagandas. Uma em especial me chamou atenção, e estava em meu nome, rapidamente abri o envelope branco.

NOTIFICAÇÃO EXTRAJUDICIAL

A Sra. Anahí Portilla

REF.: Renovação de Locação de Imóvel – Casa Residencial Mista – RuaSW 51st Ave N˚ 14

Através da presente, fica Vossa Senhoria notificada de que não há mais interesse por parte do locador, em dar continuidade ao contrato de locação do imóvel acima descrito,em decorrência da falta de pagamento dos alugueres vencidos

Assim, nos termos da Lei 8245/91, fica Vossa Senhoria cientificada que deverá desocupar referido imóvel impreterivelmente, bem como saldar todo o débito existente até a mesma data, sob pena de sofrer as medidas cíveis cabíveis. 

Sem mais.

"Isso não podia estar acontecendo de novo, que inferno!" Pensei, relendo o pequeno papel em minhas mãos.

- Pare de ser besta Selena, aprenda algumas técnicas de sedução com a Nah, ela é experiente nisso – Melany falou rindo se aproximando de mim – O que houve? –perguntou assim que me fitou.

- É a imobiliária... mandaram uma carta para minha mãe desocupar a casa.

- Como assim, Anahí? Você sempre manda dinheiro pra sua família, o que está havendo?

Selena se aproximou percebendo que o assunto era sério.

- Eu não sei! As parcelas estão atrasadas, querem tirar elas de lá, Melany – esbravejei jogando a carta em cima da bancada.

Desde a partida de meu pai, fiquei responsável em ajudar minha família a sair da miséria em que nos encontrávamos. E graças a Taylor e a Imperium, eu consegui reerguer tudo o que perdemos com a jogatina suja de Enrique.

Mas de uns meses para cá, o pagamento da casa em que Tisha e minha pequena irmã Mari moravam estava atrasado por algum motivo que eu ainda não havia descoberto. Trabalhei por anos para conseguir manter a vida que elas mereciam para agora simplesmente o dinheiro sumir, sem explicação.

- Isso é muito estranho, Anahí, você deveria ir com a sua mãe e descobrir o porquê disso – Sel falou sentando ao meu lado, fazendo um leve carinho em meu braço.

- Ela não quer me ver, Sel!Já esqueceu que ela pensa que sou uma prostituta?

- Mas você não é, tem que ir lá e ver o que está acontecendo. Sua mãe pode ser despejada, será que ela entende isso?

- Eu não sei por que ainda sustenta essa mulher depois de tudo – ouvi a voz séria de Mel.

- Ela continua sendo minha mãe, Mel...

No dia em que voltei para casa depois de ter encontrado Taylor na cafeteria, minha mãe ficou imensamente feliz pela oportunidade que eu havia conseguido. Um emprego era tudo que eu precisava naquele momento. Por alguns meses eu consegui esconder que era dançarina em uma boate de Strip-tease. A mulher acreditava que eu trabalhava como secretária pessoal de Taylor e até aí tudo estava perfeitamente bem. Até o dia em que depois de dançar sensualmente para uma dezena de homens que comemoravam a despedida de solteiro de um rapaz, voltei para meu camarim dando de cara com Tisha sentada em uma das cadeiras.

"Então é nisso que você trabalha? Sendo uma puta?!

Lembro de sentir todo sangue de meu corpo parar ao ver seu olhar de ódio sobre mim.

- Mamãe...n-não é o que está pensando –tentei me explicar

- Não? É o que estou vendo! Você feito uma vagabunda naquele palco, Anahí! Olha só essas roupas – ela falava enquanto puxava os pequenos trajes que eu usava aquela noite.

- Você não pode falar assim comigo, é daqui que eu lhe tirei da miséria – soltei sem pensar.

- Pois fique com o seu dinheiro sujo, sua vadia! Que exemplo você quer dar a sua irmã? Vendendo seu corpo para qualquer homem que aparece!?

Suas palavras eram muito pior do que mil tapas, eu preferia apanhar daquela mulher ao ouvir tudo aquilo vindo de sua boca.

- Você é nojenta, garota, e eu pensando que você tinha um trabalho digno com aquela mulher! Mas na verdade era apenas uma cafetina e uma puta!

- Eu não sou uma prostituta, mãe! Eu apenas...danço.

Ela soltou uma risada debochada, causando um tremor em meu corpo. 

