Fanfic: Como família - Ponny, Vondy, AyA, DyU | Tema: rebelde, rbd

Annie: Onde vc ta?

Mai: Longe. Nosso ônibus acabou de sair, doida

Mai: O q foi?

Annie: Desde quando vc conta coisa pra Dul e ñ conta pra mim?

Mai: Ta falando do Ucker?

Annie: Claro

Mai: Foi mal. Com o Poncho e tudo mais. Nao tive tempo pra falar com vc. 

Mai: Tbm não sei como foi c vc e Poncho.

Annie: Nada demais. Nada tao interessante qnto vc e meu irmao.

Mai: Tbm nao foi nada demais.

Mai: O sinal ta indo e voltando. Se eu ficar sem responder, já sabe.

Annie: Me avisa qndo chegar. Quero saber de tudo.

Mai: OK

***

- Alguém sabe dizer o que vamos jantar hoje? - A voz de Dulce, no banco de trás do carro, chamou a atenção de Annie e Ucker.

- Ham?

- Tá dormindo, Anahí?

- Não, Dulce! Deixa de ser chata. Eu tava distraída.

- Garota, você não dá um segundo de paz.

- Calado, Uckermann.

- Você sabe que tá no meu carro, né, Dulce Maria?

- Sim, sei. Por isso eu disse só “calado” e não disse coisa pior. 

- Cara… - Ucker olhou rapidamente para Annie que estava ao seu lado, no banco do carona. - Eu desisto.

- Fala, Dul. Direto ao ponto.

- Não tem nada pronto em casa. O que vamos comer?

- Pizza? - Annie perguntou sorrindo.

- Assim, o dinheiro de um mês vai terminar em uma semana e nossos níveis de colesterol vão passar do que é possível contabilizar.

- Cara, esse assunto de dinheiro… É algo que não tá dando mais pra adiar. Não sei o que fazer.

- Elementar, minha cara Anahí, precisamos arrumar um emprego.

- Deus me perdoe por dizer isso. Mas a Dulce tem razão, Annie. Eu descolei um emprego com um amigo que trabalha em um bar. Se precisarem de ajuda para conseguir algo…

- Eu não sei se sou capaz de aguentar você mais tempo do que já aguento, Uckerzinho.

- Então, tá combinado assim. - Anahí interrompeu a discussão. - Comemos pizza hoje e amanhã começamos a organizar nossa vida.

***

- Ei! Posso entrar?

Anahí estava na frente do espelho, terminando de tirar a maquiagem, quando Dulce entrou pela porta.

- Claro! Parece que não ficamos a sós faz dias.

- Parece mesmo. - Dulce sorriu e sentou na beira da cama, de frente para Anahí.

- E então?

- Certo. Poncho, né?

- Sim! - Dulce balançou a cabeça sorrindo.

- Ai, Dul… - Anahí jogou os lencinho removedor de maquiagem no lixo e sentou em uma cadeira, de frente para Dulce. - Não foi nada fácil, mas não rolou nada além de beijos e amassos.

- Então, você seguiu nosso conselho?

- Sim… Na verdade, o que você e Maite disseram ficou ecoando na minha cabeça. 

- Porque tínhamos razão.

- Sim… - Anahí riu. - Porque tinham razão, pimenta. Poncho é um galanteador. Tem bom papo, é bonito e, pra piorar, tem pegada.

- Os piores melhores caras.

- Exato! E eu meio que disso isso pra ele.

- Que ele era o pior melhor cara?

- Não exatamente. - As duas riram. - Disse que eu ia acabar me machucando e que seria burrice minha continuar ficando com ele sabendo o final.

- Jura? - Dulce já estava gargalhando. - Sua sinceridade é maravilhosa, Annie. E ele?

- Ele não me desmentiu, né… Sabe que não vale nada. Mas implorou para sermos amigos.

- Ah é? Amigos? - Dulce olhava desconfiada.

- Sim. Eu disse que era meio doido, mas, ele insistiu, deu mil justificativas. Não pareceu um truque pra ficar comigo, até porque, ele já ficou comigo.

- É… Nisso você tem razão.

- E realmente é bom conversar com ele. A gente pegou no sono depois de tanto conversar.

- Conversar? - Dulce fez seu olhar desconfiado. - Fala sério comigo, Barbie Tarada!

- Tô falando sério, garota! Depois que fomos para o quarto, não rolou nem beijinho. Conversamos, rimos, falamos da vida e, quando dei por mim, já estava acordando no dia seguinte.

- Dormiram um ao lado do outro e só conversaram.

- Isso. Ele deixou bem claro que não quer nada sério. E eu deixei claro que não me sairia muito bem sendo uma das presas dele. Então, mal percebi, já estávamos agindo como amigos. Adormecemos na mesma cama, mas ele foi pro chão no meio da noite. Parece que eu bati nele…

- Ah, você faz isso!

- Sim. Achei que ele tivesse ido embora, mas não. Estava ali, deitado no chão, pronto para implorar mais uma vez pra ser meu amigo e tomar café da manhã com toda a nossa família de sem noções.

- Uau! - Dulce não conseguia parar de rir. - E aguentar esse povo. Ele quer mesmo ser seu amigo.

- Acho que sim. Mas o pior você sabe…

- E tem o pior?

- Sim… - Annie riu. - Eu também quero ser amiga dele.

Na conversa com Maite, um pouco depois do diálogo com Dulce, Anahí repetiu tudo o que contou para Dul. Também quis saber dos beijos entre a amiga e Ucker.

Maite falou da queda que tinha por Ucker, do quanto o beijo foi bom e de como não procurava algo sério agora e que ainda pensava em Rodrigo. Depois, falaram da faculdade, dos planos para o futuro e de possíveis empregos para Anahí.