Fanfic: Como família - Ponny, Vondy, AyA, DyU | Tema: rebelde, rbd

- Ai… - Anahí gemeu e se remexeu um pouco sobre o peito de Poncho.

- Annie? - ele perguntou baixinho, ainda sem saber se ela estava acordada.

- Minha cabeça… - Anahí levou a mão à cabeça, ainda de olhos fechados.

- Tá doendo? Como você está?

Anahí sentou na cama e olhou para Poncho. De repente, ela percebeu que havia dormido sobre ele e, pouco a pouco, algumas lembranças do dia anterior foram voltando. Ela havia dito muita coisa. Havia tentado fazer muita coisa. Agora, estava muito envergonhada.

- Eu tô bem… A cabeça dói um pouco… Que horas são?

- Dez e meia. - Poncho respondeu olhando o celular. - Eu vou até a farmácia comprar algo para a sua dor de cabeça. 

- Não precisa… - Annie responde sem graça, ainda sem olhar para Poncho.

- Precisa sim. Vá tomar seu banho, Annie. Vou providenciar o remédio. Você ainda tem um almoço pela frente.

- Droga! O almoço… O que eu faço? Não posso ir com a roupa da balada. Meus pais vão sacar que eu dormi fora e vão me encher de perguntas. 

- Vai tomar seu banho, Annie… Depois decidimos isso.

- Ok…

Enquanto isso, Dulce e Ucker já haviam terminado o banho. Christopher, sentado na cama, observava Dul que estava de pé, na frente do espelho, penteando seus cabelos ruivos.

- O que é que você tanto olha?

- Seus cabelos… Sempre amei seus cabelos.

- Bem… Eles não nasceram exatamente assim. - ela disse rindo.

- Mas um vermelho assim não ficaria tão bem em mais ninguém. Só mesmo no Furacão Dulce.

- Ah, Ucker… Se eu não te conhecesse…

- O que quer dizer com isso?

- Quero dizer que já te vi com inúmeras namoradas. Nenhuma delas parecida comigo.

- Como é? - Ucker perguntou sorrindo.

- Eram sempre gentis, delicadas, normalmente loiras ou de cabelos castanhos… Pareciam princesas saídas dos contos de fadas.

- E você não poderia ser uma princesa de conto de fadas? 

- Não é questão de poder, Uckermann. É questão de querer. Eu não sou e nem quero ser. Eu sou uma bruxa, das bem poderosas, que adora transformar sapos metidos a príncipe em patê.

- É? - Ucker levantou-se sorrindo e aproximou-se de Dul. - Quer saber de uma coisa? - ele puxou Dulce pela cintura. - Eu acho as bruxas muito mais sexys. - ele a beijou com desejo e ela correspondeu ao beijo por alguns instantes antes de empurrá-lo.

- Christopher! - Dulce o afastou e sorriu. - Você não quer passar na minha casa para trocar de roupa? Assim vamos nos atrasar.

- Eu tenho mesmo que ir a esse almoço? - ele perguntou ainda com as mãos na cintura de Dulce.

- Nós dois sabemos que é importante Ucker. 

- Aff! - ele bufou. - Certo. Mas já pensou nas caras das nossas mães, quando chegarmos só os dois em casa depois de passarmos a noite fora?

- Deus! Minha mãe vai imaginar mil coisas. Vai achar que estamos namorando, vai encher o saco.

- Nem me fale… 

- Certo… Eu vou terminar de me trocar. Tenta falar com a Annie e vê se ela também passou a noite fora. Podemos voltar os três juntos.

- Ótima ideia! - Ucker sorriu. - O truque da irmã caçula.

Quando Poncho voltou da farmácia, Annie ainda estava no banho. Assim que ele entrou no quarto, o celular dela, que estava sobre a mesinha, começou a tocar. 

- Annie! - Poncho gritou da porta do banheiro.

- Oi!

- Seu telefone.

- Ah! - ela desligou o chuveiro para ouvir melhor. - Pode ver quem é?

- É seu irmão. - Poncho respondeu depois de olhar na tela do celular.

- Atende pra mim. - Anahí gritou.

- Nem morto! Eu tenho muito respeito pelo Ucker.

- Sei! - Annie não pôde deixar de rir. - Respeito. Só manda uma mensagem pra ele então. Escreve só um “já te ligo”.

- Ok. 

