Fanfics Brasil - ▫ Capítulo 2 ▫ A Esposa Virgem - Adaptada Vondy (Finalizada)

Fanfic: A Esposa Virgem - Adaptada Vondy (Finalizada) | Tema: Vondy


Capítulo: ▫ Capítulo 2 ▫

49 visualizações Denunciar


Christopher percebeu a aceleração do pulso, mas não tentou controlá-lo. Haviam cavalgado depressa e alcançado o convento em dez dias saboreava a onda de satisfação enquanto esperava a noiva. A vitória era quase sua! Vitória sobre os demônios que o perseguiam há tanto tempo, que haviam destruído os sonhos de um jovem cavaleiro otimista e mudado seu caminho para sempre. Finalmente, executaria a vingança e, então, talvez voltasse a ser o que era.


Darius estava ao lado e Christopher o observou.


Como sempre, as feições do companheiro não revelavam nada. Todavia, Christopher sentiu-lhe a desaprovação. O sírio não apreciava esquemas que envolvessem mulheres. Ele já ultrapassara os limites ao indagar o que aconteceria depois da vingança. Christopher não se dera ao trabalho de responder. A moça seria sua mulher e ele teria muitos anos para exercer a vingança na última descendente de Saviñón.


Ela se chamava Dulce.


Christopher a imaginava como uma versão menor de seu inimigo. Teria cabelos negros e pele desbotada como a do tio. Criada em convento, ela devia ser um tipo delicado e imprestável, refletiu, aborrecido. Só precisava olhar para a mulher que comandava a ordem a fim de confirmar a crença. Pequena e encurvada, ela movia-se com a lentidão da idade.


Seria fácil forçar uma pessoa assim a satisfazer suas vontades.


— Quero me casar tão logo ela apareça — disse Christopher, escondendo a excitação sob a expressão impassível.


— Isso é impossível, meu senhor. Padre Goode foi visitar uma irmã enferma e o sacerdote mais próximo está em Litton, a um dia de viagem — informou a abadessa.


Christopher abafou uma praga e virou-se para um homem atarracado atrás de Darius.


— Renfred, vá buscar o padre.


— Sim, senhor.


— Faça-o chegar aqui amanhã.


— Pois não, meu senhor.


O homem saiu enquanto entravam três freiras.


— Ah, Dulce — a abadessa exclamou acelerando a excitação de Christopher. Mas qual das três seria a noiva? Todas usavam hábitos pretos e toucas brancas. Mantinham o rosto abaixado, o que não permitia ver-lhes as feições. A única diferença era a altura da do meio. Observando-a, Christopher surpreendeu-se com seu repentino olhar de curiosidade. As três sentaram-se num banco. — Dulce, querida, tenho boas notícias para você — informou a abadessa e, mais uma vez, a do meio levantou o olhar vivo. Certamente a criatura desinibida não era a noiva, pensou Christopher. Talvez ela apenas não fosse tão discreta como as outras duas. A abadessa prosseguiu em voz trêmula: — O rei mandou um marido para você.


Christopher olhou para a do meio e viu-a encarar a velha freira. Suas feições expressavam dissidência e não submissão. Não se comportava como uma religiosa.


— Não acredito. Por que Edward demonstraria interesse por mim? Christopher mal disfarçou o choque.


A criatura alta e rebelde era Dulce Saviñón?


— É verdade, minha querida. O rei mandou a notícia da morte de seu tio e a ordem para você se casar com o barão de Belvry com a finalidade de unir as terras.


A moça passou o olhar por Christopher  numa avaliação rápida. Sim, Dulce, conheça seu senhor e lastime-se, pensou ele encarando-a com ar de triunfo. Sem piscar, ela enfrentou-o. Devia ter uns dezoito anos, calculou ele. Tinha rosto oval, pele acetinada, nariz pequeno e boca bem delineada. Os olhos, ao contrário dos pretos de Saviñón, eram verdes e faiscavam. Abruptamente, ela os desviou.


— A senhora sabia disso e não me avisou? — indagou à abadessa.


A voz revelava emoção, mais precisamente, raiva. Teria essa moça, de fato, sido educada num convento?, conjeturou Christopher.


— Ora, Dulce — começou a abadessa e as outras duas freiras trocaram um olhar como se esperassem uma cena.


