Fanfic: << Eu Pego Esse Homem! >> TERMINADA

ANAHÍ OLHAVA PARA O CELULAR SEM poder acreditar. Thalia tinha desligado na sua cara. Estava pouco se lixando.

"O que é que eu faço?", disse Dulce.

``Vamos ligar para o 911!"

"Não podemos", Dulce argumentou. ``Vão nos prender por assassinato. Ou por massacre de homens."

"Isso seria verdade", Anahí falou, "se eles estivessem mortos, mas não estão." Ela tinha examinado a jugular de Ucker e Alfonso e constatara que estavam vivos, embora inconscientes.

Isso significava que Alfonso havia sofrido duas contusões num período de três dias, ela se deu conta. Mas não disse nada; não queria aborrecer Dulce mais do que já estava, se é que isso era possível.

"Eles estão mortos!", sua amiga baixinha delirava, arrancando as penas do robe e batendo no peito com as mãos bem-cuidadas.

"Olhe aqui, sente só", Anahí sugeriu.

A estrela de novelas caiu de joelhos e apalpou o peito de Alfonso; sua mão subia e descia com a respiração dele. "Ele tem um corpão", ela observou.

“Fiz um bom uso dele na noite passada", Anahí falou, rindo até os dentes. “Lá na cabana da piscina."

"E como é que ele apareceu na sua casa?", Dulce perguntou, confusa com o que acabara de ouvir.

Anahí fez uma pausa; não queria entrar na história do seqüestro.

“Ele emergiu, só isso", ela desconversou.

Dulce examinou os movimentos do peito e do pulso de Ucker.

"Ucker. Acorda!" Ela segurava o queixo dele e balançava a sua cabeça para ambos os lados. "Não gosto deste Ucker aqui", ela comentou. "Tem uma ereção permanente. Goza e continua duro. É um investigador particular. Ele me examinou com uma caneta luminosa. E claro que chegou lá no fundo, se é que você me entende."

"Você já tentou gelo?"

"Lá?", Dulce perguntou.

"Para reanimá-los", exclamou Dulce, checando o balde de champanhe prateado, cheio até a metade de água gelada. ``Vou adorar fazer isto", e despejou a água no resto de Alfonso.

Ele gaguejou, sacudindo a cabeça. Revirou os olhos e voltou a desmaiar.

Enquanto isso, Ucker começava a se mover.

"Olha só!", disse Dulce, apontando para a cabaninha de lençol entre as pernas dele. "Eu não falei?"

"Deve estar sonhando com você!", disse Anahí.

"Se ele tiver alguma dúvida quanto à minha capacidade de representar o papel", disse Dulce, "bato nele de novo com uma garrafa de champanhe."

``Você vai ser a primeira atriz em Nova York que golpeia o seu meio de subir na carreira. Ou, no seu caso, de afundar", Anahí comentou. Olhou a expressão inerte de Alfonso. Fazia alguns meses que não o via assim tão sereno, nem mesmo quando ele dormia. Examinou outra vez o pulso e notou que ele estava usando o anel dela no dedo mindinho.

O coração de Anahí desceu até as entranhas. Se ela não estivesse de joelhos, certamente desceria até os pés.

"Estou preocupada com o Poncho", ela disse. "Temos que pedir ajuda."

"Tenta ligar de novo pra sua mãe."

"Como se ela fosse fazer alguma coisa por ele", Anahí ironizou.

"Quem mais a gente pode chamar? Os seguranças do hotel, nem pensar!"

Fernando Herrera estava hospedado no Plaza.

"Vou buscar o pai do Poncho", disse Anahí.

"E trazer ele aqui?”, Dulce perguntou enquanto fechava o robe até o pescoço, num show de recato.

Para Dulce, tudo era um show.

"Vou voltar logo. Não bata nele enquanto eu estiver fora."

Anahí olhou novamente para Alfonso, levantou-se e o deixou com Dulce, que a essa altura procurava alguma roupa decente na mala para vestir.