Fanfic: Garotos ao sul do Mason Dixon - Vondy(finalizada/adaptada) | Tema: Vondy, HOT

CHRISTOPHER UCKERMANN

Um grito me acordou do sono na manhã seguinte. Eu estava no sótão, mas ainda podia ouvir as palavras serem derrubadas no andar de baixo. Saltando da cama e agarrando um par de calções para me vestir rapidamente, desci as escadas o mais rápido que pude. Estávamos esperando que as coisas colidissem entre Brent e Bray e parecia que esse momento chegou.

Parei quando virei a esquina e entrei na cozinha. Bray virou sua raiva para mim. — Volte para seu maldito quarto. Não precisamos de um árbitro, — ele franziu o cenho sabendo muito bem por que eu estava aqui.

— O inferno que não, — interrompeu Dallas. — Acalmem eles, porra. — ele estava olhando para mim agora.

— Ou por que não me deixa lidar com isso sozinho? O filho da puta estava fodendo minha namorada. Dulce terminou com Steel, mas não porque ela estava com Christopher. Porque Christopher não faria isso com seu próprio irmão. — o tom de Brent era duro, mas calmo. Ele estava com raiva, mas ele não estava à beira de bater em ninguém.

— Não é você que com quem nos preocupamos. Seu idiota, — Steel disse olhando fortemente para Bray.

— Ela se foi. Ela foi embora. Ela nos deixou. Que merda isso importa agora? Ela obviamente não se sentia da mesma forma que qualquer um de nós sentia, — disse Bray sem a raiva que eu esperava ver em suas palavras. Parecia vazio. Oco. Um sentimento que eu entendia muito bem.

— Eu só quero saber por quê? Estou pedindo demais, Bray? Você não pode me dar um fodido motivo? — Brent estava ficando mais irritado agora.

Ele lentamente voltou o olhar para o seu gêmeo que simplesmente respondeu: — Não. 

— Seu maldito idiota, — Brent rugiu e se moveu rápido. Ele estava quase em cima de Bray quando Steel e Dallas o pegou pelos braços.

— Ele já tem um olho preto e um nariz inchado por causa de Christopher, — disse Steel, afastando Bray.

— Deixe ele. Vou dar a ele uma chance. Depois vou revidar. 

Fiquei vendo tudo se desdobrar, sem saber se esta era uma briga que eles terminariam. Havia dor nos dois lados. Eles eram mais próximos do que o resto de nós. Eles tinham um vínculo que nenhum de nós tinha. Mas o que aconteceu com Scarlet era difícil de superar.

— Você sempre faz o que quer, não se importa com ninguém além de você mesmo, e quando você acaba machucando as pessoas, você usa seu temperamento como desculpa. Você sempre faz isso quando não consegue o que deseja.

Eu era o mais velho. Eles estavam esperando que eu arbitrasse entre eles. Que os detivesse quando as coisas saíssem do controle. Era o que eu sempre fiz. Mas isso era diferente. Eles já eram homens, não meninos. — Solte Brent. Esta não é nossa briga para parar. Mas se vocês vão se bater, façam isso longe da cozinha de mamãe.

Brent invadiu todos e abriu a porta da tela. — Então pegue sua bunda para fora, — ele disse atirando um desafio de volta para Bray.

Steel e Dallas olharam para mim como se eu tivesse perdido a cabeça. Eu me virei para eles e encolhi os ombros. — A briga é deles. Eles precisam disso.

Bray estava na porta quando ele colocou a mão na tela e olhou de volta para Steel, então eu. — Uma vez que todos nos recompormos e tivermos lidado com as coisas, por que você não diz a Steel sobre o fato de você ter estado fodendo Dulce no lago desde que ela o deixou. 

Eu virei assim que o punho de Steel encontrou meu rosto.

— É melhor fazer essa merda lá fora, — respondeu Bray, desaparecendo pela porta.

— Santo inferno, — murmurou Dallas enquanto eu seguia Bray lá para fora. — Vocês realmente estão prestes a simplesmente bater um no outro?