Não ficaram desapontadas, pois Dulce levantou-se e interrompeu a superiora:


— Não venha com panos quentes. A senhora recebeu a notícia e não me avisou. Ficou com medo de que eu fugisse e esse janota não lhe pagasse uma boa recompensa? — perguntou apontando o dedo para Christopher.


Janota?


O insulto feito com tanta naturalidade deixou-o fora de si. Foi preciso um grande esforço para não demonstrar a raiva. Tinha vontade de sacudi-la pelos ombros. Mais tarde, ela pagaria por essas palavras e por muito mais. As freiras não disfarçaram o olhar horrorizado e a abadessa aproximou-se com olhar apaziguador.


— Dulce, você sabe que o ouro não me atrai. Se pensasse um pouco, veria que tenho seu interesse em mente. Você não vive feliz aqui e, agora, tem a oportunidade de iniciar uma nova vida. Aceite-a e que Deus a abençoe.


— Eu não ficaria desconfiada se a senhora tivesse me informado antes. Por que não o fez? Pensou que eu tentaria escapar?


Escapar? Que tipo de mulher era essa para falar tanta tolice? Tencionava mesmo desafiar o rei?


— Chega! Não importa quando você foi informada. Nós vamos nos casar e você não tem escolha — disse Christopher em tom enérgico. 


Dulce virou-se para ele.


— Existem sempre escolhas, meu senhor!


Petrificado com os olhos verdes falseando, Christopher não conseguiu falar. Por que tanta raiva?


Era ele quem deveria odiá-la, não só por causa do tio como também por sua língua afiada. Então, ela virou-se e deixou o aposento sem a permissão da superiora ou a de seu senhor. Christopher nem percebeu mover-se. Viu-se à porta com Darius segurando-lhe o braço.


— Deixe-a em paz por enquanto — aconselhou o sírio em voz baixa. Perplexo com a falta de controle, Christopher retrocedeu. O sangue latejava nas veias.


— Perdoe Dulce — pediu a abadessa. — Ela é muito impetuosa e até um pouco inflexível, mas acabará cedendo. Só precisa de um pouco de tempo para se acostuma com a idéia.


— Por que a senhora não a avisou de minha vinda? Isso teria evitado a cena desagradável — censurou Christopher.


A abadessa desviou o olhar, levando-o a pensar se Dulce não teria dito a verdade. Ela fugiria em vez de se casar com ele? Por quê?


Ela ignorava o que existia entre o tio e ele.


A abadessa havia lhe dito que Saviñón jamais demonstrara interesse pela sobrinha e, por isso, a mandara para o convento. Desde então, eles nunca tinham se comunicado. Dulce não podia sentir afeto por alguém a quem mal conhecia. Uma idéia perturbadora tomou forma na mente de Christopher. Perscrutando o olhar da abadessa, perguntou:


— Dulce tem um amante pelas redondezas? Ou algum outro laço que a prenda por aqui? As freiras não contiveram exclamações diante das palavras francas.


— Não, não, meu senhor! Não existe nada que prenda Dulce aqui. Trata-se apenas de sua rebeldia — garantiu a superiora.


— Ela é muito teimosa — disse uma das freiras.


— E não gosta de nada que não seja idéia sua. Dulce teve uma vida muito dura — aparteou a outra.


— Num convento?! — Christopher perguntou com ar de dúvida.


— Após a morte do pai, ela e a mãe passaram necessidades. A mãe morreu logo depois. Seguiu-se um período difícil até o tio providenciar o dinheiro para Dulce juntar-se ao convento — explicou a abadessa.


— E onde ela viveu durante aquele tempo? — Christopher quis saber. — Conseguiu abrigo na casa de um burguês. Não passava de uma criada.


Ótimo! A noiva vivera como subalterna. Todavia, saber de seus percalços não dava prazer a Christopher. Talvez porque eles tivessem sido provocados pelo destino e não por ele. Desejava ser a única fonte de sofrimento para Dulce Saviñón.


— Ela não parece ser subserviente — comentou em voz seca. — Trata-se de uma boa moça, meu senhor, mas não tem vocação religiosa. Quem sabe não se dará melhor como castelã? — sugeriu a abadessa.


