Fanfic: Garotos ao sul do Mason Dixon - Vondy(finalizada/adaptada) | Tema: Vondy, HOT

STEEL UCKERMANN (sim, eu sei que não é o pov que vocês esperavam mas é só para sabermos o que se passa na cabeça dele... É o único POV que vai ser dele, ou no máximo outro kkkk. Não vai dar pra postar 2 capítulos, então amanhã tem mais.)

Presente

Christopher não veio para casa ontem à noite. Bray e Brent foram buscá-lo e voltaram depois das duas da manhã sem sinal do nosso irmão. Mamãe notaria que ele não estava aqui. Manter seu desaparecimento dela seria difícil. Eu podia sentir o cheiro do bacon agora e sabia que teríamos um grande café da manhã esperando por nós.

Eu acreditava ter feito o que era certo. Dulce precisava saber. Era errado manter esse tipo de coisa dela. Por que Christopher não podia ver isso? Eu não a abandonaria do jeito que ele tinha feito, mas precisava saber o motivo pelo qual não poderíamos estar mais juntos.

Um dia, Dulce descobriria a verdade por conta própria e não teríamos estado lá para ajudar. Ela planejava encontrar sua mãe real em algum momento. Ela não precisava ser cega por uma cadela que não a amava.

E nada mudou para mim. Eu a amava tanto quanto antes e eu não tinha certeza de que esses sentimentos se afastariam.

— A cama dele ainda está vazia, — disse Brent, enquanto entrava no meu quarto.

— A caminhonete também se foi. Mas as coisas dele ainda estão aqui, — acrescentou Dallas, seguindo Brent. Ele se levantou cedo para ir trabalhar no celeiro. Era a rotina da manhã normal.

— Mamãe não ficará feliz com isso. O que vamos dizer a ela? — perguntei, olhando para Bray para obter uma resposta. Ele balançou a cabeça e caminhou até a janela. — Inferno se eu sei. Não posso dizer a ela a verdade. Isso a mataria.

— Claro, não importava Steel matar Dul também. — Dallas disse isso como se eu não estivesse no quarto. Ele apenas olhou na minha direção. Ele estava chateado comigo quando ele percebeu que Christopher não contou à Dulce para protegê-la e eu tinha dito a ela de qualquer maneira. Dallas achou que Christopher não poderia fazer nada de errado. Ele não se lembrava do nosso pai porque ele era muito novo quando morreu. Christopher sempre foi mais velho em sua vida, seu modelo.

— Dulce precisava saber, — disse Bray, olhando para Dallas.

— Mesmo? Porque você quer evitar isso da mãe, para protegê-la, assim como Christopher queria proteger Dulce, — Dallas rapidamente se virou. Ele era dois centímetros mais alto do que Bray e seus ombros eram mais largos e mais fortes, mas ainda o víamos como o bebê da família. E mesmo que ninguém mais em Malroy mexesse com Dallas, ainda o tratávamos como o mais jovem.

— Cala a boca, Dallas! Você não entende. 

— O caralho que não! Eu entendo que Christopher disse que guardava um segredo e confiei nele para mantê-lo de Dulce. E ele não fez isso, — acusou Dallas, apontando para mim.

— Baixem a voz, — disse Brent enquanto entrava no quarto, apertando os olhos para a luz do sol que entrava pela janela. Ele ainda estava com suas calças de flanela de pijama, seus cabelos louros apontando em várias direções. Ele raramente estava sem camisa, ainda escondia a tatuagem em sua cintura de mamãe porque ele não queria lidar com o que ela diria. Brent foi o último de nós que alguém esperava fazer uma tatuagem. A palavra ‘yesterda’ estava marcada no osso do quadril direito e ninguém sabia o que significava. Exceto possivelmente Bray, porque esses dois se comunicaram sem palavras. Seu vínculo gêmeo era maldito às vezes.

Bray disse, — Bela adormecida, estou feliz que você pôde se juntar a nós. 

— Vocês me acordaram. Aposto que mamãe ouviu vocês também. — Brent resmungou, voltando para a cama de Dallas, que estava desfeita e bagunçada. — E para registrar, acho que foi péssimo você ter dito a ela, — acrescentou Brent, levantando a cabeça do travesseiro para me olhar com desgosto, antes de deixá-la cair.

— O voto da maioria é que você é um idiota, — disse Dallas.

Bray gemeu e se virou para lançar um olhar irritado aos irmãos. — Está feito. Calem a boca e deixe pra lá. Agora ela sabe e Christopher tem que se controlar. Não podemos deixá-lo se afundar. Ele estava bastante perto disso antes que isso acontecesse. Ele carregou essa merda por conta própria por três fodidos anos. Lembrem-se disso. Nosso objetivo é encontrá-lo. Não ficar aqui e discutir se Steel fez o certo ou não. 

Olhei para o meu telefone. Dulce não me enviara mensagens de texto. Eu quase esperava algo dela. Estávamos noivos... Bem, quase. Agora éramos parentes. Meu estômago se revirou novamente. A única coisa que me impediu de perder a cabeça foi o fato de que não tínhamos feito sexo. Nós chegamos perto, mas ela sempre colocava os freios. Por mais chateado que eu estivesse, eu certamente fiquei feliz por ela ter feito isso. Christopher tinha que viver sabendo que ele tinha dormido com ela. E que ele tomou sua maldita virgindade. Porra... Não podia imaginar isso.

— Não consigo imaginar com o que ele tem lidado. Três anos de inferno diário. Tudo o que eu quero fazer é beber, não quero sentir nada. — o olhar de Bray se aprofundou e ele se dirigiu para a porta. — Porra, vou encontrá-lo, — disse ele, antes de nos deixar sentados lá, observando-o sair do quarto.

— E ele nos deixou para explicar sua ausência. Mamãe vai adorar isso, — disse Dallas, indo em direção à própria porta.

— Eu deveria ir com ele, — acrescentou Brent, sentando e coçando a cabeça. Ele não era uma pessoa da manhã e Bray parecia um homem em missão.

— Ele já foi e vai estar longe antes que você possa colocar um par de jeans de qualquer maneira. Deixe-o ir, vá paparicar mamãe como um garotinho. — eu falei, acenando com a cabeça para que ele seguisse Dallas.

Brent concordou com uma inclinação do queixo e depois saiu do quarto, esperançosamente planejando encontrar uma camisa antes de se juntar a mamãe e a Dallas na cozinha.