Fanfics Brasil - Caminho Invernal A Luz de Khiva

Fanfic: A Luz de Khiva | Tema: Destiny


Capítulo: Caminho Invernal

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— Vou admitir uma satisfação pessoal com a morte de Draksis. Ele feriu a minha Cidade e os meus amigos. Poucos Guardiões atacaram um Kell na sala do trono em seu próprio Ketch. A Torre inteira está eufórica com a chance de explorar essa nave Invernal, mas acima de tudo, nós removemos outro pesadelo Decaído dos nossos mundos. Somos gratos a vocês. — disse Zavala em uma recepção calorosa.


— Apenas cumprimos o nosso objetivo, senhor. — respondi com um sorriso.


— Foi fácil! — disse Tyler com os punhos na cintura e o peito cheio.


— De nada… — disse Ashra.


— Mas eles reagiram rápido. Reza a lenda que eles atacaram a Prisão dos Anciões no Arrecife. Pegaram um Arconte. A recompensa da Rainha é grande, então sabemos que é poderoso. Precisamos destruir essa coisa antes que eles restaurem a sua alma completamente.


— Droga, mal acabamos de voltar. — reclamou Ashra.


— E o Olho do Senhor do Portal? — perguntei. Estávamos atrasados.


— Se adiarmos isso poderemos ter sérios problemas, Khiva. — explicou Zavala.


Eu entendia, porém adiar qualquer uma dessas missões poderia trazer consequências. E não tinha como cumprir as duas ao mesmo tempo. Trinquei os dentes e me retirei.


— Vamos acabar logo com isso.


— Essa fala não é minha? — Ashra perguntou a Tyler, indignada.


— Patente? — ele levou um soco no ombro e os dois riram.


Meus passos eram largos e duros em direção a Praça. Não via nada na minha frente. Sempre que damos um passo aparece mais alguma coisa, e assim parece que nem saímos do lugar. Eu procurava pensar que tiraríamos uma pedra do sapato da Rainha. Só que mais importante que isso era jogar a cabeça do Senhor do Portal Vex em cima do irmão dela.


— Quem é ele? — eu não estava falando sozinha.


— Aksor — apressou-se a responder meu Fantasma. — Sacerdote Arconte. É um discípulo do Mechanoide Superior Kaliks. Ele iniciou várias cruzadas brutais contra acampamentos humanos antes da Cidade e devastou inúmeros enclaves Despertos pelo Arrecife. Quando a Rainha declarou guerra contra os Lobos, Aksor foi capturado vivo e trancado na infame Prisão dos Anciões.


— Ok, então ele é REALMENTE um alvo importante.


— Sim. Leve o que puder. Os Decaídos farão de tudo para impedir a passagem de vocês.


— Ei, apressadinha. — chamou Tyler atrás de mim. — Olha só: Matamos o cara lá, e logo depois vamos atrás do Senhor do Portal. Só poderosos! O que acha?


— Pode ser… — olha ele tentando me animar.


— Com uma parada na Praça certo? Por que eu não sou de ferro. — disse Ashra apontando pra si mesma.


— Não dá conta é? — provoquei.


— Eu posso matar aquele Vex sozinha… se eu quiser.


O silêncio se fez por alguns segundos com olhares trocados, e depois a gargalhada tomou conta.


— Ok, sem demora. Aprontem-se estamos de saída. — anunciei interrompendo o clima bruscamente. Eles me olharam espantados. — Gente, nossos inimigos já estão muito à nossa frente, temos de alcançá-los.


— Sim, você tem razão. — concordou Tyler em um tom sério. — Faremos isso juntos.


— Não podemos deixar que nos vejam chegando. Nos encontramos na Península, pode ser? — todos concordaram.


Eu ia me retirando quando Ash me chamou,


— Ei…


— O que foi?


— Leva uma sniper. — ela sugeriu. — Se serão tantos quanto dizem é melhor não estar no meio deles.


— Certo.


Devo admitir que isso me preocupou um pouco. Eu não tinha um rifle de precisão e pior ainda, eu não tinha experiência em atirar com um. Devo contar? Acho que não é uma boa hora para demonstrar fraqueza. Quando os vi sumindo de vista, abri a boca para falar com Fantasma, mas ele falou primeiro.


