Fanfics Brasil - Eu pego esse homem – capitulo 11 << Eu Pego Esse Homem! >> TERMINADA

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Capítulo: Eu pego esse homem – capitulo 11

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QUANDO ANHAÍ ACORDOU DE manhã, suas pestanas estavam coladas devido às treze horas de sono. Não querendo abri-las abruptamente, ela aninhou-se no travesseiro. O aroma reconfortante da fronha embalou-a de volta ao sono.


E então se recordou.


Anahí choramingava. Naquela manhã queria ter acordado na suíte nupcial do Plaza, com a cabeça afundada no peito de Alfonso, e não no seu travesseiro de infância. Imediatamente, ela o arremessou para o ar e ele esbarrou por acidente no pôster de Bon Jovi, fazendo-o balançar na parede.


- Desculpe, Bom - ela murmurou.


A imagem de Alfonso eclodiu do nada em sua cabeça, de bermuda, meias de lã, botas próprias para caminhadas, malha de flanela amarrada à cintura. Lembrou-se daquele dia maravilhoso, cerca de um ano atrás, quando eles decidiram fazer uma caminhada no Central Park. Alfonso estava munido de sua nova câmera digital. Divertindo-se por estarem vestindo roupas iguais, eles entraram parque adentro e fizeram um piquenique em Sheep Meadow. Em vez de jogarem fora as sobras, lançaram pedacinhos de pão e de biscoito para alguns esquilos enquanto perambulavam pelo parque arborizado. Em pouco tempo ambos se viram cercados pelos roedores que os seguiam de perto. Um esquilo mais atrevido chegou até a subir pela bota de Anahí. Havia fotos para provar. Ele comentou que o cerco o fazia lembrar de uma cena de Hitchcock. Ela sugeriu que o episódio podia fazer parte de um documentário horrível da Fox chamado Quando os Alienígenas Atacam.


Alfonso pediu-a em casamento naquela noite.


- Quero te fazer feliz - ele disse, e isso era mais uma coisa em comum entre os dois.


Agora ela estava fechada para esquilos. Da próxima vez que visse um, atiraria uma pedra.


Da próxima vez que visse Alfonso, atiraria uma pedra nele. De preferência, bem pesada e com três pontas. Melhor ainda, enviaria uma pedra pelo correio. Ele ficaria furioso com a grosseria. Enquanto girava o anel de compromisso ela resolveu que, por enquanto, continuaria a usá-lo. Até chegar o momento de devolvê-lo. Levantou-se da cama. Ainda com a roupa de dormir, desceu a escada até o saguão de entrada. Uma grande quantidade de buquês de rosas brancas tinha sido arranjada em diversos vasos encostados nas paredes. Um aroma divino.


A aparência?


De velório, Anahí disse para si mesma.


Foi direto para a cozinha.


- Bom dia, Ninel - ela disse enquanto arrastava um banquinho da bancada de mármore, onde havia pia, geladeira, triturador de lixo e lixeira.


Ninel empilhava pratos numa bandeja. Anahí observou os itens do menu de seu casamento ao mesmo tempo em que contava os pratos. Cinco, incluindo um prato com uma fatia de bolo tão grande que podia empanturrar um cavalo.


- Quem é está com tanta fome? - Anahí perguntou.


- É para o cachorro. O vira-lata -, mentiu a russa, dando de ombros.


A pilha de comida era do tamanho de um cachorro. Um dinamarquês gigante.


- O bicho é muito grande?


- Normal - Ninel respondeu.


- Desde quando você se preocupa com vira-latas?


- Simpatizo com animais famintos e abandonados. Quem é que resiste ao olhar triste e pidão deles?


- Estou surpresa por ouvir isso - disse Anahí, - já que você sempre se pôs do lado da mamãe quando eu pedia um cachorro. - Ela pegou o prato de bolo da bandeja.- Um garfo, por favor.


- Eu era neutra - explicou Ninel, esticando um garfo para Anahí.


- Se não me engano, você chamava todos os cachorros de `vira-latas`.


- Sou louca pelos vira-latas. Não há cachorro mais esperto que o vira-lata. Ninel cortou uma outra fatia de bolo e acrescentou: - Aliás, a imitação que você fez do meu sotaque russo foi péssima.


- Deixa, eu faço isso.


- Isso o quê?


- Alimentar o cachorro. Quero dar uma olhada nele. Ou nela.


- Não! - Ninel falou com veemência. - Ele é tímido. Não está acostumado com você. Só comigo. Eu levo a comida para o nosso lugar secreto.


- Você e o cachorro têm um lugar de encontro? - Anahí perguntou.


- E qual é o problema?


- Nenhum. Exceto ter sido abandonada no dia do meu casamento, mas isso não tem nada a ver.


Levantando a bandeja da bancada, Ninel deixou que Anahí abrisse a porta da cozinha para ela. Depois, embrenhou-se pelo quintal e sumiu no mato.


Anahí voltou à sua fatia de bolo. Acabou de comê-la e foi buscar mais guloseimas na geladeira, onde encontrou um pote de caviar de esturjão. Com água na boca, pegou uma colher e se serviu de uma farta colherada. As ovas negras estouravam sob seus dentes, derramando um suco salgado na língua. Uma explosão de sabor. Ela já estava na quarta colherada (sentindo-se muito melhor) quando soou a campainha na porta da frente. Depositou a colher sobre a bancada e saiu em direção ao saguão.


