Fanfics Brasil - Cooperativa Ishtar A Luz de Khiva

Fanfic: A Luz de Khiva | Tema: Destiny


Capítulo: Cooperativa Ishtar

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— Sim, isso mesmo. Idêntica. — comentei com Tyler, em sussurros.


— Ah! Fiquei sabendo de uns boatos! — de nada adianta um disfarçar se o outro praticamente grita.


— Sobre? — nosso assunto em questão já entrava na conversa.


— Conheci a Rainha dos Despertos. — desconversei, mas ela já sabia do que se tratava.


— Entende então porque “eu” não fui no seu lugar?


— Sem dúvida.


—Então, e agora? Um Senhor do Portal Vex? Pelo menos não querem ele vivo, né? — Tyler já gargalhava, ansioso pelo seu próximo desafio. — Como sempre digo, vai ser “fácil”.


— Temos que descobrir mais informações sobre os Vex, por isso vamos para a Cooperativa Ishtar.


Todos concordaram. Nós nos aprontamos e deixamos a Torre, em sua gloriosa manhã ensolarada.


 


— Gostaria que conversássemos antes das suas promessas malucas. Se vamos destruir o Senhor do Portal, precisamos descobrir como as máquinas funcionam. Vamos achar a maior que pudermos e arrancar o seu cérebro para ver o que aprendemos sobre elas.


— Nossa, Fantasma. Por um momento você me pareceu brutal. E não fiz promessas. Não temos escolha.


— Só pontuei nossos objetivo, ora.


— Tem razão. Basta olhar pra você e lembrar que é uma graça.


Risos suaves tomaram a cabine de nossa nave. Ele me ressuscitou, o primeiro que me explicou sobre tudo desde o momento em que abri os olhos, e tomou conta de mim. Ele era parte de mim.


— Então, você ficou de me contar umas histórias… 


— Ah sim, é que eu fiquei um pouco surpreso com o nosso objetivo atual. Bom, há muito, muito tempo atrás, o que você pode chamar de Passado Antigo, os Vermes, espécie inteligente capaz de manejar diretamente o poder da Treva, são


aprisionados pelo Viajante nas profundezas de um oceano global dentro de uma das


camadas atmosféricas do gigantesco planeta gasoso Fundamento. O sacerdote do Viajante, uma criatura chamada Leviatã, também mora em terreno mais profundo e tenta dissuadir qualquer um de procurá-los. Os vermes, por sua vez, começam


a se comunicar com outras espécies além das estrelas, buscando atrair alguém que possa libertá-los.


Eu estava tão atenta que esquecia até de respirar. Lembro de ter deixado o queixo cair lentamente. Fantasma prosseguiu.


— Como resultado, centenas de espécies migram para o Fundamento e ficam encalhadas, ganhando a vida com os fragmentos de seus mundos quebrados, que se tornam continentes flutuantes. Uma dessas espécies foi a proto-Colmeia, cujo planeta de origem colidiu com o Fundamento e se despedaçou. Os proto-Colmeia sobrevivem e constroem uma nova civilização para si mesmos nos fragmentos flutuantes de seu antigo planeta natal, gradualmente esquecendo sua história original. Enquanto isso, uma espécie de cefalópodes ósseos de seis braços chamados de amonóides se beneficia do dom do Viajante e constrói uma sofisticada civilização que atravessa todas as cinquenta e duas luas, eventualmente entrando em contato com a distante Ecúmena. Aos oito anos de idade, o rei proto-Colmeia da Corte Ósmica está em sua última geração de descendentes, que inclui suas três filhas Xi Ro, Sathona e Aurash, criadas pela mãe estéril Taox. Aos dez anos de idade, o Rei Ósmico começa a sucumbir à senilidade e à loucura, tornando-se consumido com textos antigos e obcecado com os movimentos das luas do Fundamento e a possibilidade de um alinhamento catastrófico chamado de Sizígia.


— Acha que eu devia estar anotando? — perguntei, ele flutuou pra lá e pra cá em sentido que não. Além do mais, ele sempre estaria ali para me explicar tudo, não é?


