Fanfic: Garotos ao sul do Mason Dixon - Vondy(finalizada/adaptada) | Tema: Vondy, HOT

CHRISTOPHER UCKERMANN

Joe Green fazia móveis de gramado de madeira. Era um item popular em Malroy e o único lugar que você poderia comprar era Denver. Hoje, eu estava indo e voltando até Joe para buscar as cadeiras, mesas e balanços da frente que ele havia feito para a temporada de verão. Hannah me esperou na frente para entregar todas as cargas. Ela estava me mostrando onde colocá-las. Esse era o trabalho dela, além de atender o telefone e trabalhar na entrada do negócio. Ela lidava com o design da loja, a colocação dos itens vendidos e coisas assim.

Eu estava na minha última descarga quando a caminhonete de Dallas entrou. Hannah o notou primeiro. Ela estava movendo uma mesa ao redor, para colocar um jarro com algumas flores, na esperança de chamar a atenção dos clientes. Dallas não viria me ver, a menos que houvesse um problema. Se ele precisasse de algo em casa eu levaria. Não precisava que ele viesse buscar. Limpei o suor da minha testa com a minha toalha, colocando-a de volta no bolso e pulando da caçamba da caminhonete, enquanto ele vinha na minha direção.

— Esse é seu irmão mais novo? — Hannah perguntou, olhando contra o sol.

Eu respondi: — Sim, me dê um minuto, — enquanto caminhava em sua direção. Meus primeiros pensamentos, é claro, foram para mamãe. Eu estava preocupado com o grupo.

— Tome seu tempo, — Hannah me chamou, embora eu estivesse muito concentrado em Dallas para me importar. A carranca no rosto dele significava que isso era sobre um aborrecimento, em vez de um problema. Não poderia ser mamãe. Suspirei de alívio.

— Você viu Steel? — ele perguntou.

— Não, por que eu deveria?

Dallas sacudiu a cabeça e disse: — Nah, só pensei que talvez ele tivesse vindo te ver. Ele se foi desde que Dulce chegou esta manhã. Ela foi embora e ele saiu logo depois, batendo a porta, depois acelerou com tanta força que o cascalho pulou por todo o lugar. Eu estava indo treinar no saco um pouco antes do trabalho quando eu vi tudo. Mamãe disse para dar a ele algum tempo, e depois procurá-lo. Eu acho que ele é um menino crescido e pode lidar com suas merdas, mas foda-se se eu vou falar isso pra mamãe. Um mundo de feridas choveria em cima de mim. 

Eu sabia que isso aconteceria depois do que Dulce me falou ontem. Ela fez o certo e fiquei feliz, embora eu soubesse que Steel estava esmagado. Ela não o amava da maneira que deveria. Ele precisava seguir em frente, todos nós precisávamos. Eu era mais resistente que Steel. Eu manejei essa coisa por muito mais tempo. — Eu tenho mais duas horas aqui. Então vou procurá-lo, — prometi.

Dallas franziu o cenho como se eu fosse estúpido. — Ele precisa transar. 

— Diga a mamãe que vou encontrá-lo. Não se preocupe com isso. Ele não precisa de seus comentários sarcásticos. Não agora.

— Tenho certeza de que ele não vai querer te ver também. Todos sabemos que ela terminou com ele porque ainda gosta de você. 

Não precisava dizer que não era verdade, — Eu posso ser exatamente o que ele precisa ver agora. 

— Tanto faz. Estou indo para o Jack’s. Eu preciso de uma cerveja. Isto é um dramalhão. É como se eu tivesse um monte de malditas irmãs. 

— Jack não vai te vender cerveja. Você tem dezessete anos. Mas me ligue se ele aparecer lá. — ele já estava voltando para a caminhonete.

— Sim, — foi a resposta longa dele.

Quando eu me virei, Hannah estava arrumando móveis por perto, e eu podia dizer que ela estava tentando ouvir. Havia aquele olhar curioso sobre ela. Voltei para a caminhonete para pegar o resto dos balanços, na esperança de evitar suas perguntas. Recebi três encomendas e coloquei onde as queria antes de limpar a garganta.

— Eu ouvi sem querer. Não pude evitar. Ele estava falando alto. Você, você precisa de ajuda para encontrar Steel? — ouvi sem querer a minha bunda. Ela estava esticando o pescoço para nos ouvir conversar.

Eu respondi bruscamente: — Não, eu preciso fazer isso sozinho. 

