Fanfic: Como família - Ponny, Vondy, AyA, DyU | Tema: rebelde, rbd

Que ideia da Annie, querer que esse mal encarado fique na nossa festa. Ainda por cima, ele chama a Annie de Annie, que abuso!

Eu nunca entendi porque a Annie tinha tanta paciência para ele. Tá certo que ela sempre foi mais moleca e ele sempre foi tão imaturo! E eles ainda agem como se eu estivesse sendo grosseira. Será que eles não lembram quem foi que estragou meus quinze anos?

Eu, linda e bela, pronta para a minha troca de vestidos e eles estourando bombinhas no banheiro. A Tia Nádia nem viu minha troca de vestidos e minha mãe estava ocupada demais convencendo o pai dele e não matá-lo.

Até que gato ele ficou, mas eu conheço de outros carnavais e ele continua o mesmo metido a bad boy, nariz em pé de sempre.

Ah, tempo demais pensando no mesmo idiota. Vejamos… Meu look que já está separado desde o começo da semana é ou não é de tirar o fôlego do meu veterano?

*Dando uma voltinha na frente do espelho*

Sim, é! Eu só espero que eles venham, precisou de coragem da minha parte para fazer o convite.

*Batida na porta*

- Dul, você me empresta sua pran… Uau! 

- Tô bonita?

- Bonita? Amiga, parece que cem anjos morreram e o pozinho das asas deles foram usadas pra criar você.

- Vou entender como um elogio. Eu preciso estar gata, Annie. Eu convidei os veteranos do meu curso.

- Onde você conheceu veteranos de direito?

- No dia da matrícula, ué. Alguns vieram fazer a recepção, foram super simpáticos…

- E lindos, né? Com certeza foi essa a sua motivação.

- Angelique, Fernanda Fuzz, mas, a melhor parte é, Eduardo e Diego. Melhor, Di e Eddy.

- Eu sabia que você não perdia tempo.

- Eu só espero que os dois venham… Ops, os quatro. - As duas riram.

- Oremos! Agora… Me empresta a prancha.

Pouco depois, na cozinha...

       - Cadê a Annie? - Perguntou Christopher

       - Terminando o cabelo - Dulce respondeu seca e terminou de beber seu copo de água.

       - Cara, qual é o seu problema?

       - Como assim qual é o meu problema?

       - Desde que eu cheguei aqui você me trata tão mal que eu quase estou juntando minhas últimas economias para pagar um albergue.

       - E você vem me tratando tão mal que não parece que está na minha casa.

       - Você quer dizer a casa paga pelos pais da Annie?

      - Tá vendo? Você é insuportável!

      - Você é insuportável. Uma garotinha mimada. Da última vez que eu vim ao Rio, você me ignorou de uma maneira tão patética. Eu acenei para você, mas, no meu das suas amiguinhas, você jogou o cabelo e fingiu não me conhecer.

       - Você é mesmo uma vítima. Ninguém nunca tem motivos para ignorar você, né?

       - Ah, você com certeza tem, se acha superior só porque é bonita e sabe o quanto é sexy.

     Ucker discutia com Dulce que havia acabado de beber água e agora estava de frente pra ele, entre ele e a pia da cozinha.

      - Então… - Ela se aproximou um pouco mais. - Eu sou bonita e sexy?

      - Você? - Ele sentiu engasgar com a própria saliva, mas recuperou a compostura. - Sim, você é, de uma maneira bem clichê, mas eu admito que há quem goste. - Ele se aproximou mais dela e pegou a garrafa de água que estava sobre a pia. - Mas não é tão bonita quanto você mesma acredita que é. - Ele disse e saiu da cozinha.

    Dulce ficou imóvel por algum tempo. Não dava para negar, ele havia ficado mais antipático, mais cheio de respostas, mais alto e mais gato.

A campainha tocou e Dulce despertou de seu transe para abrir, eram Maite e Christian, os amigos mais diferentes e mais próximos que qualquer um poderia ter. Todos eram amigos desde a escola e era maravilhoso saber que eles estavam ali.

- Maaaaaaaaaai! - Antes que Dulce dissesse qualquer coisa, Anahí gritou do corredor.

- Oi, Annie! - Maite correu para abraçar a amiga.

- Parece que nada mudou. - Cris disse para Dulce rindo. 

