Fanfics Brasil - Capítulo 14 - Dulce Uma Rainha Para Nadezhda - Vondy

Fanfic: Uma Rainha Para Nadezhda - Vondy | Tema: Adaptada


Capítulo: Capítulo 14 - Dulce

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Não encontrar com o príncipe ontem não deveria ter feito nenhuma diferença na minha vida. Não é porque nos encontramos em dois dias seguidos que significava que nos veríamos todos os dias dali para frente.


Ainda assim, na hora de dormir, não consegui não me sentir levemente desapontada por não ter topado com ele.


Eu ainda tentei me convencer de que meu desapontamento era porque eu me preparei para um possível encontro. Em pleno domingo eu estava maquiada, com a roupa passada e com o cabelo arrumado, o que não é exatamente o meu padrão nos fins de semana, mas parece que o destino só gosta que eu tope com o príncipe nas piores situações.


Talvez eu devesse ficar sempre arrumada para garantir que não vou encontrar com ele. Ou talvez, se um dia eu precisar muito falar com ele – sobre a Lara, porque eu não tenho outra razão pra querer falar com o príncipe – é só eu ficar descabelada, descalça e sem maquiagem.


Como acho que o melhor para a minha saúde mental é não encontrar com o príncipe, me arrumo com afinco na segunda-feira de manhã. Na verdade, me arrumo tanto que a primeira coisa que a Lara fala quando me vê é:


– Pra que tanta maquiagem, Srta. Saviñon?


Talvez eu tenha me empolgado um pouco demais, mas a culpa não é minha. Desde que topei com o príncipe pela primeira vez, não paro de pensar nele e isso não é saudável, então se eu me arrumar garante que eu não vou encontrar com ele… É, tá, não garante, mas a probabilidade está do meu lado e eu realmente acho que é melhor se eu ficar longe do príncipe.


– Por nada, Lara. – Respondo balançando a cabeça e me preparando para começarmos a aula. – Só senti vontade de me arrumar mais hoje.


– Minha mãe me disse uma vez que a gente se arruma pros meninos que a gente gosta. Isso significa que tem um menino que você quer que seja seu namorado, Srta. Saviñon?


Essa é a primeira vez que ela fala sobre a mãe comigo e eu não sei bem o que dizer. Pelo que me informaram, a Lara não fala Nadezhlico desde a morte dos pais e, até onde eu saiba, ela não fala muito sobre eles.


Eu imagino que isso signifique que realmente nossos momentos no fim de semana fizeram com que nos aproximemos mais, mas não sei se ela só falou isso por curiosidade de criança sobre a minha vida mesmo… De qualquer forma, eu respondo à pergunta:


– Não, Lara, não tem nenhum menino que eu queira que seja meu namorado. – E se a imagem do irmão dela me vem à mente, eu garanto a mim mesma que é porque eu não quero vê-lo.


– Minha mãe quis namorar meu pai antes dele querer namorar com ela. – Ela fala baixo e olhando para o chão.


Aparentemente não é só curiosidade com a minha vida que fez com que a Lara comentasse sobre a minha maquiagem. Mesmo que tenhamos conteúdos à serem vistos, me sento ao lado dela e pergunto:


– É mesmo? E como você sabe disso?


– Ela me disse… E aí ela se arrumou pra ficar bem bonita pra ele reparar nela.


É um esforço enorme para não abraçar a menina e tentar dar um pouco de conforto. Dá pra ver, pela forma como ela está falando, que não é fácil estar lembrando dos pais, mas ela também nunca me deu liberdade para tocar nela. O único abraço que ela já me deu foi aquele na cozinha e eu tenho quase certeza de que, se eu a abraçar agora, ela não vai gostar.


E, ao mesmo tempo que eu sei que está sendo difícil pra ela e isso estar causando uma onda de simpatia dentro de mim, eu também sinto orgulho. Ver os meus alunos superando as próprias dificuldades é uma das coisas mais gratificantes no meu trabalho.


– Por isso que eu achei que você estivesse se arrumando pra algum menino reparar em você. – Ela continua quando eu não faço nada além de balançar a cabeça. – Mas, se você gostar de um menino, acho que você não precisa se arrumar porque ele vai gostar de você sem maquiagem, Srta. Saviñon.


