Fanfics Brasil - 8. The Duff - Adaptada Vondy (Finalizada)

Fanfic: The Duff - Adaptada Vondy (Finalizada) | Tema: Vondy


Capítulo: 8.

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Mini-Maratona: 3/5


Capítulo 8


Eu tinha apenas catorze anos quando perdi a virgindade com Paco Portilla. Ele tinha acabado de fazer dezoito, e eu sabia perfeitamente que era velho demais para mim. Mesmo assim, era uma caloura no ensino médio, e só queria um namorado. Queria que gostassem de mim e queria me integrar, e Paco era um veterano com carro. Na época, eu considerava isso a perfeição.


Nos três meses que ficamos juntos, Paco nunca me levou para um encontro romântico de verdade. Uma ou duas vezes, namoramos no fundo de uma sala de cinema escura, mas nunca fomos jantar, ou jogar boliche, nem nada disso. Passávamos a maior parte do tempo nos esgueirando, de modo que nossos pais e a irmã dele, que depois veio a ser uma das minhas melhores amigas, não descobrissem nada sobre a gente. Eu, na verdade, achava essa parte do segredo divertida e sexy. Era como um romance proibido — como Romeu e Julieta, que eu tinha lido na aula de inglês naquele semestre.


Fomos para a cama várias vezes, e, embora eu não gostasse de fato do sexo em si, a sensação de proximidade, de conexão, era reconfortante para mim. Quando Paco me tocava daquele jeito, eu sabia que ele me amava. Sabia que sexo era algo bonito e apaixonado, e parecia certo que fosse com ele.


Ir para a cama com Christopher Uckermann era totalmente diferente. Apesar de eu com certeza ter sentido mais prazer físico, a proximidade e o amor não estavam lá. Quando acabou, me senti suja. Como se tivesse feito algo errado e vergonhoso, mas ao mesmo tempo havia uma sensação boa. Viva. Livre. Selvagem. Minha mente estava totalmente limpa, como se alguém tivesse apertado o botão de reiniciar. Eu sabia que a euforia não duraria para sempre, contudo o pesar incômodo valia pela fuga momentânea.


— Uau! — exclamou Christopher. Estávamos deitados em sua cama, apenas alguns minutos depois de ter acabado, com uma distância de mais de meio metro entre nossos corpos. — Eu definitivamente não estava esperando isso.


Meu Deus, ele estragava tudo quando falava. Irritada, e ainda tentando lidar com as repercussões emocionais, dei uma risadinha irônica.


— O que foi? Está com vergonha de ter transado com uma Duff?


— Não. — Fiquei surpresa com o tom sério da voz dele. — Nunca tenho vergonha de ninguém com quem vou pra cama. O sexo é uma reação química natural. Sempre acontece por algum motivo. Quem sou eu pra decidir quem vai experimentar as delícias de compartilhar a minha cama? — Ele não me viu revirar os olhos e continuou: — Não, eu só queria dizer que estou chocado. Estava sinceramente começando a acreditar que você me detestava.


— Eu detesto você mesmo! — garanti, chutando as cobertas e indo pegar minhas roupas.


— Você não deve me detestar tanto assim — disse Christopher, apoiando-se no cotovelo e me observando enquanto me vestia. — Você praticamente se jogouem cima de mim. Em geral, o ódio não inspira esse tipo de paixão.


Vesti a camiseta.


— Acredite em mim, Christopher, eu definitivamente detesto você. Estava apenas te usando. Você usa as pessoas o tempo todo, então tenho certeza que entende. — Abotoei meu jeans e peguei minha presilha de cabelo na mesinha de cabeceira. — Foi divertido, mas se contar a alguém, juro que castro você. Está claro?


— Por quê? — perguntou ele. — Sua reputação só pode melhorar se as pessoas descobrirem que você foi pra cama comigo.


— Isso até pode ser verdade — admiti. — Mas não tenho nenhum desejo de melhorar minha reputação, sobretudo desse jeito. Então, você vai ficar de boca calada ou eu preciso encontrar um objeto afiado agora?


— Um cavalheiro não conta essas coisas.


— Você não é um cavalheiro. — Prendi meu cabelo de novo. — É por isso que estou preocupada. — Olhei o meu reflexo no espelho de corpo inteiro pendurado na parede. Quando fiquei segura de que parecia normal, e não culpada, virei-me para encarar Christopher novamente.


— Vamos, vista a calça. Precisamos acabar essa droga de trabalho.


