Fanfic: Uma Rainha Para Nadezhda - Vondy | Tema: Adaptada

Acordei sentindo vergonha de mim mesma.

Ontem eu nem almocei com as criadas, nem andei pelos jardins,  como faço às vezes. Não, depois de ficar imaginando coisas inapropriadas à respeito do principe, não tive coragem de colocar o pescoço para fora da porta.

Mesmo que ninguém saiba o que estava se passando pela minna cabeça, eu sabia e isso já é o suficiente. 

Eu não vim para Nadezhda achando que minha vida magicamente se tornaria um conto de fadas, que eu iria me casar com o príncipe e viver uma dessas histórias clichês de filme. Eu vim para trabalhar, para ter nova oportunidades e crescer.

Não é fácil estar em un lugar totalmente diferente onde ninguem fala sua lingua, onde voce nao tem família nem amigos, mas às vezes essas são as experiências mais ricas.

Minha família nunca teve muito dinheiro, mas eles se esforçaram para me dar todas as oportunidades possíveis e, obviamente, deu certo. Não é qualquer pessoa que pode falar que conseguiu dar aula para uma princesa, praticamente do outro lado do mundo. 

Então eu ficar imaginando cenas sensuais entre o príncipe e eu é ridículo da minha parte. ISSO sem falar que é infantil, porque minha vida não é um filne de romance. Tendo isso em mente, passo boa parte da manhã organizando minhas coisas e focando no meu trabalho.

Esrou aqui para dar aula de Português e Inglês para a princesa e, se eu conseguir me organizar, conhecer alguns lugares no meu tempo livre.

Almoço com as meninas na cozinha e escuto, como sempre, elas comentando sobre q busca do príncipe por uma esposa até o Natal. Desde que cheguei aqui essa é a fofoca preferida do Palácio. Algumas esperam que ele encontre o amor verdadeiro, outras estao com medo do que isso vai significar para o andamento das coisas aqui e algumas só esperam escândalos reais para distrai-las.

Costume me manter calada e não dar minha opinião sobre o assunto, mas acho isso uma idiotice sem tamanho. Onde ja se viu, em pleno século XXI, um homem precisar se casar para assumir o poder de um país? Isso sem falar que ja ouvi rumores de que o divórcio  não é permitido aqui. Não sei se é verdade, mas qual o sentindo de prender duas pessoas juntas pelo resto da vida?

Eu achava que o Brasil era retógrado com essa história de de divórcio, já que só foi legalizado, de fato,na decada de 70. quase 80, mas não ser permetido até hoje?! É demais.

Mas,como ja constatei que estou aqui para trabalhar, não acho que teria alguma utilidade eu expor minha opinião sobre o assunto. O que eu conseguiria com isso seria algumas pessoas me olhando feio e dizendo que eu não entendo a cultura deles. E não entendo mesmo, então é melhor ficar calada.

Pela tarde, ligo para os meus pais, como faço pelo menos uma vez na semana,

- Ei filhota, como foi sua semana? - Meu pai me atende e eu já consigo ouvir o sorriso em sua voz.

 - Oi pai. A semana foi boa. E por ai?

-Tudo certo aqui também. Eu vi que ai já tá bem frio ne?

Meu pai nunca foi muito próximo à ecnologia, mas quando falei que me mudaria, ele se esforçou para aprender tudo o que ele precisava saber para se manter informado sobre a minha vida. Ele aprendeu a mexer na no aplicativo de ligações, de mensagens e no de tempo. Isso sem falar que vive procurando notícias sobre o que se passa nesse cantinho do mundo.

Saber que ele se esforça tanto para saber sobre minha vida me deixa feliz.

-Sim. Definitivamente muito frio.

Em Nadezheda, eles consideram 20º uma temperatura quente, o que é completamente diferente do Brasil. Eu nunca gostei muito do calor, mas agora esta fazendo 13º e ainda é outono. Não consigo nem imaginar como vai ser o inverno por aqui. 

-E parece que a noite vai ser mais fria ainda, né? Aísão que horas? três?

-Isso - Já tem quase quatro meses que estou aqui, mas ele ainda nao decorou que são seis horas de diferença. Não que eu julgue, às vezes quero falar com eles pela manhã e demoro para me lembrar que lá, ainda é madrugada.

- E está quantos graus?

- Treze. Ou pelo menos estava treze enquanto eu almoçava.

- Que isso, hein... Como você está aguentando?

- Com muitos casacos - falo rindo.

É verdade que o clima aqui foi um grande impacto para mim. Em pleno verão eu vivia de casaco, mas agora já estou me acostumando e dentro do castelo é mais quentinho. O problema mesmo é do lado de fora. Por isso, minhas caminhadas são curtas e feitas basicamentes para eu tentar me acostumar com o frio.

- Eu imagino. E como estão as amizades?

- Estão crescendo pai, mas é muito estranho estar em um lugar onde quase ninguém fala Português e não é todo mundo que fala Ingês.

- Mas você não da aula de Inglês e Portugues?

- Dou para a princesa, mas acho que só ela e o principe sabe falar Portguês.

Pelo o que eu entendi o bisavô da Lara se casou com uma brasileira e todos os seus descendentes dali para a frente aprenderam português.

O problema é que o restante da população continuou aprendendo as mesmas línguas de antes e essa é outra das minhas dificuldades aqui. Estou tentando aprender a Nadezhlico, que é a lingua mãe, mas é muito complicado. Pelo que percebi é uma msitura de russo, com alemão e com inglês e tentando aprender sozinha, é definitivamente um desafio.

- é muito estranho pensar que você da aula para uma princesa - Meu pai diz rindo e eu sorrio também.

- eu sei.

Depois que desliguei o telefone com meu pai, assisto algumas series no Netflix.

Quando estou pensando em sair de novo e procurar alguma coisa para fazer, a porta se abre e uma Lara com cara de sapeca coloca a cabeça dentro falando:

- Finalmente te achei! Vamos comemorar o dia das crianças?

-