Christopher franziu a testa. A criatura de maus modos não se parecia com nenhuma dama que ele conhecia. Anahí nunca levantava o tom de voz e era uma mulher finíssima. Christopher quase riu com a comparação. Linda e delicada, a irmã não tinha nada a ver com a noiva de olhos verdes e faiscantes. Imagine educada em convento! A velha abadessa não devia ter muito controle de seu rebanho. Mas bem depressa, ele inspiraria o temor de Deus no coração de Dulce Saviñón. Chegou quase a sorrir ao pensar na vingança.


Quando terminasse, a noiva sentiria saudades de seu passado miserável.


Até a vida de camponesa lhe pareceria melhor.


***


Dulce correu para o dormitório. Calculava de quanto tempo dispunha. Logo estaria na hora das vésperas e sua ausência na reza seria notada.


Por que ela?


E por que agora quando tinha, finalmente, se resignado à vida no convento?


Não possuía paciência necessária para a vida religiosa, mas, ali encontrara alimento, agasalho e segurança. Tarde demais, lembrava-se de que a vida fora do convento era crivada de perigos. Fome, frio, degradação e outros horrores escondiam-se na primeira curva da estrada. Dulce os conhecia bem.


Encarou as perspectivas enquanto fazia uma trouxa com a roupa de cama. Pagamento pequeno pelos anos de serviços prestados ali. Já podia sentir a falta de ar que a acometia quando estava assustada.


Há quanto tempo não tinha de lutar para respirar?


Tentou acalmar-se.


Agora, seria diferente.


Era mais velha e mais experiente.


Poderia trabalhar como criada para uma família respeitável. Não, pensou, estremecendo. Na cidade, encontraria outro trabalho que a mantivesse fora de perigo.


Colocando seus parcos pertences na trouxa, amarrou-a e deixou o dormitório. Deveria levar algum alimento, mas não se atrevia a ir até a cozinha. Várias freiras deviam estar a par de sua situação e perceberiam sua tentativa de fuga. As portas, sem dúvida, estavam guardadas e Dulce dirigiu-se a uma janela. A altura era grande, mas não havia outra maneira de escapar, pensou olhando a grama lá embaixo. Não tinha tempo a perder.


Precisava fugir antes que ele viesse em seu encalço.


Muito tempo atrás, tinha pensando em constituir família, com um marido que não desperdiçasse as moedas como o pai. Talvez um comerciante, ou um cavaleiro. Mas jamais aspirara tão alto como um Von Uckermann, famoso no país por sua fortuna. Dulce mal podia acreditar que ela, a filha de um homem fracassado, estivesse noiva do proprietário de Belvry.


Embora tivesse desistido de se casar há muito tempo, poderia ter mudado de idéia se o homem houvesse se mostrado bondoso em vez de amedrontá-la com sua brutalidade. Estremeceu. Lembrou-se daquele rosto — atraente, mas inflexível — e daqueles olhos sombrios e cheios de raiva.


Decidiu-se.


Não poderia ficar ali.


Ignorava porque ele a desprezava. Talvez não quisesse se casar, ou alimentasse alguma diferença com o tio. Ela já sobrevivera uma vez e voltaria a fazê-lo. Melhor do que submeter-se a um tipo como aquele. Jogou a trouxa e passou as pernas pelo peitoril da janela.


A queda tirou-lhe o fôlego.


Deitada de costas na relva, Dulce respirou fundo. Sua posição estava longe de ser a de uma dama. O hábito levantado mostrava-lhe as pernas abertas e a touca torta a deixava com ar irreverente. Não importava. Seus dias de decoro rígido chegavam ao fim, pensou, sorrindo.


Foi então que Dulce o viu.


Ele estava a um passo de sua cabeça. Se estendesse a mão, poderia tocar-lhe as botas que apareciam sob a túnica de tecido fino. Levantou o olhar. Ele tinha as mãos nos quadris e, acima dos ombros largos, o rosto não escondia a fúria. Os olhos cinzentos lembravam a ponta de punhais.


— Se tentava se matar, deveria ter escolhido uma janela mais alta — comentou Christopher.


Perplexa com tais palavras, Dulce continuou deitada, fitando-o. Que tipo de monstro seria esse homem para dizer tal coisa?


— Vou mandar pôr grades nas janelas de seu quarto em Belvry — avisou ele.


Dulce sentou-se abruptamente e endireitou as roupas. Numa atitude decidida, encarou o inimigo. Ele sorria como se seu constrangimento o agradasse. Sentiu o sangue gelar nas veias.


