Fanfics Brasil - 25. The Duff - Adaptada Vondy (Finalizada)

Fanfic: The Duff - Adaptada Vondy (Finalizada) | Tema: Vondy


Capítulo: 25.

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Capítulo 25


Houve uma época em que pensei que ser uma Duff significava que eu não teria problemas com garotos. Obviamente, eu estava errada. Como isso aconteceu? Como eu, a garota feia, acabei no meio de um triângulo amoroso? Eu não era nada romântica. Nem mesmo queria namorar. Mas lá estava eu, dividida entre dois caras atraentes com quem, no mundo real, não teria sequer a menor chance. (Acredite em mim, não é tão encantador quanto parece.)


De um lado, Pablo. Esperto, fofo, engraçado, educado, sensível e prático. Pablo era perfeito de todas as maneiras possíveis. Quer dizer, ele era meio bobo, mas era isso que o tornava tão adorável. Eu gostava de estar com ele, e ele sempre me colocava em primeiro lugar. Pablo me respeitava e parecia nunca perder a paciência. Não havia nada para reclamar a respeito de Pablo Lyle. Do outro lado, havia Christopher. Um idiota. Um imbecil. Um garoto rico, arrogante e galinha, que colocava o sexo antes de qualquer outra coisa. Claro, ele era incrivelmente gato, mas me dava nos nervos de todas as formas possíveis. Christopher era muito, muito charmoso, e seu sorrisinho cínico e fofo podia realmente me tirar dos eixos. Ele tinha um jeito de fazer meu coração acelerar e minha cabeça girar. Eu não tinha medo de ser grossa ou cruel perto dele. E odiava admitir, mas Christopher me entendia. Eu me sentia eu mesma quando estava com ele, enquanto sempre tentava esconder minhas neuroses quando estava perto de Pablo.


Meu Deus, a vida era tão mais fácil quando ninguém prestava atenção em mim.


O bilhete de Christopher pesava meia tonelada em minha mochila enquanto me dirigia ao estacionamento dos alunos naquela tarde. Dizer que eu estava confusa seria um eufemismo gigantesco. Quero dizer, aquela única frase me deixou com um milhão de perguntas diferentes na cabeça, mas havia uma em particular:


Por que será que Christopher me quer?


Sério. O cara tinha dúzias de garotas que morreriam para ficar com ele. Por que eu? Não tinha sido ele a me chamar de Duff pela primeira vez? Que droga era aquela?


E, quando cheguei em casa, a coisa toda só piorou.


Por sugestão de Pablo, eu tinha começado a ler O morro dos ventos uivantes no meu tempo livre. Honestamente, os personagens principais me irritavam tanto que estava difícil avançar na leitura. Estava considerando deixá-lo de lado naquele dia, mas um trecho de diálogo chamou minha atenção.


Meu amor por Linton é como a folhagem dos bosques. O tempo vai mudá-lo, tenho plena certeza, como o inverno muda as árvores, meu amor por Heathclif se assemelha às rochas eternas do solo — uma fonte de pouco deleite, visível mas necessária.


Pode parecer estúpido, mas aquelas poucas linhas realmente entraram em minha cabeça como uma música que você odeia mas não consegue parar de cantar. Tentei continuar a ler, porém as palavras flutuavam sem cessar em meu cérebro. Virei a página e reli o trecho de novo e de novo. Estava tentando entender o motivo de aquelas palavras me incomodarem tanto quando fui interrompida pelo som da campainha.


— Graças a Deus — murmurei, aliviada de ter uma razão para fechar o livro. Pulei da cama e corri escada abaixo. — Estou indo! — gritei. — Só um segundo!


Abri a porta da frente esperando encontrar Pablo, que avisara que ia passar na minha casa. Mas o homem na varanda era um ruivo gorducho na casa dos cinquenta. Definitivamente, não era meu namorado. Ele usava um uniforme verde surrado e um chapéu que não servia direito. O nome na etiqueta de seu casaco dizia JIMMY. Ele segurava um buquê de flores na mão direita e tinha uma prancheta embaixo do braço.


