Fanfic: Como família - Ponny, Vondy, AyA, DyU | Tema: rebelde, rbd

-Cara, exausta! - Dulce caiu no sofá.           

- Nem me fale… Mudanças cansam.                                                

- Muito, mas… Enfim sós, Annie! Agora, somos nós duas.

- Mais ou menos. 

Anahí olhou o celular, era uma chamada de vídeo dos pais.

- São meus pais.

- Caraca, os tios acabaram de sair daqui. O que eles querem?

- Já devem estar com saudades

- Oi, gente… Já estão com saudades?

- Oi, filha! Oi, Dul.

- Oi, tios.

- É claro que estamos com saudades, mas não estamos ligando exatamente por isso.

O que houve então?

- É que a Nádia acabou de falar com a gente.

- Nossa… A Tia Nádia. Como ela está?

- Ela tá muito bem, filha. Tudo ótimo, porque o Christopher, o Uckerzinho, acabou de passar na faculdade.

- Ah, legal… - Annie olhou para Dulce sem entender onde a conversa iria chegar.

- O Ucker vai vir estudar no Rio e ele ainda não tem onde ficar. Os pais vão alugar um lugar pra ele, mas, até lá…

- Xiii… Prevejo um inquilino. - Dulce revirou os olhos.

- Vocês querem que o Ucker fique aqui, né?

- Seria legal da parte de vocês, filha.

- Pai, a gente nem conhece mais o Ucker. Ele não é nada mais que um moleque irritante que vinha passar o Natal com a gente.

- Sem falar que ele era super hiperativo, né, tios? Ele raspou a cabeça da minha Barbie e disse que ela ia pro exército. 

- Ah, ninguém pode dizer que ele não é criativo. - Annie caiu na gargalhada.

- Também foi ele que pintou o Floquinho de roxo, lembra, Dona Anahí?

- Nossa! Verdade! Ele manchou o meu cachorro com permaganato. O pobre Floquinho ficou roxo até o fim dos seus dias.

- Meninas, sabemos que é difícil, mas a Nádia é como se fosse da família. - Antônio tentou convencê-las pelo emocional.

- E será por pouco tempo, nós dois prometemos.

- Vocês dois sabem que a gente não vai deixar o menino na rua da amargura.

- Não? 

- Não, Dul. Mas não estamos satisfeitas com isso.

- Sentimos muito. - Lamentou Antônio. - Mas agradecemos muito por serem compreensivas. Agora precisamos ir. Amamos vocês!

- Seus pais desligaram antes que a gente pudesse dizer mais alguma coisa.

- Sim. São muito espertinhos.

Uma semana depois…

- O que mais falta?

- Tomate, cebola, ah… Acabou o macarrão.

Campainha tocando

- Vai atender, Dulce… Eu tô vendo aqui o que mais falta nessa cozinha que não tem nada.

- Mais fácil a gente anotar o que tem.

Dulce olhou pelo olho mágico antes de atender a porta. Lá estava, de mala e cuia, um rapaz alto, cabelos enrolados e barba por fazer. Ela abriu a porta.

- Oi.

- Oi. Você deve ser a Anahí.

- Nossa… Sério que você nem lembra quem é quem. Podia ter dado uma olhadinha no nosso Instagram.

- Quem é, Dul? - Anahí veio para a sala com a lista de compras na mão.

Pelo visto é nosso mais novo colega de apartamento que nem sabe quem nós somos.

- Vamos dar um desconto, Dul. Faz tempo que não nos vemos.

- Oi, Ucker. - Annie estendeu a mão pra ele. - Seja bem-vindo.

- Obrigado. Você só pode ser mesmo a Anahí, porque eu lembro que a Dulce é que era a metida. 

- Hum… Começamos com o pé direito. - Dulce revirou os olhos.

- Certo. - Anahí riu sem graça. - Vamos acalmar os ânimos. Vem, Ucker, eu vou te mostrar seu quarto.

- Obrigado. - Ele seguiu Annie sem deixar de encarar Dulce.

- Garoto sem noção. - Dul resmungou enquanto via os dois deixarem a sala.

- Ucker, esse é seu quarto. Ele seria nosso escritório, então está improvisado, mas espero que você fique confortável. Pode colocar suas roupas nessas gavetas.

- Muito obrigada, Annie! E me desculpe, sei que estou invadindo o espaço de vocês. 

- Ei, nossos pais são amigos desde a infância e, como dizem meu pai e a Tia Bel, nós somos como família.

- Tem razão. - Ele sorriu. - Você daria uma ótima irmã caçula.

- Hum… Seria uma honra. - Os dois riram.

- E Dulce pode ser aquela  prima chata.

- Por aí. - Annie riu. - A Dulce é direta e reta, mas a sinceridade dela pode ser uma coisa muito boa.

- É… Se você está dizendo.

- É um prazer ter você aqui, irmão mais velho. - Ela sorriu. - Vamos nos adaptar e viver em paz, eu prometo.

- Obrigado. - Ele a abraçou de lado e beijou o topo da cabeça de Annie. - Eu fui tão terrível com você quando éramos pequenos…

- É… O Floquinho que o diga.

- Nossa! Verdade... Aquele poodle era seu, né?

- Sim. - Ela riu. - Um poodle roxo.

- Cara, foi mal mesmo. 

- Esquece. Ele tinha estilo. Agora, arrume suas coisas e fique confortável. Essa casa também é sua. - Ela ficou na ponta dos pés e lhe deu um beijo no rosto.

- Obrigado, Annie! Você é demais.

- Eu sei.

• Ucker, estamos indo fazer compras. Já voltamos. 
  
  - Precisa de algo, Annie?
  
  - A princípio, não.
  
  - Então me liguem quando chegarem e eu ajudo a subir com as compras. Pode ser?
  
   - Combinado!

Dul e Annie fizeram as compras juntas e assim que chegaram ao prédio, Anahí ligou para Ucker.

- Não sei porque você tá ligando pra ele. 

- Porque ele se ofereceu para ajudar a subir com as compras. O que deu em você, Dulce? Que bicho te mordeu?

- Bicho nenhum, ué.

- Oi, Ucker. Acabamos de chegar com as compras.

 - Já estou descendo, Annie.

- A imagem de Ucker sem camisa e cabelos molhados não era exatamente o que Dulce esperava ver. Ela também não esperava sentir como se todo o ar tivesse fugido do seu corpo.

- Eu tinha acabado de sair do banho quando você ligou, Annie. Desculpe se demorei.

- Até que você veio rapidinho. 

 - Deixa que eu levo essas também. Vocês já fizeram muito.

- Obrigada. 

- Vocês compraram bastante coisa.

- Vamos dar uma festa. - Respondeu Dulce ainda se recuperando do quanto se sentia, de repente, sem graça.

- Ah é?

- A Dul e eu prometemos inaugurar o apartamento com uma reuniãozinha entre amigos.

- Ah, legal!

- Só pra deixar claro, você faz parte das nossas festinhas agora, tá? 

- Ah, Annie, obrigado… Mas eu posso ficar no meu canto de boa.

- Você também não precisa ser tão anti-social, garoto. A festa vai ser no nosso apartamento, você já vai estar lá.

- O que eu acho que a Dulce está querendo dizer é… Fica, Ucker, curte com a gente! - Disse Anahí enquanto segurava a porta do elevador para ele entrar com as compras.

- Eu fico, Annie. - Ele riu. - Sem problemas.