Fanfic: De Repente Aconteceu - Vondy | Tema: Vondy

A claridade invadiu, eu me espreguicei mas, não abri os olhos, ainda estava esperando acordar totalmente. O clarão incomodou quando eu abri os olhos, estava com a vista ainda um pouco turva, esfreguei os olhos, e resmunguei virando pro outro lado, senti a falta de Christopher e rapidamente tirei a mão do rosto. Observei o teto, e arregalei os olhos ao notar que esse não era o teto da casa do lago. 

Procuro manter a calma, e respiro fundo, fecho os olhos e volto a abri-los ainda estou no mesmo lugar " Christopher ? " sussurro seu nome, mas, obviamente ele não esta aqui. 

Eu me ergo da cama num pulo, e observo ao redor, estava no meu quarto, não no quarto da minha casa e de Christopher, e sim no quarto da minha adolescencia, na minha casa. Tudo estava exatamente como eu me lembrava. Olhou pro meu próprio corpo e vejo que estou apenas de calcinha e sutiã, eu pulo da cama e corro pro meu banheiro, me olho no espelho ainda com os olhos arregalados, toco meu cabelo que estavam ruivos novamente, toco meu rosto que mesmo pela maquiagem borrada ainda aparentava ser mais novo, toco meus seios que estavam um pouco menores como eram antes. Saiu do banheiro chocada, e vejo a roupa que usei na festa do Luke jogada ao lado da cama. 

" Eu voltei, estou de volta " sussurro o obvio 

A porta é aberta e a figura da minha mãe bem mais jovem aparece, com uma cara nada boa " ah, eu vim te acordar mas, que bom que já esta acordada, pode vestir uma roupa e descer que eu e seu pai queremos falar com você " diz séria 

Eu abro um enorme sorriso me atiro sobre ela a abraçando " mamãe, estou tão feliz de te vê assim de novo, a senhora esta linda, esta linda " eu me afasto e acaricio o rosto dela 

Ela nega com a cabeça " não adianta me bajular Dulce, você não vai fugir da conversa e nem do castigo que eu e seu pai vamos te dar " minha mãe se afasta, e ergue o queixo 

A olho confusa " castigo ? por que vou ficar de castigo ? " 

" Você ainda pergunta ? Dulce, eu e seu pai sempre te demos total liberdade mas, o jeito que você chegou aqui em casa ontem a noite foi decepcionante, não te criamos pra você encher a cara por ai menina " ela nega com a cabeça novamente " anda, veste uma roupa e desce, eu vou estar te esperando lá embaixo com seu pai, e por favor passa uma agua no rosto pra tirar essa maquiagem borrada, parece que você foi atropelada por um caminhão " minha mãe me lança outro olhar de advertência e sai em seguida. 

Volto ao banheiro, e lavo o rosto como minha mãe disse, depois saiu abro meu guarda- roupa e pego um vestido, após o vesti saiu do quarto, enquanto desço as escadas olho pra minha casa sentindo uma onda enorme de nostalgia me atingir, corro pra cozinha e vejo a cena que tantas vezes senti falta, meu pai sentado com seu jornal na mão, e minha mãe sentada ao seu lado se servindo de café. 

Meu pai abaixa o jornal e arqueia uma sombrancelha quando me encara " já estava na hora de descer, você tem muito o que escutar mocinha " ele diz sério 

Abro um enorme sorriso, meu pai estava mais novo, e tinha novamente seu porte de médico " o senhor esta lindo papai " o elogio, me sentando 

Ele encara minha mãe que me olha com advertência " não se deixe levar querido, Dulce acha que nos bajulando irá fugir do castigo " 

Meu pai vira seu olhar pra mim " você não irá fugir do castigo Dulce " afirma, permaneço calada o olhando, ele suspira " olha filha, eu e sua mãe sempre procuramos respeitar seu espaço, você sempre foi uma menina que teve liberdade pra viver sua vida de adolescente mas, tudo tem um limite " 

" A cena de ontem foi lamentável Dulce, você chegar em casa caindo de bêbada sendo praticamente carregada pelo seu amigo e pela Mai " Minha mãe faz uma careta " eu mal consegui reconhecer você, não parecia em nada a filha que eu criei " 

" Esperem, estão falando da festa? " pergunto 

" Do que mais estariamos falando Dulce ? " Meu pai pergunta 

" Então a festa foi ontem ? " pergunto, e dessa vez abro um sorriso, eu voltei pra um dia depois da festa. 