— Srta. Dulce Saviñón? — perguntou.


— Hum... sim.


Seus olhos estrábicos se iluminaram em um sorriso.


— Assine aqui, por favor — disse ele, entregando-me a prancheta e uma caneta. — Parabéns.


— Ahn... obrigada — falei, devolvendo-lhe a prancheta.


Ele me entregou o buquê, e eu vi que era feito de rosas vermelhas de verdade, e me entregou um envelope branco que tirou de seu bolso de trás.


— Isto é para você também — disse ele. — Você é uma garota de sorte. Não é sempre que faço uma entrega como esta para alguém da sua idade. — Ele sorriu. — Amor de juventude.


Amor de juventude? Meu Deus, precisei lutar contra a vontade de corrigi-lo. Queria fazer um longo discurso para explicar que os adolescentes não se apaixonam. Mas ele ainda estava falando.


— Seu namorado realmente deve ser um cara e tanto. Poucos garotos são tão atenciosos nessa idade.


Dei uma olhada nas rosas e disse:


— Você provavelmente está certo.


Será que Pablo ainda estava tentando me animar? Nossa, ele era tão legal!


Que horror que eu não merecesse a delicadeza dele.


Depois de agradecer ao entregador, fechei a porta. Eu me sentia culpada por achar que minha situação era um triângulo amoroso. Éramos somente Pablo e eu; Christopher deslizava pelos cantos, bem longe de nós... ou era assim que deveria ser. Era assim que Pablo merecia que fosse.


Coloquei o buquê sobre a mesa da cozinha e abri o envelope esperando encontrar uma carta idiota, mas com as palavras perfeitas do meu namorado sem defeitos. Era o tipo de coisa sobre a qual eu normalmente faria piada, porém dessa vez ia dar uma folga a Pablo. Ele realmente tinha talento com as palavras. Uma qualidade que seria útil quando se tornasse um político famoso.


Mas a caligrafia na carta era a mesma do bilhete que estava na minha mochila. E havia muito mais para absorver.


Dulce,


Já que você continua fugindo de mim na escola e, se eu me lembro bem, o som da minha voz lhe provoca pensamentos suicidas, decidi que uma carta pode ser a melhor forma de dizer como me sinto. Apenas me escute.


Não vou negar que você estava certa. Tudo o que você disse na outra noite estava correto. Mas meu medo de ficar sozinho não é a razão pela qual estou correndo atrás de você. Eu sei como você é cética, e você provavelmente vai se sair com uma resposta engraçadinha quando ler isto, mas continuo procurando você porque realmente acho que estou me apaixonando.


Você é a primeira garota que me viu como sou. Você é a única garota que chamou minha atenção para as coisas que faço de errado. Você me pôs no meu lugar, mas, ao mesmo tempo, me entende melhor do que qualquer um jamais entendeu. Você é a única pessoa corajosa o suficiente para me criticar. Talvez a única pessoa que se aproximou de mim o suficiente para encontrar meus defeitos — e, obviamente, achou muitos.


Liguei para os meus pais. Eles vêm para casa neste fim de semana para falar com Belinda e comigo. Eu estava com medo de fazer isso no começo, mas você me inspirou. Sem você, nunca poderia ter feito.


Penso em você muito mais do que qualquer homem que tem respeito próprio gostaria de admitir, e estou com um ciúme insano do Pablo — algo que nunca pensei que diria. Seguir em frente depois de você é impossível. Nenhuma outra garota pode me manter na linha como você. Ninguém mais me faz QUERER me envergonhar escrevendo cartas idiotas como esta.


Só você.


Mas sei que estou certo também. Sei que você está apaixonada por mim, apesar de estar namorando Pablo. Você pode mentir para si mesma se quiser, mas a realidade vai alcançá-la. Vou esperar por você até que isso aconteça... você goste disso ou não.


