Fanfic: Como família - Ponny, Vondy, AyA, DyU | Tema: rebelde, rbd

Dulce ligou para Annie assim que ela e Ucker conseguiram pular o muro para fora da escola. Anahí sentiu-se aliviada ao ouvir que Christopher estava melhor e queria vê-la. Ela estava na sorveteria próxima à praia com Poncho e mal podia esperar para ver o irmão.

- Alfonso! - Dulce chegou à sorveteria acompanhada por Ucker. - Você está em Angra… Ultimamente, você tem estado em todos os lugares.

- Dulce! - Poncho riu. - Sempre tão doce…

- Vocês juntos são sempre um show à parte. - Anahí riu tentando distrair a ansiedade por falar com Ucker.

- Como vai, Poncho? Estou surpreso que esteja aqui. - Comentou Ucker.

- Pois é… Fazia tempo que eu queria conhecer Angra e meu pai me devia uma folga…

- E Annie estava aqui… - Dulce completou.

- Muito perspicaz, Maria. - Poncho piscou para Dul e Ucker riu.

- Não me chame de Maria! - ela irritou-se com Poncho. - Para de rir! - ela virou-se para Ucker. 

- Deixem a Hurricane em paz, gente! - Annie tentava segurar o riso.

- Annie… Como você está? - Ucker desmanchou o sorriso e dirigiu-se a Anahí.

- Eu? Eu estou bem… Eu acho… Mas e você? - ela levantou-se e caminhou até Ucker.

- Eu… Estou melhor. Por incrível que pareça, conversar com Dulce me fez bem. - ele sorriu.

- Obrigada pela parte que me toca. - Dulce revirou os olhos. - Vem, Alfonso, vamos até a praia, quero que conheça o cais.

- Claro! - Poncho levantou e acompanhou Dulce, deixando Ucker e Anahí sozinhos.

- Eu… - Ucker e Annie disseram ao mesmo tempo assim que ficaram a sós.

- Você primeiro. - Annie deu a vez a Ucker, acreditava que era mais importante o que ele tinha a dizer.

- Eu tô confuso. Confuso, irritado com as mentiras, com a minha mãe, com a tia Bel… Me sentindo traído e sentindo como se minha vida fosse uma mentira. - ele respirou fundo, deixando claro como era difícil dizer tudo aquilo. 

- Eu imagino… - Annie olhou Ucker com carinho e acariciou a mão dele.

- Annie, é tão difícil para mim dizer tudo o que estou sentindo. É difícil até entender o que estou sentindo. - ele riu e ela sorriu também. - Mas eu percebi que você é a pessoa que melhor pode me entender e a Dul me ajudou a me entender.

- Isso é ótimo. - Annie sorriu. - Eu estou aqui pra você. 

- Eu sei. - ele beijou a mão dela. - Você sempre esteve. Mesmo quando eu fui o imbecil que traiu você e a Dul. Nem assim vocês me deixaram desistir da faculdade.

- Você era nossa família. Quer dizer… Agora ainda mais. - Annie riu.

- É… Agora não vai se livrar mais de mim.

- Ah, Ucker! - ela sorriu para ele e o abraçou. - Eu te amo tanto, meu irmão!

- Eu também. - ele a apertou mais forte. - Saber que sou seu irmão foi a melhor parte de toda essa confusão. Eu já te sentia tão minha irmã, tão parecida comigo e tão diferente.

- Eu sempre quis um irmão.

- É, mas… - ele interrompeu o abraço. - Tem ainda o seu pai. O… Nosso pai… E o seu outro pai que não deve estar feliz…

- Eles devem estar conversando a uma hora dessas, mas meu pai Jorge é muito ponderado. Ele vai entender que tudo isso foi antes dele existir na vida do dad e também vai entender que você não tem culpa de nada. Muito pelo contrário.

- Sim. - Ucker abaixou a cabeça. - Eu não tenho sangue dele, Annie… - ele olhou para Anahí. - Não tenho o sangue daquele monstro que batia na minha mãe.

- Não. - ela sorriu e acariciou o rosto dele. - Você não tem. Você não tem nada dele.

- Mas eu cresci com ele, sabe?

- Eu sei, querido. Eu sei. Mas, olha… Ser filho do Pedro é muito legal, tá? É difícil… Ele é grudento e vai te tratar como criança, mas… É bom no fim das contas.

- Não sei se ele será assim comigo, Annie…

- Ah, querido, pode ter certeza que sim. - ela beijou o rosto dele. - Eu te amo e você é o melhor irmão que eu poderia querer.

- Você que é, Barbie! - ele apertou a bochecha dela. - Agora… Dando uma de irmão, o que é que o Alfonso está fazendo aqui, hein? - ele sentou-se na cadeira e encarou Anahí.

- Bem… - ela sentou-se na outra cadeira. - Eu estava ouvindo a conversa da sua mãe com a madrinha, quando o Poncho ligou e…

Enquanto Anahí contava toda a história para Ucker, Dulce e Poncho olhavam o mar, do outro lado da rua, no cais.

- Poncho, gostaria de aproveitar que estamos a sós.

- Ah, ruiva, não sei se é uma boa nós dois… - ele ria.

- Cara, eu tento te odiar um pouco menos, mas você não coopera.

- Ok! - ele levantou as mão em sinal de rendição. - Diga, Dulce Maria.

- O que você quer com a Annie?

- Ham? Como assim? Você já me perguntou isso, Dulce.

- Sim. Mas isso foi antes de você se despencar até aqui só pra ser o herói da Princesa Annie.

- Do que você está falando? - ele riu.

- Estou falando que você largou tudo em Niterói pra vir socorrer a Anahí e agora eu vejo que você não para de babar enquanto ela fala.

- Não viaja, Dulce! Anahí é minha melhor amiga. 

- Ok, Poncho. Eu sinto algo pelo Ucker. 

- Oi? Por que está me dizendo isso?

- Porque serei sincera com você para que seja sincero comigo. É com seu irmão que eu quero e vou ficar. Ele tem a cabeça no lugar, quer as mesmas coisas que e eu e nós dois estamos começando algo legal. Mas eu sinto algo pelo Ucker que eu não sei explicar.

- E por que cargas d’água você quer insistir no sem sal do Eddy?

- Porque Ucker e eu não daríamos certo e é bobagem insistir em algo que não vai nos fazer bem. Temos desentendimentos demais e teremos mais se engatarmos um romance. Além disso, olha toda essa relação familiar! É uma loucura!

- É… Nessa parte você tem razão. Mas eu ainda torço mais por você e o Ucker.

- Que seja! Agora seja sincero comigo. - ela encarou Poncho e ele suspirou fundo.