Fanfic: Como família - Ponny, Vondy, AyA, DyU | Tema: rebelde, rbd

Dulce sabia para onde Ucker ia quando estava irritado. Havia passado toda a adolescência com aquela paixonite boba por ele, então, observava seus hábitos. Quando havia brigas ou problemas, ela sempre via Christopher correr para a quadra da escola. Era fácil pular o muro e ele sentia um maior alívio ao fazer esportes.

Assim que Dul chegou perto da quadra da escola, ouviu o barulho da bola de basquete batendo no chão.

- Bingo! 

 Dul riu ao pensar que aquela não era a primeira vez que escalava um muro. Assim que ela subiu e chegou ao topo, ficou lá em cima, sentada, com as pernas balançando. De repente, descer parecia bem mais difícil que subir. 

- Ucker! 

Dulce tentou não gritar muito alto, estavam invadindo a escola, mas Ucker, absorto em seus pensamentos, não ouviu. Dul revirou os bolsos em busca de algo e tudo o que encontrou foi um pacote de bala halls. Sem pensar duas vezes, jogou o pacote de balas na direção de Christopher. O pacote passou por ele, bem rente ao rosto, até se espatifar no chão.

- O quê? - Ucker olhou confuso ao redor.

- Ei! - Dulce chamou mais uma vez.

- Dul? - Ucker estava surpreso. - Meu Deus! Garota louca! - ele correu até o muro. - O que está tentando fazer?

- Estava procurando você, mas agora… Bem… Descer não parece tão tranquilo quanto subir…

- Maria… - ele não conseguiu deixar de rir.

- Já falei sobre me chamar de Maria. Sei que não posso fazer nada daqui de cima, mas eu vou chegar aí.

- Não se eu não ajudar você. - ele riu. - Calma. - ele olhou ao redor e encontrou alguns bancos. - Aqui. - Ele pegou um dos bancos. - Vou subir no banco e te ajudar a descer, ok.

- Sim. Sem pressa. - ela ironizou. - Não é como se alguém fosse me ver sentada neste muro, né?

- Ei, ninguém mandou subir num muro, maluca. - Ucker subiu o banco e segurou as pernas de Dul.

- Ei! 

- Preciso tocar em você, ou você prefere ficar aí?

- Certo. - Dulce revirou os olhos. - Vou escorregar para baixo.

Dulce apoiou-se no muro e começou a escorregar para baixo, sendo apoiada por Ucker. Assim que desceu mais, ela escorou sem peso em Christopher e ele a segurou, mas não demorou muito até que o banco pendesse para o lado e os dois se desequilibrassem caindo no chão. 

- Ai! - Dul reclamou ao tombar no chão por cima de Ucker.

- Ai!! - Ucker gemeu espatifado no chão. 

- Tá tudo bem? - Dul levantou o corpo, permanecendo sobre Ucker, mas apoiada em seus próprios braços. - Sente dor? Ai, eu machuquei você? - ela começou a mexer nele. - Desculpe. Não deveria ter vindo até aqui, mas você é um idiota, sumiu. 

- Ei.

- Tá, não é hora de chamar você de idiota, mas você é…

- Ei.

- O que foi? - ela parou e olhou para Ucker. - Dói um pouco, mas acho que estou bem. Um banquinho não é uma grande altura para alguém do meu tamanho e, além disso, Dulce Maria está bem em cima de mim e parecendo preocupada. Não é uma coisa que acontece sempre.

- Aff. - ela revirou os olhos. - Não acontece nunca. 

Dulce tentou levantar, mas Ucker a puxou pelo braço e ela caiu sobre ele, com os lábios quase encostando e os olhos fixos uns nos outros.

- Somos só nós, Dul. Mais ninguém. 

Dulce fechou os olhos, tentando afastar qualquer pensamento que envolvesse aquele momento com Ucker, mas era impossível. Christopher começou a roçar seus lábios, delicadamente, nos lábios de Dulce e ela não o afastou. Era impossível pensar com ele ali tão perto dela. 

Aos poucos, Ucker sentiu Dulce abrir seus lábios lentamente e dar espaço para que ele a beijasse como quisesse. Ele levou a mão direita até a cintura dela, fazendo com que Dul chegasse mais perto. Os corações pareciam bater no mesmo compasso. Com a mão esquerda, ele começou a acariciar o rosto dela, fazendo com que a ruiva sentisse um choque percorrer todo o seu corpo a cada novo toque.

- Ucker… - ela sussurrou, ainda com a boca colada à dele.

- Não… - ele permaneceu de olhos fechados. - Não fala. Não quero estragar tudo.