— Conforme-se com seu destino, pois amanhã, nos casaremos — aconselhou ele.


***


Christopher não a trancou por fora. Não havia necessidade. Mulher alguma, nem mesmo Dulce Saviñón, conseguiria passar por seus homens. Deitado numa enxerga dura, numa das celas reservadas a visitantes, ele sentia-se satisfeito. No dia seguinte, Dulce seria sua. Mas tratava-se de uma criatura estranha. Christopher não podia entender por que ela tentara fugir para não se casar. E pular de uma janela? Poderia ter quebrado o pescoço, roubando-o da oportunidade de vingança.


Não, ele tomaria todo o cuidado para que a tola não se arriscasse outra vez.


Dulce precisava de mão firme, pensou ao lembrar-se de sua figura absurda caída no chão. Como fogo crepitante, um pouco dos cabelos tinha escapado da touca branca. Eram vermelhos e brilhantes e Christopher os imaginou soltos. Havia tido também a oportunidade de apreciar-lhe as pernas. Bem torneadas. Precisava examinar a noiva com mais vagar. Christopher virou-se de lado e respirou fundo. O que lhe importava a cor dos cabelos de Dulce, ou as formas de seu corpo? Afinal, ela não passava de instrumento para executar a vingança. Logo estariam casados, mas Christopher não queria nada com o corpo de Dulce. Jamais se deixava dominar pela paixão e a sobrinha de Saviñón não o subjugaria dessa forma, ou de outra qualquer. Ela poderia ter feito os votos perpétuos, pois não lhe conheceria as carícias, nem de outro homem. E essa privação seria apenas o início de...


— Meu senhor?


Vinda da escuridão, a voz interrompeu-lhe os pensamentos.


Sem ruído algum, Christopher segurou o cabo da adaga na cintura. Tinha tirado a túnica, mas conservara a arma. Como aprendera muito tempo atrás, lugar algum era seguro e não se podia confiar em ninguém, nem mesmo em freiras. Christopher olhou para a entrada da cela, que não tinha porta, ou cortina. Apesar das sombras, distinguiu uma silhueta curvada. Num movimento brusco, sentou-se. —


Não! Fique onde está, por favor. Sou eu, a abadessa Wright. — A voz era baixa e meio sem fôlego. — Quero trocar uma palavrinha com o senhor.


A essa hora? Se não fosse sua idade avançada, Christopher desconfiaria das intenções da freira.


— Do que se trata?


— De um assunto muito delicado, meu senhor. Eu não tocaria nele se pudéssemos nos ver à luz do dia.


— Está bem. Fale logo — instou Christopher, irritado.


— É sobre Dulce, meu senhor. Peço-lhe que não a trate mal.


A irritação cresceu.


— Ela vai ser minha mulher e não lhe dirá mais respeito.


— Sei bem, meu senhor. Mas eu não gostaria que se impusesse a ela.


Com todos os diabos. Estaria a abadessa querendo aconselhá-lo sobre assuntos matrimoniais?


— A senhora não quer que o casamento se consume? — indagou, incrédulo.


— Não até que seu coração a receba, meu senhor.


— A senhora me deixa confuso, abadessa. A igreja não exige que os votos matrimoniais sejam consumados? — perguntou Christopher com sarcasmo.


— Quero lembrá-lo que estupro é pecado — disse a freira veementemente.


— Não existe estupro entre marido e mulher — protestou ele.


Não deixava de ser engraçado estar seminu, numa cela de convento, discutindo sexo com uma freira. Contudo, o fato o aborrecia.


— Deus vê e conhece tudo. Ele o julgará de acordo com sua intenção.


— Abadessa, o que a leva pensar que eu estupraria minha mulher? — Christopher perguntou, tentando controlar-se.


— Vi sua expressão de ódio quando olhou para ela.


Ele não precisou negar a acusação.


O farfalhar do hábito mostrou que a abadessa se afastava. Perplexo com tal comportamento, ficou olhando para a entrada da cela. As freiras de outros conventos seriam tão entranhas como as desse? Praguejou contra a insensatez das mulheres e voltou a deitar-se. Se a velha freira não houvesse tido a audácia de adverti-lo, talvez lhe confessasse não ter a intenção de levar a mulher para a cama. Planejava algo muito pior para ela.


