Fanfic: Garotos ao sul do Mason Dixon - Vondy(finalizada/adaptada) | Tema: Vondy, HOT

BRAY UCKERMANN

A caminhonete de Brent estava estacionada perto do celeiro quando finalmente cheguei em casa. Assim como a de Christopher e Steel. Somente a velha caminhonete enferrujada da enferrujada estava desaparecida. Eu fui para o celeiro, não tendo certeza do que estava prestes a enfrentar. Havia uma boa chance de que todos se juntassem para me bater.

Quando Brent estivesse pronto para ouvir, eu acharia uma maneira de explicar para ele. Mas se ele precisasse me bater até que sua mão estivesse ferida, eu o deixaria. Eu devia tanto a ele. Fiz tudo isso errado. Eu não pedi desculpa por querer Scarlet. Era algo que eu não faria. Porque eu a queria. Eu não tinha certeza de que eu poderia sentir alguma emoção de verdade até que Scarlet apareceu e se encaixou firmemente em meu coração. Era como se eu tivesse atravessado a vida sem entender a paixão, ciúmes ou mesmo amor... Antes dela. Eu só conhecia a raiva. Era um entorpecimento que eu não queria mais viver.

Scarlet mudou tudo isso para mim. Talvez eu estivesse obcecado. Porra, talvez eu precisasse de uma nova medicação. Mas eu precisava tocar Scarlet e senti-la para experimentar um prazer real. Ela me deu algo que eu não sabia que existia e agora não estava disposto a deixar isso. Nem mesmo pelo meu irmão.

Abri a porta do celeiro e Christopher se virou para me olhar. Ele era o único lá dentro. E ele me entregaria minha bunda agora que eu estava em casa. Estava preparado para isso. Enquanto eu estivesse com Scarlet. Enquanto ela fosse minha, eu ficaria feliz em aceitar o que eles quisessem me dar.

— Ele está ajudando Steel, — informou Christopher.

Eu assenti. Eu não tinha certeza do que ele achava que deveria fazer. Ir buscá-lo? Ele voltaria logo. Eu me virei para sair do celeiro. Eu precisava de um banho. Dormir na parte de trás da minha caminhonete a noite toda não me deixou cheirando bem. Eu ainda podia sentir o cheiro de Scarlet e sexo nas minhas mãos também. Eu não queria lavá-la, mas também sabia que o cheiro teria dito aos meus irmãos mais do que qualquer um deles precisava ou queria saber.

— Ela veio ver ele, — disse Christopher antes de sair pela porta.

Eu congelei. Eu não queria que Scarlet viesse ver Brent ou qualquer outra pessoa. Eu tinha desencadeado algum tipo de monstro ontem à noite, quando eu me permiti reclamá-la. Minhas mãos apertaram firmemente em punhos ao meu lado ao pensar nela se desculpando com Brent.

— Quando, — eu mordi meus dentes.

— Cerca de três horas atrás, — Christopher respondeu.

Eu respirei fundo pelo nariz e tentei, pra caralho, me acalmar. — O que ela disse?

— Ela disse que ela tinha sido egoísta e que ela sentia muito, — Christopher me informou.

Meu coração correu contra meu peito e agarrei o batente da porta para não socar meu punho na parede. — Ele a tocou? — se ele tivesse, eu não poderia me controlar.

— Não. Ela não chegou a menos de dez metros dele quando falou com ele, — disse ele lentamente. — Bray, o que diabos está errado com você? Você está agindo como se alguém tivesse fodido sua namorada. Não o contrário.

Puxei a porta e a joguei de lado, antes de olhar para Christopher. — Ela é minha.

Christopher levantou as sobrancelhas. — Ela era de Brent. Você não respeitou isso. 

— Não, — eu rugi, dando um passo em direção a ele. — Ela sempre foi minha.

Christopher me estudou, mas ele não se moveu. Ele nem sequer se encolheu. — O que aconteceu com você?

Como eu explicaria a ele, a qualquer um deles, como Scarlet me fazia sentir? O que ela me deu. Senti meu corpo começar a tremer.

— Você está bem... O que está errado? Olhe para mim, Bray, — a preocupação na voz de Christopher me retirou do pânico que estava começando a espremer meus pulmões. Eu tinha que encontrar Scarlet. Eu precisava que ela me tocasse. Para aliviar isso.

— Eu tenho que ir, — eu disse antes de virar e ir até minha caminhonete. Chegar a Scarlet era tudo o que eu precisava primeiro. Todo o resto poderia esperar. Ela estava aqui e ela falou com Brent. Eu tinha que saber o que ele disse para ela. Eu precisava que ela dissesse que ainda era a mim que ela queria.

A batida de uma porta de carro chamou minha atenção e me virei para ver Dulce de pé ao lado do carro com lágrimas escorrendo pelo rosto.

— O que há de errado? — Christopher gritou quando ele passou por mim, inclinado a chegar até Dulce.

— Cuidado, mano. Ela pertence a Steel, — eu disse, fazendo com que ele parasse e esticasse um olhar de advertência em minha direção.

Não era tão bom quando alguém lhe dizia que sua mulher era de outra pessoa, não é? Talvez ele lembraria disso da próxima vez.

— Ela se foi, — disse Dulce olhando para mim em vez de Christopher.

Meus pulmões cessaram e meu pulso acelerou. O mundo à minha volta desapareceu. — Não, — foi tudo o que pude dizer.

Dulce olhou para Christopher e cobriu a boca com um soluço. — Ela me deixou uma nota. Ela disse que não era igual a mãe dela. Ela tinha que consertar o que tinha feito.

Não. Não. Não.

Scarlet não se foi. Ela não me deixou. Ela sabia que não podia me deixar. Eu deixei muito claro para ela na noite passada.

— Não! — minha voz nem parecia ser minha. Eu estava caminhando em direção a Dulce agora. Eu tinha que impedi-la de dizer mais mentiras.

Christopher estava no meu rosto e ele me empurrou até eu tropeçar. — Controle-se. Jesus! Você perdeu a cabeça. O que está errado com você?

— Não! — eu gritei no topo dos meus pulmões novamente, deixando todo o medo e pânico que estava tentando me agarrar e me apertar me espremer ainda mais apertado.

— Oh, merda, — a voz de Christopher estava lá em algum lugar. Ouvi, mas não consegui me concentrar no que ele estava dizendo.

— Vá encontrar Steel. 

— São os remédios. Merda, eu deveria ter percebido antes. 

— Que remédios?

— Eles não estão funcionando. 

— Christopher, que remédios?

Suas vozes desapareceram completamente até que tudo estava preto. E eu rugi com a dor tomando meu peito. Ela me deixou. Eu estava vazio novamente.