Fanfic: Boku no hero Academia - À Beira da Loucura | Tema: My Hero Academia, Boku no Hero

A despedida foi tensa, mas Hana não se deixaria abalar, afinal ia começar uma nova fase, uma nova vida, mas o foco era descobrir o que tinha por trás das intenções do seu pai de mandá-la para o colégio da UA e o despertar da sua irmã que havia acontecido há 3 meses.

         O que aquela escola tinha de tão importante?

         Sua cabeça continuava a girar. Ela sempre se forçava se lembrar de algo, mas era inútil. 

         Tinha certeza que estava deixando alguma coisa importante passar, só precisava de um empurrão para se lembrar. 

         Concluiu para si que nada é por acaso e convencida de que havia algo mais, decidiu ir atrás da verdade.

         Isso se houvesse uma.

         -Minha querida, vá com cuidado e fique de olho nesses seus apagões, estou preocupada. Se piorar, por favor procure um médico.- disse Irmã Temma envolvendo a garota em um abraço longo e apertado.

         -Não precisa se preocupar, faz tempo que eu não tenho essas crises. Eu estou bem agora. - respondeu a menina quase ficando sem fôlego ainda presa nos braços da irmã - Temma-san? Temma-SAN, eu não consigo respirar! - começando a se distanciar, Hana recuperou o fôlego enquanto pensava, “mal sabe ela que esses apagões é tudo culpa da Melissa, nariguda sem noção”.

         -Desculpa, mas não queria te soltar. Eu sei que você já está bem, mas sobre o acidente, se você se sentir solitária, você pode,....

         -Não quero ficar lembrando disso Temma-san por favor. Ficar lembrando, é bem… - Hana desconversa - ...um pouco doloroso para uma despedida, não acha? - sua voz agora estava baixa e triste que fez a Irmã ficar sem jeito. 

         -Annn. Não foi minha intenção. Desculpe. É bom você se alimentar direito, viu? Vou saber só de te ver da próxima vez que nos encontramos. - disse a irmã passando a mão pelos cabelos da loira - Certeza que vai ficar tudo bem? Afinal você vai entrar direto no 2 semestre. - questionou a Irmã preocupada. 

         -Não se preocupe com isso, pela minhas notas, vai ser de boa.

         -Sabe que as portas do orfanato vão estar sempre abertas para você - disse com um sorriso sincero e sereno tirando um papel do bolso do vestido preto - Toma.

         -O-o que é isso? ….5007-X47?

         -Ann...estava junto com as documentações do colégio - Abaixando a voz e ficando séria, ela continua. - Provavelmente deve ser seu número de matrícula.

         -Provavelmente… - em pensamento Hana conclui, compreendendo as palavras da irmã, respondeu - Ok, vejo isso quando eu chegar lá...obrigada Temma-san, vou sentir saudades..

         -Eu sei que vai. Eu também sentirei saudades e não esqueça de nós. Sei que você odeia datas comemorativas, mas somos sua família. - Ela disse frisando o que realmente Hana não gostava, “comemorações”, principalmente no natal.

         -Ok,  prometo que volto nas férias.

         Agora foi a vez da garota agarrar ela num abraço apertado, longo e triste.

         Hana queria muito memorizar aquele calor que envolvia ela e a freira. Aquele afeto de alguém que se preocupava com ela. Aquele carinho que recebeu por tanto tempo. 

         Aquele momento. 

         Para que quando se sentisse sozinha, pudesse se lembrar e erguer a cabeça para seguir em frente.

         Vendo a garota se afastar, Temma murmura: 

         -Boa sorte minha pequena e desculpa David, não posso fazer mais parte disso.

         Kota que estava do lado da freira, acabou escutando suas palavras. Eles se olharam por uns instantes e a irmã sorriu o abraçando.

         -Apenas acene Kota e mantenha o sorriso. Ela precisa guardar esse momento. 

