Fanfics Brasil - Zona de Exclusão A Luz de Khiva

Fanfic: A Luz de Khiva | Tema: Destiny


Capítulo: Zona de Exclusão

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“Embora a derrota de qualquer campeão da Treva seja motivo de celebração, sempre suspeite das promessas da Rainha. Os Despertos jogam dos dois lados dessa batalha, e uma dívida com ela pode ser potencialmente prejudicial. No entanto, se isso lhe der a chance de entrar no Jardim Sombrio, você tem todo o apoio da Cidade.”  


 


Essa foi a mensagem que o Porta-Voz nos enviou naquele dia. Ele estava com um olho bem atento às nossas missões. Era muito importante que não houvesse falhas nessa jornada. E agora, nós iríamos para outra etapa.


— Então quer dizer que temos um novo lugar pra passear? — perguntou Tyler, mas seu tom não parecia muito feliz.


— Animado para ir a Marte? — perguntei.


— Já ouviu o que falam sobre aquele lugar? Ele é traiçoeiro. Você pode morrer de calor ou até mesmo congelado. — dizia ele abanando as mãos, indignado. — Fora que é tão vermelho que os olhos doem.


— Bom, vou entender isso como um não. — não tive como não rir. Eu não sabia nada sobre Marte então resta ver para crer. — E você Ashra?


— Sabe que por mim tanto faz.


— Sim, eu sei. — mas também sei que é tudo fachada para disfarçar uma grande curiosidade.


— Nos anos desde o Colapso, grande parte de Marte retornou à desolação que veio antes do Viajante. Mas enterrados sob a superfície estão traços de mega-cidades cintilantes que já povoaram o planeta, engolidos por dunas e Treva. — informou Fantasma.


Preparamos nossos arsenais, nos reunimos na Órbita da Terra, e partimos todos juntos a caminho do planeta vermelho. Vindo de Uldren Sov, eu até imaginava que poderia ser algum tipo de armadilha. Por algum motivo aquele Desperto não me inspirava confiança ou qualquer outro tipo de empatia, mas nossa causa era muito maior do que isso.


Quando Marte entrou em nosso campo de visão, pus-me a admirá-lo. Mesmo não sendo convidativo como Vênus, ainda havia ali um certo fascínio por algo que viria ser uma novidade para nós três, desde aquele primeiro olhar até cada detalhe e ser que conheceríamos em campo. Que materiais coletaríamos? Que histórias ouviríamos? Com certeza era coisa de Arcano pensar dessa forma. Tyler deve estar pensando se iria suar ou tremer e Ashra, bem, não dá pra saber muito bem o que se passa na cabeça dela.


— Sabe, essas coordenadas colocam o portal do Jardim Sombrio perto da quase perdida Liberpole. — dizia Fantasma — As areias a enterraram desde o Colapso. Agora, os Cabais ocupam a área e a maior parte de Marte. Ninguém passa pela sua Zona de Exclusão.


— E quem são esses Cabais?


— Taticamente eficientes, disciplinados e impiedosos, os Cabais são a maior força militar conhecida no sistema. Suas origens e objetivos são um mistério, mas parece claro que eles conquistaram mais mundos do que a humanidade chegou a conhecer. Soldados dos Cabais vestem armaduras pressurizadas que replicam o ambiente de alta gravidade do mundo natal deles. Suas táticas de campo utilizam Legionários auxiliados por poder aéreo, infantaria de elite e armaduras ultra-pesadas.


— Você praticamente fez eu me arrepender por ter perguntado, sabia?


Eu, que achava que a Colmeia por mais selvagem e horrenda que fosse ainda era altamente organizada, imaginava agora uma raça que era de fato uma força militar. Eu queria ter a capacidade de me gabar e achar que eles não seriam páreos para… três Guardiões.


