Fanfics Brasil - Capítulo 12 - Dulce Uma Rainha Para Nadezhda - Vondy

Fanfic: Uma Rainha Para Nadezhda - Vondy | Tema: Adaptada


Capítulo: Capítulo 12 - Dulce

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  Solto o ar em uma respiração trêmula assim que paro de escutar os passos do príncipe, o que me faz perceber que segurei o ar por um bom tempo.


Olho para baixo, para a minha calça de moletom, camisão e chinelos, e tenho que segurar um grunhido. Lado positivo: pelo menos eu não estou descalça.


Pensar na falta de sapatos me faz lembrar dele, o que não é uma boa. Se eu já fiquei com pensamentos tortos depois de ver o príncipe de terno e gravata, só Deus sabe o que vai passar pela minha cabeça agora que encontrei com ele descalço e vestindo moletom.


Eu sempre fui o tipo de mulher que acha terno e gravata sexy. Eu realmente achava que deixava o homem com ar de poder, de segurança… Mas eu nunca tinha imaginado o impacto que um homem que sempre usa terno teria fora de um.


Talvez eu sempre estivesse enganada e não seja o terno que dá o ar sexy ao homem, porque o príncipe definitivamente fica sexy de moletom. O que não é nada, nada bom pra minha sanidade mental.


E isso sem falar nos músculos que eu definitivamente senti nos breves momentos em que estive em contato com ele.


Príncipes deveriam ser feios, gordinhos e carecas. Inclusive, eu sempre achei que eles fossem assim, levando em consideração as fotos e pinturas que eu via nas aulas de História. Eles serem pouco atrativos é, no mínimo, justo. Não é legal pensar que existem pessoas ricas, da nobreza, bonitas, sexies e gostosas. É vantagem demais concentrada em um único ser, mas infelizmente parece que esses humanos abençoados realmente existem.


Talvez ele tenha algum defeito monumental que compense tudo isso, tipo ser ruim de cama. Isso. Vou focar no fato de que o príncipe provavelmente é ruim de cama e logo logo essa minha atração indesejada passa. Ele ainda deve ser virgem, já que tudo que essas pessoas fazem alguém sabe. Se o príncipe transasse, isso sim seria um tópico de fofocas na cozinha.


É, tá, falar que ele é virgem com mais de trinta anos pode ser estar pedindo demais, mas essa é uma coisa que eu nunca tinha pensado antes. Como que essas pessoas transam antes do casamento? Eu estou assumindo que transam porque, né, duvido que os nobres sejam santinhos puritanos que controlam o próprio desejo e se resguardam para o matrimônio. Não é possível que eles só façam sexo depois de casados.


E lá vou eu pensando na vida sexual do príncipe. Isso não é da sua conta, Dulce!


É melhor eu não pensar no príncipe de forma alguma. Nem com terno, nem sem terno, nem sendo ruim de cama, nem sendo virgem. Eu simplesmente não devo pensar nele e ponto final.


Chacoalho a cabeça e finalmente me movo do local em que eu estava paralisada. Entro na sessão que eu queria, escolho um livro e sigo para o meu quarto, onde deito debaixo das cobertas, só com a luz do abajur me iluminando e me dedico à ler.


* * * 


  Acordo quase pulando da cama com a imagem do príncipe tirando as minhas calças. Pelo menos meu cérebro é inteligente o suficiente para entender que algumas coisas são inadmissíveis até em sonho.


Saio da cama e olho para a temperatura, que está baixa demais pro meu corpo, então opto por uma calça mais quentinha, uma bota e uma blusa de manga comprida, mas com gola em V. Talvez um dia eu me acostume com a temperatura máxima ser 13oC, mas esse dia ainda não chegou e, às oito da manhã, estamos mais perto de zero do que eu gostaria.


Pensando nos meus encontros inesperados com o príncipe, passo maquiagem mesmo sendo domingo e arrumo meu cabelo em um penteado relativamente simples, mas que não deixa tudo livre e jogado por aí. Decido fazer minha caminhada no jardim antes de seguir para o café da manhã. Acredito que quanto mais eu me expuser ao frio, mais rápido vou me acostumar com ele. Mas, claro, em doses que não vão me fazer ficar doente.


