Fanfics Brasil - 13. The Duff - Adaptada Vondy (Finalizada)

Fanfic: The Duff - Adaptada Vondy (Finalizada) | Tema: Vondy


Capítulo: 13.

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Capítulo 13


O Dia dos Namorados também poderia ser chamado de Dia Anti-Duff. Quer dizer, que outra data poderia machucar mais a autoestima de uma garota? Não que importasse. Eu já odiava o Dia dos Namorados muito antes de ter me dado conta de meu status de Duff. Sinceramente, não era capaz de entender o motivo daquele feriado. Sério mesmo, é apenas uma desculpa para garotas choramingarem sua solidão e um caminho para os garotos conseguirem transar. Eu achava materialista, indulgente e, com todo aquele chocolate, nada saudável.


— É o meu dia favorito do ano! — comemorou Anahí enquanto dançava no corredor a caminho de sua aula de espanhol. Era a primeira vez que eu a via animada com alguma novidade desde a partida de Paco dois dias antes. — Todo aquele cor-de-rosa e vermelho! As flores e os doces! Não é divertido, Dulce?


— Claro.


Já fazia uma semana desde o jogo de basquete, e nenhuma de nós tinha mencionado a caloura desde que deixamos o ginásio naquela noite. Eu me perguntava se Annie já teria esquecido aquilo. Sorte a dela. Eu não conseguia. Não poderia. Aquela garota e sua semelhança comigo — a identidade Duff que dividíamos — estavam à espreita, bem atrás de mim, todos os dias desde que a vi.


Certamente não tocaria no assunto. Não com Anahí. Com ninguém.


— Que droga, eu só queria que o Derrick tivesse me enviado um cartão — disse ela —; isso teria sido perfeito. Acho que não podemos ter tudo o que desejamos, né?


— Não, não podemos.


— Você sabe, esse é o primeiro ano que nós três estamos solteiras! — continuou Anahí. — Ano passado eu estava com Terrence, e um ano antes Maite estava com Zack. Acho que poderíamos fazer uma festinha de Dia dos Namorados só pra nós. Seria muito divertido. Esse é provavelmente o último Dia dos Namorados que passamos juntas antes da faculdade, e nós não temos saído ultimamente. O que você acha? Podemos ir pra minha casa e celebrar!


— Parece uma boa ideia.


Anahí jogou um braço em volta dos meus ombros.


— Feliz Dia dos Namorados, Dulce!


— Pra você também, Anahí. — Sorri, apesar de não querer sorrir. Eu não podia me controlar. Anahí tinha um sorriso cativante, e era difícil ser negativa perto de alguém tão saltitante.


Chegamos à nossa sala de aula e descobrimos que a professora nos esperava.


— Dulce — disse ela quando passamos pela porta. — Acabei de receber um e-mail de uma das secretárias da recepção. Ela precisa da ajuda de alguns estudantes para distribuir as flores que nos foram enviadas. Como você está avançada com seu trabalho, importa-se de fazer esse favor para mim?


— Hum... pode deixar.


— Nossa, que divertido! — Jessica me libertou de seu abraço. — Você vai entregar as flores. É quase como se você fosse o Cupido!


Legal. Que divertido.


— Vejo você mais tarde — falei para Anahí enquanto deixava a sala de aula. Fui abrindo caminho por entre a multidão de alunos, lutando contra a corrente, tentando chegar à recepção da escola. Parecia haver casais em todos os cantos, demonstrando publicamente seu afeto — de mãos dadas, trocando olhares, dando presentinhos, agarrando-se — para que toda a escola testemunhasse.


— Nojento — murmurei.


Eu estava na metade do caminho quando a mão de alguém agarrou meu ombro com força.


— Olá, Duff.


— O que você quer?


Christopher sorria ironicamente para mim quando me virei para encará-lo.


— Eu só queria avisá-la que, se você decidir aparecer hoje à noite, é provável que eu esteja ocupado. Como é o dia do amor, minha agenda está consideravelmente lotada.


Agora ele estava soando como um amante profissional.


— Caso você esteja muito desesperada pra me ver, estarei livre em torno das onze horas.


— Acredito que eu possa sobreviver a uma noite sem você, Christopher — falei. — Na verdade, posso sobreviver até a eternidade.