Essa menina quer me quebrar as pernas?! Como ela pode falar assim, como se fosse uma coisa super natural, mesmo comigo vendo o esforço que está sendo, só pra me dar um conselho pra eu ser eu mesma?!


Eu não costumo achar que eu sou uma manteiga derretida, mas segurando minhas lágrimas ao lado de uma menina de sete anos me dando conselhos de vida, eu me pergunto se não estava enganada.


– Eu acho que esse seria um ótimo conselho se eu estivesse interessada em algum menino, Lara.


– Você acha mesmo? – Ela me olha pela primeira vez e vejo que seus olhos estão marejados.


Eu consigo me controlar para não envolvê-la em meus braços, mas não resisto à necessidade de tocá-la e coloco minha mão sobre a sua.


– Com certeza. Eu acho que temos que ser nós mesmas e, se o menino for inteligente, ele vai gostar da gente.


– Meu pai era muito inletigente. – Ela balança a cabeça com convicção e eu nem me importo em corrigir sua pronúncia. – Eu sinto falta dele.


Estou oficialmente entrando em águas desconhecidas. Eu não faço a menor ideia de como proceder, nem sei se tem um jeito certo de continuar essa conversa.


– Eu imagino, Lara, mas eu tenho certeza que ele ia ficar feliz de ver que você está usando o exemplo dele com a sua mãe para dar um conselho tão bom.


– Mas eu não estou usando o exemplo dele… Mais ou menos, mas não de verdade. – Uma lágrima escorre do olho dela e eu sinto meu coração apertar. – O Ucker que me disse isso hoje de manhã. De eu não me arrumar pra chamar a atenção de um menino. Não foi o papai.


– Mas seu papai não ficaria feliz de ver esse conselho que seu irmão te deu e que você tá dando pra mim?


– Eu não sei, porque ele disse que gostava de quando a mamãe se arrumava pra ele, então talvez esse conselho seja ruim.


Eu estou começando a achar que a questão aqui é ainda mais profunda do que eu imaginava. Talvez ela esteja se questionando sobre quem é que ela deveria ouvir e, agora que ela não tem mais os pais, ela nem mesmo deve saber qual seria a opinião deles. Infelizmente, eu também não tenho nem ideia.


– Talvez o seu pai achasse que sua mãe não precisava se arrumar pra ser notada, mas que quando ela fazia isso, ele ficava feliz porque percebia que ela também gostava dele.


– Então você acha que o papai ia concordar com o que o Ucker disse?


– Eu acho que isso é uma coisa muito inteligente. E você disse que seu pai era inteligente, não é?


– Sim! – Ela finalmente abre um sorriso e me dá um abraço rápido. – Obrigada, Srta. Saviñon.


– De nada, Lara.


Depois disso, não temos mais conversas sobre os pais ou conselhos do irmão e ela parece bem pelo resto da aula, então acho que eu falei a coisa certa.


 


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Autor(a): wermelinnger

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Comentários do Capítulo:

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  • sabinavondyrbd15 Postado em 09/05/2020 - 00:55:21

    Continua

  • sabinavondyrbd15 Postado em 09/05/2020 - 00:55:02

    Continua more

  • sabinavondyrbd15 Postado em 09/05/2020 - 00:54:36

    Continuaaa

  • sabinavondyrbd15 Postado em 09/05/2020 - 00:54:13

    Continuaa

  • sabinavondyrbd15 Postado em 09/05/2020 - 00:53:58

    Continuaaaa

  • sabinavondyrbd15 Postado em 09/05/2020 - 00:53:39

    Continuaa

  • sabinavondyrbd15 Postado em 09/05/2020 - 00:53:22

    Continuaaa

  • sabinavondyrbd15 Postado em 09/05/2020 - 00:53:09

    Continuaaaaaaa

  • sabinavondyrbd15 Postado em 09/05/2020 - 00:52:50

    Continuaa

  • sabinavondyrbd15 Postado em 09/05/2020 - 00:52:10

    Continuaaa


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