— Taox secretamente entra em contato com a Corte dos Bebedores de Hélio, rivais da Corte Ósmica, convocando-os a invadir, assassinar a família real e condecorá-la como uma regente subserviente da Corte Ósmica, em troca de motores capazes de movimentar seu continente. Os Bebedores de Hélio atacam, resultando na queda da Corte e na morte do rei Ósmico. As princesas, no entanto, conseguem escapar e juram vingança a Taox e à Corte de Hélio. Três anos depois de perder seu reino, seguindo a sugestão do verme de seu pai, Xi Ro, Sathona e Aurash usam um navio de alta tecnologia para mergulhar nas profundezas do Fundamento, na esperança de descobrir o segredo para anular a Sizígia, que Aurash passou a acreditar ser iminente. Elas encontram o Leviatã, mas recusam seus pedidos para voltar e continuam mergulhando em direção aos Vermes. Os Vermes oferecem às irmãs imortalidade e poder em troca de elas aceitarem suas larvas e parasitas e realizar a vontade da Treva. As irmãs concordam com o pacto e são transformadas na primeira Colmeia: Xi Ro se torna Xivu Arath, Sathona se torna Savathûn e Aurash se torna Auryx. Xivu Arath, Savathûn e Auryx retornam à superfície e compartilham os parasitas dos Vermes entre os outros proto-Colmeia, criando um exército que rapidamente supera as outras espécies do Fundamento. Taox foge, a princípio para outro continente, e depois para a lua capital amonoide, onde recebe asilo. A Colmeia a segue e entra em guerra contra os amonoides, eventualmente exterminando-os, matando o Leviatã e forçando o viajante a abandonar o Fundamento. A Colmeia coloniza e transforma as luas do Fundamento em luas de guerra móveis, e embarca em seu expurgo do universo em nome da Treva. Durante este tempo, os Vermes


começam a instruir Auryx na natureza da Lógica da Espada. A colmeia erradica centenas de espécies inteligentes, incluindo os Qugu, durante um período de vinte mil anos. Durante este tempo, eles crescem e expandem seus reinos, refinando e aprofundando o conhecimento da Lógica da Espada. Auryx faz guerra a


Savathûn por vingança e amor, com Xivu Arath lutando contra eles juntos.


Aproximadamente vinte e quatro mil anos após a queda dos amonoides, a Colmeia atinge a fronteira da Ecúmena e invade dezessete mundos ao longo de um século. Os Dakaua, uma espécie pertencente à Ecúmena, encontram Taox em crioestase a bordo de uma nave antiga. Taox compartilha seu conhecimento sobre a Colmeia com os Dakaua, e a Ecúmena lança suas armas mais poderosas contra eles, que imediatamente sofrem baixas. Buscando o poder necessário para permitir que a Colmeia continue sua cruzada, Auryx mata suas irmãs e depois o Deus Verme Akka, aproveitando a capacidade de possuir. Auryx se torna Oryx, o Rei dos Possuídos. Durante um período de mil cento e quarenta anos, o ressurgimento do triunvirato da Colmeia aniquilou as espécies da Ecúmena de tal modo que não restou vestígios deles. No entanto, Taox consegue escapar mais uma vez. Na busca por Taox, a Colmeia devasta tudo o que há por onde passa.


— É, eu ainda vejo o que a Colmeia pode fazer, e acho que está longe de acabar. 


— Infelizmente tenho que concordar com você.


— Pra onde foi o Viajante?


— Essa parte fica pra outra hora. Nós chegamos. — Ah! Droga. — Vamos pela  Península, é mais seguro.


Ajustamos nossa rota, e todos nós aterrissamos no local indicado.


— Ok. Tem uma assinatura Vex grande logo na costa. Vamos matar seja o que houver lá e trazer o seu núcleo mental para um dos laboratórios de pesquisa da Academia. Peguem seus Pardais


— Certo.


— Oba! Corrida! — a criança Titã já se aprontava.


— Nem pensar. Não até eu ter um veículo melhor. — recusei.


— Medrosa. — desafiou Ashra.


— O que disse? — comecei a ficar vermelha, de raiva. Ela chegou bem perto pra me encarar. Só não saiu faíscas dos olhos por que estávamos de capacete.


— Me-dro-sa. Não é questão de velocidade, e sim de sagacidade, coisa que eu tenho de sobra.


— Escutou isso, Tyler? 


— Escutei sim! A Caçadora está afim de ser caçada.


Posicionamos nossos Pardais lado a lado em uma linha imaginária qualquer da qual daríamos a largada. Eles flutuavam e batiam levemente um no outro.


— Seus Fantasmas já possuem a localização do objetivo. A linha de chegada é quando avistá-lo. O último a chegar mata o Vex sozinho. — lancei a punição, que provavelmente seria minha. — No 3. 1… — todos entraram em posição de ataque. — 2… — seguravam acelerador e freio ao mesmo tempo — 3!


