Fanfic: O Policial | Tema: The Gazette
Nós ficamos um pouco ali na cozinha ainda tentando normalizar pelo menos a respiração que até então estava um completo caos assim como nossos corpos.
Ainda sentado na bancada com a toalha a cobrir minhas partes intimas, eu podia assistir Akira vestir sua calça de moletom. Eu estava fazendo um esforço tremendo para não tocar outra vez naquele tronco forte.
Ouvimos uma batida e uma movimentação na sua porta. Na hora pensei que poderia ser o vizinho reclamando do barulho e acho que passou a mesma coisa pela cabeça dele pois sorriu travesso dizendo que iria atender.
Senti uma pontada de raiva de ver ele atender a porta aquela hora sem nem uma camiseta. Porque mostrar todo aquele porte físico para as outras pessoas? Os vizinhos não precisam saber o quanto ele é gostoso.
Ouvi uma voz baixa perguntando algo e em seguida ouvi um baque e gritos.
- Eu deixei você com o meu amigo e ele sumiu. Eu ligo e Ruki não atende. O que você fez com ele? – isso é o....Kou? Ahh não! Sai da cozinha correndo para tentar fazer ele parar de gritar e acordar o prédio todo mas assim que ouviram eu chegar todos paralisaram no lugar. Kou e Yuu estavam na porta, Akira havia afastado alguns passos já que Kou o estava confrontando já dentro da sala.
- Ruki? – perguntou Kou surpreso e em seguida ficando corado logo em seguida. Eu estava no meio da sala do Akira só com uma toalha na cintura. O corpo todo suado e sujo de chocolate. Não era uma visão privilegiada diga-se de passagem.
- O que v-vocês estão f-fazendo aqui? – perguntei alarmado. Não era pra eles saberem que eu estava aqui. Droga! Eu e a minha sorte grande.
- Amor, não temos mais nada pra fazer aqui. Nós estamos é atrapalhando – disse Yuu puxando o Kou para fora do apartamento e ele resistindo.
- Como atrapalhando, Yuu? O Ruki odeia ele...você acha que ele viria pra cá por vontade própria? – disse Kou inconformado.
Yuu pareceu perder a paciência com o meu amigo e parecia ainda mais bravo com a situação.
- Olha como o seu querido e indefeso Ruki está vestido e todo sujo de...isso é chocolate? Ele não parece ter sido sequestrado ou algo assim – disse Yuu e foi o estopim para mim.
Não vi quando corri cego de raiva e empurrei os dois para fora do apartamento fechando com força a porta.
- Taka... – começou a dizer Akira porém eu nem deixei que terminasse. Minha raiva me cegou de tal maneira que poderia lhe arrancar a cabeça se cruzasse o meu caminho.
- CALA A PORRA DA BOCA, AKIRA! – gritei indo para o quarto pegar as minhas roupas – A culpa toda é sua! SUA! Não sei nem porque eu vim parar aqui. Eu tinha que estar muito bêbado pra querer ficar com você.
- Taka, mas eu – Akira insistia com aquilo e eu só queria dar o fora daquele lugar e não voltar mais – só queria passar mais um tempo com você. A gente pode sair para almoçar ou sei lá.
- DÁ PRA PARAR DE ME CHAMAR DE TAKA? QUE SACO! – gritei com ele antes de fechar a porta e ir embora. O que fui fazer com a minha vida?
Tomei um banho e deitei. Fiquei na cama todo o final de semana. Quanto mais eu tentava dormir pior ficava. Minha cabeça doendo horrores por causa da quantidade de bebida que eu havia ingerido e não conseguia dormir por culpa daquele policial sem vergonha. Meu corpo todo doía devido a todos aqueles momentos que eu quero esquecer.
Os dias passaram arrastados no trabalho e foi impossível seguir firme porque nada, absolutamente nada me fazia ficar em alerta com o que acontecia ao meu redor.
O trabalho estava atrasado, eu esquecia de anotar na agenda coisas importantes como reuniões do meu chefe e Yuu não perdia a oportunidade de me insultar por cada coisa errada que eu fazia.
Não conseguia me concentrar no meu trabalho porque não conseguia pensar em mais nada a não ser no final de semana e naquele policial. Até longe ele me atrapalha.
O pior aconteceu comigo. Esqueci de avisar ao meu chefe que um acionista viria à empresa e como não sabia, não estava lá para recebê-lo. Quando liguei para avisá-lo que o homem estava esperando, ele quase teve um ataque do coração.
Dentro de quinze minutos lá estava Yuu recebendo o acionista e só pelo olhar de fúria que ele me dirigia era suficiente para entender que eu estava muito ferrado.
Assim que o homem foi embora, Yuu me chamou para a sua sala e lá o circo pegou fogo. Ele dizia que não fazia mais nada sentado naquela cadeira e só o estava atrapalhando.
Eu agora era um fardo que ele não estava disposto a sustentar o que me incomodou muito porque eu não precisava do dinheiro dele pra sobreviver. Tá certo que aquele trabalho me ajudava a pagar o aluguel e meu curso mas com certeza poderia conseguir outro emprego que não exigisse tanto do meu tempo como ele fazia todos os dias.
Eu estava tão furioso quanto ele e não vi quando pedi demissão e sai de sua sala indo para a minha mesa e pegando tudo que conseguia carregar. Já dentro do elevador, ainda podia ouvir a voz do Yuu gritando dizendo que não podia sair porque quem dava a última palavra ali era ele.
Foda-se! Não quero mais ficar aqui ouvindo essas bobagens. Não sou obrigado a nada.
Entrei no carro jogando as coisas do lado e sai do estacionamento cantando pneus. Assim que segui na avenida, meu celular tocou e no visor era Kou. Com certeza o fofoqueiro do Yuu foi contar que brigamos. Esse cara não sabe resolver os problemas dele sozinho, não?
Cogitei não atender mas como eu estava desesperado para soltar toda a ira dentro de mim, atendi e Kou temeroso perguntava onde eu estava.
Comecei dizendo que a culpa era do namorado dele que era um ogro rabugento que mal sabe tratar outra pessoa com respeito quando olhei no retrovisor e gelei quando notei a sirene em alerta atrás de mim. Ahh não, de novo não!
Encostei o carro e encerrei a ligação dizendo que depois ligaria. O policial se aproximou pedindo os documentos e em seguida pediu via a rádio que verificassem os dados. Não é possível que vou ganhar outra multa.
Ouvi outra pessoa se aproximar do carro dizendo que aquela área era dele e que cuidaria desse momento em diante do caso.
- Tudo, bem Suzuki-san – respondeu o policial voltando para a viatura e indo embora em seguida.
- Nos encontramos outra vez, Takanori – respondeu ele olhando para mim que sentia o sangue fugir do meu rosto – pelo visto algumas coisas nunca mudam.
Tudo que eu precisava nesse momento era esse policial chato para terminar de destruir o meu dia. Ótimo!
Autor(a): zoraidapierre
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