Fanfics Brasil - Eu pego esse homem – capitulo 29 << Eu Pego Esse Homem! >> TERMINADA

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Capítulo: Eu pego esse homem – capitulo 29

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NENHUM HOMEM SABE DO QUE É capaz até passar por determinadas experiências. E agora Alfonso sabia; depois de ter confessado sua dor para a mulher que ele mais odiava no mundo, ele era capaz de chafurdar, de chafurdar mais do que podia imaginar. E atolou-se como se sua miséria fosse um banho de espuma e ele estivesse coberto até a cabeça.


Nesse estado patético, ele assistira a dois filmes. Branca de Neve e (alô, velha amiga) Cinderela.


Pássaros no chapéu, ele resmungou consigo mesmo, esparramado no sofá. Camundongos no vestido. Quando Cinderela estava trancada no ático, ela foi salva por um bando de pássaros e camundongos. E quando Branca de Neve se viu em perigo, um grupo de coelhos e cervos surgiu para salvá-la.


Alfonso lembrou-se do dia em que ficara noivo de Anahí. O dia da fotografia, quando eles foram perseguidos por um bando de esquilos idiotas.


Ele riu do festival de absurdos. Roedores falantes. Figuras maternas malvadas que trancavam inocentes em torres. Seu desejo era ter coragem de enfrentar Anahí ao menos uma vez. Se houvesse uma chance, ele iniciaria a conversa. E se a verdade correspondesse à suspeita que tinha - de que Anahí não se sentia atraída por ele -, teria acatado isso de bom grado. Se possível, tentaria sanar o estrago causado pela sua fuga tão deselegante.


Alfonso olhou o relógio pela centésima vez. Onde o puto do Ucker se metera? Àquela altura já devia ter lido a carta a respeito de Thalia e Ninel. Já estava ficando tarde. Em poucas horas o sol se poria. Se Ucker não chegasse com a cavalaria, ele mesmo colocaria em prática o seu plano de fuga.


Alfonso esperou até ter certeza de que ninguém o estava observando do outro lado do espelho. Desde a hora do almoço Thalia não aparecera para falar com ele. Talvez estivesse ocupada planejando a morte dele. O trato de Thalia - informação em troca de liberdade - era fictício. Ele suspeitara disso desde o início. Mas ela o havia forçado e espetado tanto que ele ficou a ponto de explodir por dentro e danificar seus órgãos se não colocasse a verdade para fora. Seus órgãos já estavam salvos. E Thalia devia estar se sentindo pressionada. Ele se tornara um problema crescente (especialmente a barriga).


Alfonso apagou as luzes. Tinha que agir no escuro. Usando uma chave de fenda falsa (um garfo entortado), retirou as estantes da parede. Arrumou-as no centro do quarto de maneira que formassem um H. Valendo-se dos livros do dr. Seuss, calçou as prateleiras e fez o arranjo de uma base firme sobre a qual dispôs a mesinha branca com as duas cadeirinhas em cima. As cadeiras ficaram uma em cima da outra, de modo que ele pudesse chegar ao topo pondo um pé em cada assento. Segundo os cálculos dele, as estantes junto com a mesinha e as cadeiras poderiam elevá-lo uns dois metros e meio acima do solo.


Embora a base das estantes não fosse tão sólida como ele esperava, Alfonso conseguiu subir e ficar de pé sobre a mesa. Agora restavam as cadeirinhas. Um pé para cima. E depois...


Argh!, ele grunhiu ao escorregar e quase derrubar a estrutura inteira. Calma, disse para si mesmo. Pôs um pé descalço (por causa da tração) sobre a primeira cadeira. Equilibrando-se, esticou-se e pôs o outro pé no centro da segunda cadeira. Endireitou o corpo e colocou-se ereto em cima das cadeiras que balançavam sob seus pés. Contando com sua própria altura, ele agora estava a quatro metros e trinta e poucos centímetros acima do solo.


Não ousou olhar para baixo.


Com os braços estendidos para cima, ele ainda estava a alguns centímetros do teto. Pegou a corda - feita com as cordas de pular emendadas - enrolada em seus ombros e esticou-a. Fez um laço em uma das extremidades. Depois, respirou fundo, ajeitou-se e jogou o laço na direção do trinco da clarabóia.


Errou. O movimento quase o fez cair de sua plataforma.


