Fanfic: Como família - Ponny, Vondy, AyA, DyU | Tema: rebelde, rbd

Em um canto da pista de dança, Dul, Ucker, Zora e Chris curtiam a balada. Dulce sentia que havia algo estranho entre os três, mas não conseguia entender o que era. 

- Vamos pegar mais bebidas? - Zora disse puxando Christian pelo braço.

- Ei! - Dulce gritou, mas os dois já tinham ido.

- Calma. Eles já voltam e eu não mordo, Dul. - Ucker tinha um sorriso irônico nos lábios.

- Esses dois estão me abandonando. 

- Fala sério, Dul… - Ucker se aproximou, falando perto do ouvido de Dulce. - É tão ruim ficar sozinha comigo?

- Ucker… - Dulce fechou os olhos e sentiu sua perna tremer diante de toda aquela proximidade com Ucker.

- Dul… 

Ele já estava bem perto dela e sua mão direita repousava sobre a cintura de Dul, enquanto a esquerda prendia alguns fios de cabelo ruivos atrás da orelha de Dulce. 

- Eu pedi a eles um minuto com você, Dulce. Eu precisava de um instante sozinho com você.

- Pediu? Precisava de um minuto? Por quê? - Dulce mantinha os olhos fechados, sentindo a respiração de Ucker bem perto do seu ouvido.

- Eu precisava saber se era coisa da minha cabeça, ou se a gente, de fato, não consegue ficar a sós sem pegar fogo. - ele aspirou o perfume dos cabelos de Dul. - E quer saber, Dul. - Ucker se afastou e olhou para Dulce. - Você me tira mesmo do sério.

Dulce ouviu as palavras de Ucker e abriu os olhos, encontrando com o olhar de Christopher. Ela evitava olhos nos olhos dele, porque se perdia neles.

Dul não conseguiu dizer nada, as palavras, simplesmente, ficavam presas na garganta. Ela só conseguia olhar para Ucker, para os olhos e para a boca. O desejo de provar, mais uma vez, aquele beijo era enorme e crescente.

- Eu preciso beijar você.

Ucker disse sem tirar os olhos de Dulce. Depois, puxou Dul pela cintura, colando os corpos e buscando, com ansiedade, a boca da ruiva. O beijo dos dois era desesperado, apressado, urgente, como quem bebe um copo de água depois de um dia inteiro com sede. 

A mão direita de Ucker pressionava a cintura de Dulce, enquanto a mão esquerda não saía da nuca da ruiva. Dul, por sua vez, tinha um dos braços jogados sobre o ombro de Christopher, enquanto a outra mão se enterrava entre os cabelos castanhos dele. Ela dava leves mordidinhas no lábio inferior dele, o que fazia com que ela a pressionasse ainda mais contra seu corpo.

- Eu quero você, Ucker. - Dulce disse entre beijos.

- Dul… - Christopher parou os beijos para olhar melhor para Dulce. - Eu também quero você.

- Quero você por inteiro. - Dul ainda sentia que lhe faltava ar. - Gostaria de poder ter você agora.

- Ah, Dulce. - Ucker sorriu. - Vem.

Ucker pegou Dulce pela mão e caminhou com ela até a frente da boate, já do lado externo, aonde algumas pessoas iam para fumar e onde a música já quase não se ouvia.

- Foge comigo. - Ucker disse colando o corpo ao de Dul, segurando a ruiva pela cintura. - Vamos passar a noite juntos.

- Ucker, não dá. Não hoje, não agora…

- Por que não?

- Ucker, eu tenho um…

- Namorado? E você acredita nisso? - ele riu.

- Aff, Ucker!  - Dul revirou os olhos. - Parece o Poncho falando.

- Sim, porque todo mundo vê que esse namoro não tem cabimento.

- Mas não seria certo.

- Nada está certo nesse mundo, Dul. E nós dois… Nós dois vivemos nos desencontramos, nossa vida é uma eterna montanha-russa. Não quero deixar para amanhã e perder a chance, deixar passar o momento.

- Você é louco! - Dulce riu. - E para onde iríamos?

- Não sei… Talvez passar a noite no surf. Vai dizer que nunca teve curiosidade de conhecer o hotel queridinho dos turistas?

- Com certeza! - ela gargalhou. - Mas somos garçons que não têm grana pro Surf.  

- Talvez eu tenha guardado algum dinheiro desde que fui morar em Niterói, já que sua mãe e o meu atual pai pagavam quase todas as despesas necessárias.

- Ah… - ela jogou os braços em torno do pescoço de Ucker. - Seu dinheiro de espião.

- Não exatamente. O dinheiro de espião foi devolvido para vocês, mas eu também economizei dinheiro sendo espião. - ele riu, mas era um riso sem graça. - Até porque, diferentemente de você, eu não tive muita vida social.

- Só com Angel, né… - Dulce revirou os olhos.

- Tá vendo? Angel é uma bobagem e eu já sinto medo de voltarmos a brigar. Eu quero aproveitar o hoje.

- Está certo. - Dulce deu um selinho em Ucker. - Vamos aproveitar o hoje. Eu não quero mesmo voltar para aquela casa.  

- Sério. - Ucker abriu um enorme sorriso. - Surf então? 

- Sim! Me dê uma noite de rainha. 

- Ah, com toda a certeza. - ele a beijou apaixonadamente. 




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