Fanfic: O Policial | Tema: The Gazette

u estaria falando idiotices se dissesse que minha vida não havia mudado para melhor desde que deixei aquele policial safado entrar na minha vida. Após aquele dia no carro no qual ele fingiu me aplicar uma multa de três mil reais, nós meio que nos entendemos e estamos juntos desde então.

No início não foi fácil. Ele queria me ajudar e eu, um aquariano orgulhoso, jamais aceitaria ser bancado por outra pessoa, muito menos um homem. 

Não considero que começamos o nosso relacionamento de forma errada e sim equivocada. Eu não sabia muitas coisas dele e ele não sabia de mim então decidimos começar do zero e Akira me convidou para assistir um show de rock e depois para um jantar.

O show era do Luna Sea e não foi nenhuma novidade encontrar Kou com seu amado namorado, vulgo meu ex-chefe no meio da multidão já que é a banda preferida do meu melhor amigo.

O Yuu demorou um tempo até conseguir alguém fixo para trabalhar com ele. Lógico que era difícil já que ele era um chefe insuportável apesar de bastante bonito. É o que sempre digo, não dá pra se ter tudo na vida.

Durante o jantar, o Akira se comportou como um verdadeiro cavalheiro e aquilo de certa forma deixou meu coração batendo diferente. Falamos de coisas importantes um do outro e eu descobri que ele tinha uma irmã gêmea.

A mesma tinha uma Boutique de roupas e acessórios. Como eu tinha dito que cursava moda, ela ofereceu um trabalho de meio período na loja para que eu conseguisse pagar as minhas contas e continuar estudando o que de certa forma foi uma sorte grande.

Ela era tão bonita quanto ele, inteligente e também independente. Gostava de coisas diferentes assim como eu e deixava que desse a minha opinião sobre looks para as clientes. Logo consegui uma grande clientela e tudo só melhorou para mim.

Faltava poucos meses para que Kou e eu nos formássemos e foi uma surpresa quando ganhamos um presente um tanto inusitado dos nossos namorados. Eles nos deram um galpão enorme quase no centro da cidade para que fazer dele o que quiséssemos.

Quando chegamos lá e nos deparamos com um lugar tão espaçoso, já começamos a planejar cada detalhe daquele local. Eles estavam receosos por achar que nós não gostaríamos de um presente para dividir mas eles se enganaram. Foi a melhor coisa que podia ter acontecido.

Dentro de poucos meses conseguimos dividir o galpão ao meio e abrir nosso próprio negócio. Kou abriu uma livraria já que a paixão por livros era mais que um hobby e eu abri um ateliê na qual fornecia peças para a loja da minha cunhada Mizuki. Não demorou para a marca Nilduenilun ser uma das mais procuradas na cidade, o que era excelente.

Eu só podia agradecer aqueles dois desmiolados do qual Kou e eu chamávamos de namorados porque sem eles duvido que conseguiríamos em tão pouco tempo realizar nossos sonhos.

Nesse pouco tempo de contato, descobrimos também nossa paixão pela música. Akira tocava baixo muito bem assim como Yuu e Kou na guitarra. 

Meu namorado tinha um amigo dono de um bar temático de rock e sempre aos finais de semana rolava um show ao vivo. Meu policial conversou com esse amigo e ficou acordado de tocarmos lá hoje. Claro que ainda não tínhamos um baterista mas ele disse que conseguiria um bom então não nos preocupamos.

O bar era bem legal, cheio de bancos de couro, discos nas paredes e um mini palco a esquerda dando visibilidade total por todo o ambiente. Nos aproximamos de um homem com os cabelos coloridos, tatuagens pelo corpo e piercing e logo fomos apresentados. Ele era Miyavi, o dono do bar.

- E aí, Meevs! Já chegamos – disse Akira fazendo o rapaz gargalhar. Dava pra ver o meu namorado de longe com esse cabelo descolorido e com essa faixa no nariz, acreditando que era quase invisível entre a multidão. Esse policial às vezes não tinha ideia mesmo.

- Sejam bem vindos ao Secret Bar – disse ele sorrindo e nossa! Que rapaz charmoso. Se eu tivesse o conhecido antes com certeza teria arrastado não só uma asa como o corpo todo por esse cara. Ele era do tipo sexy sem ser vulgar e que sorriso bonito ele tem.

Taka....Taka!

- TAKA!!!! – gritou Akira me fazendo pular no lugar de susto. Porque ele tem que gritar? – Acorda...tô te chamando um tempão.

- Também não precisava gritar, eu estou bem do seu lado se não percebeu – respondi bufando e o Yuu emendou dizendo que pelo meu tamanho poderia facilmente me perder entre a multidão e eu olhei fuzilando-o com os olhos. Ninguém te perguntou nada seu chato!

- E então Meevs, que horas vamos começar a tocar? Estou ansioso. Cadê o baterista que você arrumou pra tocar com a gente? – perguntou Yuu. Eu também estava curioso para conhecer essa pessoa. Será que é uma boa pessoa e toca bem?

