Fanfics Brasil - Eu pego esse homem – capitulo 20 << Eu Pego Esse Homem! >> TERMINADA

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Capítulo: Eu pego esse homem – capitulo 20

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SEIS HORAS DA TARDE. DA AMURADA da escada do segundo andar, Anahí assistia à conversa entre sua mãe e Fernando.


"Espero que você não se incomode em sair para jantarmos", Thalia falou, ao mesmo tempo em que abria a porta para ele. "Não quero nada do menu desse casamento."


"Você melhorou?", disse Fernando, elegantemente vestido. ``A soneca ajudou?"


"Estou ótima, muito obrigada."


"Onde está Annie?”, ele quis saber. "Não vem?”


"Ela está... cansada e emotiva."


Fernando sorriu e disse:


"É assim que o inglês descreve quem bebeu em excesso."


"Annie não bebe", Thalia replicou energicamente. "Só está cansada e emotiva por causa de tudo o que aconteceu.


Anahí franziu o cenho. A verdade é que estivera bêbada. Estava bêbada antes da ressaca. Sua mãe sempre fora exaltada. Por que não conseguia relaxar? Anahí passara metade da infância tentando acalmá-la em suas irritações por qualquer coisinha como compromissos esquecidos, bilhetes da professora, torneiras que pingavam.


O rosto furioso de Thalia fez Fernando sorrir, mas sem indulgência.


"Talvez você também esteja cansada e emotiva", ele falou.


"É claro que estou!", ela rebateu.


"Então, tenho que arrumar alguma coisa interessante para fazemos."


Ele segurou o braço de Thalia (pelo que Anahí se lembrava, era a primeira vez que via um homem tocando em sua mãe) e levou-a para fora da casa.


Enfim Anahí e Boris, seu novo amor, estavam sozinhos.


"Esta noite é só nossa, Boris", ela disse baixinho na orelha esquisita do cão.


Ela o segurava como se tivesse um bebê nos braços.


"Pelo que entendo de cães, vou lhe dar comida e você vai gostar de mim para sempre, e me olhar com esses olhinhos carinhosos por toda a vida."


Muitas vezes os homens são comparados com os cachorros. Anahí já tinha visto um monte de livros de auto-ajuda com títulos como Homens: Manual de Adestramento ou: Como Adestrar Seu Homem. No ano anterior lera um romance cujo primeiro parágrafo dizia: "Peg Silver era capaz de fazer o homem se aproximar dela, mas era incapaz de fazê-lo ficar".


Anahí acarinhou o focinho triangular de Boris e concluiu que a comparação entre homens e cães não era correta.


"É um insulto para os cães", disse para Boris, que parecia sorrir.


Levou-o para o quarto dela. Seu apartamento de Nova York cabia todinho dentro de seu quarto de Nova Jersey. Quando criança ela o chamava de "salão de baile" por causa das cortinas que pendiam do alto das paredes, fazendo-a lembrar-se dos filmes de princesas. Por volta dos quinze anos de idade ela se deu conta de que podia confundir as pessoas se chamasse o quarto de "salão de baile". Afinal, nunca havia dançado com ninguém nem ali nem em qualquer outro lugar da casa. Seus romances sempre aconteciam do lado de fora, nos arredores da piscina ou sobre cobertas no campo. Ela e Alfonso jamais tinham passado uma noite naquele quarto. Ele não quisera. Disse que morria de medo de Thalia, de que ela o visse enquanto dormia.


A política de proibição do prazer não se aplicava apenas ao quarto de Anahí. A casa inteira era uma mansão assexuada, um palácio de abstinência.


E mesmo assim quero me mudar pra cá, ela disse a si mesma.


Anahí removeu a maquiagem gótica, tirou o jeans e a camiseta e vestiu um conjunto confortável de moletom. Talvez para uma soneca. Deitou-se então em sua cama king-size com cabeceira acolchoada, onde um dia (no passado distante ou seria mera imaginação?) fora chamada pelo pai de "minha princesinha". Boris brincava sobre a colcha, cheirando-a e dando cambalhotas em círculos. Ela queria que ele se aquietasse e deitasse. Até que ele se aninhou na colcha. Anahí estava cansada e emotiva. Cansada, principalmente. Mas não conseguia dormir. Boris pulava em cima dela e mastigava seus cabelos e sua camiseta. Lambia seu rosto e arfava em seu ouvido.


"Você é mesmo um cachorrinho hiperativo. Até parece que sofre de transtorno de déficit de atenção", ela falou. Ele olhava fixamente para Anahí com seus grandes olhos molhados, e abanava o rabo, e ficava à espera, e observava e pedia brincadeiras e afagos. Era enervante ser encarada daquela maneira. E quanto de carinho aquela criatura precisava?


"Será que você quer sair?", disse Anahí. Boris saltou imediatamente da cama e arranhou o chão. Anahí saiu da cama de chinelos, resmungando. Depois, abriu a porta do quarto - Boris tinha tentado empurrá-la com o próprio corpo - e seguiu na direção da escada; com ele correndo à frente. Mas em vez de descer, o filhote deu uma guinada brusca para a esquerda e subiu desembalado até o terceiro andar.


"Não, Boris. Vem aqui. Vem!", Anahí ordenava.


Exatamente nesse instante, fez-se um clarão em sua memória: ela e Alfonso na cama dele; ele por cima dela, sussurrando em ouvido: ``Vem, vem".


Anahí engoliu em seco e varreu a imagem da mente. Não devia pensar em Alfonso, E, definitivamente, não devia pensar em sexo.


Da escada, ela chamou outra vez pelo cachorrinho.


"Desça já daí!" Boris latiu de volta. E continuou latindo forte, um latido incompatível com seu tamanho.


Ele farejava alguma coisa no ático, talvez esquilos ou um guaxinim. Olhando para a escuridão do terceiro andar, Anahí não acreditava no que estava acontecendo. Naquela hora devia estar em sua lua-de-mel, e não caçando um filhote desvairado.


Talvez Boris comesse os esquilos. Ou então os esquilos o comeriam. Um esquilo grande de Short Hares chegava a ser maior que Boris. Anahí começou a subir a escada. Boris continuava latindo e rosnando.


Devia haver alguma coisa por lá. Talvez maior que um guaxinim. De repente, Anahí começou a sentir frio - tremores e arrepios na espinha. Ela se deteve. Se houvesse algum guaxinim ou marmota por ali, seria mais apropriado usar jeans, botas e casaco. Seria mais prudente. Podia ser um animal hidrófobo. E ela devia primar pela segurança.


Ninel deve saber o que fazer, Anahí pensou.


Deu meia-volta e desceu voando pela escada.


Mas estancou no meio do caminho.


Foda-se a segurança, ela disse para si mesma.


Tomou de novo a direção do terceiro andar. Ela mesma teria que encarar a criatura. Por mais que fosse grande e hidrófoba.


 



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Autor(a): narynha

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 89



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  • nathmomsenx Postado em 09/06/2013 - 17:19:03

    Perfeita a web <3

  • kikaherrera Postado em 24/04/2010 - 21:55:47

    Final perfeito como todas as outras.

  • rss Postado em 24/04/2010 - 20:29:51

    o final foi lindo
    perfeito
    espero a próxima
    besossssssssssss

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  • kikaherrera Postado em 24/04/2010 - 03:17:33

    A Annie e a Thalia são loucas.
    Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa


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