Segunda tentativa: fracasso total.


Antes de tentar pela terceira vez, Alfonso fechou os olhos e concentrou-se intensamente. Depois, lançou a corda.


O laço encaixou-se no trinco e ele puxou a corda com força, para que ficasse bem presa. Gotas de suor e alívio jorravam de seus poros. Agarrou a corda para ver se ela agüentava. Estava firme, mas suas mãos estavam escorregadias para a escalada.


Secou as mãos nos jeans. Segurou a corda com firmeza e começou a subir. Graças às unhas resistentes e à mobília empilhada, a força corporal de Alfonso na escalada era. extraordinária. Com movimentos rápidos das mãos, ele galgou em poucos segundos a curta distância percorrida pela corda. Agarrou com firmeza o caixilho da janela com os dedos e jogou as pernas para o alto, na tentativa de alcançá-la com os dedos dos pés.


Alfonso precisou de toda a coragem para soltar uma das mãos a fim de afrouxar o laço do trinco e forçá-lo a abrir-se.


Mas a janela estava emperrada. Ele quase chorou. Usava toda a sua força, agarrando-se no teto como um gato, e utilizava todos os músculos dos pés e das mãos para manter-se no caixilho da janela. Se desistisse, despencaria e quebraria a coluna.


Uma explosão de adrenalina o ajudou a golpear a janela com o braço, e ela finalmente se abriu. O laço se desprendeu do trinco e caiu no chão, lá embaixo. O pé direito de Alfonso também escorregou. O peso de seu corpo impulsionava-o para baixo, e ele começou a cair, tentando se agarrar com as mãos, e as pernas pedalando no ar.


Com um único dedo ele conseguiu se segurar na borda da janela aberta. Ficou dependurado por esse dedo até poder agarrar a janela com a mão. Em seguida, firmou-se na borda com a outra mão, impulsionou os pés na direção da abertura e passou as pernas por ela até atingir o telhado da casa.


Depois de conquistar essa posição, ele passou o corpo todo pela abertura, com facilidade. E, exausto, viu-se em cima do telhado. O esforço lhe acelerou a respiração, e as batidas do coração martelavam em seus ouvidos. Ele então rolou o corpo de modo que pudesse olhar para dentro do quarto de brinquedos pela clarabóia aberta. Lá no chão estava a corda que ele havia emendado. O seu plano era usá-la na descida do telhado.


Ele rolou de volta. Naquela hora as estrelas ainda não estavam visíveis. Mas a vista do alto da mansão era maravilhosa. Ele avistava toda a área de Short Hares como se fosse a cena de um filme; as regiões arborizadas pareciam pedaços de árvores de plástico, e as ruas iluminadas, uma rede brilhante. E também vislumbrava as casas dispostas em filas curvilíneas, com suas piscinas que faiscavam em tons de azul.


Piscinas.


Sem a corda, a piscina era a única saída. Alfonso se arrastou como um caranguejo ao longo do telhado até alcançar a beirada. Esticou-se pela calha, olhando para o lado, e viu a piscina da família Portilla. Parecia ideal para um mergulho. Um mergulho de três andares.


Na época do colégio Alfonso tinha pulado de um trampolim. Sua altura era de aproximadamente nove metros e meio. Mas agora o pulo seria de mais de quinze metros e meio.


Sem problema, disse para si mesmo. A garotada faz isso toda hora, com o pó-de-anjo.


Ele viu de soslaio um esquilo no telhado, fuçando em torno da clarabóia aberta.


Antes você do que eu, ele falou observando o animal entrar pela abertura.


Ele ficou em pé na beirada do telhado. Olhou a superfície macia da piscina. O reflexo das luzes no fundo lhe dava um brilho radioativo.


Alfonso protegeu o saco e pulou.


 



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Autor(a): narynha

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 89



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  • nathmomsenx Postado em 09/06/2013 - 17:19:03

    Perfeita a web <3

  • kikaherrera Postado em 24/04/2010 - 21:55:47

    Final perfeito como todas as outras.

  • rss Postado em 24/04/2010 - 20:29:51

    o final foi lindo
    perfeito
    espero a próxima
    besossssssssssss

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  • kikaherrera Postado em 24/04/2010 - 03:17:33

    A Annie e a Thalia são loucas.
    Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa


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