— Quartel-mestre, Vanguarda. Vamos falar com Roni 55-30, ela deve ter alguma coisa pra você.


— Onde fica?


— No Hangar da Torre, a leste. Próximo a oficina de Amanda Holiday.


Minha pressa me fez correr pra lá. Encontrei o estande da Vanguarda muito bem equipado.


— Olá! No que posso te ajudar hoje?


— Eu preciso de um rifle de precisão, por gentileza.


— Ah sim, um momento. Tenho um que acabou de chegar! — ela deu uma meia volta pelas prateleiras da pequena loja, e retornou com uma arma enorme. — Aqui está! Olhar de Mil Jardas. Ótimo rifle.


— Que rápido! Vai servir.


Fantasma transferiu a quantidade de lúmen qualquer que ela tenha solicitado. Ao que parece, eu tinha sobrando. A caminho da nave, Fantasma contou mais sobre nossa atendente.


— Roni 55-30 foi projetada para acalmar situações complicadas. Cayde passou longas horas tentando provocar qualquer indício de frustração em sua distante prima robô, mas Roni permanece delicadamente composta. 


— Imagino que Cayde deva ser ótimo em importunar os outros. — comentei.


— Ele é bastante elétrico. E como não tem mais como gastar essa energia em campo… 


 


Estar novamente na Península me deu a leve sensação de nem ter saído de lá. Isso meio que me frustrava um pouco.


— Não vai levar muito até restaurarem a alma do Sacerdote Arconte. É melhor irmos para as cavernas. — recomendou Fantasma.


— Por que demorou tanto? — Tyler batia o pé.


— Dá um tempo! Não marcamos nenhum horário. — respondeu Ashra. Ela sabia o motivo.


— Vamos para as Cavernas Brasis. Entraremos no Covil Invernal para chegar no objetivo.


Partimos em nossos Pardais tomando o mesmo caminho que usamos para chegar ao Ketch do Kell. Para nossa surpresa, inimigos brotaram ao dobro no local de entrada. Eu tinha o pressentimento de que aquela ali seria a parte mais fácil, então resolvi praticar tiro ao alvo.


Carreguei o rifle com certa dificuldade. O manuseio era terrível! Eu matei abominações, como isso pode ser difícil? Coloquei os olhos na mira e procurei a primeira vítima. Uma Sentinela.


— Respire fundo antes de atirar…  — pulei com a voz de Ashra atrás de mim — E segure firme enquanto atirar.


O primeiro tiro resultou em um som ensurdecedor. Para minha vergonha eu quase caí para trás. Enquanto isso meu alvo fugia para sabe lá onde. Vi Tyler fingindo olhar pro outro lado enquanto ria baixinho.


— Primeira vez de alguém aí? — disse ele


— Quieto. — rebateu Ashra. Ela deu um tapa na arma — De novo.


Coloquei um pé bem mais atrás dessa vez. Respirei ainda mais fundo e segurei a arma com tanta força como se um imã gigante fosse roubá-la de mim. E quando soltei o ar lentamente, faltando pouco embaçar o visor do meu capacete, arranquei a cabeça de um Rebaixado, que sumiu e deixou seu corpo se espatifar no chão.


— Tá. — disse Ashra, se retirando para fazer seus abates.


Minha posição foi mais recuada para treinar um pouco ainda, mas logo depois avançamos para dentro do Covil Invernal. Quando entramos, notamos uma mudança.


— Vex?! O que estão fazendo aqui?


Três Goblins estavam ali, na área declarada dos Decaídos. Alguma coisa não fazia sentido. Por que ali? Por que agora?


Ao nos infiltrar mais um pouco até onde a caverna é mais ampla, uma batalha já estava sendo travada por ali. Havia até uma Hidra bombardeando tudo o que via pelo caminho. Sorte não ser tão poderosa quanto a que enfrentamos no Nexo. Entrar no meio daquilo tudo foi um pouco complicado. Vex e Decaídos brigavam entre si, mas todos lutavam contra nós.


Mas éramos Guardiões. Aquilo ali seria somente nossa passagem. O pior ainda estava por vir, e Fantasma concordava comigo.


— Se os Decaídos estão lutando com os Vex, vão estar prontos para nós. O Sacerdote Arconte vai estar bem protegido.


Ao chegarmos no Cineral, pudemos ver o quanto. Os Decaídos estavam guardando uma grande escotilha e os Vex também estavam ali.


