Fanfics Brasil - Eu pego esse homem – capitulo 19 << Eu Pego Esse Homem! >> TERMINADA

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Capítulo: Eu pego esse homem – capitulo 19

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"QUE QUANTIDADE DE CAMARÃO um homem consegue comer?" A bandeja estava tão cheia que arqueava sob o peso de cinqüenta camarões, uma tina de molho de coquetel, quarenta metades de batatas, um salmão inteiro, um litro de San Pellegrino e a parte superior do bolo de noiva.


Alfonso franziu o cenho quando viu os talhares de plástico. Queria trocar os talheres de aço inoxidável. A faca e o garfo com que havia trabalhado estavam amassados e tortos. Fizera um bom uso deles, desmontando as estantes. Fora obrigado a trabalhar freneticamente no escuro, com medo de ser flagrado. Mas as horas da manhã se passaram sem que nenhuma visita aparecesse, de modo que ele pôde diminuir o ritmo e se concentrar, aproveitando cada minuto.


As estantes tinham sido repostas no lugar mais ou menos uma hora antes. Ele acabou cochilando no sofá, e acordou com a visão da comida perto da porta.


"Tem alguém aí?", ele chamou, achando que podia haver alguém do outro lado do espelho.


Não obteve resposta. A senhora Portilla e sua capanga eslava não tinham se preocupado em falar com ele durante o dia todo. O confinamento solitário começava a pesar. Fazia dois dias que não se comunicava com outro ser humano. Alfonso encontrava-se completamente sozinho.


Tome cuidado com seus desejos, disse para si mesmo, ainda na expectativa de alguma resposta.


Nenhum retorno; só silêncio.


Alfonso pôs a travessa sobre a mesa. Puxou a cadeirinha e ajeitou as pernas para comer. A refeição estava maravilhosa, e ele exagerava nas garfadas. Mesmo que se engasgasse com um camarão, ninguém chegaria apressado para socorrê-lo. Podia ter um ataque cardíaco. Podia sofrer um derrame. Afinal, quem é que sabia que tipo de coágulo poderia se formar sob o ovo de ganso que tinha na cabeça? Podia ter uma hemorragia.


Ele enfiou uma fatia de salmão na boca. As pessoas comem demais por tédio. Comem demais porque estão solitárias. Porque não são amadas e não há ninguém para detê-las. Os que se amam sempre têm o outro para controlar o tamanho de seus quadris.


Anahí tinha belas pernas, e gostava de dobrá-las e comprimi-las contra o peito. Sua bunda empinada e redonda era tão firme que nela se podia ricochetear uma moeda. Ele se lembrou de Anahí reclinada em sua cama, no apartamento da Sullivan Street, com as pernas ligeiramente abertas deixando entrever a sombra que havia entre elas.


Alfonso levou a travessa de volta à porta e se deitou no sofá com as pernas pendendo para fora. Depois, desabotoou as calças, pôs o antebraço sobre os olhos e percebeu surpreso que estava a ponto de chorar.


Levantou-se de um salto, dizendo:


"Que loucura! Me deixem sair daqui!


Movendo-se furtivamente do jeito que sua barriga estufada permitia, ele retornou para as estantes à procura de algum brinquedo ou utensílio que pudesse utilizar para forçar a fechadura, sem ter a menor noção de como se fazia isso. Olhou de relance a sua imagem refletida no espelho de duas faces. Apalpou o estômago. Já tinha engordado. Ele teria que sair rolando do quarto, isso se conseguisse passar pela porta.


Alfonso precisava urgentemente de uma distração. Ao pesquisar a seleção de vídeos, só encontrou os clássicos que estimulavam a imaginação das garotinhas. A Bela Adormecida. Cinderela. Branca de Neve. Histórias de princesas aprisionadas e libertadas pela força do amor. Anahí crescera com aquela baboseira toda. O cérebro dela absorvera os contos de fadas. Mas ele não era o príncipe de Anahí e sim o homem que transava com ela. E se perguntava se haveria alguém que pudesse satisfazê-la ou que soubesse como fazê-la feliz.


Alfonso cerrou os olhos e apertou o nariz, concluindo que devia parar com esses pensamentos depressivos. Pegou o vídeo Cinderela e o colocou no VCR. Depois, segurou o prato de bolo e acomodou-se no sofá para comer a sobremesa e assistir ao filme. Dez minutos depois, ele estava impressionado com a pobre órfã.


"Cinderela é corajosa", disse para si mesmo.