- Você dança como uma vagabunda naquele palco, Anahí. Quanto eles pagam para lhe levar pra cama? Hum?Eu não posso ter uma filha assim, eu tenho vergonha de ter uma filha assim!

A gritaria era ouvida de todo o interior do palco,pois rapidamente vi Melany entrar em meu camarim assustada.

- O que está havendo? – seu olhar era preocupado em minha direção.

- Não se meta, estou falando com minha filha! Filha não, com essa vagabunda! – suas duras palavras vieram acompanhadas de uma bofetada em meu rosto.

Mel correu até mim, me amparando como se fosse uma criança indefesa em seus braços

- Quem a senhora pensa que é pra tratá-la assim? Sua velha maldita! Saia daqui antes que lhe dê o troco.

- Olhe aqui, sua vadia, me respeite! – minha mãe falou encarando Melany peito a peito

- Eu respeito as pessoas que merecem respeito,não um verme asqueroso feito a senhora! Saia daqui agora! Saia!

- Eu não terminei a conversa com ela!

- Se não sair agora, eu mesma lhe coloco para fora!

Vi minha mãe sair daquela sala com um ódio descomunal, naquele momento eu senti meu mundo desabar, mas Mel estava ali para me ajudar"

Me levantei do sofá com a carta de despejo nas mãos pensando em como iria resolver aquilo. Mel me olhou de como quem não concordasse com aquilo.

- Mel, não fique com essa cara, eu não posso simplesmente deixá-la na rua.

- Você lembra de tudo que ela lhe disse, não é?

- É a mãe dela! – Sel a repreendeu.

Eu sabia que Melany tinha razão em ter receio. Só ela sabia como eu sofri depois daquele dia, mas eu não podia simplesmente deixar isso acontecer. Caminhei até minha praticamente irmã, lhe dando um forte abraço,e logo recebendo seus longos braços a minha volta. Vi o sorriso de Sel ao presenciar a cena.

- Se vocês não fossem tão diferentes, eu poderia jurar que são irmãs! – a pequena falou para nós duas.

- Nós somos, Sel. De coração, mas somos! Mas agora preciso resolver isso – falei mostrando a carta que ainda segurava.

- Pode pedir um empréstimo à Taylor, o que acha?

- É uma ótima ideia Mel, mas eu tenho vergonha de pedir algo a ela.

- Ah, qual é, Anahí!? Você é a dançarina que mais dá lucro a Imperium. Taylor não vai te negar isso.

- Concordo. Pelo pouco que sei, ela gosta de você, Nah!Vai lhe ajudar com gosto. Mas você precisa descobrir o que está acontecendo com o dinheiro que manda para sua mãe.

- Ela deve estar queimando... do jeito que aquela senhora é maluca, eu não duvido nada. – Mel falou me provocando uma risada.

- Meu Deus, Melany! Pare de implicar! – Sel lhe deu um tapa.

-É a verdade, Sel. Nem queira ver aquela mulher, parece o demônio quando está com raiva.

- Jesus! Não fale esse nome em nossa casa, pode atrair coisas ruins! – a pequena falou tapando a boca de Melany com a mão.

Em meio à tremenda dor que eu sentia por ler aquela carta, as duas me divertiam. Mas não me faziam esquecer do enorme problema que eu tinha nas mãos. Dobrei o pequeno papel colocando de volta no envelope. 

- Vá esfriar a cabeça, Nah, já esta atrasada.

Olhei para ela confusa.

- Do que está falando ?

- Hoje é sábado, esqueceu? Savinon a espera, baby – Mel brincou.

Tomei um susto ao olhar o relógio. Com tudo isso, havia esquecido que hoje Dulce iria me ver na Imperium. Céus!

- Meu Deus! Eu estou atrasada! – falei pegando minha bolsa e saindo porta a fora.

***

Coloquei o último acessório para finalmente desaparecer com a doce Anahí. No espelho,eu via apenas o sensual reflexo de uma mulher que colocaria Dulce aos seus pés essa noite.

Eu a vi sentada na primeira fila como nas outras vezes, e não pude evitar de sorrri. Hoje eu estava vestida como ela, feito uma empresária, um tanto mais vulgar admito, mas era em sua homenagem.

Assim que a luz se acendeu sobre mim, vi os olhos delas queimarem em minha pele.Ela estava ali para mim, para cortejar meu corpo.

E eu não podia evitar como aquilo me atraía,aquela noite eu dançaria somente para ela.