— Ok. Como vai ser? — Tyler batia os pés como se estivesse correndo parado.


— Não temos outra opção a não ser eliminar todos. Depois analisamos a escotilha. — sugeri.


— Tem muita bagunça lá embaixo. Devemos começar daqui. — Ashra indicou Capitães e Minotauros guerreando ferozmente.


— Concordo. — um deles já incomodava, imagine ficar no meio de dois.


Aquela beirada de colina era o lugar mais seguro para ficar naquele momento. Recomendei a todos que caso algo desse errado na escotilha deveríamos volta àquela posição e repensar a estratégia.


Usei um Batedor para os inimigos inferiores e o Rifle para os comandantes. Tyler num surto suicida resolveu ir por baixo e pegá-los desprevenidos. Não que não tenha dado certo, mas não era o plano inicial, e isso colocava todos nós em risco.


— Precisamos passar! Vou dar uma olhada. — Fantasma prontamente flutuou em direção ao bloqueio quando estendi a mão. Estávamos vulneráveis e eu sentia arrepios na espinha. — Está bem selado. Vou precisar de um tempinho.


Eu esperava reforços Decaídos, mas quando avistei nuvens negras se formarem por toda parte, percebi que era ainda pior.


— Subam! Rápido!


— Eu consigo cuidar deles daqui mesmo! — disse Tyler.


— O dia que você montar sua própria barreira aí conversamos ok? E nem pense em usar a Guarda do Amanhecer agora. — falei, empurrando-o inutilmente. Era uma muralha que não saia do lugar.


— Boa ideia! Vou pensar nisso!


Voltamos para as rochas na subida da colina e nos posicionamos da melhor forma possível. Não sabíamos quanto tempo isso poderia levar então não podíamos dar tudo de nós agora. Não era como fazer uma chamada para nossos mentores e pedir reforços. Estávamos sozinhos.


Os Goblins que atacaram primeiro não surtiram efeito em nossas defesas, porém não posso dizer o mesmo do grupo de Minotauros.


— Do Eixo. — disse Fantasma.


— O quê?


— Minotauros do Eixo. Bem mais fortes do que vocês estão acostumados. Cubra-se.


— Ei, amigos! — O discreto Titã estava em pé em uma pedra com um lança-foguetes nos ombros. — Digam “Oi” para o meu Gigante Hostil!


— Acabou de ganhar? — perguntei a Ash.


— Exatamente.


Ele atirou bem no meio de três e os deixaram desorientados. Tão loucos que vieram a passos largos atirando em nossa direção, subindo pelo mesmo caminho.


— Oh, oh! — exclamou ele.


— “Oh, oh!” — Ashra ficou furiosa. — Diga “Oh, oh” quando sairmos vivos daqui, por que eu vou matar você, Tyler!


Se não fosse questão de vida ou morte, eu estaria rindo agora. Acho que até deixei escapar algo, mas não tinha tempo para comentários, eles estavam mais rápidos a cada passo e suas armas eram potentes. Conseguimos pará-los jogando uma granada cada um.


— Mais inimigos ao norte! — alertou Ashra. — Snipers.


— Vamos devolver então na mesma moeda. — sugeri, porém enquanto eu sacava minha arma, levei um tiro na cabeça. Não fora suficiente para me matar, mas chegou muito, muito perto. Tyler me puxou pro canto e voltou para vingar minha dor. Minha visão ficara turva, escura e fiquei prestes a desmaiar, ou morrer, que seja. Apenas respirei fundo e fechei os olhos por poucos segundos, e estava pronta novamente. Nada como lutar, morrer, e viver para fazer tudo de novo. Já fiquei agradecida por não ter sido fatal. Por mais que eu possa ressuscitar, estar na escuridão e esperar por uma volta que pode não acontecer me assusta. Tomei a frente de Tyler, e atirei no crítico de dois Hobgoblins do Eixo.


A classe “rebaixada” dos Vex também se multiplicava. não eram preocupantes, mas não podíamos deixar que acumulasse um grande número. Sempre que podia jogava granada para detê-los.


— Grupo de Harpias, vindo por ali. — indiquei. Elas estavam vindo pelos flancos para nos surpreender. Quase conseguiram. Felizmente não eram especiais. — Fantasma, como está indo?