Christopher se viu dominado pela sensação de triunfo não sentida desde que havia destruído o exército de Saviñón. Não havia enfrentado o inimigo, pois este fugira covardemente. Mas agora, Christopher e a sobrinha do desgraçado encontravam-se diante do sacerdote que os tornaria marido e mulher.


***


Dulce usava o hábito preto de freira. Provavelmente não tinha outras roupas. Pouco importava. A noiva não era tão alta quanto tinha calculado. O topo de sua cabeça alcançava-lhe a face. Observou-a imaginando os cabelos escondidos sob a touca. Estudou-lhe as feições: sobrancelhas bem arqueadas, cílios longos e densos e lábios rosados. Estavam meio curvados e fechados. Surpreso, ele percebeu que Dulce hesitava a fazer os votos matrimoniais.


Aproximou-se mais, ameaçando-a em silêncio.


Embora Christopher esperasse que a noiva se acovardasse com a atitude, ela ergueu os olhos com ar de desafio. Encararam-se e ele tentou forçá-la a falar através de um olhar feroz. Ela nem piscou. Não importava tanto orgulho, pois ele seria o vencedor. A idéia o levou a sorrir. Dulce desviou o olhar e, com voz trêmula, fez o juramento. Sua coragem o surpreendeu. Essa era uma qualidade que Christopher valorizava acima de todas. Estranho encontrá-la na herdeira de Saviñón. Talvez tudo não passasse de tolice feminina, refletiu ele. Tão logo o padre terminou a cerimônia, Christopher anunciou:


— Partimos imediatamente. Vamos, mulher, despeça-se das companheiras.


Mais uma vez, Dulce o surpreendeu. Calada e sem lágrimas, passou diante das freiras. Por Deus, que mulher fora do comum! Por um instante, Christopher seguiu-a com o olhar, mas depois dirigiu-se à abadessa:


— Não se preocupe, eu não a tocarei — prometeu.


A velha freira não pareceu aliviada e, consternada, disse:


— Ora, meu senhor, sei que Dulce não é tão linda como muitas mulheres, mas a ordem divina é crescer e multiplicar.


— Não foi isso que me disse ontem à noite.


— Ontem à noite?! — repetiu a velha freira com olhar confuso.


A suspeita dominou Christopher e ele virou-se para a porta. Dulce já estava lá fora, de costas para ele e junto ao cavalo palafrém. Havia sido ela, sem sombra de dúvida, quem o procurara na noite anterior. E o tinha convencido tratar-se da abadessa. O sangue de Christopher ferveu. A criatura era de uma audácia fora de conta. Imagine aconselhá-lo a respeito da consumação do casamento! Do que mais ela seria capaz? Dê vazão a suas artimanhas, mulher irascível. A guerra apenas começou, refletiu Christopher tentando se controlar.




Comentem e Favoritem!


Besos y Besos Lindezas!😙😙😙


Publicado originalmente em: 14.08.2017.


 



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): Srta.Talia

Este autor(a) escreve mais 11 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

Christopher forçou a comitiva a cavalgar até o anoitecer e sentiu prazer ao ver Dulce mal conseguir escorregar da sela. Ela não estava acostumada a longas viagens como ele e seus homens. Agora, ela jantava de cabeça baixa, sinal de exaustão. Em outra mulher, Christopher assumiria tratar-se de submissão, mas não Dulce. Ela n&at ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 7



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • Dulcete_015 Postado em 21/04/2020 - 14:31:18

    Ameii o final,já estou ansiosa para ler a próxima

  • Dulcete_015 Postado em 20/04/2020 - 21:04:38

    Pensei q tinha abandonado ,q bom q voltou,continuaa

  • Dulcete_015 Postado em 24/03/2020 - 00:38:59

    Já amei saber q vamos ter muitos baby vondy,continuaa

  • Dulcete_015 Postado em 22/03/2020 - 22:56:08

    Queria um baby vondy,estou curiosa para saber mais sobre o Marcelino,continuaa

  • Dulcete_015 Postado em 20/02/2020 - 00:44:58

    Poxa q pena q já está no final da fanfic,continuaa

  • Dulcete_015 Postado em 19/02/2020 - 00:51:04

    Continuaa

  • Dulcete_015 Postado em 16/02/2020 - 10:54:47

    Continuaa,estou amando


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.




Nossas redes sociais