A descrição dos boatos que Tyler dissera se concretizava conforme nos aproximávamos da zona de aterrissagem. Prédios abandonados ou tomados pelos inimigos estavam parcialmente ou totalmente mergulhados nas dunas da superfície. O horizonte era embaçado por partículas de areia, e pelo jeito que eu cerrava os olhos devido a claridade e a vermelhidão, estava bem quente lá fora.


Quando nos reunimos, Tyler chegou, colocou a mão na cintura e olhou em volta.


— Quem quer voltar à Vênus levanta a mão! — ele foi o único que o fez. — Que pena… 


— Relaxa, grandão. — disse a Caçadora. — Isso aqui não vai demorar… — otimista? — Vai durar uma eternidade. — err… não.


— Muito calor aí dentro? — perguntei. Será que ele ia surtar?


— Hã? Ah! Não, não. — dizia ele — Somos Guardiões! Guardiões não comem, não dormem, não passam frio nem calor. A Luz nos permite não ter que passar por esse tipo de coisa. Somos máquinas de guerra a serviço do Viajante! — seu tom heróico ficava cada vez mais forte. Parando para pensar, eu não percebi desde que acordei a necessidade de qualquer outra coisa que não fosse cumprir os objetivos da meu retorno. E fico feliz por isso, afinal, todo resto não passa de distração. — Estou pronto!


— Certo! Fantasma?


— Ótimo. O portal do Jardim Sombrio está a quilômetros daqui, e os Cabais travaram as miras nas comunicações Orbitais. Se quisermos algum Pardal, vamos ter que invadir um dos postos deles e desabilitar os sistemas.


— Ah, claro. — Ashra bufava. — Tem isso ainda. Nunca mais vamos sair daqui mesmo.


— Vamos andando, que logo chegamos. — sugeri.


— Eis o que eu sei sobre os Cabais. — disse Fantasma agora para que todos escutassem — 400 Kg e altamente militarizados. Eles explodem planetas e luas só por estarem em seu caminho. Só queria avisar com o que estamos lidando.


— Adorei! — disse Tyler.


— Odiei. — discordou Ashra.


— Vai ser legal. Vamos lá! — tentei encorajar.


Enquanto corríamos entre pedaços de vegetação morta e estradas vermelhas, encontramos uma entrada para uma instalação subterrânea. Neste lugar, concordo plenamente que viver embaixo seria a melhor opção.


— Estão lá dentro. Eu aconselho evitarmos um confronto até os compreendermos melhor. — sugeriu Fantasma. Acionei ele na primeira porta, que parecia um pouco estreito para um ser de 400 Kg. — Hm, mais fácil do que eu imaginava. — é, também acho. Continuamos a descer. Era mais limpos do que a Colmeia, e menos organizados do que os Vex. — Procurando por algo vinculado às suas grades orbitais. — a poucos corredores a frente o espaço se abriu como um grande depósito, e avistamos um painel de controle — Esse. — o acionei, e aguardamos. — Chave de acesso? DOS é mais complicado. Não preciso de uma chave de acesso.


Ao dizer isso, pudemos ouvir uma grande movimentação se formando do outro lado de um portão enorme. Nada bom.


— Ah. Acho que iniciei um protocolo de segurança. — e com isso os alarmes começaram a tocar com luzes vermelhas e sirenes desesperadas. O grande portão de abriu e lá estava uma nave Cabal deixando seus reforços.


Eles eram grandes, e pulavam a alturas impressionantes. Suas armas eram de tamanhos equivalentes e eles não pareciam abalados com a nossa presença. Não eram feios como a Colmeia. Isso por que também usavam armaduras, então não se sabe ao certo o que havia por baixo.


— Acho que esse era o protocolo de segurança. — disse Fantasma. — Legionários são a linha de infantaria Cabal e a peça-chave de seu poder militar terrestre. Eles são impulsionados por turbinas de salto e carregam poderosos fuzis de projétil. Táticas Legionárias comuns são centradas em continuar avançando. Algumas unidades atacam enquanto outras fecham a distância ou encontram novas posições de tiro. — informou.