         O garoto compreendendo a situação, voltou a olhar para a loira que se distanciava e sorriu.

         -Ok.

         Andando em direção ao táxi que a esperava para levá-la, do portão, Hana olhou para trás e viu que estavam todos lá. As crianças do orfanato em um berreiro que dava pra escutar de longe, Irmã Temma que a olhava com firmeza acenando um adeus muito amável e Kota.

         Kota Izumi tinha apenas oito anos e amava Hana. E ela o amava. Viviam grudados e lá ele era seu irmão mais novo, ele a fazia lembrar do seu primeiro amigo no orfanato. 

         Kota vivia falando que queria se casar com ela e a loira sempre ria dele fazendo piadas e o infernizando muito, mas achava isso fofo. 

         Hana havia chegado no orfanato 2 meses depois do acidente que envolveu toda a sua família. Com o seu pai muito ferido e o falecimento da sua mãe e da sua irmã, ela foi enviada para lá por não ter mais nenhuma família que pudesse tomar conta dela e também porque seu pai se recusou a criá-la na I-Island.

         Ela foi a única que sobrou da sua infância no orfanato, se tornando a única adolescente do lugar hoje, pois todos que cresceram com ela já haviam sido adotados.

         Quando chegou ninguém falava com ela , exceto um garoto. Seu melhor amigo. Que viveu lá por uns tempos e depois que foi embora e nunca mais mandou notícias. Então novamente aos poucos a garota foi se distanciando de tudo. 

         Após a recuperação do seu pai, Hana implorou novamente para ir morar com ele na I-Island, mas ele negou dizendo que era melhor para ela ficar onde estava e que quando chegasse a hora ele iria chamá-la para ambos morarem juntos. 

         Depois de ser negada pela segunda vez pelo seu pai, Hana desistiu de tudo e tornou-se fria….amarga…., pois sempre aguardava ansiosamente por esse dia que nunca chegaria. 

         Sua mente se tornou um caos. 

         Foi nessa época que começou a usar o tapa-olho encobrindo as diferenças de cores dos seus olhos. Presente que recebeu de Shoto. Seu precioso amigo que com o decorrer dos anos, todo amor que sentia por ele acabou se tornando ódio.

         Foi abandonada mais uma vez.

         Primeiro o seu pai. Depois Shoto. Quem mais iria abandoná-la?

         Seu olhar distanciava de todos e como consequência foi crescendo sozinha, somente estudando e sempre trancada em seu quarto, até Kota chegar e virar seu mundo novamente. 

         Eles acabaram ficando muito próximos e finalmente ela conseguiu esquecer um pouco da tristeza do seu passado.

         Ele a fazia rir. 

         Não aparentava ter a idade que tinha e com a aproximação dos dois, a garota acabou se abrindo pra ele.

         Kota também fez o mesmo. Contou a ela de como seus pais tinham sido mortos por um vilão. De como tinha ódio pelos heróis que arriscaram suas vidas por estranhos e de como superou esse ódio quando conheceu uma estudante de herói naquele mesmo ano em uma viagem à um acampamento de treinos de Pró-heróis. 

         Sim, Hana ia sentir muita falta do pirralho..

         Eles não tinham segredos.

         Ou pelo menos da parte da garota, tinha um recente, o aparecimento repentino da sua irmã.

         Ela não queria esconder, só não sabia como contar.

         ****

         Tóquio 

         Colégio U.A.

         1 ano A - 2 semestre 

         -Midoriya, porquê você e Bakugo estão sempre brigando? - perguntou kirishima aparecendo no corredor e colocando a mão no ombro do garoto que estava passando.

         -É complicado, Kirishima-kun. Ele sempre está...bom...ãnh, mas eu e o Kacchan somos amigos desde a infância. Seu temperamento é explosivo, então às vezes tento não o provocar para não aumentar sua raiva, mas eu sei que o Kacchan vai se encontrar. Ele tem um bom coração. - respondeu Izuku meio deprimido. 