"Estou feliz por ver que você está tão confortável", ecoou a voz dos alto-falantes.


Ele levou um susto e derrubou o bolo no colo.


"Vai pro inferno", disse enquanto limpava o jeans.


"Está bem", ela falou, e desligou os alto-falantes.


"Espera!" Ele estava louco por uma conversa.


Nada.


"Eu queria saber se a Annie está bem", ele insistiu.


"Está ótima", respondeu a voz. "Está feliz. Aliviada. Você fez um favor quando fugiu, e agora ela está começando uma nova vida sem você."


"O que você quer dizer?", ele perguntou. Anahí já estava saindo com outro homem? Ele começou a passar mal; o camarão e o salmão travavam uma luta em seu estômago. O rosto de Christopher Uckermann surgiu em sua mente. Seu amigo sempre tivera uma queda por Anahí. Será que já tinha atacado? Será que Anahí tinha aceitado a cantada?


"O que digo é que ela está seguindo em frente", disse a voz. “Preste atenção. Vou sair para jantar. E enquanto estiver fora eu gostaria que você acabasse de subscrever os envelopes."


"Preciso ter notícias de Annie", ele disse levantando-se e deixando cair migalhas de bolo no chão. "Onde ela está? Alguém está cuidando dela?" Alguém que não seja você, sua maníaca desalmada, ele pensou, mas não disse.


"Ela voltou para Nova York", a voz respondeu. "Posso garantir que tem toda a assistência que precisa."


Alfonso sentiu um nó na garganta. Começou a tossir sem parar. Espasmos violentos tomavam-lhe todo o peito. "Socorro!", ele mal conseguia gritar. "Me ajude! Estou doente! Preciso de um médico" Sufoco, escarro, contorção. ``Você não pode me deixar morrer aqui!", Alfonso apoiava uma das mãos no peito e estendia a outra em desespero, com os dedos rígidos.


Thalia soltou uma risada.


"Bela tentativa", ela falou. "E trate de comer tudo. Você ainda tem cento e cinqüenta refeições para engolir."


Alfonso suspirou. Voltou a sentar no sofá, temporariamente derrotado.


"Você está pronto para admitir que bateu na minha filha?"


"Não foi isso que aconteceu", ele afirmou.


"Foi o quê, então?"


Ele cerrou os lábios.


"Estou saindo", ela disse. "Se você notar um gás verde tóxico passando pelos respiradores, ignore."


"Uma outra coisa", ele disse.


"Fale rápido", ela rebateu.


"Se fosse possível voltar atrás, eu casaria com ela."


"Grande coisa", ela falou. "Seu cabeção de merda."


Ela desligou o sistema dos alto-falantes.


Ele estava sozinho outra vez. Thalia tinha dito que ia sair. Anahí tinha voltado para a cidade. E provavelmente a russa se trancara no quarto, bebendo vodca. Ele podia tentar escapar nessa noite, mas correria um risco desnecessário. A melhor ocasião seria na manhã de domingo.


Alfonso começou a imaginar como seria o resgate dele. Um aríete contra a porta da frente. E uma equipe da SWAT irromperia casa adentro.


Na hora certa, ele pensou. Tinha que ser paciente, tinha que esperar a hora certa. Sua atenção se voltou outra vez para Cinderela. O filme estava naquela cena em que as irmãs postiças de Cinderela rasgam o seu vestido de baile.


Em outro contexto essa cena seria quente, falou consigo mesmo, lambendo o glacê do prato.


 



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Autor(a): narynha

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SEIS HORAS DA TARDE. DA AMURADA da escada do segundo andar, Anahí assistia à conversa entre sua mãe e Fernando. "Espero que você não se incomode em sair para jantarmos", Thalia falou, ao mesmo tempo em que abria a porta para ele. "Não quero nada do menu desse casamento." "Você melhorou?", disse Fernando, elegantemente vestido. ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 89



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  • nathmomsenx Postado em 09/06/2013 - 17:19:03

    Perfeita a web <3

  • kikaherrera Postado em 24/04/2010 - 21:55:47

    Final perfeito como todas as outras.

  • rss Postado em 24/04/2010 - 20:29:51

    o final foi lindo
    perfeito
    espero a próxima
    besossssssssssss

  • rss Postado em 24/04/2010 - 20:29:51

    o final foi lindo
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  • kikaherrera Postado em 24/04/2010 - 03:17:33

    A Annie e a Thalia são loucas.
    Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa


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