Fanfic: Uma Rainha Para Nadezhda - Vondy | Tema: Adaptada
Será que tem como eu topar com o príncipe em mais alguma situação em que eu estou ignorando as regras de etiqueta?
Talvez eu só fique com mais vergonha se ele me pegar sentada na privada, porque não é possível que eu faça mais alguma coisa inapropriada na frente dele.
Eu soltei um palavrão, pelo amor de Deus! E não apenas o dito palavrão foi solto na frente da porcaria do príncipe, mas também da princesa, que tem sete anos!
Tudo bem que ele não pareceu querer me demitir na hora, mas eu tinha mesmo que soltar um palavrão na frente dos dois?! Não bastava eu falar isso na frente de uma criança, não, tinha que ser uma criança para quem eu dou aula e que pertence a uma família real.
Isso sem falar que eu estava descalça, de novo. E descabelada, também de novo.
Eu passei três meses e meio sem topar com o príncipe, mas agora eu encontrei com ele em dois dias seguidos e em ambos eu definitivamente não estava preparada para ter qualquer interação com a Vossa Alteza Real Christopher Alexander Cassillas Von Uckermann.
Eu devia ter imaginado que ele acabaria aparecendo, já que a Lara estava atrasada para ir para a cama e os criados haviam sido dispensados por ordem da princesa, o que não deveria acontecer, porque ela tem sete anos, mas aconteceu porque ela é uma princesa acima de tudo.
O fato é que eu não achei que o príncipe fosse aparecer. É claro que eu imaginei que eu e a Lara estaríamos em maus lençóis depois dela falar que não iria para a cama antes de comer a torta, mas achei que ele mandaria o Edgars, ou a Sra. Braun, não que iria ele mesmo.
Se bem que eu também não estava esperando a Lara aparecer no meu quarto às cinco da tarde, me pedindo para comemorar o dia das crianças com ela, então eu deveria imaginar que esses nobres são um pouco diferentes do que eu esperava.
Nunca passou pela minha cabeça que a princesa fosse aparecer na área dos empregados, com um sorriso sapeca e nitidamente querendo companhia. Mesmo não sendo minha função cuidar dela além das nossas aulas, como eu ia resistir? E não me arrependo, ou não me arrependo de ter passado tempo com ela antes do príncipe aparecer.
Fora da sala de aula, a Lara é muito menos cabeça dura e acabou que tivemos praticamente uma aula ‘extra’, comigo ensinando o nome das coisas nas duas línguas. E, além disso, ainda a ensinei a fazer uma torta de limão.
Eu realmente gostei do fato dela ter ido atrás de mim para comemorar essa data, que nem existe aqui, mas que ela se interessou quando comentei sobre.
E eu percebi que ela é tão sozinha… Não tem nenhuma outra criança com quem ela tem contato. Há quanto tempo ela não tem alguém para brincar? Ou até mesmo para conversar. Por mais que os adultos tentem, nós nunca vamos pensar como as crianças. Nossa fase já passou.
Então não me senti culpada de comemorar essa data com ela e senti que isso nos aproximou mais, o que vai ser ótimo para nossa relação em sala. Mas o príncipe tinha que aparecer?
Eu sei que talvez eu tenha sido ‘informal demais’ com a Lara, mas não é como se eu estivesse trabalhando… Tá, eu sei que regra de etiqueta não tira férias, mas fala sério, é só uma menininha querendo comemorar o dia das crianças. Eu realmente tinha que estar bem vestida, maquiada e pomposa?
E eu não sei o que dizer sobre o príncipe. Ele me deixa desconfortável demais para o meu gosto e eu nem sei o que ele acha de todas as minhas interações informais com a princesa, porque até agora ele não disse nada. Nem que aprova nem que desaprova.
Eu acho que ele não desaprova, já que não chamou minha atenção até agora, mas eu não tenho certeza e isso me agonia. Isso sem falar sobre o quanto ele me afeta em níveis extremamente perigosos e não profissionais. Só de ouvir sua voz grossa na cozinha eu senti todos os meus pelos se arrepiarem. E ele nem estava falando comigo!
