Fanfics Brasil - Eu pego esse homem – capitulo 09 << Eu Pego Esse Homem! >> TERMINADA

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Capítulo: Eu pego esse homem – capitulo 09

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SPLECH.


Alfonso Herrera acordou abruptamente. Sonhara que havia caído de um penhasco dentro de um rio. Mas não, ele se deu conta com alívio, não estava se afogando.


Sua cabeça é que batia como um liquidificador. Ele começou a apalpar o crânio e logo localizou um galo do tamanho de um ovo. Com a visão embaralhada, avistou as paredes de lona brancas ao redor. Tentou se mover, mas tinha uma colcha enroscada nas pernas. Com o esforço que fez para se libertar, o carrinho tombou, e ele rolou para o chão acarpetado.


Alfonso olhou em torno e tentou imaginar onde estava. O quarto estava escuro. Um feixe de luz entrava por uma clarabóia retangular no teto, atravessava o quarto e recaía direto sobre o carrinho, como um foco. Ele se levantou com rapidez, sem pensar que um movimento súbito podia deixá-lo tonto. Acabou despencando como um saco perto do carrinho, estirado no centro do quarto.


A última coisa de que se lembrava era que estava fazendo a mala na suíte nupcial do hotel.


Será que ainda era o dia do seu casamento? O rosto de Anahí surgia em meio à névoa de sua consciência, os lábios vermelhos e as covinhas que ele adorava percorrer com a língua. Os cabelos loiros que faziam cócegas no seu peito quando ela montava em cima dele na cama. Os olhos azuis profundos, alertas, que sempre avaliavam suas reações, analisando-o, medindo-o constantemente.


Gemendo, Alfonso virou de barriga para baixo e se pôs de quatro. Na época do ginásio, ele tomara uma pancada na testa. E agora sentia o mesmo desnorteio. Sabia que fora atingido, mas não fazia a mínima idéia do que ou de quem o golpeara. Além disso, não tinha a menor noção de onde estava.


Apesar desse significativo esquecimento, Alfonso estava consciente de quem era, e do que tinha feito naquele dia. (Na véspera? Na semana anterior?). Foi tomado pelo peso da culpa, e isso doía mais que sua cabeça. Apoiando-se por causa da tonteira, pôs-se em pé. Andou até a parede mais próxima em busca do interruptor e acendeu a luz.


Ele conseguia enxergar, mas a luminosidade o incomodava. O quarto era quadrado e desprovido de janelas (exceto a clarabóia no teto), e a altura do pé-direito era de pelo menos uns cinco metros. O piso era acarpetado. Como as paredes, o carpete apresentava uma tonalidade suave de lavanda. Estantes altas alinhavam-se contra duas paredes. Nelas se viam muitos brinquedos, livros ilustrados e antigos vídeos, todos nas respectivas caixas. Ele começou a ler os títulos (com. o cérebro batendo dentro do crânio): Cinderela, Branca de Neve, A Pequena Sereia. Numa das paredes, um quadro de cortiça coberto por desenhos coloridos - princesas, unicórnios, gatos, cachorros, bruxas, castelos. Uma TV de trinta e duas polegadas disposta sobre um console de metal negro (sem cabo ou antena). Embaixo, um VCR. Um pequeno divã cor-de-rosa posicionado diante da Tv. Outros móveis: uma mesinha branca com duas cadeirinhas brancas. Uma velha carteira de escola. Alfonso ergueu o tampo e encontrou centenas de lápis de cera partidos e comidos, um vidro decorado com um dos personagens de Vila Sésamo besuntado de cola branca seca, um bloco de folhas coloridas de desenho.


Ele fechou a carteira, de cenho franzido. Elevou o olhar e deu de cara com seu próprio reflexo num grande espelho que dominava a parede norte do quarto.


- Estou um trapo - disse consigo mesmo.


Considerando a roupa que vestia - o mesmo jeans e a mesma camiseta de quando estava fazendo a mala -, calculou que não se passara muito tempo. Seu cabelo estava despenteado, mas limpo. No geral, ele parecia intacto e sem marcas de possíveis agressões, exceto pelo galo na cabeça. Aproximando-se do espelho, repartiu o cabelo para examinar o galo. Estava tão visível que dava para vê-lo pulsando, como se fosse um ovo quase a se quebrar.