É o Poncho, ela pensou. Não é o Poncho, ele não ousaria. Bem que ele podia. Ele mudou de idéia. Ele está em Fiji. Ele me ama. Ele me odeia.


Esfregou o rosto para varrer a expressão e abriu a porta.


Christopher Uckermann resfolegou com força quando a viu.


- Jesus Cristo, Annie, você está bem?


- Estou ótima - ela falou. - E você?


- Seus olhos - ele disse, - estão inchados. Você andou chorando.


- Acabei de acordar - ela replicou. - Você está bancando outra vez o menino de recados do Poncho?


Christopher negou com um gesto de cabeça. Anahí teve que lutar contra a decepção. Convidou-o então para entrar.


- Você cresceu nesta casa? - ele perguntou. - Rica, né? - Os olhos de Christopher se esbugalharam com a opulência e o tamanho. - Todas essas flores são do casamento? - Cheirou uma rosa de um dos cinqüenta vasos, pegou um botão e sorriu sonhadoramente para ela.


Oh, não, ela pensou.


- Ucker, presta atenção - Anahí falou. - Quero os detalhes. A cena toda. Cada palavra dita. Não espero uma interpretação dramática, mas agradeceria se você pudesse repetir as inflexões.


Christopher hesitou, olhando a rosa como se fosse comê-la.


- Estávamos no quarto dele, no hotel - ele disse vagarosamente. - Cinco minutos antes de eu ir até o seu quarto.


- Ele escreveu o bilhete na sua frente? - ela perguntou. Christopher assentiu com a cabeça. - Ele chorou quando escreveu? Ele derramou lágrimas sobre a mesa? Parou para soluçar na cama? Que roupa ele estava usando?


- Roupas normais - ele respondeu.


Inútil, Anahí pensou.


- Não era o smoking?


- Era algo assim, eu diria: careta, de terno e gravata, não de calça jeans.


- E onde ele escreveu o bilhete? - ela quis saber.


- Na escrivaninha do quarto.


- Chorando?


- Triste.


- E depois? - ela perguntou.


- Ele pôs o bilhete dentro de um envelope e me pediu para entregar a você.


- Diz o que ele falou.


- Leve isso agora para Anahí.


- Ele disse o meu nome?


- Isso é importante? - Christopher objetou.


- Continua - ela falou.


- Eu recusei e ele disse: `Se você não entregar esse bilhete, ela vai ficar arrasada`.


- E depois, ele caiu na cama e soluçou, não é?


- Ele começou a arrumar a mala e eu saí. Foi isso.


- Pra onde ele foi? - ela disse.


Os olhos castanhos de Christopher se acinzentaram como se ele fosse chorar. Ele limpou a garganta e inclinou a cabeça. Abriu e fechou a boca como se para se assegurar de que ainda podia falar.


Lá vem, Anahí pensou.


- Olha", ele disse - por pior que pareça, no fim pode dar certo. O Poncho fechou uma porta e eu posso abrir uma janela.


- A janela está fechada. E trancada - Anahí falou com toda a convicção .


- Podemos quebrá-la - ele sugeriu, dando alguns passos na direção dela.


- Pare exatamente aí - uma voz ecoou atrás deles.


Christopher e Anahí se viraram: Ninel descia as escadas com seus sapatos de plataforma. Uma figura imponente, Anahí pensava, entendendo perfeitamente por que Christopher se voltara depressa para a porta.


- Eu já estava de saída - Christopher disse para a russa. - Me telefona! - disse para Anahí.


Ninel se pôs ao lado de Anahí.


- Sua mãe saiu cedo, mas volta logo.


- Pensei que você estava lá fora. Saiu pela porta da cozinha e como é que aparece agora na escada?


- Entrei pela escada dos fundos - Ninel respondeu, ofendida. - Tive que pegar uma coisa no meu quarto.


- Que coisa? - Anahí inquiriu.


- Tenho meus problemas pessoais - disse Ninel.


- Quais?


- Em Moscou, a KGB corta a língua de quem pergunta demais. E depois servem a língua pra você numa bandeja, com mostarda. Tenho um primo que comeu a própria língua... e o dedo mindinho.


- Eu gostaria de saber que tipo de crime faria com que alguém perdesse o dedinho - Anahí replicou.


- Meter o nariz onde não é chamado - disse Ninel.


- Mas então ele devia perder o nariz.


Ninel mostrou a língua (intacta) para Anahí e foi para a cozinha.



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Autor(a): narynha

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 89



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  • nathmomsenx Postado em 09/06/2013 - 17:19:03

    Perfeita a web <3

  • kikaherrera Postado em 24/04/2010 - 21:55:47

    Final perfeito como todas as outras.

  • rss Postado em 24/04/2010 - 20:29:51

    o final foi lindo
    perfeito
    espero a próxima
    besossssssssssss

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  • kikaherrera Postado em 24/04/2010 - 03:17:33

    A Annie e a Thalia são loucas.
    Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa


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