Então não há nenhum poder, apenas armamentos. Mas era preciso pelo menos três Goblins para ocupar o lugar de um Legionário.


— Algum ponto fraco? — perguntei.


— Mirar na cabeça é sempre uma boa ideia para começar. — disse ele.


Eles começaram a avançar, e a cada salto ficávamos ainda mais encurralados. No fim de tudo íamos rir do tamanho deles, mas agora, muita atenção para não morrer em vão.


Logo atrás dos Legionários outros Cabais com escudos avançavam aos poucos, paravam e atiravam, porém nunca recuavam. Sua cobertura conseguia proteger praticamente todo o seu corpo.


— Falanges carregam escudos massivos, utilizados tanto para o ataque como para defesa. Embora esta proteção seja praticamente impenetrável, oponentes mais espertos podem usar estratégias para atrair a Falange ou atirar furtivamente em volta do escudo. — Minha enciclopédia deu a dica.


Realmente havia um ponto fraco. Enquanto andavam, eram os pés, e enquanto paravam, a mão que atirava. Seria um contra ataque frio e calculista, assim como satisfatório. Um prato cheio para Ashra, uma decepção para Tyler.


Ao conseguirmos passar pelo portão e retornar lá para fora, outra nave chegava com mais inimigos. Um Cabal semelhante a um Capitão Decaído se aproximava com os reforços. Assim como seu porte e armadura, sua arma era igualmente potente.


— Centuriões são comandantes de campo taticamente inteligentes e altamente habilidosos. Sua armadura ostenta um conjunto formidável de eletrônicos de combate e munições despacháveis. — disse Fantasma.


— Desse aí eu cuido! — Tyler tomou a frente e avançou contra ele com uma escopeta solar enquanto eu e Ashra eliminávamos o restante.


O Centurião apesar de “gordo” era esguio como os Capitães. Recuavam estrategicamente até onde poderiam se recuperar e voltavam abrindo todo o fogo contra seus oponentes. Mas Tyler não tinha paciência pra esse tipo de coisa. Com ele, se fosse correr, pode ter certeza de que ele vai atrás, e quando te alcançar, a ombrada será muito doída.


— Pardais acessíveis. Vamos para o portal. — relatou Fantasma coincidentemente quando havíamos eliminado todos os inimigos ali perto.


Não arriscando com corridas, partimos do Deserto em direção à Passagem dos Gigantes, passando pela Fortaleza Proibida, onde notamos um confronto.


— Os Cabais parecem estar em guerra com os Vex aqui. Devem saber alguma coisa sobre o Portal. Tem alguns postos avançados por perto. Vamos dar uma olhada. — vários Vex estavam espalhados pelo local confrontando os Cabais. Era como passar entre uma batalha de Colmeia e Decaídos. Eram uns contra os outros e nós, contra todos eles. — Quer entrar no meio disso. A escolha é sua. — Aceleramos os nossos Pardais e passamos por ali como se não tivéssemos nada haver com o assunto. — Um posto avançado deve estar logo adiante. Posso entrar nos sistemas e ver o que encontro sobre o portal. — a estrada da Passagem dos Gigantes serpenteava por entre penhascos vermelhos, e não demorou muito até que novos Cabais barrassem nossa passagem. — Procure por algo que eu possa acessar.


— Ok. Só aguarde um momento, sim? — brinquei com ele. Não teria como procurar nada enquanto não limpássemos a área.


Dei a volta pela linha de frente deles e segui para uma instalação em uma subida às margens da estrada, enquanto Ashra e Tyler ficavam para “conversar” com eles. Uns três Legionários guardavam o base onde eu acionaria o Fantasma. Joguei uma granada para causar o primeiro ferimento e distração, e abri fogo a distância.