"Ah, Dulce... por que você faz isso comigo..."

Pensei ao iniciar a sensual dança naquele palco. Em nenhum minuto sequer seus olhos de castanha perderam o foco.Estava sobre mim, me despedindo com desejo que ali ardia. Eu poderia me sentir quente, excitada apenas com a forma que ela me olhava.

Caminhei em sua direção rebolando da forma mais sexual que podia, eu poderia jurar que suas unhas cravaram em suas coxas, ela deveria estar excitada. Soltei um sorriso, e logo seguida mordendo o lábio inferior. Eu a vi sorrir, e balançar a cabeça negativamente.

Caminhei para o outro lado do palco, onde vários homens gritavam meu nome, me cortejavam tanto quanto ela. Resolvi provocá-la essa noite, dancei sensualmente para os homens de terno que bebiam e me jogavam dezenas de dólares sobre o palco.Um deles se levantou, colocando uma nota alta na meia que eu usava na perna. Olhei para Dulce que,do outro lado, me fitava séria, brava. Aquilo era excitante, imagens dela possuindo meu corpo com fúria me deixa quente , molhada .

Tirei a primeira peça de roupa jogando para a mesa de homens em minha frente, que foram à loucura, e logo caminhei para perto dela novamente. Era notável sua raiva, seu tesão.

Mantive a linha de nossos olhares, enquanto tirava a saia social que me cobria, deixando-me apenas com a pequena lingerie rendada.

Os olhos dela desceram por toda extensão do meu corpo como quem me engolia. Porra!

Continuei minha dança, sendo guiada pela voz lenta e masculina que inundava o ambiente,me ajudando a seduzir aquelas pessoas ali,principalmente Savinon. Fiz a coreografia de poli dance, e ela ainda me fitava, tomando sua bebida em um pequeno copo de vidro. Eu a vi deslizar a língua sobre os lábios que tanto me apreciou degustar. Hoje eu a queria de novo,queria mais dela, queria senti-la.Oh, Céus! Eu estava perdida, mas só ela poderia me fazer esquecer de meus problemas. Eu não entendia a necessidade que eu tinha de seduzi-la.

Terminei a coreografia no poli dance e novamente me aproximei dela, rebolando lentamente para a mulher que me fitava de forma tão quente. Eu estava ofegante pelo esforço da coreografia, caminhei para mais perto e me ajoelhei no chão, ficando mais próximo. Mexi em meus cabelos enquanto meu corpo se movia com a música que, a qualquer instante, chegaria o fim. Lhe lancei um olhar intenso, indicando que queria vê-la. Vi o canto da sua boca se contrair em um sorriso cafajeste, ela havia entendo o recado.

Caminhei até o fundo do palco, encerrando minha apresentação daquela noite.

Rapidamente fui para meu camarim, vestindo o sobretudo por cima da lingerie que usava aquela noite. Ajeitei a máscara em meu rosto,e dei uma ótima olhada no espelho antes de sair ao encontro daquela mulher. Assim que desci as escadas, eu vi encostada no balcão principal com seu inseparável copo de uísque,ela parecia distraída, até colocar seu olhar quente sobre mim. Sorri para ela, e logo recebendo o mesmo gesto em troca. 

Andei na direção dela e lhe lancei um olhar, passando direto de onde ela estava. Dulce pareceu compreender meu desejo, e lentamente se desencostou do balcão e caminhou atrás de mim. Afastei-me do amontoado de gente seguindo para a parte vazia da boate, parando na parte mais escura.

Esperei poucos segundo até sentir suas mãos contornando minha cintura.

- Demorei? – sua voz saiu rouca e sexy.

- Não, chegou no tempo certo.

Dulce jogou meus cabelos para o lado direito do meu pescoço, aspirando meu perfume lentamente, fazendo com que seus lábios cautelosamente roçassem em minha pele.

- Você tem um cheiro bom, Giovanna... uma pele macia.

Inclinei-me para o lado, dando liberdade para ela prosseguir com as carícias. Dulce então deslizou os lábios por minha nuca, chegando à minha orelha onde mordeu levemente.

- Você foi maravilhosa hoje, como sempre. Você é tão boa no que faz...- a voz dela saiu arrastada, me fazendo sentir a umidade em meu centro.

- Sou? Gostou de como dancei para você Savinon?