— É claro que pode. — Ele soltou meu ombro e deu uma piscadela. — Vejo você hoje à noite, Duff. — E então partiu, desaparecendo no meio da onda de alunos que estavam prestes a chegar atrasados às aulas.


— Babaca! — resmunguei. — Meu Deus, como odeio esse cara!


Alguns minutos depois, cheguei à recepção onde a secretária, uma pilha de nervos, sorriu para mim com alívio.


— A sra. Romali a enviou? Por aqui, por aqui. A mesa está aqui. — Ela me direcionou a uma mesa dobrável verde cor de vômito. — Aqui está. Divirta-se!


— Isso parece pouco provável.


A mesa estava coberta — literalmente coberta — de buquês, vasos, caixas em formatos de coração e cartões. Pelo menos cinquenta pacotes vermelhos e cor-de-rosa estavam ali para ser entregues, e era meu o privilégio de distribuir tanta alegria.


Eu estava pensando por onde começar quando ouvi passos atrás de mim. Presumindo que seria a secretária voltando, perguntei sem me virar:


— Você tem a lista com as turmas para eu saber em que sala entregar cada presente?


— Sim, eu tenho.


Aquela não parecia ser a voz da secretária.


Eu me virei rapidamente, chocada com a voz que acabara de me responder.


Era a voz de alguém que eu conhecia muito bem, apesar de nunca — nem uma vez — ter falado diretamente comigo.


Pablo Lyle sorriu.


— E aí?


— Desculpe, pensei que era outra pessoa.


— Eu não pretendia assustá-la — disse ele. — Então você também caiu nessa armadilha, não foi?


— Pois é. — Eu estava aliviada em saber que minhas cordas vocais não


estavam paralisadas.


Como sempre, Pablo estava vestindo um blazer formal demais para a escola, o cabelo loiro caído sobre o rosto em um corte antiquado, tipo tigela. Adorável. Único. Inteligente. A personificação de tudo o que eu gostava em um homem. Se acreditasse em uma coisa idiota como o destino, pensaria que foi ele que nos unira no Dia dos Namorados.


— Aqui está a lista das turmas — disse ele, entregando-me um caderno esverdeado. — Acho que devíamos começar logo; isso provavelmente vai levar um bom tempo para ser feito. — Os olhos dele escanearam, através dos óculos ovais, a pilha de presentes. — Acho que nunca vi tantos tons de cor-de-rosa reunidos em um só lugar.


— Eu já, no quarto da minha melhor amiga.


Pablo riu e pegou um buquê de rosas brancas e vermelhas. Olhou para a etiqueta e disse:


— Acho que a forma mais rápida de fazermos isso é separar os presentes em pilhas de acordo com as turmas em que devem ser entregues. Isso vai tornar a entrega mais eficiente.


— Certo — falei. — Organizar de acordo com a turma. Tudo bem.


Percebi que parecia uma idiota com minhas respostas menos-do-que-eloquentes, mas não havia muito que pudesse fazer. Quer dizer, apesar de minha voz estar funcionando, isso não significava que eu necessariamente a usaria de forma adequada na presença de Pablo. A minha paixonite por ele já durava três anos, então, dizer que eu estava apenas nervosa seria subestimar meu estado naquele momento.


A minha sorte era que Pablo pareceu não ter percebido. Conforme fomos separando os presentes em pilhas, começamos uma conversa educada. Devagar, notei que estava ficando confortável em meu papo com Pablo Lyle. Um milagre do Dia dos Namorados! Talvez milagre seja uma palavra forte demais — teria sido um se ele tivesse me agarrado em seus braços e se deitado sobre mim ali mesmo. Podemos dizer que isso foi então um bônus do Dia dos Namorados. De qualquer forma, meu jeito imbecil de falar começou a sumir à medida que nossa conversa progredia. Obrigada, Deus.


— Olha só, tem uma pilha aqui para uma tal de Vikki McPhee — disse ele enquanto colocava uma caixa de bombons no topo da pilha. — Será que ela tem seis namorados diferentes?


— Pelo que sei, são três — falei. — Mas, para ser bem sincera, ela não me conta tudo o que acontece em sua vida.


Pablo balançou a cabeça.


— Puxa vida! — Ele pegou um cartão e conferiu o destinatário. — E você? Algum plano para hoje à noite?


— Não.