Ele recuou, tonto (relembrando uma cena no Alien, o Passageiro), e virou-se de costas para o espelho. De onde estava, pôde ver que o quarto tinha duas portas. Uma estava ligeiramente aberta. Investigou e descobriu que era um pequeno banheiro com um chuveiro, uma privada baixa e uma pequena pia.


Alfonso checou a outra porta. Trancada. Valeu-se da força que tinha para arrombá-la. Péssima idéia. Arremessar o ombro contra a porta só fez piorar a tontura.


Sentou-se no sofá de criança com as pernas estiradas para a frente, resolvido a descansar. O surrealismo da situação fez com que ele duvidasse por um `momento de que estava realmente acordado, ou plenamente consciente. Talvez estivesse sob forte estresse - e culpa -, induzido por um episódio alucinatório. Fechou os olhos e entregou-se.


Clunk. O inconfundível ruído metálico de uma fechadura que se abria. Alfonso tentou erguer-se, mas tropeçou e caiu. Do chão, viu a porta se abrir. Uma refeição numa bandeja foi empurrada para dentro do quarto. Ele engatinhou até a porta, com os braços estendidos para segurá-la antes que se fechasse.


Mas a porta se fechou. E a fechadura travou com um clique metálico.


Esforçando-se para ficar de pé, Alfonso bateu na porta.


- Me deixa sair daqui! - ele gritou. - Que merda é essa?


Sem resposta, calou-se. O esforço e os gritos fizeram sua cabeça doer.


Seu tênis topou com a bandeja no chão. Ao olhar para baixo, viu um prato de costeletas regadas ao molho, arroz selvagem e brócolis com molho holandês. Um segundo prato com salmão grelhado, uma porção de molho de aneto, cuscuz com passas e pinhas, e ainda um ensopado de abobrinha e abóbora. Além de outro prato com frango assado temperado com alho e alecrim, batatas gratinadas e uma marinada de coração de alcachofra.


Ele reconheceu o menu e riu da grande loucura daquele sonho.


- Está rindo de quê?


A pergunta saiu dos alto-falantes presos no alto da parede do espelho. Ele teve a impressão de que a voz era de uma mulher idosa, mas não dava para ter certeza, porque a voz se distorcia.


- Quem é você? - ele perguntou.


Zumbido baixo dos alto-falantes, contínuo.


Ele andou até o espelho e o examinou. Será que tinha duas faces? Não conseguia enxergar nada além dos próprios olhos injetados de sangue, mas sabia que estava sendo observado. Será que o queriam como escravo sexual? Ou se tratava de algum teste científico? Pediriam algum resgate?


Fosse o que fosse, o fato é que ele ou ela não tinha intenção de matá-lo de fome.


"Isso é um bom sinal", Alfonso pensou consigo. Primeiro, ele recuperaria as forças física e mental. Depois, teria que traçar e executar um plano de fuga. E, após obter a liberdade, se vingaria do seu seqüestrador.


De uma maneira estranha, ele se aprazia com essa virada inesperada dos acontecimentos. O planejamento da fuga concentraria seus pensamentos, ocuparia sua mente. Caso contrário, ele se veria sozinho com a culpa e o remorso, pensando em Anahí e no que fizera a ela.


Alfonso ergueu a bandeja e colocou-a sobre a mesinha. Sentou-se numa das cadeirinhas e tratou de se fortalecer.



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Autor(a): narynha

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 89



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  • nathmomsenx Postado em 09/06/2013 - 17:19:03

    Perfeita a web <3

  • kikaherrera Postado em 24/04/2010 - 21:55:47

    Final perfeito como todas as outras.

  • rss Postado em 24/04/2010 - 20:29:51

    o final foi lindo
    perfeito
    espero a próxima
    besossssssssssss

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  • kikaherrera Postado em 24/04/2010 - 03:17:33

    A Annie e a Thalia são loucas.
    Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa


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