Esfreguei meu corpo no dela que estava a poucos centímetros do meu. Senti suas mãos me apertarem com mais força

- Me provocou demais também, o que foi aquilo com aqueles caras? – ela falou firme, me virando de frente para ela.

- Eles estão aqui para me ver também, assim como você.

Ela me encarou e logo em seguida assentiu, fitando-me novamente.

- Sabe, Giovanna, eu não divido nada do que é meu, e nem o que acho ser meu. Você está incluída nisso. Mas eu adoro que todos desejem o que eu tenho, gosto que eles saibam que apenas Dulce María Savinon pode ter.

Seu excesso de confiança e sua arrogância me deixavam completamente louca. Dulce estava agora me encarando como estivesse faminta de seus desejos. Olhei para suas mãos que agora desmanchavam o pequeno nó de meu sobretudo. Eu, ligeiramente ofegante, passei a língua pelos lábios ressecados. Ela então inclinou a cabeça e encostou a boca na minha. Fazendo-me sentir seus lábios macios e firmes, com a pressão suave que eles exerciam. Suspirei e sua língua entrou na minha boca, sentindo meu gosto em longas e deliciosas lambidas.

Ela era confiante e muito habilidosa, colocando a quantidade ideal de agressividade para me deixar completamente excitada.

- Eu não sou sua – desafiei.

- Você é! Você é a minha Giovanna!- ela falou abrindo meu casaco mostrando meu corpo coberto apenas pela minúscula lingerie rendada.

Abri minha boca para protestar, mas Dulce logo a calou com um beijo molhado e luxurioso. Sua língua se movia devagar, fazendo com que eu desejasse que ela fizesse o mesmo entre minhas pernas. Minhas mãos foram diretamente para seus cabelos,passeando por eles, agarrando com força. Ela lançou os braços em minha volta, fazendo arquear o corpo. Ela com suas habilidosas mãos apertavam meus seios de forma ritmada por dentro do sutiã.

- Dulce...

- Shhh... – ela sugou meu lábio inferior, enquanto seus dedos beliscavam meus mamilos sensíveis. Por Deus! Ela estava tão ousada... - Não sabe o quanto me enlouquece dançando naquele palco

Eu tinha medo que alguém nos visse, mas meu corpo pedia a cada segundo por mais de seus toques. Meu peito subia e descia em uma respiração descompassada.

- Isso é p-perigoso – sussurrei.

- Eu sei, sei que isso é perigoso, mas eu preciso, Giovanna– ela falou firme, apertando forte minha bunda, cravando suas unhas em minha pele. 

Gemi.

- Não podemos...- tentei afastá-la

-Podemos, e devemos.- ela falou em meu ouvido, logo descendo em beijos quentes pela linha de meu pescoço, onde sua língua deslizava avidamente, enquanto sua perna pressionava no meio das minhas.

Sentia meu corpo febril, meu sexo molhado. Droga, ela me provocava um tesão descomunal. Ela beijava meu pescoço avidamente, e minhas mãos apertavam seu corpo contra o meu, eu precisava sentir mais dela.

- Tire a máscara.

- Sabe que isso eu não faço...

- O que tem de tão mal em eu ver seu rosto?

- Esse é um segredo que não vou desvendar –falei saindo de seus braços.

- Cheia de segredos...

Ela andou atrás de mim lentamente, enquanto sentei-me no sofá de couro marrom que havia ali.

-Não pense que já me conquistou, senhorita,eu sou bem mais difícil do que imagina.

Dulce sentou ao meu lado com um sorriso cafajeste, eu rapidamente me virei sentando no colo da mulher que me fitava. Ela mal podia imaginar que a mulher que estava em seu colo era mesma que esteve ao seu lado o dia todo.

- Isso é loucura! – ela falou encostando a cabeça para trás.

Abri um,dois, três botões de sua camisa, onde rapidamente beijei a pele pálida despida.

- Por quê?

- Eu nunca me envolvi assim.

- Com uma Stripper?

Beijei sua clavícula, deixando a língua subir pelo seu pescoço onde passei a chupar avidamente. Dulce apertou minhas coxas com força, me arrancando suspiros.

- Sim, você é minha ruína, Giovanna!

Inclinei-me para ela, deslizando as mãos por seus sedosos cabelos, e lhe fitei profundamente. Eu podia sentir seu hálito quente contra minha boca.

- Posso dizer o mesmo Savinon, você é o meu fim...