Com amor,


Christopher


P.S.: Eu sei que você deve estar revirando os olhos agora, mas não ligo. Honestamente, sempre achei isso meio excitante.


Fiquei olhando para a carta por um longo tempo, entendendo, enfim, por que Belinda tinha me agradecido. Christopher estava tentando ajeitar as coisas... por minha causa. Por causa do que eu dissera. Eu tinha, na verdade, conseguido penetrar naquela cabeça maluca dele. Isso foi absolutamente chocante para mim.


Levou um segundo para as outras surpresas me pegarem. Palavras como amor e única pularam da página na minha direção. Era a minha primeira carta de amor — não que alguma vez eu tivesse desejado receber alguma, mas ainda assim... — e nem mesmo era do meu namorado. O cara errado a havia enviado para mim. O cara errado me queria. Christopher era o cara errado.


Ou será que ele era exatamente o cara certo?


Eu estava tão consumida por meus pensamentos que dei um pulo quando o telefone tocou e deslizei pelo chão da cozinha na tentativa de atendê-lo.


— Alô?


— Oi, Dulce — disse Pablo.


Meu coração se acelerou, e a vergonha correu por minhas veias. A carta de Christopher queimava os dedos da minha mão, mas consegui parecer calma quando disse:


— Ei, Pablo . Você já está vindo?


— Não — suspirou ele. — Papai tem algumas tarefas para mim, então não posso ir agora à tarde. Sinto muito, de verdade.


— Tudo bem. — Eu não devia ter sentido alívio, mas senti. Se Pablo viesse, eu precisaria esconder as flores, acabaria me enredando em uma rede de mentiras, e todos sabemos que droga de mentirosa eu sou. — Não se preocupe.


— Obrigado por ser tão compreensiva. Mas queria passar um tempinho com você. Nós não conseguimos passar muito tempo juntos na escola. — Ele fez uma pausa. — Você tem planos para amanhã à noite?


— Não.


— Então quer sair comigo? Uma banda vai tocar no Nest, e eu pensei que poderíamos ir. É claro que suas amigas podem vir também. O que você acha?


— Parece ótimo. — Olha só, eu conseguia lidar com pequenas mentiras como aquela. Odiava música ao vivo e desprezava o Nest, mas fingir que estava adorando tudo faria Pablo feliz, e Maite ficaria animada por também ser convidada. Então, por que não? Mentiras leves eram fáceis, mas qualquer coisa maior e eu estaria ferrada.


— Legal — disse Pablo. — Então eu busco você às oito.


— Certo. Tchau, Pablo.


— Até amanhã, Dulce.


Desliguei o telefone, mas meus pés se recusaram a se mover. A carta ainda queimava minha pele, e eu me peguei olhando para as palavras tentadoras. Por que essa coisa toda não podia ser mais fácil? Por que Christopher tinha de aparecer e me fazer questionar tudo? Senti como se estivesse traindo Pablo a cada frase que lia. Como se o estivesse enganando.


Mas agora sabia que, cada vez que beijasse Pablo, estaria magoando Christopher.


— AHHHHH! — Com um grito que explodiu no meu peito e, no caminho, enfiou as garras em meus pulmões, transformei a carta em uma bolinha e a atirei no outro lado da sala com a maior força que consegui juntar. Ela se moveu devagar pelo ar antes de bater delicadamente no papel de parede floral e pousar no chão.


Finalmente, com a garganta doendo, afundei no chão, enfiei o rosto nas mãos e — admito — chorei. Chorei de frustração e confusão, mas em grande parte por mim mesma, por estar nessa situação, como a garotinha egoísta que eu era.


Pensei em Cathy Earnshaw, a heroína mimada e egoísta de O morro dos ventos uivantes, e me lembrei da passagem que estava lendo antes que a campainha tocasse. Mas as palavras vieram a mim um pouquinho diferentes do  que estavam no livro.