Ela se ocupou com as cadeiras de Adirondack, andando ao redor com os travesseiros, antes de olhar para trás novamente. — Eu achei que eles estavam noivos. 

Esta cidade também falava demais. — Ela nunca disse sim, Hannah. 

— Oh, — sua voz era suave. Como ela estava desapontada. — Não consigo imaginar uma garota dispensando Steel. Ele é um cara tão bom e tudo mais.

A necessidade de defender Dulce era forte. Mas eu lutei com isso. Precisava deixar isso pra lá.

— O amor é uma cadela inconstante. Não dá pra escolher onde o seu coração irá atracar. Se pudéssemos, a vida correria muito mais suave. Todos nós seríamos felizes.

Isso a fez calar por um tempo. Eu terminei de descarregar e estava prestes a perguntar se ela precisava que eu reorganizasse qualquer outra coisa que fosse muito pesada para ela. Em vez disso, ela colocou as mãos nos quadris e conseguiu essa aparência que significava que ela iria oferecer sua opinião eu querendo ou não.

— Algumas pessoas querem o que não podem ter. Não tem nada a ver com o amor. É mais uma maneira de se proteger, de realmente sentir algo profundo. Você foi o primeiro amor de Dulce. Ela construiu essa fantasia em sua cabeça e precisa seguir em frente.

Sim. Ela deveria ter mantido isso para si mesma. Eu contei para trás para frente até dez antes de encontrar seu olhar, — Ou talvez algumas coisas não sejam da sua conta e esticar seu nariz onde não pertence fala muito sobre você. 

Suas bochechas imediatamente ficaram coradas. Eu fui honesto e eu sabia que eu tinha sido duro. Eu não era um cara mau, eu controlava meu temperamento na maioria das vezes, mas não consegui me parar na ocasião. Bray teria explodido e a deixaria com lágrimas escaldantes. Seu temperamento poderia queimar toda uma fodida floresta. Mas eu tinha ido longe demais.

— Isso não é fácil. Estamos lidando com isso o melhor que podemos. Ter outros que não conhecem toda a história dando suas opiniões é, bem, não é legal, Hannah. Há tanta merda que você não sabe. — eu estava tentando aliviar a picada de minhas palavras e percebi que eu poderia ter piorado.

Ela assentiu. — Claro. Você está certo. Eu não deveria ter dito nada. Eu não tenho filtro na minha boca. Minha mãe sempre diz isso. — ela parecia à beira das lágrimas e eu me odiava por fazê-la se sentir assim.

O fato de ela possuir suas ações me fez respeitá-la um pouco mais. Hannah não era uma pessoa ruim. — Todos dizemos merda que desejamos tomar de volta, Hannah, — respondi, oferecendo a ela um pequeno sorriso.

Ela sorriu de volta. — Obrigada, — ela respondeu, suas bochechas ainda rosa.

— Eu acho legal quando alguém sabe que fez besteira e tenta acertar. Eu nem sempre faço isso. Muitas pessoas não fazem. 

Sua risada suave era atraente e genuína. — Eu tenho uma mãe muito contundente. Ela não aceita merdas, e acho que isso me ajudou na minha vida, sem que eu nem soubesse.

— Eu acho que você seria a mesma de qualquer maneira. Minha mãe nos reprime rapidamente, sem golpes, mas nem todos os meus irmãos aprenderam muito com isso. Alguns sim, outros não. 

Hannah sorriu, — Eu diria que você e Bray, por exemplo, não são nada parecidos. Lembro-me dele do ensino médio.

Eu dei um aceno de cabeça e disse: — Nenhum de nós é como Bray, ele é diferente de todos nós. Dallas, no entanto, está ficando próximo da escala espertão quanto mais velho ele fica. 

— Bray fica sexy quando ele está sendo desagradável. Tenho certeza de que ajuda com todas as meninas com quem ele sai.

— Como um encanto, — assegurei a ela enquanto sorria.

Ela riu novamente. Era agradavelmente atraente. Não irritante. Hannah ficaria bem neste mundo. Conhecer ela foi bom. Eu poderia admitir que ela era atraente e eu gostava mais do que apenas sua aparência. Mas meu coração não estava nisso. Quando eu saísse daqui hoje, não pensaria nela novamente até eu voltar a trabalhar amanhã. Seu rosto não ficaria em minha mente, seu sorriso desapareceria tão rapidamente. Apenas um rosto sempre ficou comigo, mesmo quando rezava a Deus por algum alívio.