Fanfic: Como família - Ponny, Vondy, AyA, DyU | Tema: rebelde, rbd

- Cara, esse lanche não fica pronto? Eu to morrendo de fome!

- Mai, se acalma, acabamos de sentar. - Disse Ucker rindo da fome de Maite.

- Eu tô com fooooome! - Maite fez drama e olhou pra Ucker fazendo beicinho.

- Cara, minha mão tá doendo. - Dulce acariciava o próprio punho.

- Enfia isso no gelo, garota. - Christian empurrou o balde de gelo para mais perto dela. - Pedimos esse troço pra você.

- Você tá agressivo, né? Ainda tá bolado por causa do boy.

- Não tô bolado com você, Maria.

- Ah, claro. Mas tá me chamando de Maria.

- Foi mal, Dul… É que eu não peguei o número dele.

- A gente pode tentar procurar nas redes sociais. - Ucker pegou o celular pronto para ajudar Cristian.

- Eu não sei o nome dele.

- Cris! - Maite exclamou irritada.

- Ah, qual é, Maite, não me julgue.

- Você é mesmo uma pessoa muito fácil, Cristian.

- Ah, olha quem fala, Dulce Maria. Engatando um romance com um estudante de direito que mal conhece.

- Sei o nome dele. 

Maite e Ucker não puderem conter a gargalhada.

- Ucker, outra vez, você tá do lado dela agora?

- Não tô dela, Cris, mas você tá dando mole… Olha! - Ele olhou para o mostrador de senhas. - Nossa vez. - Ucker disse levantando da cadeira.

- Vou buscar com você, eu tô…

- Morrendo de fome! - Dulce e Cris interromperam Maite em uníssono.

***

- Poncho… - Annie sussurrou entre os beijos, enquanto tentava, sem muito esforço, afastar o corpo dele - Não, sério, Poncho… - Ela falou um pouquinho mais alto.

- Oi…- Ele se afastou dela com um pouco de esforço. - Tudo bem, Annie?

- Desculpe, Poncho… Está tudo indo muito rápido e sei que vamos parar na cama. - Ele levantou uma sobrancelha. - Tá, garoto, sei que não precisa ser necessariamente na cama, mas você entendeu. De qualquer forma, não consigo tirar Maite e Dulce da cabeça…

- Maite e Dulce? - Poncho parecia não entender. - Como assim? Está pensando nelas? Eu…

- Não foi isso que eu quis dizer. - Anahí pensava em como explicar aquilo a Poncho. 

- Eu não entendo.

- Poncho, você beija bem.

- Obrigado. - Ele deu sorriso malicioso. - Você não fica atrás. - Ele começou a se aproximar.

- Por favor. - Annie mordeu o lábio inferior e afastou Poncho com a mão. - Assim você dificulta pra mim. Deixa eu falar, Poncho… Não me distrai.

- Sim, senhora! - Ele sorriu e encostou no sofá.

- Eu não posso transar com você. - Ele tentou interrompê-la. - Fica quietinho. Não posso, porque meu coração é conectado à vagina.

- O quê? - Ele riu. - Olha… Eu estudei um pouco de biologia e sei que não está.

- Metaforicamente, Alfonso. Meu último relacionamento durou dois anos. Foi o último cara com quem transei. Sou uma romântica, me apaixono fácil. Foi legal e gostoso ficar com você e eu queria ser descolada. Mas… Não vai rolar.

- Annie… - Ele pegou na mão dela. - Vou estar mentindo se disser que não pensei em maldade, mas a gente não precisa transar se não quiser. Muitos beijos e amassos já são uma delícia.

- Mas eu também não devo continuar ficando com você.

- Ham… É?

- É, Poncho. A gente se dá bem de um jeito tão bom que só tem dois caminhos: ou eu começo a tratar você como trato o Ucker, amando você de paixão, mas como amigo, ou, eu vou acabar me apaixonando e nós dois sabemos que você vai partir meu coração em pedacinhos.

- Nossa… Eu sou mau assim?

- Não faz tipo, Alfonso. Você gosta de se sentir um conquistador. Nem começamos a faculdade e eu sei que já deve ter, pelo menos, umas três calouras na sua lista.

- Você foi a primeira de todas.

- Muito gentil da sua parte. - Ela revirou os olhos e ele sorriu.

- Eu tô zoando. Entendo você. Você é a garota com quem me dou melhor, assim, de primeira, desde sei lá quando. Mas eu não tenho planos de ter nada sério agora. Nem sei se seríamos nós dois…

- Não precisa continuar explicando.

- Mas eu considero um pouco injusto…

- Injusto? Ela olhou para ele de rabo de olho.

- É… Se eu soubesse que era o último beijo, eu teria aproveitado mais.

- Ah, certo. - Annie riu. - Podemos dar um último beijo.

- Que tal mais alguns beijos e, a partir de amanhã, passamos a ser apenas amigos? Mas, nem quero ser aquele cara para quem você acena no campus e fala “ah, já fiquei com ele e decidimos ser amigos”, mas, na verdade, vocês mal se falam. Eu quero que realmente sejamos parceiros nessa coisa de ser futuro psicólogo e eu amei essa sua família problemática e disfuncional. 

- Vou considerar como um elogio. - Ela riu. - E concordo com sua ideia de mais alguns beijos, só que… Pensei em algo talvez melhor… - Annie pôs a mão no joelho de Poncho.

- Ah é?

- Você pode dormir aqui. - Ele abriu um largo sorriso ao ouvir isso. - SEM SEXO.

- OK!

- E, a partir do momento que você sair deste apartamento, aí sim, deixamos de ser peguetes e viramos amigos bizarros que já se beijaram muito.

- Me parece perfeito. 

Poncho pegou Anahí no colo dando selinhos nela, enquanto ela ria.

- Acho que minha família disfuncional está para chegar. Que tal irmos para o quarto?

- Quero lembrar que foi você que convidou. - Ele a carregou no colo até lá.