Tirei o lenço de seu pescoço e lhe vendei os olhos como na outra noite, Dulce sorriu para mim, e novamente tocou meu rosto de como quem buscava conhecer mais.

- Não sabe a vontade que tenho de vê-la, seu rosto deve ser lindo. – ela sussurrava enquanto dedilhava sobre meu rosto.

- Quem sabe você já viu...

- Impossível!

Segurei em seu rosto, puxando sua cabeça em minha direção, para logo sugar seus lábios macios. Dulce não perdeu tempo, adentrou minha boca com sua habilidosa língua,serpenteando sobre a minha de forma tão gostosa que me fazia suspirar. Senti suas mãos passearem por meu corpo apertando de forma tão gostosa e envolvente que sentia a vontade me entregar totalmente em suas mãos. Ela prosseguiu até chegar sobre o fino tecido de minha calcinha.

Suspirei.

- Você está tão molhada... – sua voz saiu rouca, arrastada. Enquanto seus dedos deslizavam levemente sobre o tecido úmido.

- Culpa sua...

- Minha... só minha – ela sussurrou, enquanto seus dedos se moviam sobre meu clitóris ainda por cima da renda.

Passei a mover meu quadril sobre o dela, na medida em que seus dedos brincavam comigo... eu não deveria, não devia. Pensei enquanto ela continuava a me acariciar. Dulce estava mordendo o lábio inferior, em uma expressão plenamente safada.Eu adoraria ver seus olhos, a cor quente que eles se encontravam, mas o fino lenço os cobria.

Fechei os olhos, e encostei a cabeça na sua, deixando nossos rostos colados, sentindo a respiração descompassada dela.

- Eu odeio você – sussurrei entre um gemido.

- É, eu sei...- ela falou com um sorriso de canto, puxando minha cabeça para um beijo quente.

Com habilidade a mulher driblou o fino tecido de minha lingerie, deslizando os dedos pela umidade, até se por sobre o meu clitóris.

Juro, juro por Deus que minha vontade naquele instante era de gemer ali, mas eu não me mostraria tão entregue. Dulce era firme,beijava minha boca, enquanto seu dedo indicador e o do meio se esfregavam sobre meu ponto de prazer. Fechei os olhos e agarrei seus cabelos com força. Dulce moveu seus dedos mais depressa, provocando uma onda de calor da ponta de meus pés para o corpo todo, se concentrando naquele ponto onde sua mão fazia um ótimo trabalho.

- Oh! Isso... – gemi

Eu queria mais, eu queria que ela continuasse,que me fizesse dela ali mesmo. Eu não me importaria, eu só precisava do seu corpo, dos seus beijos, dela dentro de mim. Mas não era a hora, eu precisava segurar no último fio de sanidade que me restava. Era uma tarefa praticamente impossível quando se tinha aquela mulher lhe masturbando com tanta vontade.

"Oh! Isso...faça mais." Pensei.

- Pare, eu tenho que ir – foi o que falei.

- O que? Por quê? – ela falou com a respiração pesada.

- Não é a hora certa para isso, acha que vai me ter tão rápido?

- Você quer tanto quanto eu, Giovanna – ela falou em súplica.

- Quem lhe garante? – tentei ser firme, apesar de meu tom de voz carregado de desejo me entregar.

- Seu corpo, suas reações...

- Quando eu lhe disser que quero, você fará. Enquanto isso esqueça.

Levantei do colo de Dulce colocando a máscara em meu rosto, ela então baixou sua venda, e me fitou com um sorriso moleque.

- Você está brincando, não é? – ela falou me puxando pela cintura.

A mulher perguntou, sentada naquele sofá, com sua blusa praticamente aberta, mostrando o sutiã delicado e extremamente sexy que usava. Sua pele alva coberta por marcas vermelhas de minhas mordidas. Eu precisava ser forte,ou eu sentaria de volta em seu colo,e só sairia depois de um bom orgasmo.

"Se concentre, Anahí" – disse em meus pensamentos, tentando não olhar para Dulce, que agora deixava pequenos beijos molhados pelo meu abdômen.

Me abaixei, ficando frente a frente com ela, e percebendo no mesmo instante que, aquela ideia não havia sido boa, entrar em contato com os olhos de Dulce era pedir para se render, mas eu respirei fundo, sendo firme.

- Eu não estou brincando. Eu mando aqui Savinon, esse é o meu Império. – lhe roubei o ultimo beijo antes de sair.