Fanfic: Garotos ao sul do Mason Dixon - Vondy(finalizada/adaptada) | Tema: Vondy, HOT

CHRISTOPHER UCKERMANN

Três anos antes...

Não havia diferença de idade. Pelo menos, parecia assim. Adorava Dulce. Adorava estar com ela. Adorava a maneira como sua risada poderia fazer qualquer coisa que eu estivesse lidando melhor. Outras garotas nunca fizeram isso por mim. Mamãe disse que a maneira como eu olhava para Dulce era como papai olhava para ela. Foi como ela sabia que era ele e que nunca haveria mais ninguém para ela. Eu me senti assim com Dulce.

À medida que os meses começaram a passar e a primavera se aproximava, eu sabia que teria que tomar algumas decisões sobre meu futuro. Eu queria ir para a Flórida, mas eu não podia deixá-la. Minha vida era com Dulce e abandoná-la para ir à faculdade não era o que eu queria. O futebol não era o meu futuro. Era uma maneira de pagar a faculdade. Eu poderia conseguir outra bolsa de estudo em algum lugar mais próximo. Mamãe disse que enquanto eu usasse meu talento para pagar minha escolaridade, ela não se preocuparia com a escolha. Eu só precisava de uma boa educação.

Contar a Dulce tudo isso, no entanto, seria a parte difícil. Eu tinha insinuado sobre ficar perto dela, e ela sempre dizia: — Não, você pertence a uma faculdade muito sofisticada. Você ama o futebol. Eu quero isso para você. — o que ela não entendia era que eu a amava mais. Ela era meu futuro. Não jogando futebol.

Eu parei o carro e ela já estava na varanda fazendo algo, usando um par de calças jeans e uma camiseta colorida. Seus pés estavam nus, mas ela correu pela escada, atravessando a grama até chegar a mim, meu coração inchado de alegria e prazer, tão grande que não deveria caber no meu peito. Isso era tudo o que eu queria. Dulce era meu nirvana.

— Eu não estava esperando por você por mais uma hora. Eu ainda não estou vestida, — disse ela com um sorriso.

— Cheguei cedo, — respondi. Meus turnos na mercearia começavam apenas de noite nos fins de semana. Duramente a semana, eu saía às sete. Esta noite eles me deixaram sair às cinco e trinta porque as coisas tinham sido bem lentas. Todos estavam em casa comendo o jantar e as ruas da cidade estavam geralmente vazias como um deserto até agora.

— Você está cansado? Não precisamos ir para o Jack’s.

Eu não estava cansado, mas não queria ir para o Jack’s também. Eu queria Dulce só pra mim. — Eu poderia deixar Bray e Brent pegar a caminhonete quando eles saíssem do trabalho. Podemos caminhar até o lago.

— Eu poderia embalar o jantar. Mamãe fez bolo de carne. Ainda não comi, — ofereceu Dulce.

— Isso parece melhor do que um bar cheio de pessoas. 

Sorrindo, ela parou na ponta dos pés. — Você vai deixar a caminhonete na sua casa para os meninos e eu vou nos fazer um piquenique. 

— Beleza, — respondi contra seus lábios. Era cada vez mais difícil não fazer mais do que apenas beijar, tocar e beijar aqui e ali. Eu queria tudo, mas até que ela estivesse pronta, ficava feliz com o que fazíamos.

Eu assisti enquanto ela corria para a casa. Seu traseiro era muito bem perfeito naquelas calças. Eu tinha visto de perto há duas semanas, quando ela finalmente me deixou beijar meu caminho entre suas pernas. Essa foi uma experiência que ela estava feliz em repetir e nós fizemos isso muito desde então. Rindo para mim mesmo, subi de volta na minha caminhonete e fui até em casa.

Bray e Brent trabalhavam nos estábulos de Norton Knolls. Os Knolls criavam e treinavam, então vendiam cavalos de corrida, enquanto Bray e Brent limpavam as barracas e faziam as tarefas diárias. Ambos eram ótimos com cavalos. Eles começaram o emprego quando tinham quatorze anos e precisavam trabalhar em um lugar onde pudessem andar. Durante a temporada de futebol, Knolls teve mais ajuda, incluindo Dallas, que entrou e ajudou. Mas, visto que Norton era um fã de futebol, ele tendia a trabalhar ao lado deles. Sua esposa e minha mãe eram amigas de longa data, bem antes de qualquer um de nós nascer.

Eu estacionei a caminhonete e deixei as chaves na ignição. Não havia motivos para tirá-las. Ninguém ia descer e roubá-la. Nós saberíamos antes de deixarem os limites da cidade. Mamãe abriu a porta da frente e chamou: — Você chegou cedo. O jantar está no fogão. Tenho que ir na igreja hoje a noite. Mamãe está ocupada, ocupada, ocupada.

Eu me aproximei da casa antes de responder, — Dul e eu vamos fazer um piquenique no lago esta noite. 

Mamãe estremeceu visivelmente. — Eu não estou querendo ser avó ainda. Você se importa com isso.

— Dul não é assim, mãe. 

Ela bufou. — Não é com Dulce Espinoza que estou preocupada. 

Eu sorri. — Ela é diferente. Confie em mim.

— Sim, ela é, então mantenha suas calças naquele lago. 

Mamãe nunca foi tímida ao discutir sexo com a gente. Ela era honesta e aberta sobre isso. Tornar-se viúva no momento em que tínhamos idade suficiente para precisar de ‘falar’ sobre sexo provavelmente tinha muito a ver com isso. Nós não tínhamos um pai, então mamãe se certificou de que estávamos bem informados.

— Eu diria para você levar um preservativo, mas eu quero acreditar que você respeita essa garota o suficiente para não estar fazendo sexo com ela no lago do seu pai. Você deve ter medo de Luke o suficiente para não fazer isso. 

— Eu a amo. Já te disse isso. E sim, mesmo que ela me pedisse, não o faria no lago. 

— Luke atiraria em você e eu morreria tentando salvar sua bunda estúpida. 

Se Deus queria deixar uma mulher sozinha para criar cinco adolescentes, então ele escolheu a mulher certa para a tarefa. — Ninguém vai morrer, ela permanecerá virgem e apreciaremos o bolo de carne da mãe dela, felizes por estarmos juntos. 

Mamãe assentiu e respondeu: — Isso é bom. Agora pegue daquele bolo de limão que eu deixei no balcão. Você precisa contribuir com a refeição. O trabalho da mulher nem sempre é alimentar o homem. Melhor você se lembrar disso.

Eu fiz como ela disse, então me troquei para roupas que não tinham esse aroma de água de alvejante da limpeza que eu tinha que fazer no trabalho. Uma vez que estava pronto, parei na minha cômoda e abri a gaveta de baixo. Peguei um preservativo porque eu menti. Se Dulce me pedisse que fizesse amor com ela hoje a noite, eu encararia a morte certa na ponta de um cano de espingarda, com seu pai segurando o gatilho.