Fanfic: Como família - Ponny, Vondy, AyA, DyU | Tema: rebelde, rbd

Depois de entrarem e saírem da casa de Isabel como uma bala, trocando poucas palavras com as mulheres da casa, Ucker e Annie seguiram juntos para a casa de Pedro e Jorge.

- E aí? - Annie perguntou diante da casa. - Pronto?

- Mais ou menos… - Ucker passou a mão pelos cabelos.

- Ei. - Annie o empurrou com o ombro. - Fica tranquilo. Você já esteve nesta casa muitas vezes.

- Mas nunca como seu irmão. 

- Ah… - ela deu de ombros. - Era como se fosse.

- Ei, Annie… Diz pra mim que vai ficar tudo bem. - Ucker disse olhando para o chão.

- Claro que vai! - Anahí abraçou Ucker, prendendo os dois braços dele. - Estamos juntos. - ela ofereceu o mindinho pra ele.

- Sempre. - ele fez o juramento de mindinho. - Não conte a ninguém que eu fiz isso.

- Ah, isso eu não posso prometer.

Ao contrário do que imaginava, Ucker foi recebido por Pedro com um abraço muito apertado. O novo pai de Ucker estava com lágrimas nos olhos e mal conseguia conter a emoção. Jorge, por sua vez, fazia de tudo para agradar o enteado.

Enquanto isso, na praia…

- Você não vai vir para a água?

Dulce abriu os olhos e deu de cara com Poncho, totalmente molhado, cobrindo o sol e fazendo pingar algumas gotas geladas nela.

- Eu estou tentando colocar meu bronzeado em dia, Herrera. Mas você está atrapalhando.

- Ah, qual é, Dulce? A água está maravilhosa.

- Annie é apaixonada por água, não eu. Divirta-se sozinho e não me encha o saco. Ela deve vir nos encontrar depois do almoço. 

- Eu não sei se estamos bem. - Poncho sentou-se ao lado de Dulce, na pontinha da canga dela.

- Certo… - Dulce sentou. - Já vi que meu bronzeado silencioso acabou.

- Você pode ser um pouco mais agradável? Eu estou tentando me abrir aqui.

- Desculpe, esse é o meu melhor.

- Deixa pra lá. - Poncho tentou levantar-se.

- Não senhor. - Dulce puxou Poncho e ele caiu de bunda na canga. - Agora você vai contar o que fez.

- Por que acha que eu fiz alguma coisa?

- E não fez?

- Aff… - Poncho bufou e deixou os ombros caírem. - Não. Muito pelo contrário.

- Como assim? - Dulce tirou os óculos de sol. - Explica isso direito, Herrera.

- A Annie bebeu muito ontem, Dul. Eu até tentei controlar, mas ela estava sem freio.

- Ai, Deus. Hum… Prossiga.

- Primeiro, eu tive que dar uma de segurança, porque ela estava espetacular e os caras daquela balada eram extremamente idiotas. 

- Ah, falou o poço de honestidade.

- Olha, Dul… Confesso que, depois de ontem, eu nunca mais serei um babaca nas baladas.

- Ah, emocionante. Prossiga com a história.

- Certo. Bem, ela tentou me beijar. Mais de uma vez. Me deu um selinho na balada e tentou me beijar no quarto de hotel. Dulce… - Poncho passou a mão pelo rosto. - Você não tem noção de como foi difícil. Eu fiz ela vestir uma roupa minha, ficar mais coberta, mas… Olha…

- Eu entendi. - Dulce começou a rir. - Minha prima não facilitou as coisas pra você.

- Nem um pouco. 

- Mas… Por que você não sabe se estão bem?

- Porque hoje ela estava totalmente estranha. Não sei se lembra de ontem, não sei se está com vergonha, não sei se acha que eu fiz algo de errado… Só sei que ela mal me olhava.

- Hum… - Dulce olhou para frente, para onde Zora e Christian jogavam altinha. - Ressaca moral é a cara da Annie. Ela sempre acorda culpada no dia seguinte.

-  Pois é. Só que a última coisa que eu quero é ficar distante da Annie.

- Olha, Alfonso… - Dulce o analisou por alguns instantes. - Você está me surpreendendo.

- É… A mim também. - ele sorriu sem graça. 

- Mas, olha, relaxa. A Annie te adora e não vai se afastar de você por isso. 

- É, né? Eu nem sei porque ela tem paciência comigo. - ele riu. - Você sabe, eu sou um traste.

- É. Você é… Mas tem sido o melhor amigo possível. 

- Estou andando com boas companhias. - ele piscou.

- Ai, Alfonso. - Dulce revirou os olhos. - Não seja clichê. - ela recolocou os óculos. - Agora, pare de neura e me deixe tomar meu sol.

- Ah, Dulce… - ele riu. - Você é um amor!

- Eu sei. - ela deitou na canga.

O almoço na casa de Pedro e Jorge foi maravilhoso. Ucker estava encantado com a energia da casa e se pegava admirando Pedro. No fundo, era fácil ver que eles tinham algumas semelhanças físicas. Apesar disso, ainda era difícil para Ucker se acostumar com a mudança. Ele ainda chamava Pedro de tio e ainda não sabia como agir em algumas situações.

Depois do almoço e da sobremesa, eles sentaram na sala para conversar por algum tempo. Já eram três da tarde quando Ucker mencionou que Dulce esperava por eles na praia. 

- Ah, meus filhos, vão! Aproveitem as praias que eu sei que vocês devem estar com saudades.

- Eu não sei se vou, Ucker. - Annie virou-se para o irmão. 

- Como não, filha? - Jorge perguntou surpreso. - Você adora uma água.

- Ah, eu nem separei roupa de praia…

- Mas, querida, tem muita roupa sua no seu quarto daqui. 

- É… - Annie olhou para Ucker com um olhar confuso.

- Ei, maninha. - Ucker disse ficando de pé. - Vem, eu te ajudo a vasculhar o quarto atrás de um biquíni que sirva. - ele estendeu a mão para Annie.

- Ah… - Pedro suspirou. - Sempre nos questionamos se não seria bom que Annie tivesse um irmão. 

- Bem… - Jorge disse segurando a mão de Pedro. - Agora ela tem e nós sabemos que é bom.

Ucker acompanhou Anahí até o quarto e sentou-se na cama dela, enquanto observava a irmã abrir uma das gavetas lentamente.

- Ei. - ele chamou a atenção de Annie. - Vem cá. - ele bateu no espaço ao lado dele na cama.

Anahí fechou lentamente a gaveta que nem havia terminado de abrir e caminhou até a cama. Depois, deixou o corpo cair ao lado de Ucker.

- Pode me contar o que está havendo? - ele a abraçou pelo ombro.

- Não está havendo nada. 

- Ah, qual é, Annie? Eu te conheço. Alguma coisa está incomodando você e é a mesma coisa que está fazendo com que você não queira ir à praia.

- Eu tô naqueles dias. - ela disse rapidamente.

- Anahí. - ele começou a rir. - Se fosse isso, você teria dado essa desculpa logo de cara, assim que seu pai perguntou. Além disso, você sempre reclama do quanto fica cheia de espinha quando está pra chegar. Não ouvi reclamações desta vez. 

- Ai, Ucker… - ela riu. - Você precisa parar de gravar as coisas que eu digo.

- Sinto muito, maninha. É meu super-poder. Me diz logo o que está deixando você assim?



ESTÃO GOSTANDO? COMENTEM PARA EU SABER SE DEVO CONTINUAR.