Ninguém o olhou. Ninguém reconheceu sua pergunta. Todos ouvimos isso, mas havia muita raiva no ar para interromper tudo isso agora. Eu vi quando Brent bateu contra Bray e eles foram rolando pelo monte de grama atrás deles. Então eu virei e olhei para Steel. — Você pode dar mais um. Então eu vou revidar. Porque eu a tinha primeiro. Ela era minha antes de ser sua.

Steel olhou para mim. — Você quebrou o coração dela. 

— E você sabe que eu tinha uma boa razão. 

Steel avançou em mim. — Nós nunca fizemos sexo.

— Ótimo.

Isso foi tudo que demorou. A mão de Steel acertou novamente minha mandíbula e eu o deixei. Levei dois socos e então eu apenas lutei com ele até que ele estivesse sem fôlego, desviando dos socos tanto quanto podia. Ele colocou as mãos nos joelhos e olhou para o chão por vários momentos antes de inclinar a cabeça para trás e olhar para mim.

— Eu a amava. Eu ainda amo. Nunca parei e você sabia disso. Você simplesmente não se importou. — Ele estremeceu e desviou o olhar. — Sempre a quis. Ela era da minha idade. Muito jovem para você, mas ela só via você.

— Nós não planejamos isso. Você não pode planejar o que seu coração deseja. 

Steel se afundou e se sentou no chão. Ele esticou os pés na frente dele e ficou em uma posição descontraída. — Foda-se se eu sei disso. 

— Eu nunca toquei nela quando você estava com ela. 

Ele assentiu. — Eu sei.

Olhei pela colina onde grunhidos e golpes ainda estavam enchendo o ar. — Acha que já devemos pará-los? — perguntou Steel.

— Eles vão se matar, — Dallas disse olhando para nós como se tivéssemos perdido nossas cabeças. — Se vocês dois tiverem acabado, então me ajude a salvar o rosto de Brent antes que Bray acabar com ele. Tudo isso por causa de uma maldita mulher. Jesus, não poderiam encontrar outras mulheres e parar de se apaixonar pelas mesmas?

— Espere até se apaixonar, — disse Steel.

Ele balançou a cabeça. — Claro que não será Scarlet ou Dulce. Eu posso prometer isso.

Steel sorriu e eu sabia que íamos ficar bem. Eventualmente. Talvez não amanhã ou na próxima semana, mas um dia, tudo isso estaria atrás de nós. Um dia, todos estaríamos felizes um pelo outro.

— Vamos lá, vamos pará-los. Não tenho certeza de que eles vão parar por conta própria, — eu disse à Steel, parando.

— Já era hora. Vocês dois ficam aí conversando enquanto Brent está sendo surrado até a morte, — disse Dallas, correndo pela colina.

— Levantem suas bundas da grama e parem com essas bobagens. Eu não aguento mais isso. É ridículo e uma perda de tempo. A menina foi embora. Superem isso, vocês dois, — a voz de mamãe soou no quintal enquanto estava com uma cesta cheia de tomates do jardim.

Ambos pararam.

— Estou falando sério. Vão lavar esse sangue, — ela olhou em nossa direção. — Todos vocês. Então vão trabalhar. Eu não vou fazer café da manhã para um bando de selvagens. Agindo desse jeito.

Brent e Bray não fizeram um movimento para continuar.

— E quanto a mim? Eu não briguei com ninguém. — Dallas disse entrando em pânico sobre a ideia de não tomar café da manhã.

— Tenho certeza de que você fez alguma coisa para ser punido. Faça pra você mesmo um pouco de torrada com queijo. Eu tenho trabalho a fazer.

Ela não esperou para ver se nós faríamos o que mandou. Ela sabia que sim. Brent não parecia tão ruim quanto Dallas estava certo de que ele estava. Eles pareciam igualmente espancados para mim. A raiva e a dor de Brent lhe deram mais uma briga.

Sua dor não se curaria em breve. O que Bray fez não poderia ser perdoado facilmente. Brent precisaria de muito tempo.

Ele olhou para Bray. — Isso não acabou. — isso foi tudo o que ele disse antes de subir a colina e ir para o celeiro se lavar.

— Fodam-se as mulheres, — Dallas disse, balançando a cabeça.

Um dia ele encontraria um que o faria mudar de ideia.

Nós não nos lavamos, nem nos preparamos para o trabalho.

A sirene de uma ambulância nos deteve. Era perto. Muito perto.