Fanfic: Como família - Ponny, Vondy, AyA, DyU | Tema: rebelde, rbd

Assim que Dulce e Anahí sentaram no uber se entreolharam.

- Como assim você e…

- Nem precisa terminar a frase, Annie. Nos beijamos na cozinha do bar esta tarde. Mas eu não sei o que posso te dizer.

- Que tal dizer como isso aconteceu, o que sentiu, ou o que disseram depois?

- Ora… Aconteceu que paramos de brigar por um instante e, quando nos demos conta, estávamos super atraídos e ninguém queria se afastar. Bem, pelo menos foi o que pensei, mas, pelo visto, eu não sei nada desse cara.

- Ai, Dul, não sei… Não sei se dá pra fingir uma coisa assim.

- Anahí, entenda, nessa vida é possível fingir qualquer coisa. 

- É… Acho que você tem razão.

- E, no fim, nós não dissemos nada, porque o Eddy apareceu lá e o Joe foi me chamar. 

- Ah, o Joe chega nos piores momentos. - Anahí riu.

- E ele já chegou gritando que tinha chegado meu namorado. Acredita?

- Ah, essa é boa. Mas… Dul, me diz. O que o Eddy é seu? Quer dizer, estamos indo de mala e cuia pra casa dele.

- Sim, mas estamos indo para lá mais pela sua amizade com o Poncho do que por qualquer outra coisa.

- É, sim, mas ainda assim ele está lá.

- Eu sei. - Dulce pareceu reflexiva. - Eu não sei o que há entre mim e Eddy. Mas eu sei o que há, agora, entre mim e Ucker e é um profundo ódio.

- É, eu tenho que concordar, o Ucker foi um idiota, mas… Não sei, acho que estou mais magoada que qualquer outra coisa.

- Não é pra menos. Até ontem ele era seu irmão que te levava ao trabalho e preparava seu café da manhã e hoje já é uma cobra naja.

- Pois é. - Annie recostou no ombro de Dulce. - Agora somos só nós.

- Sim! - Dulce acariciou os cabelos de Annie. - Acho que é como deveria ser, minha Barbie.

Algum tempo depois, Anahí já estava novamente com Poncho, deitada em sua cama, enquanto ele permanecia sentado na beirada para conversar com ela.

- Tá confortável?

- Tô. Você está me tratando como se eu fosse de porcelana.

- É que faz tempo que eu não recebo alguém aqui. Na verdade, eu evito trazer garotas pra cá. 

- Ah, para. - Anahí fez uma cara debochada. - Não me fez sentir especial.

- Ah, bobona. - Ele apertou o nariz dela. - Você é minha amiga. Minha melhor amiga. E não minha peguete. E, para as peguetes, a gente tem o anexo em cima da loja que é muito mais discreto e íntimo.

- Uau! Você é mesmo um cavalheiro.

- Ah, para! Eu faço o que posso. - Disse Poncho rindo ao ver Anahí revirar os olhos. - Mas, hein, Annie… Como você tá?

- Eu sei lá… Eu tô com raiva dos meus pais, né? E do Ucker também, talvez mais. Meus pais são doidos, disso eu já sabia. Mas o Ucker…

- Mas, Annie, isso que não faz sentido pra mim. Você diz que seus pais são doidos, mas eles te deixaram ir aos Estados Unidos pra estudar dança.

- Acontece, Poncho, que eu fiquei em um internato e meus pais me monitoravam todo tempo através da direção do curso. E mais, quase todo mês se despencavam até lá só pra me ver. Gastaram os tubos.

- Uau! Eles são pais dedicados demais, hein.

- Sabe o que é, Poncho… Às vezes, eu acho que sou o investimento deles, pelo preço da inseminação e tudo mais.

- Ai, Annie… Que horror. Não pensa assim. É que você é filha única e é tão menininha. - Poncho apertou o nariz de Anahí.

- Cala a boca, Alfonso. Menininha é a sua avó.

- Acho que não… 

- Mas a questão, Poncho, é que eu também estou ansiosa, porque não sei o que fazer com a minha vida. Não quero voltar para aquele apartamento, não quero viver com o Ucker, mas mal temos grana…

- Ei, eu já disse que vocês podem alugar o puxadinho por um preço mínimo, já falamos disso. 

- Sim, e eu agradeço. Mas enquanto tudo isso não estiver resolvido, eu morro de ansiedade. Não sei nem se vou poder grudar o olho.

- Quer que eu conte uma historinha pra você dormir?

- Não começa a me tratar como um bebê, Alfonso. 

- Ah! - Ele engatinhou até sentar ao lado dela na cama. - Mas você é um bebê que eu já beijei na boca.

- Nossa… - Annie olhou pra ele com cara de nojo.

- Isso soou bem nojento, né? - Perguntou Poncho e viu Annie fazer que sim com a cabeça. - Acho que eu sou retardado.

- Também acho. - Anahí riu e encostou a cabeça no ombro de Alfonso. - Mas é tão idiota que me faz rir.

- É meu dom. - Ele beijou o topo da cabeça dela. - Escuta. - Poncho pegou o celular. - Vou colocar um desses sons pra dormir que tem na internet e vou ficar aqui do seu lado. Prometo que não vou pegar no sono aqui. Eu vou pro chão assim que você dormir.

- Você vai acabar dormindo antes de mim.

- Não, não vou. Sabe por quê? 

- Não, geninho. Por quê?

- Porque você está exausta e, como dizia minha mãe, basta a cada dia o seu mal. Toda vez que você pensar nisso de onde vai morar, vai dizer a si mesma: isso é um problema de amanhã. Até convencer você mesma a deixar isso para amanhã e dormir. Ok?

- Huuum… - Annie desceu na cama até estar totalmente deitada. - Ok! - Disse olhando para cima até olhar nos olhos de Poncho. - Obrigada, amigo. - Ela disse fechando os olhos.

- Por nada, Fadinha.