         Depois da briga dos dois que resultou em suspensões de ambos, sua visão em relação ao amigo mudou completamente. Midoriya havia descoberto os verdadeiros sentimentos que ele desconhecia do esquentadinho. 

         -Porque Kirishima-kun? 

         -Annn, nada de mais. Eu só queria entender um pouco dessa raiva do Bakugo. - Disse o ruivo meio que disfarçando.

         -Mas naquele dia ele deve ter te acertado com palavras né Midoriya-chan, afinal você até revidou não foi, gero? - aparecendo ao lado dos garotos Tsuyu pergunta.

         Nessa hora Deku se lembrou do real motivo da briga, Kacchan tinha descoberto sobre ele e o All Might e ele queria resolver ali quem era o mais forte além de ter soltado seus verdadeiros sentimentos e aflições pra ele. Coisa que Bakugo não tinha planejado. Deku tentou pará-lo na briga, então revidou, mas o resultado foi três dias de suspensão.

         Iida-kun estava parado na porta da sala vendo quando os três chegando e pergunta:

         -Vocês viram o noticiário falando sobre os ataques? - Tentando fazer o pessoal ficar por dentro dos acontecimentos recentes, insiste. - Como representante responsável, infelizmente anúncio que as saídas à noite estão suspensas temporariamente. 

         -Iida, você é mesmo um virgem escroto né? - Kirishima rebate. - Cara, você não consegue relaxar e tem que acabar com a única diversão dos caras legais aqui. 

         -Caras... legais? - pergunta Jyro que estava perto inconformada com o que acaba de ouvir revirando os olhos.

         -Ah, isso me faz lembrar, Kirishima você tem que diminuir os seus gemidos de madrugada ou arrumar logo uma garota. É muito solitário cara. Se quiser tenho uns contatos para te passar. - Kaminari surgindo detrás da Jyro diz enquanto acena pra Momo que chegava.

         -Se você tem amor aos seus dentes é melhor parar de falar merda Kaminari. Deixa ele se divertir sozinho. Se nunca tá satisfeito e necessita disso todo dia, não seja que nem um representante de classe escrot…..- Momo trava e disfarça - Aaah, deixa ele curtir a juventude, né! - gaguejando suas últimas palavras e ficando muito corada, cruza os braços enquanto espera passagem pra entrar na sala quando Kirishima entra na sua frente.. 

         -Então porque não vem ajudar a me satisfazer,hein? - Na maior cara de pau, ele diz para a peituda.

         -Argh, Vocês garotos são uns babacas. Vai dar atenção pro babaca das bombinhas.- disse Jyro colocando a mão sobre o ombros da Momo e afastando ela dos garotos. - A conversa de vocês ontem estava me dando náuseas e eu quase entrei na cozinha e fiz vocês engolirem seus próprios dentes. Não envolvam a Momo nas suas fantasias seus pervertidos, idiotas.

         -Babaca das bombinhas? Porque está falando do Bakugo? - pergunta Kirishima na inocência.

         -Cara, você dá muita pinta e é lerdo pra cacete.

         -Mas ontem a gente não tava falando só da Momo, né Mineta? Também citamos a Jyr…. - com uma voz doce, Kaminari dizia enquanto Mineta que surgiu do nada, já estava corado imaginando algo pervertido começando a soltar baba pelo canto da boca. 

         Jyro vendo Mineta fantasiando, virou e meteu um cascudo que o garoto caiu no chão. 

         -IDIOTA!!!

         -Vocês, parem já com essas coisas indecentes e respeitem as garotas. 

         -Lá vamos nós de novo. Iida-kun, xiiiiu! - disse Kaminari.

         -Kaminari-kun, como se atreve….!!!

         -AAAH, então né Iida-kun, os ataques né? Eu vi, que estranho... - tentando parar a treta, Uraraka-san que chegou a pouco tempo desconversa.  