Daríamos a volta em toda a Costa Estilhaçada até chegar nos Penhascos de Ishtar, sem parada para o que quer que estivesse em nosso caminho. Nós disparamos por entre os prédios abandonados guardados por Decaídos, que abriram fogo logo ao nos avistar. Cortei caminho pelo flanco esquerdo, num corredor aberto abaixo de uma das instalações. Atropelei um Rebaixado, o que achei muito divertido, na verdade. Ao voltar pela estrada ou uma explosão. Era o Pardal de Tyler. Infelizmente apostas são apostas, e eu não ficaria para trás.


— Ah, cara! Vocês vão ver só! — ele gritava para os Decaídos.


Eu e Ashra brigávamos arduamente pelo primeiro lugar, mas de forma limpa, apostando toda a potência que tínhamos, fazendo um oito por entre destroços e inimigos. Ao chegar em uma visão ampla da Costa, avistei o mar amarelo, tomado pela claridade cegante do sol, e confesso que achei lindo, e também confesso que quase deixei isso me distrair de Ashra na minha cola. Estávamos chegando nos Penhascos, o que tornava o objetivo próximo, mas após uma curva nós praticamente caímos em uma emboscada Decaída.


Rebaixados e Vândalos atiravam de cima de ruínas. Eu esquivava do máximo de tiros possíveis, achando que estava realizando manobras incríveis. Isso até ver pelo canto do olho Ashra pulando do Pardal em movimento, atirando e esfaqueando pelo menos três inimigos antes de pular em seu veículo novamente, tão rápido que nem chegou a perder velocidade. Como ela consegue?!


— Adiante. — disse Fantasma — É uma emissão Vex ridiculamente grande. Parece que é o que estamos procurando.


A próxima esquina seria a última. Nós colamos uma na outra, e minha única saída era cortar por dentro, ou ela ganharia. Ashra tentava roubar minha frente, pois a curva daria vantagem a ela. Foi muito rápido. Avistei um barranco curvo o suficiente para uma ideia louca. Deixei ela me empurrar e me joguei no barraco, dando uma pirueta com o Pardal por cima da sua cabeça. Posso jurar que deu tempo de nos encararmos, eu ciente da minha vitória iminente, e ela por sua derrota surpreendente.


A área se ampliou, dando visão a vários Vex, por todo canto. Haviam vários de um tipo que flutuava. E também Goblins. Nuvens pretas pairavam pouco acima de nós antes de mais inimigos aparecem. E então nosso alvo principal surgiu bem no meio de todos eles.


— Que coisa é essa? — eu me perguntava enquanto Ashra descia do meu lado.


— Vamos matar para descobrir. — a sugestão sombria de Fantasma.


— É meu! — Tyler! Bem que faltava uma piada sobre o assunto. — Eu sou o último, o caolho e o resto são meus! Ha! — eu estava me perguntando se ele não tinha perdido… de propósito.


— Vai em frente grandão. Estou mesmo cansada depois da minha grande vitória. — sugeri, enquanto via a furiosa Caçadora batendo o pé.


Tyler saiu saltitando com seu lança-foguetes. O grande Vex soltava enormes bolas de vácuo em sua direção. Algo me dizia que duas dessas em cheio poderia ser fatal, mas ele se saiu muito bem. Peguei um Batedor e Ash uma sniper, e atiramos em alguns Goblins enquanto Tyler não via. Estava até divertido…


— Cuidado! — pulei para um lado e empurrei Ash pro outro. Quase recebemos um tiro que não era pra nós.


— Isso é por não me esperar! — Tyler gritou, gargalhando.


— Aposta é aposta, moço! — respondi.


Perto de sua auto explosão, a máquina pareceu entrar em curto circuito, ficando louca e atirando mais rápido. Sentindo seu último suspiro Tyler correu em sua direção para uma ombrada carregada de arco, e o Vex caiu.


— Ali está o Núcleo. — apontou Fantasma. — Fascinante! Vamos para aquela estação de pesquisa.


Nós subimos escadas em direção a outra área dos penhascos, eliminando mais inimigos e passando por estruturas misteriosas. Seria outro passeio, então pegamos novamente os Pardais.


— Sem corridas dessa vez. Temos algo valioso em mãos. — comentei.


— Na próxima, eu ganho. — declarou Ashra.


No caminho, Fantasma relatou suas observações.