Passava um pouco das sete da noite quando Christopher e eu finalmente acabamos o trabalho de inglês. Ou pelo menos acabamos o rascunho. Fiz ele me prometer que me mandaria por e-mail a versão inicial mais tarde, para que eu pudesse editá-la.


— Você não confia em mim para fazer isso? — perguntou ele, erguendo uma sobrancelha enquanto eu calçava os sapatos no saguão.


— Não confio em você pra nada — respondi.


— Exceto pra fazer você chegar lá. — Ele estava com aquele sorrisinho que eu odiava. — Então, foi uma vez só, ou vou ver você de novo?


Comecei a me irritar e a lhe dizer que estava sonhando se pensava sinceramente que eu voltaria, mas então lembrei que estava prestes a ir para casa. O envelope de papel pardo ainda estava, provavelmente, em cima da mesa da cozinha.


— Dulce? — perguntou Christopher. Um arrepio percorreu minha pele quando ele tocou meu ombro. — Está tudo bem?


Desvencilhei-me e fui em direção à porta. Estava na metade do caminho quando me virei e disse, com um instante de hesitação:


— Vamos ver. — E desci correndo a escada da frente.


— Dulce, espera!


Apertei meu casaco em volta do corpo, tentando lutar contra o vento frio, e abri a porta do meu Golf. Ele estava atrás de mim em alguns segundos, mas, ainda bem, não me tocou dessa vez.


— O que foi? — perguntei enquanto sentava ao volante. 


— Preciso ir pra casa.


Minha casa, o último lugar para onde queria ir.


O céu de inverno já ficara preto, no entanto eu ainda conseguia ver os olhos cinza de Christopher no escuro. Eram exatamente da cor do céu antes da tempestade. Ele se inclinou junto à porta para que seus olhos ficassem à altura dos meus, e o jeito como me olhava me deixou realmente desconfortável.


— Você não respondeu a outra pergunta.


— Que outra pergunta?


— Você está bem?


Eu o encarei por um longo tempo, supondo que ele estivesse apenas tentando ser irritante. Mas algo nos seus olhos brilhantes me fez hesitar.


— Não importa se estou ou não — sussurrei. Liguei o carro, e ele se afastou rapidamente quando bati a porta. — Tchau, Christopher.


E fui embora.


Quando cheguei em casa, meu pai ainda estava no quarto. Acabei de limpar a sala de estar, evitando a cozinha deliberadamente, e corri para cima para tomar uma ducha. A água quente não lavou a sensação de sujeira que Christopher deixara na minha pele, mas conseguiu relaxar alguns músculos que formavam nós intensos nas costas e nos ombros. Eu esperava que a sujeira fosse lavada dali a algum tempo.


Eu tinha acabado de me enrolar na toalha quando meu celular começou a tocar no quarto, e corri pelo corredor para atender a tempo.


— Oi, Dul — disse Maite no meu ouvido. — Então, você e Christopher acabaram?


— O quê?


— Vocês dois estavam fazendo o trabalho de inglês hoje, né? — perguntou ela. — Pensei que ele ia encontrar você aí na sua casa.


— Ah... certo. Bem, acabei indo pra casa dele em vez disso. — Estava me esforçando pra não parecer culpada.


— Meu Deus, quer dizer na mansão? — perguntou Maite. — Que sorte! Você foi a uma das sacadas? Vikki diz que é um dos motivos pelos quais ela quer ficar com ele de novo. Da última vez foi no assento traseiro do Porsche dele, mas ela quer muito ver o interior dessa casa.


— Essa conversa tem algum propósito, Maite?


— Ah, sim! — Ela riu. — Desculpe, não é nada de mais. Apenas queria ter certeza de que você estava bem.


Por que estava todo mundo me perguntando isso hoje?


— Sei que você detesta o Christopher — continuou ela. — Queria ter certeza de que você estava bem... e que ele também estava. Você não deu uma facada nele, certo? Quer dizer, desaprovo totalmente o assassinato de homens gatos, mas se você precisar de ajuda para enterrar o corpo, saiba que eu levo a pá.


— Obrigada, Maite— respondi. — Mas ele está vivo. Hoje não foi tão ruim quanto eu esperava. Na verdade... — Quase contei tudo a ela. Que meus pais iam se divorciar e como, em um momento de desespero, tinha beijado Christopher Uckermann, de novo. Como esse beijo se tornara algo muito, muito maior. Como sentia meu corpo todo sujo e, ao mesmo tempo, incrivelmente livre. As palavras chegaram à ponta da língua, mas não consegui pronunciá-las.


Ainda não, pelo menos.


Na verdade o quê, Dul? — perguntou ela, tirando-me dos meus pensamentos.