— Certo, precisamos de uma chave de acesso — imaginei. Não dispare nenhum alarme dessa vez. — Encontre quem estiver no comando e pegue a chave. — sobrou pra mim, claro.


Uma nave Cabal pairou sobre o local e começou a disparar mísseis em nossa direção. Usei uma das placas da base como cobertura. Eles também não eram de facilitar as coisas. Com certeza quem quer que estivesse no comando, estaria lá dentro.


Os reforços desciam para nos cercar. Falanges, Legionários e… um Cabal magro?


— Psiônicos. — Fantasma parecia ler as dúvidas do meu pensamento. — São menores do que outros Cabais e podem pertencer a uma espécie não relacionada. Hiper-inteligentes, rápidos e imprevisíveis, eles possuem fortes capacidades psiônicas, incluindo a habilidade de emitir explosões de arco psicocinéticas desorientadoras. 


— Que ótimo! — apliquei meu sarcasmo à situação, que já estava ficando difícil.


— Ei! Ele está aqui. — disse Ashra no comunicador. Ela e Tyler começaram a cercar o comandante, que tinha acabado de descer da nave para fazer o serviço com as próprias mãos.


— Relatos daquele que eles chamam de Bracus Tho'ourg começaram nos primeiros dias de contato com os Cabais. Os primeiros Guardiões que o enfrentaram se foram há muito tempo, mas lendas contam que um poderoso comandante tomou conta da Cidade Enterrada com uma mera fração das forças Cabais em Marte. Se estes relatos são verdadeiros, eles são indicações não só da proeza tática de Tho’ourg como também da expectativa de vida Cabal. — disse Fantasma.


— Gosto de como você sempre tenta me animar, sabia? — comentei.


— Ô grandão! — Tyler já começava a provocação. — Aqui, ó! — o Titã estava dançando no meio do nada para chamar a atenção de um comandante Cabal. Provável que apenas eu e Ashra veríamos algo assim durante muitos séculos.


De qualquer forma, funcionou até bem demais. O armado comandante se irritou e começou a avançar contra ele, usando tudo o que tinha. Era perfeito. Ele estava agora no meio de nós três recebendo dano de todos os lados. Bracus rosnava, se esquivava, atirava, mas nada o salvava do que estava por vir. Ele tomaria o mesmo fim de seus vassalos.


— Ok. Vamos torcer para que a chave funcione. Tem outro posto avançado Cabal perto do portal. Vamos dar uma olhada.


Seguimos em nossos veículos para o Vale dos Reis, onde pudemos visualizar o grande portal a esquerda do posto avançado. O painel que iríamos acessar estava em um local ainda mais alto do que o último.


Dentro base, o painel circular mostrava um pequeno holograma laranja que parecia um mapa das dunas da Baía Meridiana. Acionei o Fantasma novamente.


— Vamos ver o que eles sabem sobre o portal! — ele começou a rodear o aparelho e a escaneá-lo agilmente em busca de informações — É impressionante. Os Cabais conseguiram invadir a malha cognitiva Vex. — do posto conseguimos ver claramente uma energia rodear os aros do portal. — Tem um monte aqui. Não sei se eles entendem o que o portal é, mas se vamos despertar o Olho do Senhor do Portal e vamos entrar no Jardim Sombrio, parece que vamos ter que passar pelos Cabais.


— Show! Arrumamos mais inimigos! — vindo de Tyler, isso não era sarcasmo.


— Que bom que está animado! Nosso desafio final está chegando. — comentei.


— Khiva — disse Ashra bem calma e realista. — Nunca haverá um desafio final.



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Autor(a): spotplay

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Um novo planeta, uma nova raça, um novo inimigo. Bom, tudo isso era novo, pelo menos pra mim que renasci há pouco tempo sem lembrar ou saber de nada a respeito da causa pela qual luto. Acordar e descobrir que você está no meio de uma guerra deve ser muito comum hoje em dia. Eu circulava pela Torre às vezes e pensava o que se passava na vida ...


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