— Os seus núcleos mentais são biológicos. Não estão vinculados a nenhuma forma de vida registrada. Estou curioso pra saber que pesquisas têm com eles. — nós chegávamos agora a uma aglomeração de ruínas bem singulares. Eu apenas observava tudo em volta. O tom amarelo desse planeta era encantador. — Essas ruínas são anteriores à humanidade por alguns bilhões de anos. Os Vex estão por toda parte nelas. — No topo ao norte havia algo parecido com um portal desativado. A leste uma plataforma inclinada feita de pedra, e a oeste outro círculo escondido em meio a mata. Era como um grande mecanismo Vex que há muito tempo guarda algo. E pensar que um dia eu voltaria àquele lugar para vivenciar um dos piores momentos da minha segunda vida.


— Ali, logo a frente, naquela entrada. — uma estreita passagem entre pedras altas e quadradas. A arquitetura da Colmeia e dos Vex tinha sua característica própria, e devo admitir que se fosse para escolher a melhor, seria a dos robôs assassinos.


— Vamos desembarcar aqui para passar. — sugeri.


— Campus 9… — comentou Fantasma ao atravessarmos. Havia uma placa enferrujada logo ao entrarmos. Containers estavam espalhados em vários pontos de um terreno irregular, coberto pela mata. Isso e mais um bando de Decaídos. — A estação de pesquisa. Os Decaídos a estão destruindo!


— Certo. Vamos limpar a área! — liderei.


De Rebaixados a Capitães, nós eliminamos todos rapidamente, praticamente caçando-o em todos os cantos do perímetro. Havia algumas dezenas para tentar nos cercar.


— Bom trabalho. Deve haver um terminal central por aqui. — Fantasma vasculhava o local. — Encontrei um. Vamos ver se consigo fazer funcionar.


Ele me direcionou a uma das instalações, a que estava mais destruída, com falta de paredes e as que sobraram estavam pra cair. O painel de controle estava praticamente exposto ao tempo. O acionei e ele iniciou sua análise.


— Dá pra recuperar. Vou ver o que descobriram aqui. — como de costume, não demorou muito até que nos notassem. — Vex! Estão vindo! — A névoa negra se transformou em um grupo daqueles robôs flutuantes. — Pelo o que vejo, são Harpias. A mais rápida e móvel dos Vex, a Harpia é uma unidade aérea geralmente enviada em grupos em missões de patrulha e investigação. Elas precisam parar e estabilizar antes de atacar. Essa pequena pausa será sua oportunidade.


— Certo. — respondi.


— Hora de dançar! — disse Tyler, escolhendo sua posição.


— Eu sou a dançarina aqui, se você não sabe. — impôs Ashra. Orgulhosa de seu poder de arco, ela saiu costurando Vex por toda a parte.


— Eles compartilham uma única mente por várias unidades! É por isso que reagem tão rápido! — dizia Fantasma, fascinado. Os Vex tentavam se aproximar cada vez mais do container. Unidades agrupadas sincronizadas de forma assustadora, mas visivelmente desesperadas para nos impedir. — É incrível. Eles conseguem se transportar entre sistemas planetários em um instante! — uma onda de Minotauros foi a última tentativa dos Vex para nos parar. Tyler ia de encontro a eles para surrar e atirar com uma escopeta. Eu, para resumir, lançava um foguete entre dois, e Ashra estava em algum lugar alto lançando granadas. Quando o silêncio retornou, Fantasma já sabia de tudo. — Sei como encontrar um Senhor do Portal! Cada Vex faz parte de uma rede gigante que se espalha pelo planeta inteiro. Se eu conseguir entrar no sistema deles, podemos atrair o Senhor do Portal.


— Oba! — Tyler batia palmas.


— Não comemore. Não sabemos o quão forte ele é. — lhe joguei um balde de água fria.


— Não importa. No fim, teremos a cabeça dele. — rebateu Ashra.


— Isso aí, coleguinha! — Tyler sorria, com a mão parada no ar esperando ela bater.


— Não sou sua coleguinha. — ela cruzou os braços.


— Amiga do peito, entendi. — ele deu costas antes que ela lhe acertasse uma bofetada em seu Crânio Insuperável.



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Autor(a): spotplay

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

Estávamos um passo mais perto de conseguir a cabeça do Senhor do Portal Vex. Eu só não sabia se ele estava um mais longe. Será que em minha outra vida eu também era assim? Preocupada e desconfiada até da minha sombra? Seria só pessimismo ou um mecanismo de defesa esperar sempre o pior acontecer? Meu arsenal estava fica ...


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