É claro que eu fiquei parecendo um robô, de tão dura, e não tenho dúvida que ele percebeu, mas fazer o quê? Fui ensinada que tenho que ser uma dama perto dele e, levando em consideração que eu nunca pareço estar no meu melhor comportamento quando ele aparece e o rumo que meus pensamentos tomam quando ele está por perto, preciso de todo o polimento existente no mundo pra me controlar.
Depois de me retirar da cozinha, a primeira coisa que fiz foi correr para o meu banheiro para checar o nível do desastre. Podia ser pior, mas definitivamente poderia ser melhor. Zero maquiagem, cabelos presos em um nó desajeitado no topo da cabeça, calças jeans e uma camiseta branca não são exatamente as recomendações para quando se topa com alguém da realeza. E não, a Lara não conta – tanto – por ser criança. Ou pelo menos ela não conta até a Sra. Braun descobrir sobre o meu comportamento perto dela.
Depois de me recriminar na frente do espelho, tomei um banho e coloquei meu pijama, mas, mesmo sendo tarde, não consigui dormir.
Juro que tentei, mas quando vi que já era mais de meia noite e que eu ainda estava rolando de um lado para o outro, decidi vagar pelo castelo.
Eu não estava rendendo muito na minha cama, ora tentando não pensar em coisas inapropriadas com relação ao príncipe, ora me preocupando com a minha capacidade de manter esse emprego por muito tempo, então vagar pelos corredores escuros me pareceu uma boa.
Infelizmente, cada passo que eu dava era mais um grito interno de “abortar pensamento!”
Aparentemente eu não preciso estar na cama pra ficar me torturando psicologicamente com imagens do príncipe, ou com cenas em que eu sou demitida e deportada pela minha falta de decoro, ou por estar tarada no futuro rei, ou só por não estar sendo uma boa professora para a princesa mesmo.
Lembrando que a Sra. Braun me mostrou uma biblioteca que eu posso usar por ser professora, sigo para ela determinada a achar algo que distraia meus pensamentos traidores.
É claro que a biblioteca é gigante e dividida em sessões, estou em um palácio, não é mesmo? Então sigo para a sessão de terror/suspense. Eu quero me distrair, então precisa ser ficção, mas eu definitivamente não quero ficar pensando no príncipe, então romances estão fora de questão.
Infelizmente, assim que viro na sessão que eu quero, basicamente atropelo um corpo grande e másculo. Ele me impede de cair, me equilibrando pelo braço e, quando eu olho para cima, vejo que, para a minha desgraça, o corpo másculo pertence à ninguém menos do que o príncipe.
Eu deveria ter previsto isso. Eu mesma não falei que só topava com o homem das piores formas? Pois é. Eu definitivamente não deveria ter saído andando de pijama pelo palácio.
Será que rola um beijinho??
Comentem!
Autor(a): wermelinnger
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 50
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sabinavondyrbd15 Postado em 09/05/2020 - 00:55:21
Continua
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sabinavondyrbd15 Postado em 09/05/2020 - 00:55:02
Continua more
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sabinavondyrbd15 Postado em 09/05/2020 - 00:54:36
Continuaaa
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sabinavondyrbd15 Postado em 09/05/2020 - 00:54:13
Continuaa
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sabinavondyrbd15 Postado em 09/05/2020 - 00:53:58
Continuaaaa
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sabinavondyrbd15 Postado em 09/05/2020 - 00:53:39
Continuaa
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sabinavondyrbd15 Postado em 09/05/2020 - 00:53:22
Continuaaa
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sabinavondyrbd15 Postado em 09/05/2020 - 00:53:09
Continuaaaaaaa
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sabinavondyrbd15 Postado em 09/05/2020 - 00:52:50
Continuaa
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sabinavondyrbd15 Postado em 09/05/2020 - 00:52:10
Continuaaa