— Ahn... nada. Ele na verdade teve ideias muito boas para o trabalho. Foi isso. Acho que ele é, tipo, um fã de Hawthorne ou algo assim.


— Que bom. Sei que você acha sexy um cara ser inteligente. Você vai admitir que se sente atraída por ele agora?


Congelei, sem saber como responder a isso, porém Maite já estava rindo.


— Estou brincando, mas estou satisfeita de saber que tudo acabou bem.


Estava meio preocupada com você hoje. Tinha a sensação de que algo ruim ia acontecer. Acho que estava só sendo paranoica.


— Deve ser isso.


— Preciso ir. Anahí quer que eu ligue pra ela com todos os detalhes do meu encontro com Derrick. Ela simplesmente não entende, né? Bom, a gente se vê na escola segunda-feira.


— Certo. Tchau, Maite.


— Até mais, Dul.


Desliguei o celular e coloquei-o na minha mesinha de cabeceira, sentindo-me uma completa mentirosa. Tecnicamente, não tinha mentido: apenas ocultado uma informação, mas mesmo assim... esconder algo de Maite era, tipo, um pecado mortal. Sobretudo porque ela fizera questão de se abrir para meus problemas.


Mas eu lhe contaria, algum dia. Bem, sobre meus pais, pelo menos. Só precisava conseguir dar conta daquilo sozinha antes de jogar tudo em cima dela e de Anahí. A questão com Christopher, no entanto... meu Deus, esperava que elas nunca descobrissem.


Ajoelhei ao pé da minha cama e comecei a dobrar as roupas limpas, como fazia toda noite. Estranhamente, não estava tão estressada quanto esperava. Detestava admitir, mas precisava mesmo agradecer a Christopher por isso.


...Vondy...


Toda vez que eu leio o início desse capítulo sinto muito ódio! Como é que ninguem descobriu o relacionamento de uma pessoa de 14 anos de idade com um cara maior de idade!?


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Autor(a): Aila

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 36



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  • Vondy Forever❤ Postado em 29/02/2020 - 01:10:05

    Adorei essa web do começo ao fim, e gostei do final o Pablo incentivando ela ir encontrar com o Christopher, e uma pena ela ter terminado, pode deixar que eu vou dar uma olhada nas suas outras webs, e também, vou aguardar você vim com novas histórias para gente, abraços fica com Deus...

  • Vondy Forever❤ Postado em 27/02/2020 - 18:21:27

    Ai que lindo eu também amei essa declaração super fofa do Christopher, tomara que a Dulce acorde para vida e fique com ele, continua...

    • Nat Postado em 28/02/2020 - 16:00:51

      Continuei! :)

  • Vondy Forever❤ Postado em 27/02/2020 - 15:28:28

    No aguardo pelo quatro capítulos..

  • lariiidevonne Postado em 27/02/2020 - 10:55:16

    Já quero mais cinco haha

    • Nat Postado em 27/02/2020 - 14:49:59

      Postei um já! :)

  • Vondy Forever❤ Postado em 26/02/2020 - 20:33:21

    Humm a Dulce já esta toda apaixonadinha pelo Christopher, só que não admite. Essa vó do Christopher e inconveniente mesmo, por mais que a Dulce e ele esteja tendo um caso, ela jamais poderia tratar a garota dessa forma. Ainda bem que ele a defendeu, continua....

  • vondy_sienpre Postado em 25/02/2020 - 17:08:59

    Mulher cade tu? Estou aqui no aguardo.

    • Nat Postado em 26/02/2020 - 19:25:34

      Ah, desculpa ter sumido! Passei muito mal, mas já postei e cap. é bem grandinho! :)

  • Vondy Forever❤ Postado em 22/02/2020 - 03:19:12

    Continua, finalmente a mãe da Dulce apareceu..

    • Nat Postado em 26/02/2020 - 19:24:03

      Continuei! A mãe dela apareceu e já chegou virando a vida da Dulce de cabeça para baixo! :)

  • vondy_sienpre Postado em 21/02/2020 - 21:29:12

    Aaaaaa, uma pena q só segunda para mais. Divirta-se noq tens q fzr no feriado. Beijos.

  • vondy_sienpre Postado em 20/02/2020 - 19:52:49

    Continuaaaa, to amando a fic... <3

    • Nat Postado em 20/02/2020 - 21:03:13

      Continuei! S2

  • Vondy Forever❤ Postado em 19/02/2020 - 13:07:30

    Continua flor...

    • Nat Postado em 19/02/2020 - 18:43:52

      Continuei, amore! :)


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