Fanfics Brasil - ➰⚔️Pandemônio ⚔️➰ ➰⚔️ Cidade dos Ossos ⚔️➰ Adaptada Portinon

Fanfic: ➰⚔️ Cidade dos Ossos ⚔️➰ Adaptada Portinon | Tema: RBD


Capítulo: ➰⚔️Pandemônio ⚔️➰

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Ele foi até ela, sentindo a pele pinicar com a proximidade da menina. De perto, ela não era
tão perfeita: dava para ver o excesso de maquiagem sob os olhos, o suor grudando o cabelo ao pescoço. Ele podia farejar a mortalidade, o doce apodrecer da corrupção. Te peguei, pensou
ele.
Um sorriso descontraído curvou os lábios dela. Ela foi para o lado, e ele pôde ver que a
menina estava se apoiando em uma porta fechada. ENTRADA PROIBIDA — DEPÓSITO
estava escrito em tinta vermelha. Ela alcançou a maçaneta e girou-a, entrando. Ele avistou
várias caixas empilhadas e fios emaranhados. Um depósito. Deu uma olhada para trás —
ninguém estava olhando. Muito melhor se ela quisesse privacidade.
Ele entrou na sala depois dela, sem perceber que estava sendo seguido.
— E aí — disse Christopher —, a música é boa, não é?
Dul não respondeu. Estavam dançando, ou fingindo que estavam — muito balanço para a
frente e para trás, e investidas ocasionais em direção ao chão como se algum deles tivesse
derrubado uma lente de contato — em um espaço entre um grupo de  adolescentes
trajando espartilhos metálicos e um jovem casal asiático que se beijava apaixonadamente,
com apliques coloridos se enrolando como vinhas. Um menino com piercing labial e uma
mochila de ursinho de pelúcia estava distribuindo tabletes gratuitos de êxtase de ervas, sua
calça de paraquedista balançando com a brisa da máquina de vento. Clary não estava
prestando muita atenção aos arredores imediatos — estava de olho no menino de cabelos
azuis que havia passado uma conversa no segurança para entrar na boate. Ele estava passando
pela multidão como se estivesse procurando alguma coisa. Havia algo familiar na maneira
como ele se movia...
— Eu, por exemplo — continuou Christopher —, estou curtindo bastante.
Isso parecia improvável. Chris, como sempre, destacava-se na boate como um dedão
machucado, vestindo calça jeans e uma camiseta velha que dizia MADE IN BROOKLYN na
frente. Os cabelos recém-escovados eram de um tom marrom-escuro, e não verde ou rosa, e os
óculos apoiavam-se na ponta do nariz. Ele não parecia tanto alguém que estivesse refletindo
sobre poderes obscuros, mas sim uma pessoa a caminho de um clube de xadrez.
— A-hã. — Dul sabia perfeitamente bem que ele só tinha ido para o Pandemônio porque
ela gostava, e que na verdade ele achava chato. Ela nem sabia por que gostava — as roupas, a
música, tudo fazia aquele lugar parecer um sonho, a vida de outra pessoa, nada como sua
verdadeira vida monótona. Mas Dul era sempre tímida demais para falar com qualquer outra
pessoa que não fosse Chris.


O menino de cabelo azul estava saindo da pista de dança. Ele parecia um pouco perdido,
como se não tivesse encontrado a pessoa que estava procurando. Dul imaginou o que
aconteceria se ela fosse até ele e se apresentasse, e se oferecesse para mostrar o lugar. Talvez
ele só ficasse olhando para ela. Ou talvez fosse tímido demais. Talvez se sentisse grato e gostasse, e então tentasse não demonstrar, como os meninos faziam — mas ela saberia.
Talvez...
De repente o menino de cabelo azul se recompôs, evitando atenção, como um cão de caça
preparado. Dul seguiu o olhar dele, e viu a menina com o vestido branco.
Fazer o quê?, pensou Dul, tentando não se sentir como um balão de festa murcho. Acho
que é isso. A menina era linda, o tipo de menina que Dul gostaria de ter desenhado — alta e
esbelta, com longos cabelos negros. Mesmo a essa distância, Dul podia ver a joia vermelha
em volta de seu pescoço. Pulsava sob as luzes da boate como um coração fora do peito.
— Eu acho que — continuou Chris — o DJ Bat está fazendo um trabalho particularmente
excepcional esta noite. Você não acha?
Dul revirou os olhos e não respondeu; Chris detestava música trance. Ela estava com a
atenção voltada para a menina de branco. Através da escuridão, da fumaça e da neblina
artificial, o vestido claro brilhava como um farol. Não era de se estranhar que o menino de
cabelo azul a estivesse seguindo como que enfeitiçado, distraído demais para perceber
qualquer outra coisa ao redor — até mesmo as duas criaturas sombrias que o seguiam,
atravessando a multidão.
Dul diminuiu o ritmo da dança e encarou as criaturas. Ela não conseguia identificar se
eram menino ou menina e que usavam roupas escuras. Ela não sabia dizer como percebera que
estavam seguindo o garoto, mas tinha certeza disso. Dava para perceber pela maneira
como acompanhavam o ritmo dele, pelo cuidado com que observavam tudo, pela graciosidade
de seus movimentos sinuosos. Uma leve apreensão começou a tomar conta de seu peito.
— Enquanto isso — acrescentou Chris —, eu queria te dizer que ultimamente tenho me
vestido de mulher. Além disso, estou transando com a sua mãe. Achei que você deveria saber.
A menina chegou à parede e estava abrindo uma porta que dizia ENTRADA PROIBIDA.
Ela deu uma olhada para o menino de cabelo azul atrás dela, e eles entraram. Não era nada
que Dul nunca tivesse visto, um casal entrando sorrateiramente em um dos cantos escuros da
boate para dar uns amassos, mas isso só fazia o fato de estarem sendo seguidos parecer ainda
mais estranho.



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Autor(a): cristineportinon

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Ela ficou na ponta dos pés, tentando enxergar por cima da multidão. Os dois rapazestinham parado na porta e pareciam estar consultando um ao outro. Um deles era louro e Dul percebeu que era uma menina,enquanto o outro tinha cabelos escuros. A loura colocou a mão no casaco e alcançou umobjeto longo e afiado que brilhava sob as luzes estrobosc&oacut ...


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