Ele colocou o cartão em uma das pilhas.


— Nem mesmo um encontro com seu namorado?


— Isso exigira que eu tivesse um namorado — respondi —, coisa que não tenho. — Evitando despertar qualquer sentimento de piedade por parte de Pablo, acrescentei: — E, mesmo que tivesse, não acredito que estaríamos fazendo algo especial. O Dia dos Namorados é uma data estúpida, uma desculpa patética para que exista mais um feriado.


— Você realmente acredita nisso? — perguntou ele.


— É claro que sim. Você sabia que o Dia dos Namorados é a data em que as pessoas mais contraem doenças sexualmente transmissíveis? Que motivo pra celebrar!


Nós dois começamos a rir juntos. Por um minuto, tudo soou muito natural.


— E você? — perguntei de volta. — Já fez planos com sua namorada?


— Bem, fizemos, sim — disse ele, suspirando profundamente, e continuou:


— O único problema é que terminamos no último sábado. Então esses planos estão oficialmente cancelados.


— Sinto muito.


É claro que não era verdade. A única coisa que eu sentia era êxtase e alegria. Meu Deus, eu era tão perversa...


— Eu também. — Houve uma pausa momentânea que estava quase se tornando constrangedora quando ele disse: — Acho que está tudo separado. Está pronta para começar a fazer as entregas?


— Estou pronta, mas sem um pingo de vontade. — Apontei para um vaso de flores. — Olhe pra isso, quase posso apostar que alguma garota pagou o envio para si mesma, apenas para parecer bem na frente dos amigos. Isso não é triste?


— Você está me dizendo que não faria o mesmo? — perguntou Pablo com um pequeno sorriso no canto da boca.


— Nunca! — respondi com orgulho. — Quem se importa com o que os outros pensam de mim? E se eu não ganhar um presente no Dia dos Namorados? É pura vaidade. Quem eu preciso impressionar?


— Não sei. Acredito que o Dia dos Namorados é uma data para se sentir especial — disse ele enquanto pegava uma flor do vaso grande. — Acredito que toda garota deva se sentir especial de vez em quando, até mesmo você, Dulce. — Ele se aproximou e pôs a flor atrás da minha orelha.


Tentei convencer a mim mesma que tudo aquilo era uma grande bobagem melodramática. Se qualquer outro cara — Christopher, por exemplo — tivesse tentado fazer alguma coisa parecida, provavelmente eu teria dado um tapa em sua cara ou rido dele. Porém, a única reação que tive foi sentir o rosto enrubescer enquanto os dedos de Pablo roçavam minha pele. Não era um cara qualquer. Era Pablo Lyle. O perfeito, maravilhoso, adorável Pablo Lyle.


Talvez o Dia dos Namorados pudesse ser suportável mesmo a uma Duff, afinal de contas.


— Vamos lá — disse ele —, escolha uma pilha e vamos começar a distribuir os presentes.


— Hum... certo.


Nós poderíamos ter entregado aquela pilha inteira antes do fim do primeiro período se a secretária não continuasse a trazer mais e mais presentes para a mesa cor de vômito. Começou a ficar claro para mim e para Pablo que iríamos trabalhar até a hora do almoço.


Não que eu me importasse em passar a manhã com ele.


— Não quero soar precipitado — disse ele quando voltávamos para a mesa, apenas cinco minutos depois do sinal do almoço —, mas acredito que terminamos.


Alcançamos a mesa vazia e sorrimos um para o outro, apesar de meu coração estar partido.


— Isso é tudo — falei. — Entregamos os últimos presentes.


— Isso mesmo. — Pablo se inclinou por cima da mesa. — Quer saber, estou feliz que a obrigaram a ajudar. Eu ficaria entediado se precisasse fazer isso sozinho. Conversar com você foi divertido.


— Pra mim também — respondi, evitando soar muito entusiasmada.


— Olha só — disse ele —, você não devia sentar no fundo da sala durante a aula de organização política avançada. Por que você não pega uma das carteiras que ficam atrás de Jeanine e de mim? Não existe motivo pra você ficar lá no fundo. Acho que você devia se juntar a nós... aos nerds da primeira fileira.


— Talvez. — É claro que eu ia fazer isso. Como poderia recusar um pedido de Pablo Lyle? 