- Isso é um alívio. - Ela sorriu e deu um forte abraço no amigo.

- Ai, Dul, princesa, me dá um abraço também. - Maite correu em direção a Dul.

- Gente! - Disse Anahí finalizando o abraço com Cris. - O Ucker está ficando com a gente por um tempo.

- Nossa! - Maite abraçou Ucker. - Faz tempo que eu não vejo você.

- Verdade! Tudo bem, Mai? Como vão as coisas, Cristian?

- Estamos bem! - Os dois responderam juntos e todos riram.

- Vem, gente! Eu vou mostrar a casa para vocês. - Convidou Annie bem empolgada.

*Campainha*

           - E eu vou atender a campainha. - Disse Dulce em direção à porta.

A turma de direito havia acabado de chegar. Eddy, Angelique, Fernanda e Diego cumprimentaram Dulce e acenaram para Christopher. 

Assim que Annie, Cristian e Maite voltaram para a sala, Cris e Mai foi buscar algo para comer e Annie reparou que Ucker bebia sozinho num canto.

           - Ei, como você se sente na primeira festa no nosso apê?

          - Annie, você sabe que esse apê não é nosso?

          - Ucker, desde quando nós dois nos conhecemos.

         - Aff, Annie. - Ele riu. - Que pergunta besta.

          - Besta porquê?

          - Porque você sabe muito bem que eu te conheço desde o dia em que você nasceu.

          - Você me conhece desde que eu nasci. Mesmo morando em Recife, vocês passaram boa parte dos meus Natais comigo, evitando que fôssemos só eu e meus pais. Você meteu a porrada em Bernardo Ferrero, lembra?

- Aquele seu vizinho escroto?

          - Ele mesmo. - Ela riu. - Aliás, você batia em qualquer um que me zoasse por ter dois pais. Você também me segurava nas costas pra que eu conseguisse pegar a goiaba no pé no sítio dos seus avós e também era o único que deixava eu entrar no queimado, porque eu era mais nova e ninguém queria brincar comigo, mas você brigava com todo mundo pra deixar eu entrar.

          - Eu odiava ouvir você chorando e, pra ser sincero, eu dizia que você ia ser só café com leite, só por isso eles te aceitavam. 

         - É, eu deduzi. - Ela riu. - Ucker, você pode ficar aqui tanto quanto a Dul, porque, para mim, vocês são minha família e me magoa muito saber que você não sente o mesmo por mim. - Ela abaixou o olhar. - Eu não tenho irmãos e boa parte da nossa família de sangue não concorda com o casamento dos meus pais.

        - Ei… - Ele levantou o rosto dela. - Me desculpe. As coisas não têm sido fáceis e eu sou muito orgulhoso. Odeio aceitar ajuda. Não estou acostumado a fazerem nada por mim sem jogar na minha cara.

       - Você nunca jogou na minha cara que ficou uma semana de castigo por bater no  Bernanrdo por minha causa.

      - Bater no Bernardo foi um prazer. - Os dois riram. - Mas, Barbie, nunca mais diga que eu não sinto o mesmo por você. Desculpe se te fiz pensar isso. Você é minha irmã. Você levou a culpa por mim no lance do Floquinho e quando eu quebrei a louça francesa da minha avó, você me manda mensagens de texto irritantemente toda semana, só pra saber como eu tô, mesmo que eu tente te ignorar. - Ela sorriu. - Você é mais do que meu irmão de sangue jamais tentou ser. Então… Annie… Anahí… - Ele tirou o cordão que estava em seu pescoço, ajoelhou e estendeu para ela. - Você aceita ser minha irmã caçula? Mesmo sabendo que eu sou orgulhoso, grosseiro e um pé no saco.

     - Oh, Christopher! - Ela fingiu drama. - Mil vezes sim!

   Os dois caíram na gargalhada. Então, Ucker deu algumas voltas do cordão no pulso de Anahí e fez um laço. Ela tirou um de seus anéis e colocou no dedo mindinho dele.

     - Pronto, eu nos declaro, irmão e irmã.

     - Obrigado, Annie. De verdade, por tudo, sempre.

     - Ah, que nada! Agora, que tal um gole dessa cerveja? - 
Annie tomou um bom gole da cerveja que estava com Ucker.