Fanfics Brasil - ➰⚔️Pandemônio ⚔️➰ ➰⚔️ Cidade dos Ossos ⚔️➰ Adaptada Portinon

Fanfic: ➰⚔️ Cidade dos Ossos ⚔️➰ Adaptada Portinon | Tema: RBD


Capítulo: ➰⚔️Pandemônio ⚔️➰

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— Você só pode estar brincando — disse o segurança, cruzando os braços sobre o peito
imenso. Ele encarou de cima o garoto com a jaqueta vermelha de zíper e balançou a cabeça
raspada. — Você não pode entrar com isso.
Os cerca de cinquenta adolescentes na fila da boate Pandemônio se inclinaram para a
frente, a fim de ouvir a conversa. A espera para entrar na boate sem restrição de idade estava
longa, principalmente para um domingo, e, em geral, não acontecia nada demais nas filas. Os
seguranças eram ferozes e cortavam instantaneamente qualquer um que aparentasse estar
prestes a provocar confusão. Dulce Fray, de 15 anos, na fila com seu melhor amigo, Christopher, se
inclinou para a frente, assim como todas as outras pessoas, esperando alguma agitação.
— Ah, qual é. — O menino levantou o objeto por cima da cabeça. Parecia uma viga de
madeira, com uma das pontas afiadas. — É parte da minha fantasia.
O segurança ergueu uma sobrancelha.
— Que seria de quê?
O menino sorriu. Ele parecia normal o suficiente para o Pandemônio, pensou Dulce. Tinha
cabelos pintados de azul que pendiam de sua cabeça como os tentáculos de um polvo
assustado, mas não tinha tatuagens no rosto ou grandes piercings nas orelhas ou nos lábios.
— Sou um caçador de vampiros — disse, apertando o objeto de madeira. Dobrava com a
mesma facilidade que uma folha de grama dobraria de lado. — É falsa. De borracha. Está
vendo?
Os olhos grandes do menino eram verdes, excessivamente brilhantes, Dulce notou: cor de
grama da primavera. Lentes de contato coloridas, provavelmente. O segurança deu de ombros,
repentinamente entediado.
— Tá bom...! Pode entrar.
O menino passou por ele, rápido como um raio. Dul gostou do movimento dos ombros
dele, do jeito que mexeu no cabelo ao entrar. Existia uma palavra que a mãe dela teria usado
para descrevê-lo — despreocupado.
— Você o achou bonitinho — disse Christopher, parecendo resignado. — Não achou?
Dul deu uma cotovelada nas costelas dele, mas não respondeu.


Lá dentro, a boate estava cheia de fumaça de gelo-seco. Luzes coloridas enfeitavam a pista de
dança, transformando-a em um multicolorido reino de azul, verde, rosa-shocking e dourado.
O menino da jaqueta vermelha passou a lâmina afiada na mão, com um sorriso indolente
nos lábios. Havia sido tão fácil — algum encantamento na lâmina, para fazer com que
parecesse inofensiva. Outro encanto em seus olhos e, assim que o segurança o encarou, ele
entrou. Evidentemente, ele poderia ter passado sem toda a comoção, mas aquilo fazia parte da
diversão — enganar os mundanos, descaradamente, na frente deles, curtir os olhares vazios
naqueles rostos que tanto lembravam ovelhinhas de rebanho.
Não que os humanos não tivessem utilidade. Os olhos verdes do menino examinaram a
pista de dança, onde braços vestidos em peças de seda e couro preto apareciam e
desapareciam nas colunas giratórias de fumaça enquanto os mundanos dançavam. Garotas
mexiam em seus cabelos longos, garotos balançavam os quadris vestidos de couro e peles
nuas brilhavam com suor. Vitalidade simplesmente transbordava deles, ondas de energia que
os enchiam de uma tontura inebriante. O lábio do menino se contraiu. Eles não sabiam a sorte
que tinham. Desconheciam o que era prolongar a vida em um mundo morto, no qual o sol se
pendurava vacilante no céu como uma brasa queimada. Tinham vidas que flamejavam tão
brilhantes quanto chamas de velas — e eram igualmente fáceis de ser apagadas.
A mão do menino apertou a lâmina que carregava. Havia começado a adentrar a pista de
dança quando uma menina surgiu da multidão de dançarinos e começou a caminhar em sua
direção. Ele a encarou. Ela era linda, para uma humana — cabelos longos quase exatamente
da cor de tinta preta, olhos como carvão. Vestido branco até o chão, do tipo que as mulheres
usavam quando este mundo era mais jovem. Mangas de renda desciam se abrindo por seus
braços finos. Em volta do pescoço havia uma corrente grossa de prata, na qual um grande
pingente vermelho-escuro se pendurava. Ele só precisou apertar os olhos para ver que era de
verdade — de verdade e precioso. O menino começou a ficar com água na boca à medida que
ela ia se aproximando. Energia vital pulsava dela como sangue fluindo de uma ferida aberta. A
menina sorriu, passando por ele, acenando com os olhos. Ele se virou para segui-la, sentindo
nos lábios o doce sabor de sua morte iminente.


Será fácil   ele já podia sentir o poder da vida que evaporava da menina, correndop sua veia como fogo. Os humanos eram burros demais. Tinham algo tão precioso mas


cuidavam mal daquilo. Jogavam a vida fora por dinheiro, por saquinhos de pó, pelo sorriso
charmoso de um estranho. A menina era um fantasma pálido passando através da fumaça
colorida. Ela chegou à parede e virou-se, segurando a saia com as mãos, levantando-a
enquanto sorria para ele. Sob a saia usava botas que iam até a coxa.


 



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Autor(a): cristineportinon

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Ele foi até ela, sentindo a pele pinicar com a proximidade da menina. De perto, ela não eratão perfeita: dava para ver o excesso de maquiagem sob os olhos, o suor grudando o cabelo ao pescoço. Ele podia farejar a mortalidade, o doce apodrecer da corrupção. Te peguei, pensouele.Um sorriso descontraído curvou os lábi ...



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