Meu amor por Pablo é como a folhagem dos bosques. O tempo vai mudá-lo, tenho plena certeza, como o inverno muda as árvores; meu amor por Christopher se assemelha às rochas eternas do solo — uma fonte de pouco deleite, visível mas necessária.


Balancei a cabeça para a frente e para trás febrilmente. Gostar, eu me corrigi. Meu gostar de Christopher é blá-blá-blá. Enxuguei meus olhos e fiquei de pé, tentando acalmar minha respiração entrecortada. Então me virei e voltei lá para cima.


De repente, eu queria saber como o livro terminava.


...Vondy...


Gente,  por hoje é só! Espero que tenham aproveitado! Eu particularmente amei esse cap. e espero que a Dulce pare de ser besta e fique logo com o Christopher! Até amanhã!


Comentem y Favoritem!


Besos y Besos, Líndezas!!!S2



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Autor(a): Srta.Talia

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Capítulo 26 Depois de passar a noite inteira acordada lendo — e também dobrando as minhas roupas pelo menos dez vezes —, descobri que O morro dos ventos uivantes não tem um final feliz. Por causa de Cathy, estúpida, mimada e egoísta (sei que não tenho muito mérito para julgar, mas ainda assim), tudo acaba de forma triste. As escolhas de Cathy arruínam a vida das pessoas com ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 36



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  • Vondy Forever❤ Postado em 29/02/2020 - 01:10:05

    Adorei essa web do começo ao fim, e gostei do final o Pablo incentivando ela ir encontrar com o Christopher, e uma pena ela ter terminado, pode deixar que eu vou dar uma olhada nas suas outras webs, e também, vou aguardar você vim com novas histórias para gente, abraços fica com Deus...

  • Vondy Forever❤ Postado em 27/02/2020 - 18:21:27

    Ai que lindo eu também amei essa declaração super fofa do Christopher, tomara que a Dulce acorde para vida e fique com ele, continua...

    • Nat Postado em 28/02/2020 - 16:00:51

      Continuei! :)

  • Vondy Forever❤ Postado em 27/02/2020 - 15:28:28

    No aguardo pelo quatro capítulos..

  • lariiidevonne Postado em 27/02/2020 - 10:55:16

    Já quero mais cinco haha

    • Nat Postado em 27/02/2020 - 14:49:59

      Postei um já! :)

  • Vondy Forever❤ Postado em 26/02/2020 - 20:33:21

    Humm a Dulce já esta toda apaixonadinha pelo Christopher, só que não admite. Essa vó do Christopher e inconveniente mesmo, por mais que a Dulce e ele esteja tendo um caso, ela jamais poderia tratar a garota dessa forma. Ainda bem que ele a defendeu, continua....

  • vondy_sienpre Postado em 25/02/2020 - 17:08:59

    Mulher cade tu? Estou aqui no aguardo.

    • Nat Postado em 26/02/2020 - 19:25:34

      Ah, desculpa ter sumido! Passei muito mal, mas já postei e cap. é bem grandinho! :)

  • Vondy Forever❤ Postado em 22/02/2020 - 03:19:12

    Continua, finalmente a mãe da Dulce apareceu..

    • Nat Postado em 26/02/2020 - 19:24:03

      Continuei! A mãe dela apareceu e já chegou virando a vida da Dulce de cabeça para baixo! :)

  • vondy_sienpre Postado em 21/02/2020 - 21:29:12

    Aaaaaa, uma pena q só segunda para mais. Divirta-se noq tens q fzr no feriado. Beijos.

  • vondy_sienpre Postado em 20/02/2020 - 19:52:49

    Continuaaaa, to amando a fic... <3

    • Nat Postado em 20/02/2020 - 21:03:13

      Continuei! S2

  • Vondy Forever❤ Postado em 19/02/2020 - 13:07:30

    Continua flor...

    • Nat Postado em 19/02/2020 - 18:43:52

      Continuei, amore! :)




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