– Você não dorme até tarde nem no domingo? – A voz da Maite faz com que eu me vire sorrindo.


– Eu costumava dormir até mais tarde sim, mas desde que cheguei aqui meu sono tem sido bem mais regrado, então tenho acordado cedo. – Ela revira os olhos para mim e se senta ao meu lado no banco.


– Só tem tido o sono regrado porque não sai comigo.


– Se eu saísse com você, acho que não acordaria cedo nem nos dias em que tenho que trabalhar.


Posso até estar brincando, mas não duvido muito que essa minha fala esteja certa. A Maite é uma das pessoas que mais gosta de sair para se divertir por aqui. Ela sai praticamente todos os dias, independentemente de ter que acordar às cinco da manhã para começar a cozinhar.


Ela é só dois anos mais velha que eu, mas tem muito mais experiências. O suficiente para me fazer sentir uns quinze anos mais nova.


– Dulce, pode parar de besteira que eu andei fuçando nas suas fotos e vi que você saia bastante no Brasil. – Eu rio e ela ergue uma sobrancelha.


– Bastante?! Eu mal saía uma vez por semana.


– Já é muito mais do que você tem saído por aqui. – Ela revira os olhos e se recosta no banco.


– E onde eu iria? – Pergunto olhando para ela.


– Pra um bar, pra uma festa… Nem que fosse pra fazer trabalho voluntário, sei lá! – Ela sorri pra mim, mas é um sorriso triste. – Eu sei que você não se sente muito querida por aqui ainda, mas é porque as pessoas não te conhecem direito. Você não tem deixado elas te conhecerem. Quando você não tá dando aula, tá enfurnada no quarto e quase nunca fala quando estamos no meio dos outros empregados.


– Você parece me conhecer bem. – Brinco e dou uma piscadela.


– É porque eu sou insistente e faço doces deliciosos que, uma vez que você coloca na boca, resolve me contar seus segredos mais secretos. – Ela brinca e, no mesmo instante, me vem à imagem do príncipe de moletom na biblioteca e eu sinto minhas bochechas arderem.


Ela pode até achar que sabe meus segredos, mas algumas coisas a gente tem que levar pro túmulo e ter uma queda pelo seu chefe, que coincidentemente é o príncipe do país em que você está, é uma dessas coisas.


– Ou talvez eu ainda tenha mais o que conhecer, assim como o resto das pessoas. – Ela fala, sorrindo e eu me pego sorrindo de volta.


É claro que eu não pretendo contar para nenhuma alma viva certas coisas que se passam no meu cérebro, mas eu admito que seria bom arranjar mais amigos por aqui, nem que seja só para ter companhia nas horas boas.


– E como você propõe que eu me faça ser conhecida?


– Saindo comigo, lógico. – Ela empurra meu ombro e sorri.


– Tá bom, vou começar a aceitar quando você me chamar pra sair, mas agora vamos entrar que já deu de passar frio aqui fora.


Nós entramos rindo, com ela fazendo piada com o fato de eu não estar adaptada à temperaturas abaixo de 20oC.



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Autor(a): wermelinnger

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 50



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  • sabinavondyrbd15 Postado em 09/05/2020 - 00:55:21

    Continua

  • sabinavondyrbd15 Postado em 09/05/2020 - 00:55:02

    Continua more

  • sabinavondyrbd15 Postado em 09/05/2020 - 00:54:36

    Continuaaa

  • sabinavondyrbd15 Postado em 09/05/2020 - 00:54:13

    Continuaa

  • sabinavondyrbd15 Postado em 09/05/2020 - 00:53:58

    Continuaaaa

  • sabinavondyrbd15 Postado em 09/05/2020 - 00:53:39

    Continuaa

  • sabinavondyrbd15 Postado em 09/05/2020 - 00:53:22

    Continuaaa

  • sabinavondyrbd15 Postado em 09/05/2020 - 00:53:09

    Continuaaaaaaa

  • sabinavondyrbd15 Postado em 09/05/2020 - 00:52:50

    Continuaa

  • sabinavondyrbd15 Postado em 09/05/2020 - 00:52:10

    Continuaaa


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