— Quase lá!


Quando tudo pareceu se normalizar, duas Hidras do Eixo apareceram.


— Do Eixo? Por que tudo do Eixo? — indagava Tyler.


— Eles não enviaram qualquer um pra cá. — disse Ashra.


Elas flutuavam pelo lugar com despreocupação, nos cercando como se fôssemos baratas, correndo pra lá e pra cá desviando de seus canhões e tentando acertar entre as brechas de seus escudos. As munições pesadas estavam quase acabando e eu não queria gastar com elas, mas não sobrou muitas opções. Havíamos perdido muito tempo ali. Distribuímos os foguetes que cada um lançaria, para que ninguém ficasse totalmente sem. Elas caíram, e dessa vez, Tyler não dançou em cima até que explodissem.


— Ok! Abriu! É melhor irmos. — chamou Fantasma. Conseguimos finalmente passar pela barreira. — Estou detectando comunicações Decaídas. Estão restaurando o Sacerdote Arconte! É melhor irmos.


— Já ouvi. — retruquei. Estávamos indo o mais rápido possível.


Em uma clareira mais a frente avistamos uma base de veículos.


— Opa! É disso que eu tô falando! — Tyler não perdeu tempo.


— Será que vão se importar se levarmos as Lanças deles? — perguntou Fantasma. Uma pergunta retórica.


Havia o suficiente para todos. Pardais com armas. Por que não? Era como apostar corrida e tiro ao alvo ao mesmo tempo. Serpenteamos e eliminamos Vex nas Enseadas das Cinzas até onde três outras Hidras nos esperavam, tão fortes quanto as últimas. Cercadas por Goblins, o tempo correu mais um pouco por ali, e a partir daquele local não conseguiríamos levar os veículos conosco. Quando encerramos, adentramos pelo Caminho Invernal por uma estreita passagem até uma área aberta.


— Uma cela. Da prisão dos Anciões. O Sacerdote Arconte ainda está dentro.


Aquilo parecia mais um covil esconderijo para os planos malignos dos Decaídos. Um lugar tão descoberto e ainda assim tão difícil de encontrar. Confesso que isso era uma habilidade e tanto.


Enquanto abatíamos os inimigos que guardavam a cela, indiquei a Ashra e Tyler lugares onde poderíamos nos posicionar sem muitas surpresas. Uma elevação a oeste daria uma boa visão com rochedos cobrindo nossas costas. Pilares no centro, onde poderíamos atrair para uma emboscada. Ou debaixo da plataforma, de costas para o desfiladeiro e entre grades de ferro. Qualquer opção seria válida dependendo do que vier a seguir.


— Limpo. — concluiu Ashra.


— Agora vamos para o prato principal. — disse Tyler, faminto por mais um título de glória.


— Será mesmo uma boa ideia? — perguntou Fantasma.


— Deixá-lo aqui para governar entre os Decaídos com certeza não é. — respondi, e abri a cela.


Agora eu percebia um grande Ketch ao longe escondido entre uma neblina esverdeada, e um lago aparentemente tóxico ao fundo do desfiladeiro. Cenário um tanto dramático para matar um Sacerdote Arconte. Pelo tamanho dessa cela, eu podia imaginar o desafio que estava por vir.


Dentro não se via nada além de uma fumaça branca e espessa. Mas ele não demorou muito a aparecer, e com muito vigor. Resmungou qualquer coisa e sacou seu Canhão Causticante para nos receber.


— Recuem! Agora! — ordenei.


Nos posicionamos na pequena elevação, ao sul de onde estava a cela. Agora aquele lugar parecia pequeno para Aksor, o que nos deixava pouco espaço para circular. Os reforços dele vieram as pressas, de todos os cantos. Grandes grupos de Sentinelas, Capitães, Vândalos atiradores, Rebaixados e de quebra Mechanoides para fortalecê-los. Havia mesmo muita determinação em protegê-lo, principalmente agora, após perderem o seu Kell. E o mesmo esquadrão agora mataria seu Sacerdote. Deviam estar furiosos.


— Olho em tudo, gente. — relembrei os outros. — Estamos cercados!


— Cubram as laterais, mas não deixem de focar na cabeça do nosso alvo principal. — sugeriu Ashra. — Quanto maior a altura, maior o tombo. — sua sniper soltava fumaça de tanto atirar. — Ele cambaleia com tiros potentes.