Quando Poncho abriu as mensagens de Annie, para enviar a resposta para Ucker, ele não pôde deixar de reparar nas inúmeras mensagens que Derrick deixava para ela. Na noite anterior, ao que parecia, ele havia deixado algumas mensagens que ainda estavam sem leitura.

- Ela simplesmente não o respondeu durante toda a noite. - Poncho sorriu ao dizer isso para si mesmo. Depois, espantou os pensamentos e mandou a mensagem para Ucker.

- Ei! - chamou Annie alguns minutos depois, já saída do banho. - Onde está meu celular?

- Ham? 

Poncho olhava boquiaberto para Anahí. Ela estava com os cabelos molhados e vestia uma camisa dele, mas parecia ainda mais linda do que na noite anterior. A camisa cobria seu corpo até a altura da coxa, não mostrava nada demais, mas exibia uma sensação de intimidade. Vê-la assim, tão vulnerável, logo depois de um banho e vestindo sua roupa, fazia com que ele sentisse coisas que não podia explicar.

- Poncho? - Annie chamou com a testa franzida. - Tá aí?

- To. Desculpe. O que foi?

- Meu celular. Onde está?

- Ah. Acho que está naquela outra mesinha ali.

- Hum. - ela se encaminhou até a mesinha.

- Você está melhor?

- O banho me ajudou, mas a cabeça ainda dói muito e meu estômago está revirado.

- Os males do álcool. - ele disse rindo.

- Não zoa.

- Longe de mim. Um dia você vai cuidar de mim bêbado. - Poncho disse sorrindo e levantou pegando uma sacola. - Mas hoje é minha vez. É pra tomar todos eles.

- Obrigada, Poncho! - Annie pegou a sacola e agradeceu com um sorriso.

- Por nada, fadinha! - ele tocou no nariz dela.

- Poncho… Eu… Ontem… Me desculpe. - Anahí disse sem conseguir olhar para Poncho.

- Ei. - ele levantou o rosto dela pelo queixo. - Tá tudo bem. Você é minha melhor amiga e bebeu além da conta. Tá tudo bem.

- É… Verdade… Obrigada por ter sido a parte sensata. - ela respondeu com o rosto completamente vermelho.

- Eu sempre vou cuidar de você, fada. Mesmo que você me chame de Lobo Mau.

- Eu chamei, não foi? - Annie perguntou ficando ainda mais vermelha.

- Foi. - Poncho respondeu sorrindo. - Mas eu curti o apelido.

Anahí ligou para Ucker que prometeu que ele e Dulce passariam no hostel para buscá-la. Quando Christopher ligou avisando que o táxi já estava perto, Annie nem deixou que Poncho a acompanhasse até a saída. Ela saiu correndo e, em poucos minutos, já estava dentro do carro.

- Bom dia, flor do dia! - Dulce cumprimentou Anahí.

- Bom dia! 

- Hum… Acho que a Barbie não está de bom humor, Ucker.

- Me deixa, Dul. Eu só estou com um pouco de ressaca.

- Espero que apenas física. - Dulce respondeu olhando fixo para Anahí.

- O que foi, Maria? Qual é? Sim, é apenas física. Eu não fiz nada.

- Hum… Sei… Acho bom. Porque hoje vai fazer um baita sol e eu acabei de chamar Zora, Chris e Poncho para uma praia.

- Poncho? - Annie e Ucker perguntaram em uníssono.

- Sim, gente. Qual o problema?

- Nada… É que… Eu estava com ele agora e ele não disse nada.

- É que mandei mensagem agora. Aqui. Ele acabou de visualizar e está digitando. O menino veio até aqui te dar uma força, Annie, e já vai embora amanhã cedo. Alguém precisa levá-lo à praia. 

- É… Tá certo… - Annie respondeu cabisbaixa.

- Ei… O que foi? 

- Nada, Dul… Eu só estou melhorando da ressaca.

- Hum… Que tal encontrar com a gente na praia, depois do almoço? Um banho de mar pode fazer bem.

- É… Eu vou pensar nisso. E vocês? Como estão?

- Bem! - Dul e Ucker responderam ao mesmo tempo.

- Uau! - Annie exclamou sorrindo. - Que sintonia! Temos um casal aqui?

- Casal? - Ucker perguntou olhando para Dulce.

- Oi? - Dul perguntou enquanto mirava Ucker.

- Não… - os dois responderam ao mesmo tempo. - Definitivamente não.