Fanfic: Garotos ao sul do Mason Dixon - Vondy(finalizada/adaptada) | Tema: Vondy, HOT

STEEL UCKERMANN

Ao entrar na estrada de terra que ligava nossa entrada com Dulce, notei a caminhonete de Bray estacionada no campo. Desacelerando, chequei para ver se ele precisava de algo. Mas quando eu vi uma cabeça vermelha e um par de peitos subindo e descendo como o mar, eu balancei a cabeça sorrindo e continuei dirigindo em direção à casa de Dulce. Em plena luz do dia, o bastardo tinha uma garota lá fora, fodendo sem se preocupar. Esse cara era louco. Meu irmão era louco.

Dulce e eu não fizemos sexo. Nós estávamos juntos agora por onze meses. Foi o meu período mais longo de celibato desde os quinze anos e Brenda Vickers me mostrou seus peitos de dezoito anos, então, como era bom deslizar meu pau em uma buceta quente e úmida. O sexo se tornou tão importante quanto o oxigênio para mim. Mas então eu me apaixonei por Dulce e esperava que ela se tornasse ainda mais importante. Desistir de mulheres dispostas não era fácil às vezes, mas Dulce valia a pena esperar. Ela era melhor do que uma noite sem sentido com uma pessoa fácil. Dulce valia a pena tudo.

Ver Bray me deixava um pouco invejoso. Eu estava cansado de me masturbar. Mas o que ele tinha era barato e acabaria em breve. Eu tinha algo mais com Dulce, algo que valia o sacrifício, e a longa espera que acompanhava.

Soltei um suspiro de alívio quando vi o Jeep de Dulce estacionado lá fora, então eu corri para a porta dela. Não queria aguardar mais. Durante dois dias, Dulce não me ligou nem me enviou mensagens de texto. Eu estava com tanta certeza que Christopher viria pegá-la de qualquer jeito, então não tentei entrar em contato com ela também. Eu acreditava que Dulce me amava. Ela me disse que me amava, mas eu não tinha certeza de que ela me amava tanto quanto Christopher. A sua história era mais longa que a nossa, mais longa e complicada. Eu sempre senti como em segundo lugar. Mas agora que ele não estava pensando em vir para ela, ela seria minha novamente.

A porta da frente se abriu e Dulce saiu puxando um par de jeans e uma camisa xadrez que estava amarrada em um nó, o estômago visível por uma polegada ou duas. Meu coração começou a bater rapidamente. Ela estava com os pés descalços e parecia exatamente com a fantasia de cada menino do sul. Fantasia de qualquer garoto.

— Ei, — ela disse com um sorriso pequeno. Ela não parecia estar triste. Nada da dor que eu tinha visto em seus olhos dois dias atrás. Eu não tinha certeza de como me sentia sobre isso. Eu não queria que ela se sentisse triste, mas eu também esperava que ela me amasse o suficiente para sofrer com a nossa separação.

— Como você está? — perguntei, procurando em seu rosto.

Ela encolheu os ombros. — Bem. Melhor. Falei com o meu pai. 

A maneira como ela disse ‘meu pai’ com alívio em sua voz me disse que seu pai tinha explicado as mentiras que todos nós acreditávamos.

— Então, você sabe a verdade? — perguntei.

Ela franziu a testa. Apertou seus lábios. — Sim, mas não é o que Christopher pensa. 

Eu assenti. — Nós sabemos. Mamãe nos contou.

Os olhos de Dulce se arregalaram e ela olhou para a nossa casa. — Oh, sério, quando?

— Duas manhãs atrás. Eu estaria aqui mais cedo, mas todos nós precisávamos de algum tempo para... Lidar... Sabe?

Ela voltou os olhos para mim. A súbita tristeza neles me fez querer me chutar. Por que eu disse a ela que eu sabia há dois dias sem ir até ela? Quão estúpido era isso?

— Me desculpe, — murmurei, — sinto muito. 

Ela forçou um sorriso e balançou a cabeça. — Não, está tudo bem. Eu também sabia e não vim até você. Eu só... — ela pausou e engoliu nervosamente. — Deixa pra lá. Não estou fazendo sentido. Esses dias estão bem loucos, acho.

— Sim, estão, — concordei. Então, levantei a minha mão para pegar a dela. — Mas eu nunca deixei de te amar. Eu amei você mesmo quando pensei que era errado. Não conseguiria parar isso.

Ela se afastou, tensa, seu olhar voltou para minha casa novamente. Eu sabia então que isso era sobre Christopher. Ela estava esperando por ele, o que era o que eu deveria esperar. Eu deveria saber que isso aconteceria. Ele era o único que ela sentia falta e nunca superou. Estava escrito em todo o rosto.

— Eu esperei por ele, — eu disse a ela. — Ele é a razão pela qual não vim até agora. Eu estava lhe dando a chance de vir até você. Mas ele veio até mim esta manhã e me disse para vir te ver. Não fazer você esperar. Que eu te amo mais do que ele poderia amar e você merecia isso. Não ele.

A dor em seus olhos se intensificou e eu queria rugir com a injustiça. Por que Dulce tinha que fazer isso comigo? Eu a esperei, fui fiel a ela porque eu a amava e queria que isso funcionasse. Por que ela precisava querer ele? Ele me enviou pra cá. Ele a deixou ir.

Eu estava aqui. Não ele.

— Ah, — disse ela, incapaz de olhar para cima. Ela estudou as mãos ao invés.

Apenas um fodido, Ah. 

— Dulce, você ainda quer isso? Nós? — eu perguntei, desejando que ela, pelo menos, me olhasse. Que me desse algo, qualquer maldita coisa.

Finalmente, ela levantou o olhar e perguntou: — Steel, você quer isso?

Ela tinha que perguntar? — Mais do que tudo, Dulce. 

Ela não respondeu imediatamente. Em vez disso, ela esperou alguns instantes, antes de soltar um suspiro suave. — Ok, sim, eu também quero isso. 

Alívio passou por mim. Eu queria bater no meu peito. Eu ganhei. Dulce era minha. Dulce Espinoza era a mulher mais linda que eu já tinha visto e ela me escolheu sobre meu irmão.

— Eu vou te fazer feliz, Dulce. Baby, eu juro.

Ela assentiu, deu um passo em minha direção, colocando a cabeça no meu peito. Era o que eu precisava. O que eu queria mais do que qualquer outra coisa. Eu poderia ficar sem sexo até que ela estivesse pronta. Só saber que um dia Dulce Espinoza compartilharia minha cama melhorava tudo. Por agora.