- Ele já deve tá chegando. Com certeza o insuportável do chefe deve ter feito ele ficar depois do horário. Aquele cara é uma cobra peçonhenta mesmo...meu namorado chega aqui esgotado e mal tem tempo pra mim – respondeu Miyavi e eu fiquei surpreso ao saber que era o namorado dele que tocaria com a gente – ahh olha ele aí.

O rapaz chegou e quase pulou nos braços do dono de cabelos coloridos. Eles faziam um casal bonito. O rapaz tinha os cabelos escuros e repicados, usava uma roupa social já um tanto aberta por já ter saído do trabalho recentemente e tinha um sorriso de covinhas que fazia todo mundo sorrir involuntariamente só de olhar. Que rapaz adorável. Sem dúvidas faziam um belo casal.

Ouvi um xingamento ao meu lado, em seguida o rapaz olhou para o nosso lado e seus olhos se arregalaram, eu podia sentir que havia algo errado.

- S-Shiroyama-san – respondeu ele nervosamente e não sabia o que estava acontecendo. Kou abria a boca e fechava sem saber o que dizer o que me deixava ainda mais apreensivo. Ninguém vai me contar o que estava acontecendo aqui?

- Então seu chefe é uma pessoa insuportável, Yutaka? – perguntou Yuu e eu podia ver a faísca saindo dos seus olhos quando ele explodia de raiva. Eu já tinha visto essa face dele diversas vezes e não recomendo pra ninguém – ou melhor dizendo, uma cobra peçonhenta?

O rapaz ficou até pálido com as palavras do Yuu. Acho que tudo estava fazendo sentido agora. Kami, coitado dele. Não queria estar na pele dele nesse momento. Yuu tem o dom de ser estupidamente insuportável quando quer.

- Não! Não me diga que você é o chefe do Kai. Yuu que mundo pequeno – disse Miyavi sorrindo. Duas coisas eu posso dizer com toda a certeza. Yuu continuava um chefe insuportável e coitado desse Yutaka. Ele ainda não perde por esperar.

Miyavi e Akira riam da carranca do Yuu enquanto Kou tentava consolar o amado. Depois que todos estavam já bastante calmos, conseguimos tocar algumas músicas do X Japan, Buck-Tick, Janne Da Arc e também do Luna Sea. O pessoal gostou tanto que Miyavi pediu para que tocássemos no próximo sábado e isso se tornou um hábito.

Chegamos no apartamento que agora eu dividia com Akira. Sim, ele havia me convidado para morar com ele e como passava mais tempo em sua casa do que na minha resolvi aceitar.

Ciente do quanto Akira é ciumento, não medi esforço em me soltar no palco. Hora me exibindo em movimentos bastante sexys outras vezes falando coisas para todos com duplo sentido. Eu olhava de relance e o via me fitando com olhos faiscantes. Sabia que ele estava bravo mas isso não me incomodou.

- Posso saber o que foi aquilo tudo no palco, Takanori? – perguntou ele largando o baixo em cima do sofá com um pouco de força. Acho que alguém está bravinho. Credo que delícia.

- Ahh me chamou pelo nome. Nada de Chibi, nem de Ta-chan. Você tá bravo, Rei-chan? – perguntei fazendo biquinho e também a melhor cara de que não sabia o motivo da sua pergunta.

Ele quase me fuzilou com os olhos ao passar por mim e se dirigir ao bar. Deixei ele se servir e solver dois copos de Whisky. Ele estava vermelho de raiva e isso me divertia muito. Porque? Logo vocês vão saber.

- Já que você não quer me responder. Vou para o meu quarto e por favor não me incomode pois preciso recuperar todas as minhas energias. Gastei muitas hoje – respondi me dirigindo para o quarto.

- Volte aqui, Chibi. Estou falando com você! – disse Akira e eu corri o mais rápido que pude tentando sem sucesso fechar a porta do quarto, da qual ele abriu com força, quase a derrubando.

Eu gosto desse modo rude dele as vezes. Confesso que o jeito calmo dele me irrita e muito mas a minha maior diversão era deixar ele fora de sério porque se transformava numa fera e era disso que eu estava falando.

Akira me jogou na cama com as costas no colchão e eu com a maior cara de piedade estendi meus pulsos para ele. Akira me olhou confuso. Era a cara dele fazer isso.

- Eu mereço uma punição senhor policial. Por favor me prenda e só me solte quando eu quitar minha dívida – respondi manhosamente e ele sorriu daquele jeito sexy que adoro.

Akira abriu a gaveta e pegou duas algemas, me algemando na cama e se afastou tirando suas roupas e voltando a ficar próximo de mim.

- Sabe, Chibi, hoje você vai pedir pra parar eu não vou te ouvir – disse o policial próximo ao meu ouvido com aquela voz rouca que fez todo meu corpo arrepiar.

- Ahhh A-Akira – gemi gostosamente enquanto meu corpo já sentia como o queria dentro de mim. A noite seria longa como eu queria. Porque nós dois éramos assim.

Ele me olhou uma última vez antes de assaltar meus lábios de forma afoita, exatamente do jeito que eu gosto.

Eu não vou pedir pra ele parar sabe porquê? Porque era disso que eu gostava...de manter a conta bem alta. Eu sempre vou querer quitar minha dívida com esse policial gostoso. Esse policial pode me dar todas as multas que ele quiser que sempre vou amar pagar.