— Alguém falou em potente? — riu Tyler. — Ainda tenho munição pesada pra esse aí.


— Manda bala, grandão! — incentivei.


Mesmo levando golpes fortes, Aksor não deu sequer um passo atrás. Muito pelo contrário, avançava em nossa direção tão centrado quanto Draksis. Seus tiros começavam a passar pela nossa rasa cobertura. Teríamos que mudar nossa estratégia o quanto antes.


— Vamos para a plataforma lá em cima, rápido! — indiquei.


— Mas está cheio de bicho! — berrou Tyler.


— Atire, e torça para que estejam mortos quando chegarmos. Vamos!


Nos separamos para distraí-lo, porém ele já tinha escolhido alguém para perseguir. E esse alguém, era eu.


Enquanto eu planava por cima das rochas, ele realizou um curto teletransporte e parou bem onde eu ia descer. Sua arma me encontrou e atirou mais de uma vez. Não sei dizer quantas ao todo, por que em algum momento, eu estava morta.


 


Era como estar, e não estar ali. Como se tudo até agora não passasse de um sonho. Como se os gritos de Tyler e Ashra estivessem tão distantes, que eu estivesse perdendo audição. E a dor, não há mais dor. A dor foi um susto e agora cessou, eu estava esperando. Apenas…  esperando. Eu não consegui força o suficiente para ressuscitar. Faltava algo. Será que eu voltaria? Será que eles sobreviveriam? Muitas perguntas sem resposta vagavam em meio a escuridão.


— Khiva… — hã? — Khiva… — Fantasma. Diferente da primeira vez, agora eu reconhecia sua voz em qualquer circunstância. E de repente, eu estava de pé.


— Corra! — gritou Ashra. Ela voltou para me ressuscitar.


Sem tempo para questionar minha existência. Eu estava de volta à luta! Eu recebi mais uma chance de matar Aksor! Para cobrir minha fuga, Ashra sacou a Arma Dourada e todos seus tiros se fundiram à cabeça do Arconte. Em seguida, Tyler usou seu Punho do Caos para lavar os inimigos que ficaram entre nós, e quando finalmente cheguei à plataforma passei por cima de uma bola brilhante. Ela sumiu sob meus pés na hora senti uma energia crescendo dentro de mim.


— Fantasma, o que é isso?!


— Um Orbe de Luz deixado por Tyler. Eles ajudam a preparar suas habilidades especiais.


Tudo o que eu precisava. Agora eu estava pronta.


Aksor surgira às minhas costas. Puder ver com clareza que ele estava no limite. Sem mais confiança, sem mais peões. Ele rosnou qualquer coisa para mim e apontou sua arma. Dei um alto salto, acima de seus olhos, e quando eles tentaram me seguir, o poder do Vácuo foi a última coisa que viram.


Podíamos respirar, nossa missão estava cumprida.


— Estava melhor na Prisão dos Anciões. Vou contatar a Vanguarda e avisá-los que o Sacerdote Arconte está morto. — disse Fantasma.


— Sim, faça isso. — coloquei meus joelhos no chão, e descansei minhas mãos sobre as pernas, em uma posição de monge. Uma breve meditação cairia bem agora.


Ashra e Tyler também se sentaram ao meu lado. Ele todo jogado, e ela com os pés para o lado.


— E vocês ainda queriam ir direto para o Senhor do Portal, hein? — comentou a Caçadora.


— Estou ficando igual ao Tyler, falando pelos cotovelos. — falei, rindo.


— O melhor descanso antes de uma batalha, é outra. É bom para se manter aquecido. — explicou o Titã, sem nenhum tom comediante.


Por mais palhaço que ele fosse, por um instante suas palavras soaram como as de Zavala. Isso me fez crer que no fundo, seu humor não passava de um escudo contra seus próprios receios.



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Autor(a): spotplay

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

Ser uma Guardiã podia ser exaustante às vezes. Tantos confrontos, tantos inimigos cada vez mais poderosos, e seus lacaios que pareciam se multiplicar. Era como cortar uma cabeça, e aparecer mais três. Mas havia algo que eu faria somente uma vez, de uma vez por todas. Arrancar a cabeça de um Senhor do Portal Vex, e levá-la a Mara e Uld ...


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