         Todos fecharam a cara e automaticamente ficaram sérios.

         Após uns minutos de silêncio Kirishima diz:

         -Estranho e perigoso. Temos que ficar atentos e andar sempre em grupo, não é não galera?- Terminou jogando o braço sobre a Momo-chan que se esquivou na hora. 

         -Sim, juntos, mas sem contato físico seu imbecil batedor de punheta. Fique longe de mim! - perdendo a paciência, Momo dá um cascudo no garoto - O dormitório só fica a duas quadras do colégio, não tem como alguém sequestrar a gente e sair ileso.

         -Mas mesmo assim precisamos ficar atentos - Completou Midoriya pensando no bem de todos os seus amigos ali presentes. 

         Todos olharam pra ele e concordaram com a cabeça. O sinal tocou anunciando o início da aula.

         -Vamos todos para os seus lugares - Disse Iida-kun.

         -Haaaaai - Todos responderam entrando para a sala.

         ****

         Observando as árvores de dentro do táxi, Hana retira o tapa olho para descansar sua vista. Ela se sentia bem usando ele, mas ao mesmo tempo o acessório a incomodava.

         Encarando o vidro do carro pode ver seu reflexo, se perguntava sobre o aparecimento repentino da sua irmã.

         Após trinta minutos de estrada e trânsito, ela chega ao seu destino. Pagou o táxi e foi comprar flores na floricultura da esquina.

         Entrando no local, logo sentiu náuseas. Sempre se sentia assim quando vinha. Então começou a aparecer com menos frequência.

         Virando a segunda esquina, parou em frente ao túmulo azul céu com poeira acumulada e se abaixando, retirou as flores velhas e trocou pelas novas. 

         Pegou um pano sujo que deixava atrás da lápide e começou a limpar retirando a sujeira que tinha. Com cuidado passou de leve o pano sobre o escrito meio apagado em kanji ou lia-se: “Família Shield”. 

         Terminando, se levantou e suspirou.

         -Oi Mamãe. Desculpe a demora. 

         Comprimentando, Hana passa a mão na plaquinha já bem velha e desbotada:

         “Enquanto forem amadas pelos que ficam,

         os que morrem nunca desaparecem por completo”

         Alice Shield - jan/1979 - dez/2020

         Melissa Shield - ago/2013 - dez/2020

         -É a primeira vez que veio aqui e só rezo pela mamãe.

         Silêncio, Melissa não a respondeu. 

         -Estamos indo mamãe….Mel...se despeça também.

         Silêncio ~~

         -Mel?

         "Não quero. Odeio despedidas". - Respondeu a loira na mente na garota.

         -Que seja, estamos indo. - recolocando o tapa-olho, ela aperta os punhos e sai com destino ao metrô.

         *******************

         Metrô

         Destino: Tóquio 

         No caminho para Tóquio, Hana conseguiu ver diversos tipos de pessoas. Ela era muito antenada nas notícias, mas estava totalmente por fora dos heróis famosos do momento. 

         Já havia perguntado a sua irmã quando ela apareceu de repente, mas não obteve resposta alguma. Após descobrir que possuía a alma da sua irmã dentro de si, percebeu que Melissa às vezes tinha domínio sobre ela. 

         Hana odiava quando Melissa tomava seu corpo, o chamado apagão, como a Irmã Temma apelidou, mas na maioria das vezes era só pra se divertir e meter ambas em confusão e deixando sempre a bomba para Hana resolver.

         “Aaaaah, que dor de cabeça” - pensou Hana olhando para fora da janela.

         Olhando o trajeto que mostrava no painel do metrô, viu que ainda iria demorar umas três horas e meia para chegar em Tóquio, então acabou pegando no sono…..

         #Sonho Hana on...

