Fanfic: Casamento à Primeira Vista - Vondy (Adaptada) - TERMINADA | Tema: Rebelde/Vondy

— Não há o que desculpar. Foi bom encontrar alguém que, como eu, buscou um refúgio.

Dulce surpreendeu-se com o desabafo.

— Não está se divertindo?

Ele sorriu sem humor e tomou um gole de vinho.

— Confesso que não. Se eu soubesse...! — Ele apanhou uma garrafa de vinho, serviu-se de mais um copo e ergueu-o. — Aceita um pouco? Encontrei-o na adega de Angel. E muito melhor do que o champanhe que está sendo distribuído.

Angel. Apenas os amigos íntimos de Angelique a chamavam assim. E ele não apenas sabia onde era a adega da anfitriã, como se sentira à vontade para invadi-la.

Dulce olhou para o homem com renovado interesse. Ele era, ou havia sido, amigo íntimo de Angelique. E todos sabiam que Angelique não cedia seus amantes, nem seus ex-amantes a outras mulheres...

Dulce entrou na cozinha com desenvoltura. Seus olhos permaneceram fixos naquele rosto másculo enquanto caminhava. E tinha certeza de que o desconhecido a estava fitando com admiração enquanto caminhava.

— Aceito, obrigada.

Dulce aproveitou para olhar para ele enquanto o vinho era servido. Seu corpo era forte e musculoso sob a roupa. Não tinha dúvidas de que Anahí também o descreveria como "lindo de morrer".

Apertou os lábios ao pensar na pessoa que fora alvo da observação de Anahí. Mais ainda quando a imaginou nos braços de Angelique.

— Obrigada — tornou a agradecer quando o desconhecido lhe entregou o copo.

— Christopher Uckermann — ele se apresentou.

— Dul — Ela apertou a mão que ele lhe estendeu.

— Apenas Dul — Ele indagou sem lhe soltar a mão. Dulce percebeu que estava diante de um homem determinado e experiente. A ideia de que parte daquela experiência fora adquirida com Angelique Boyer a fez insistir em sua tática de mistério.

— Apenas Dulce.

— Bem, Apenas Dul — ele lhe soltou a mão, mas não afastou os olhos dos dela —, como nenhum de nós está se divertindo na festa, o que sugere que façamos o restante da noite?

Ela sorriu.

— O que você sugere?

Ele se sentou diante dela e apoiou os cotovelos na mesa.

— Poderíamos contar quantos azulejos decorados foram colocados nesta cozinha.

— Não estou interessada em saber — Dulce respondeu sem olhar para a parede que ele indicara. Em seguida esvaziou o copo e descobriu que Christopher tinha razão. Aquele vinho era muito melhor do que o champanhe que estavam servindo na sala.

— Não? — Ele balançou a cabeça e tornou a encher o copo de Dulce. — Podemos contar um ao outro a história de nossas vidas.

— Definitivamente não — ela respondeu. Ele encarou-a.

— Acho que você está certa. Não é uma boa ideia. Que tal fazermos um bolo? Estamos no lugar certo para isso.

Dulce deu uma risada.

— Sabe cozinhar? Ele sorriu.

— Ninguém se queixou até hoje de minhas torradas nem do suco de laranja que costumo comprar!

— Nem do vinho que serve! — Dulce ergueu o copo novamente vazio que ele tornou a encher.

Christopher se levantou.

— Vou buscar outra garrafa.

Ao voltar à mesa, ele serviu-se de mais um copo e olhou para Dulce.

— Agora é sua vez de fazer sugestões.

Era óbvio que Christopher Uckermann estava tentando se divertir com ela. Mas, após o choque que tivera, Dulce não se importou. Ela também estava precisando se divertir.

— Vejamos.... Você joga xadrez?

— Conheço alguns lances.

— Damas?

— Sou campeão. Se é que você está se referindo ao jogo com peças brancas e pretas.

Dulce tornou a rir. Estava se sentindo alegre, de repente. Um agradável calor lhe subia pelas faces. Não sabia se era por causa do vinho ou do flerte.

De qualquer maneira, isso não importava. O que importava era continuar atraindo a atenção daquele homem que já havia sido um dos amigos especiais de Angelique Boyer.

— Cabra-cega? — Dulce continuou.

— Por que não? — Christopher lhe deu uma piscada. — Sinto-me no dever de avisá-la, porém, que minha irmã sempre me acusava de trapaceiro quando brincávamos desse jogo.

Dulce tornou a rir. Ou Christopher era engraçado ou o vinho estava fazendo efeito. Fosse como fosse, a verdade era que não se divertia tanto há muito tempo.

— Eu não posso acusá-lo. Também dava um jeito de espiar sob a venda — Dulce confessou. — Cabra-cega, portanto, está fora de cogitação!

Dulce havia tocado no braço de Christopher enquanto ria. Como se tivesse sido um sinal, ele se inclinou de forma que seus rostos quase encostaram um no outro.

— Sei de uma brincadeira ainda mais divertida, Apenas Dulce. O que me diz de...

Bom, por hoje é só!

Beijos!

Amanhã tem mais...