Fanfic: Como família - Ponny, Vondy, AyA, DyU | Tema: rebelde, rbd

- Nossa! Essa vista é mesmo um espetáculo. 

Cristian estava encantado com a vista, tanto quanto todos os outros amigos. O mirante era, de fato, um lugar incrível e pôr-do-sol deixava tudo ainda mais bonito. Havia uma barraquinha simples que vendia bebidas e petiscos. Eles escolheram a mesma mais próxima da vista e sentaram-se juntos.

- Também é a primeira vez que vemos este lugar. 

- É… Desde que a Annie e eu nos mudamos ainda não conseguimos sair muito.

- E eu menos ainda.

- Poxa, mas obrigada por terem essa ideia. É realmente o final perfeito para a nossa visita.

- Falando nisso, Mai, olha a hora…

- Nossa, Cris, tem razão. Passou voando, gente!

- Vocês ainda precisam passar lá no apê?

- Não, Annie. As malas já estão no carro do Ucker.

Pouco tempo depois, o carro de Christopher estacionava na Rodoviária. Faltavam apenas quinze minutos para a saída do ônibus de Maite e Cristian e Mai agradeceu a si mesma por ter comprado as passagens com antecedência.

- Cris, guarda nosso lugar na fila, eu vou comprar uma garrafinha de água pra nós.

- Ah, traz biscoitos!

- Tá, garoto! - Maite revirou os olhos.

- Eu vou com você. Quero ver se… É… Se tem aquele chocolate que vende na Rodoviária.

Ucker foi atrás de Maite, enquanto Dulce olhava pra eles com cara de desdém.

- Alguém acredita nesses dois?

- Tá rolando alguma coisa ali? - Anahí parecia perdida.

- Tá. - Cristian respondeu antes que Dulce pudesse dizer qualquer coisa. - Que foi? Eu ouvi a Maite contando pra você enquanto achavam que eu estava dormindo.

- Cristian, você é tão inadequado!

- Ah, Maria, não se faz de santa que você tava doida pra contar.

- Será que alguém pode me atualizar?

- Então, Barbie perdida, Maite e Ucker se pegaram ontem à noite. - Cristian falou como se fosse óbvio demais para Annie não saber.

- Uau! Isso parece tão…

- Clichê! - Dulce completou revirando os olhos. - O clichê do irmão da melhor amiga. Maite disse algo sobre isso.

- É… É clichê. Não acho que Ucker faça muito o tipo da Mai, mas já era a hora da minha amiga beijar outras bocas. 

- É.... Isso é verdade. - De repente, Dulce se sentiu culpada por não enxergar esse lado da situação. - O término com o Rodrigo não parece ter sido fácil.

- Não foi mesmo, meninas. Eu passei o máximo de tempo possível com a Mai. Ela não dizia o quanto precisava de ajuda, mas dava pra ver.

***

- E aí? Tem do chocolate que você queria? - Maite já estava com a sacola com a água e os biscoitos na mão.

- É… - Ucker mostrou uma barra. - Isso é mais um álibi.

- Ah… É? - O rosto de Maite corou um pouco, ela estava levemente sem graça.

- Não deu pra nos falarmos, né? Quando estamos todos juntos, fica difícil qualquer tipo de privacidade.

- Sim… - Ela riu. - Privacidade não é nosso forte. O que você queria falar?

- Agora eu não sei se queria falar algo… - Ucker se aproximou de Maite. - Mas você vai voltar pra Angra e… - Ele a segurou, levemente, pela cintura.

- E só nos veremos, se for possível, no meio do ano.

- Exatamente. - Eles já estavam bem próximos e Ucker olhava dos olhos para a boca de Maite. - Você acha que nossos beijos poderiam estragar nossa amizade.

- Tenho certeza que não… Sabemos o que está acontecendo aqui. Algo leve… Bom…

- Gostoso…

Maite diminuiu a distância entre os dois e seus lábios tocaram os de Ucker. Ele fez mais pressão na cintura dela, fazendo com ela estivesse mais perto dele. Não era um beijo suave e profundo como os que ela tinha com Rodrigo, aqueles beijos que, só depois, ganham a intensidade e o fogo digno de uma paixão de verdade. Com Ucker ela sentia leveza, desejo, o gosto de algo confortável e desprendido, de alguém que você conhece e com quem sabe exatamente até onde pode ir.