Fanfic: Como família - Ponny, Vondy, AyA, DyU | Tema: rebelde, rbd

Anahí observou seu reflexo no espelho. Ainda estava com um belo par de olheiras por conta do dia anterior, mas estava cheirosa e o cabelo estava arrumado. Lembrava-se, vagamente, de ter tomado um banho. A bermuda jeans folgada até que não ficava mal com a camiseta branca simples, mas ela ainda não sentia que estava preparada o suficiente para encontrar com Poncho, mas, será que um dia estaria? Ela respirou fundo e caminhou até a sala.

- Annie… - Poncho levantou-se do sofá assim que Anahí entrou na sala.

- Oi, Poncho. - Ela o cumprimentou com dois beijos no rosto e sentou-se no sofá, sendo seguida por ele.

- Como você está? - Perguntou Alfonso parecendo preocupado.

- Com uma baita ressaca e uma baita vergonha.

- Ah. - Ele sorriu. - Eu imagino.

- Poncho, eu quero te pedir mil desculpas. Eu nem sei como te pedir desculpas. - O rosto dela estava vermelho e ela sentia como se estivesse pegando fogo.

- Annie, primeiramente, eu vim aqui para esclarecer as coisas com o seu irmão. Ele achou que eu tinha me aproveitado de você.

- Ai, desculpa por isso também. Eu já expliquei a ele que foi um mal entendido.

- Sim, ele me disse que já estava esclarecido. Então, você precisa parar de pedir tantas desculpas. Pessoas bebem e passam dos limites e, eventualmente, vomitam. Quem nunca? 

- É… Mas não em cima da pessoa que estão beijando.

- Tecnicamente não foi bem em mim, eu tirei o pé. E a culpa foi minha por girar você. - Ele sorriu. - Além disso, antes do vômito, você estava deixando minha noite bem agradável… E olha que eu era só um penetra.

- Estava? - Ela levantou a cabeça para olhar diretamente para ele.

- Sim. 

Poncho se aproximou um pouco de Anahí e ela foi responsável por exterminar a distância encostando seus lábios no dele. Ele entendeu o recado e começou a explorar cada canto da boca de Annie, provando seus lábios, agora com gosto de pasta de dente. 

A mão esquerda dele estava repousada sobre a coxa dela, enquanto a mão direita já estava enterrada em seus cabelos. A mão direita dela também estava na coxa dele e ela desejava que aquele instante não terminava nunca. Mas, de repente, ela perdeu a língua de Poncho e os lábios dele foram se afastando pouco a pouco. Ela olhou para ele, que ainda estava de olhos fechados, sem entender o que estava acontecendo.

- Desculpe, Annie.

- Agora é você quem vai pedir desculpas?

- É que… Annie, você é incrível. Sério mesmo. Eu conversei com você com uma facilidade que eu não tinha com ninguém há muito tempo. Mas eu sou um cara solteiro e gosto de ser solteiro. Normalmente, eu não sou tão sincero, mas eu me importo com você.

- Uau… - Ela parecia tentar compreender tudo aquilo. - Você acha que eu quero namorar com você? É isso?

- Ham? Não… É que você não parece o tipo de garota que…

- Pra começar, não existe tipo de garota, ok? Eu sou eu e você nem sabe o que eu quero, Alfonso. Me conheceu ontem.

- Uau! Certo, desculpe.

- Por isso você realmente deve pedir desculpas. Eu não estou escrevendo nossas iniciais em um caderno, ok? Nós nos beijamos, só isso. E eu gostei. Mas se você não tem maturidade para um lance sem compromisso, eu entendo também.

- Um lance sem compromisso? 

- É. Eu gostei de te beijar e só. Compreende isso?

- Sim. Eu também gostei de te beijar. Principalmente agora que estamos completamente sóbrios.

- Exato. Mas você tinha que estragar tudo, né?

- Sim, eu sou idiota. - Os dois riram. - Então, Anahí… - Ele estendeu a mão para ela. - Amigos coloridos?

- Amigos coloridos. - Ela apertou a mão dele e ele a puxou para mais perto.

- Agora não vão haver mais desculpas.

Poncho a beijou profundamente e ela sentiu todo o ar sair de seus pulmões, embora acreditasse que poderia permanecer ali pelo resto da sua vida. A mão dele apertava a cintura dela e ela sentiu todo o seu corpo arrepiar. Enquanto isso, Annie apertava o braço de Poncho como quem se agarra a um salva vidas e ele não sentia nada mais do que vontade de ser agarrado por ela.