Fanfic: Como família - Ponny, Vondy, AyA, DyU | Tema: rebelde, rbd

- Eu só espero que vocês não estejam bêbados ainda.

A presença e a voz de Dulce preencheram o lugar. Ela deu um abraço em Anahí e depois se jogou em uma cadeira.

- Não viaja, Maria! Eu nem posso beber muito hoje.

- Tá. Você está proibida de andar com esse daí. Já tá me chamando de Maria.

- Anahí aprende rápido com as pessoas certas.

- Ela aprende rápido o que não presta.

- Certo… É bem estranho ouvir vocês falando de mim como se eu não estivesse aqui e como se eu fosse uma adolescente que brigou na escola. Vou ao banheiro e espero encontrar meus amigos e não meus pais quando eu voltar.

Anahí levantou e saiu rumo ao banheiro, deixando Zendaya, Dulce e Ucker sozinhos na mesa. Ucker olhou Dulce por alguns instantes. As ondas vermelhas caíam pelo rosto dela e formavam uma bela moldura para o rosto. O delineador preto não só realçavam os olhos castanhos de Dulce como também diziam muito sobre a atitude dela, era uma garota que carregava, com segurança, as maquiagens chamativas, fossem os delineadores pretos ou os batons vermelhos.

- O que está olhando?

- Queria saber onde está o seu mauricinho de estimação.

- Se está falando de Eddy, não que seja da sua conta, mas ele não é um mauricinho, é um trabalhador.

- Ah… - Ele bebeu o último gole da cerveja. - E onde ele trabalha mesmo?

- Aff! - Ela bufou em protesto. Não precisava responder, Ucker sabia que Eddy trabalhava na loja da família. - Joe! - Dulce desconversou acenando para o chefe. - Sou cliente hoje. Quem tenho que matar para conseguir uma cerveja? Ei… - Dulce olhou de repente para Zendaya que a observava com olhos atentos - E quem é essa aí?

- Eu sou Zendaya. Zend. Sou da mesma turma que Anahí. - Zendaya abriu um grande sorriso.

- Ah, me desculpe, Zend. - Dulce retribuiu o sorriso. - O meu ranço pelo Ucker me deixa cega. 

- Ah, claro. Dá pra ver que vocês têm muito ranço. - Zendaya deu um risinho.

- O que quer dizer com isso? - Perguntou Dulce.

- A senhorita pode buscar sua cerveja. - Sorriu Joe colocando a garrafa gelada na mesa e interrompendo o climão.

- Justo no momento da minha folga, Joe?

- Está certo, madame. Está tudo do seu agrado?

- Traga uma porção de batata e outra de camarão. Pode ser, Joe? São os favoritos da Annie. O Ucker vai pagar.

- Ah é? - Joe sorriu olhando para Ucker. - Está ciente disso, Ucker?

- Maria adora fazer graça com o que não é dela, Joe. Mas pode trazer por minha conta. Nossa quase irmã conseguiu um emprego novo e estamos comemorando.

- Ah, que legal! Camarão e batatas então, já trago!

- Também adoro camarões e batata! - Zendaya bateu palminhas e Ucker e Dulce olharam para ela.

Anahí chegou no exato momento em que Joe se retirava da mesa.

- Eu ouvi falar em camarão e batatas?

- Sim! Eu pedi. Sei que são seus favoritos. - Anunciou Dulce sorrindo.

- Você é inacreditável, Dulce Maria. - Bufou Ucker.

***

- Certo, Poncho, o que exatamente você quer de mim? 

Poncho engasgou com a própria bebida ao ouvir a pergunta direta e reta de Danna.

- Como assim? - Ele perguntou com um leve sorriso nos lábios.

- Certo, Poncho. Eu já ouvi falar de você. Já ficou com boa parte das calouras de psicologia e boa parte das calouras de outros cursos também. Deixa bem claro que não quer nada sério, mas sempre tem uma ou outra que acha que é a mulher escolhida que pode mudar você. E você sabe muito bem se aproveitar disso.

- Uau. Você andou pesquisando.

- Não precisei pesquisar. Você anda me perseguindo feito mosca varejeira. Eu só perguntei e obtive facilmente a resposta sobre quem diabos era você.

- Você realmente é única, Danna. - Disse Poncho rindo.

- É claro que sou. Assim como cada uma dessas garotas que você experimentou e seguiu em frente. Sei que deve haver uma história triste sobre como você se tornou um cara incapaz de me apaixonar, mas eu não me importo. Entretanto, ouvi dizer que você tem pegada e estou com saudades dos sabores da minha terra depois de tanto tempo na Europa. Eu não serei uma dessas garotas que acha que vai mudá-lo, Alfonso, mas quero saber se sua fama tem razão de ser e seria legal ter uma noite de sexo sem compromisso.

- Uau… Sem pressão, né?

- É… - Danna deu de ombros. - É pegar ou largar.

- Bem, acho que óbvio que eu pego.

- Ótimo! - Ela pegou um guardanapo e retirou a caneta que prendia seus cabelos. - O endereço da minha irmã, onde estou morando, e meu telefone. Esteja lá às 22h.

Danna despediu-se do resto da mesa e disse que precisava resolver algumas coisas em casa. Poncho voltou à mesa de Annie dizendo a todos que precisava se despedir da amiga.

- Certo. - Disse Poncho sentando perto de Anahí e cochichando para ela. - Você não vai acreditar. - Ele entregou a ela o guardanapo.

- Um guardanapo?

- Olha, Annie.

Anahí olhou para o guardanapo onde a letra de Danna desenhava seu número de telefone e endereço. Annie não sabia que sentiria o rosto queimar ao ler aquilo, nem pensou que a garganta ficaria seca de repente.

- Parabéns. - Annie esboçou um sorriso e tomou mais um gole de cerveja.

- Obrigado por me obrigar a fazer isso hoje, Fada Sensata.

- Ah, disponha. - Anahí ofereceu um sorriso - Acho que você deveria ir para casa, né? Tomar um banho, se arrumar.

- Certo. Mas, quer almoçar comigo amanhã?

- Será que você terá disposição para isso.

- Deixa de ser boba, Fada. - Ele apertou o nariz dela.

- Vai querer me contar todos os detalhes? É isso?

- Não, Annie. Por que está falando assim? Eu vou querer saber todos os detalhes do seu primeiro dia.

- Ah… Certo… Tudo bem, podemos almoçar juntos então.

- Ótimo! - Poncho se levantou, abraçou Annie por trás e deu um beijo no topo de sua cabeça. - Você é a melhor! Tchau, gente! Até mais. - Ele se dirigiu a toda a mesa.

- Tchau, Poncho. - Zend, Dul e Ucker responderam em uníssono.

- Tá tudo bem, Annie? - Perguntou Zendaya.

- Por que todo mundo fica me perguntando isso? Vou começar a trabalhar em uma academia de dança incrível amanhã. Está tudo ótimo. - Ela se levantou. - Vou ao banheiro.

- Ela parece realmente ótima… - Comentou Zendaya assim que Anahí se foi.