— Dulce Saviñón? — A secretária se aproximou de nós. Não havia flores ou caixas de doces em suas mãos dessa vez. — Dulce, alguém veio pedir pra você sair mais cedo hoje. Vieram buscá-la.


— Ah... — falei. — Tudo bem. — Estranho. Eu tinha carro. Não precisava que ninguém viesse me buscar.


— Vejo você mais tarde, Dulce — disse Pablo, enquanto eu seguia a secretária para sua mesa na porta de entrada. — Feliz Dia dos Namorados!


Acenei antes que ele saísse do meu campo de visão, tentando lembrar se eu tinha alguma consulta médica marcada para aquele dia ou alguma coisa assim. Por que alguém pediria que eu saísse da escola mais cedo? Antes que eu pudesse imaginar todas as tragédias familiares possíveis, a resposta me atingiu como uma parede de tijolos, e fiquei estática.


Ai. Meu. Deus.


Ela estava parada em frente à mesa da recepção como se tivesse saído de uma produção em algum canto de Hollywood. Cabelos loiros, com mechas mais claras de sol caindo gentilmente sobre os ombros em ondas perfeitas. Usava um vestido justo um pouco mais curto, acima dos joelhos (sem meia-calça, é claro) e um par de saltos altos. Óculos escuros escondiam seus olhos — olhos que eu sabia que eram verdes. Ela ergueu os óculos e se virou para olhar o meu rosto.


— Oi, Dulce — disse a bela mulher.


— Oi, mãe.


...Vondy...



Por hoje é só, fofuríneas! Amanhã estou aqui de volta!


Comentem y Favoritem!


Besos y Besos, Líndezas!!!S2



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Autor(a): Srta.Talia

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 36



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  • Vondy Forever❤ Postado em 29/02/2020 - 01:10:05

    Adorei essa web do começo ao fim, e gostei do final o Pablo incentivando ela ir encontrar com o Christopher, e uma pena ela ter terminado, pode deixar que eu vou dar uma olhada nas suas outras webs, e também, vou aguardar você vim com novas histórias para gente, abraços fica com Deus...

  • Vondy Forever❤ Postado em 27/02/2020 - 18:21:27

    Ai que lindo eu também amei essa declaração super fofa do Christopher, tomara que a Dulce acorde para vida e fique com ele, continua...

    • Nat Postado em 28/02/2020 - 16:00:51

      Continuei! :)

  • Vondy Forever❤ Postado em 27/02/2020 - 15:28:28

    No aguardo pelo quatro capítulos..

  • lariiidevonne Postado em 27/02/2020 - 10:55:16

    Já quero mais cinco haha

    • Nat Postado em 27/02/2020 - 14:49:59

      Postei um já! :)

  • Vondy Forever❤ Postado em 26/02/2020 - 20:33:21

    Humm a Dulce já esta toda apaixonadinha pelo Christopher, só que não admite. Essa vó do Christopher e inconveniente mesmo, por mais que a Dulce e ele esteja tendo um caso, ela jamais poderia tratar a garota dessa forma. Ainda bem que ele a defendeu, continua....

  • vondy_sienpre Postado em 25/02/2020 - 17:08:59

    Mulher cade tu? Estou aqui no aguardo.

    • Nat Postado em 26/02/2020 - 19:25:34

      Ah, desculpa ter sumido! Passei muito mal, mas já postei e cap. é bem grandinho! :)

  • Vondy Forever❤ Postado em 22/02/2020 - 03:19:12

    Continua, finalmente a mãe da Dulce apareceu..

    • Nat Postado em 26/02/2020 - 19:24:03

      Continuei! A mãe dela apareceu e já chegou virando a vida da Dulce de cabeça para baixo! :)

  • vondy_sienpre Postado em 21/02/2020 - 21:29:12

    Aaaaaa, uma pena q só segunda para mais. Divirta-se noq tens q fzr no feriado. Beijos.

  • vondy_sienpre Postado em 20/02/2020 - 19:52:49

    Continuaaaa, to amando a fic... <3

    • Nat Postado em 20/02/2020 - 21:03:13

      Continuei! S2

  • Vondy Forever❤ Postado em 19/02/2020 - 13:07:30

    Continua flor...

    • Nat Postado em 19/02/2020 - 18:43:52

      Continuei, amore! :)


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