         …..Hana entra no quarto da Irmã Temma sem bater. Já tinha intimidade pra isso, mas mesmo assim ainda achava que deveria pedir licença para entrar, mas nunca pedia.

          Ao entrar vê a irmã penteando os cabelos castanhos um pouco abaixo do ombro. Ela se senta na cama e se enrola nas cobertas.... Rolava pra lá. Rolava pra cá.  Pra um lado. E pro outro. Parava e olhava pro teto. Suspirava. E rolava de novo e suspira de novo...quando...

          -Já acabou com o teatrinho? - a garota parou ao ouvir a Irmã e se levantou. -  Seja lá o que for Hana, pare de fazer rodeios. 

         -Como sabe que vou pedir algo? - perguntou a loira.

         -Aff. Eu vi você crescer criança, sei de todas as suas manias. - disse a Irmã sentando ao lado dela na beira da cama.  - Vai. Desembucha.

         -Ok, se lembra daqueles professores que vieram aqui? - Respondeu a menina desviando o olhar - Então, queria pedir a sua permissão para euirestudarlá. 

         -Ãn?

         -Praeuirest…

         -Fala com a boca.

         -Pra eu ir ESTUDAR lá.!

         -Porque a mudança repentina? - perguntou franzindo a testa contendo um sorriso.

         -Nada demais, só achei que talvez seria uma boa hora para eu conhecer o mundo fora daqui e andar com as minhas próprias pernas, sabe? Ver outros ares…e... - respondeu a garota tentando convencer a Irmã meio que desconversando.

         -E desde quando ficou tão responsável? - falou a Irmã com um ar de brincalhona - Não precisa da minha permissão.... Você sempre foi livre. Nunca iria te prender aqui, só espero e rezo para que esteja certa e saiba o que está fazendo. 

         -Sei sim, obrigada - e abraçando ela, terminou dizendo - Eu te amo Temma-san. 

         -Eu também te amo minha eterna pequena Hana-chan. Só te peço uma coisa. 

         -Hmm..? 

         -Fique longe daquela Ilha. 

         -Oi? Maas….

         #Sonho Hana Off...

         ****

         Com um forte baque entre a sua cabeça e o vidro do metrô, Hana desperta.

         Vozes altas nos banco do seu lado, fez a garota automaticamente já ficar com um lindo mau humor. 

         Percebendo que estavam ali alguns alunos da escola de onde el iria entrar, já odiou o colégio de cara vendo que os alunos estavam exibindo aquele brasão esnobe da U.A. Alguns deles conversavam entre si e outros estavam fazendo piadinhas das pessoas do lado de fora.

         “Tsc.., devem ser veteranos” – pensou ela consigo mesma.

           Hana começou a reparar neles conversando e rindo. 

         “Que estação será que entraram?” 

         Ouviu ao fundo outros dois se cumprimentando, rindo e perguntando como foi o final de semana um e do outro.

            “Amigos, é?” 

         Hana sussurrou voltando seu olhar para fora. 

         ”hunf! Que inútil” - suspirou colocando seu cabelo atrás da orelha deixando amostra seu tapa olho de rosas. 

          Enquanto estava envolvida em pensamentos, começou a ficar distante, porém sua boca começou a salivar ao sentir aquele cheiro estava fazendo ela entrar em êxtase. Que cheiro tentador era aquele? Fechando os olhos e levando sua mão à boca lambendo a ponta dos dedos lentamente, Hana se perdeu na tentação sentindo seu corpo esquentar e seu sorriso crescer.

         "One-Chan?"

         "One-Chan?"

         "Hana-ONE-CHAN!"

         Levando um susto que Melissa acabou de lhe dar , ela se virou bruscamente e deu de cara com uma garota sorridente de pele rosada e olhos negros a encarando. A garota parecia estar esperando por algo. 

           - O-o q-que você disse? – perguntou Hana, confusa. 

          - Seu nome – disse, ainda sorridente – você é nova, né? Nunca te vi por aqui. 