Minha mãe arregala os olhos horrorizada " claro que foi ontem " ela encara meu pai " ela bebeu tanto que até esqueceu da festa, talvez fosse melhor levar ela pro hospital, você tem que examinar ela Fernando, não sabemos o que ela consumiu " 

A olho arregalando os olhos " mamãe, eu não me droquei " digo rapidamente 

" Não tem como sabermos disso Dulce " Ela comenta passando a mão no rosto

Eu a olho indignada "  como não tem como saber ? a senhora sabe que eu não me drogo, eu nunca gostei dessas coisas " afirmo

Minha mãe me olha implacável "  também achavamos que você não bebia, que não gostava disso e ontem você chegou trocando as pernas " Ela rebate 

Meu pai suspira " calma Blanca, não é pra tanto, eu confio na educação que demos pra nossa filha, ela pode ter sido imprudente quando encheu a cara mas, eu sei que ela não se droga " ele me defende 

" Como podemos ter certeza disso meu amor ? " minha mãe pergunta a ele 

Bufo " não acredito nisso " nego com a cabeça " por que não me dizem logo que castigo vou receber ? eu tenho que fazer umas coisas " 

Minha mãe fica em alerta " que coisas Dulce ? " pergunta 

Dou de ombros " umas coisas ai " 

" Fernando olha só o jeito que ela esta falando " Minha mãe protesta 

Meu pai me encara com um olhar suplicante " filha, responda sua mãe direito " pede 

" Desculpa mãe, eu deveria ter dito direito " ela assente " eu tenho que ir na Mai, quero agradecer por ela ter me ajudado ontem, se não fosse por ela eu nem sei como chegaria em casa " digo forçando um sorriso 

" Sim, realmente, Mai foi uma boa amiga " Meu pai concorda 

Minha mãe pigarreia " bem, sendo assim, vamos ao castigo ok ? " assinto prontamente " eu e seu pai conversamos e entramos num acordo, achamos que o melhor castigo pra você vai ser ficar sem celular pelos próximos 2 meses " 

" E sem o notebook também, nada de mensagens ou sms " meu pai diz sério 

Dou uma risadinha " pai, mensagens e sms são a mesma coisa " digo 

" Você entendeu o que eu quis dizer " ele resmunga, e não evito ri novamente 

Minha mãe cruza os braços " eu e seu pai achamos que esse é o melhor castigo, sabemos que o celular é muito importante pra você e que você iria pensar duas vezes antes de aprontar de novo " 

Assinto " certo, sim, vocês acertaram em cheio, eu não vivo sem meu celular " sorriu amplamente, e então me levanto " posso ir agora ? " pergunto 

" O que ? mas, filha você nem tomou o café " Meu pai diz apontando pra mesa 

Minha mãe estreita os olhos " e nem parece abalada pelo castigo que acabamos de te dar " comenta desconfiada 

" Que ? não mãe, não, eu to abaladissima, é que não quero chorar por que a senhora sabe, dá rugas " forço um sorriso " e pai, esta tudo bem, eu não estou com fome, eu realmente preciso ir agora " digo rapidamente 

" Não, não, você não vai sair daqui Dulce " Minha mãe se levanta e se aproxima de mim, me analisando bem " há algo diferente em você " sussurra 

Engulo a seco " não há nada diferente em mim mãe " 

" Por que a pressa pra sair ? " ela continua me interrogando 

Suspiro " já disse, quero vê a Mai, é bem rapidinho eu prometo que vou num pé e volto no outro, vocês nem vão sentir minha falta de tão rapido que vou " digo, e começo a perceber que estou soando um pouco desesperada. 

Meu pai se levanta, e pega seu jornal " deixa a menina ir na amiga Blanca, já aplicamos o castigo que combinamos, esta tudo bem ela ir " ele diz calmamente 

Minha mãe o encara " esta tudo bem ela ir ? Fernando, ela esta de castigo " 

" Combinamos em deixar ela só sem o celular, não falamos nada sobre não deixar ela sair de casa " meu pai rebate dando de ombros " você quer uma carona ou seu carro já voltou da oficina ? " ele pergunta a ela 

Minha mãe suspira passando a mão no rosto " quero carona, meu carro ainda esta na oficina, eles dissseram que só vai ficar pronto amanhã bem cedo " comenta 

" Então se apresse que eu já estou atrasado pro trabalho " ele sorri pra mim e beija minha testa " tenha juizo minha filha, e por favor não apronte outra como a de ontem ok ? " 

Sorri " pode deixar pai, tenha um bom dia no trabalho " ele dá uma piscadela e se afasta, encaro minha mãe " então, posso ir ? " pergunto 

" Sim ... " me viro pronta pra sair " ... mas antes ... " paro e suspiro a encarando novamente " quero seu celular " diz séria estendendo a mão pra mim 

Dou de ombros " sem problemas, deve estar no quarto, pode ir lá buscar não tem problema, eu estou indo, um bom dia de trabalho pra senhora mãe " digo, e passo pelo meu pai correndo enquanto ia até a porta