          - Hana….Hana Shield.

          - Meu nome é Mina, Mina Ashido, prazer! – disse a garota, ainda empolgada – Você me lembra alguém, já nos conhecemos?

         -Não que eu saiba. - Respondeu a loira confusa.

         -Hmm...você vai pro colégio U.A.? Podemos ser grandes amigas! 

         -Como você sab..?

         -Seu uniforme. Você é tão fofa. Parecia estar gostando da sua fantasia. 

         -Fantasia?

         -Conseguiu chegar lá? Quem era o sortudo? - Empolgada Mina pergunta.

         -O queeeê? - Respondeu a loira ficando muito corada.

         -Não precisa ficar vermelha, assim você vai me excitar também. - chegando mais perto da loira a rosada diz - Então, amigas? 

          - Você quer ser... minha amiga? – Hana pergunta sem jeito.

         - Mas é claro! Como você pode ir pra um novo lugar sem amigos? – disse, adicionando ainda uma risada amigável ao final da frase. - Né, Hana-chan. - Mina estende a mão para a loira que a-aperta comprimentando e notando uma faixa nele. 

         -Você….?

         -Ah, eu me machuquei anteontem, ainda não parou de sangrar. Dói um pouco ainda. 

         A rosada ajeita o curativo e Hana sente sua garganta secar. 

         - Porque as luvas? - Olhando para as mãos da loira, Mina questiona.

         -Minha individualidade. Melhor você não encostar em mim. 

         -Entendi...Você não está empolgada pra conhecer a escola? Os meus pais ficaram tão orgulhosos quando eu fui aprovada no começo do ano. - Mina deu um pausa olhando para o brasão no próprio casaco. - Sabia que a Colégio U.A. é uma das melhores escolas de heróis do Japão? Seus pais também devem estar muito orgulhosos, não? – disse ela sorrindo. 

          - E-eu não tenh-..ããn,....é complicado...– respondeu Hana séria.  

        - Ah. não entendi, mas voc...- o sorriso da rosada se desfez por um segundo, mas logo voltou. Hana a cortou na hora.

         -Você não está atrasada para a aula? - Tentando evitar mais perguntas do assunto Hana diz olhando no relógio que já passava das 10h da manhã.

         -Hoje precisei matar as duas primeiras aulas, tive que passar na minha agência antes por isso chegarei mais tarde, vê, tem mais alunos aqui. - respondeu a rosada olhando para todos no metrô. Voltando a atenção para a loira e sentando ao lado dela pressionando seus peitos contra seu braço diz:

         -Né, Hana-chan, porque você usa esse tapa-olho? Não sei do que se trata, mas não seria melhor usar óculos escuros ou alguma coisa mais discreta? Seu seu olho amarelo me parece tão solitário….mas ele é tão fascinante….

         Encarando a loira, Mina começou a deixá-la desconfortável. Hana não estava acostumada com proximidades.

         -Hey, me dá vontade até de ver o outro, como seria se eu ….. - Mina tenta acariciar o rosto da loira que se assusta e recua na hora.

           - Eu... gosto desse tapa-olho e além disso – completou Hana se afastando e olhando seu reflexo na janela do metrô – óculos não me adiantaria muito... 

           - É? Não entendo nada do que você diz.

         Nesse instante, Hana desvia seu olhar, evitando prolongar aquele diálogo que não estava indo a lugar algum. 

         A Rosada confusa, para de conversar e diz se afastando.

         -Boa sorte no primeiro dia. Nós vemos por aí…. Ha-na-chan.

         ‘Garota estranha…’ - do vidro do metrô pode ver seu reflexo a dizendo.

         -Cala a boca Melissa. - Sussurrou Hana.

Notas Finais:

Oi pessoal, estão curtindo?
Espero que sim, estou me esforçando muito nela. ^--^

Recomendação de música do dia:
Edge of life | Believe in myself