Fanfic: Um Dia de Fé - A História de Um Paladino | Tema: Fantasia
O templo, era uma daquelas construções que fazia você duvidar se foi feito por mãos humanas. Era do tamanho de um grande castelo, com as paredes erguidas por pesados blocos de rocha, de um quadriculado perfeito. Sua superfície era esculpida a mão com marcas de grifos e gravuras que retravam fauna e flora. As janelas, aqueles que ainda sobravam, eram mosaicos multicoloridas. Contudo, boa parte estava ruindo, suja e cinzenta, transformando-a em uma ruína de tirar o fôlego.
A porta estava entreaberta, e o paladino sentia uma poderosa e maligna presença emanando de lá. O poder e a sensação de horror eram altíssimos, como Sephar nenhuma vez vira.
Ele apertou o amuleto com a mão direita e sussurrou:
— Linne in’cheak, cure nath.
Um brilho verde pulsou pelo seu corpo, drenando consigo toda a exaustão que o humano sentia e curando muito de seus ferimentos. Sentindo-se revigorado, Sephar não hesitou e seguiu em frente, adentrando no templo.
A situação lá dentro era a mesma que de fora: ruínas e ossadas. O breu tomava conta de anos de história, sendo fracamente combatido pela luz adentrava pelas janelas. O ar era pesado, metálico, e, a cada passo, a sensação maligna pesava sobre os ombros dos humanos. Seus olhos, acostumando-se com a escuridão, possibilitou que observasse melhor cada canto, até por fim encontrar um amontoado de ossos praticamente no fim do salão, onde repousava o demônio detentor de toda aquela aura sinistra. Ele não conseguiu enxergar seu corpo, pois estava oculto sob trapos, mas os olhos sim. Os olhos eram cavidade ocas imbuídas por chamas laranjas. Sephar olhou diretamente para eles, e sentiu-se como se sua alma estivesse queimando. O horror começou a dominar sua mente, mas ele recitou uma oração dedicada a Fauce, e sentiu sua mente clareando gradativamente.
— Ah... humano — proferiu o demônio, com sua voz grave ecoando pelo salão. — Quanto tempo não vejo um adentrar em meu covil. Para o que você veio aqui, afinal?
O terror impediu que Sephar respondesse imediatamente. A voz havia adentrado em seu âmago, despertando um medo desesperador. Ele queria sair dali correndo enquanto berrava de pavor. Suas pernas tremiam, mas estavam travadas.
Queria correr, porém não podia. Veio ali com um objetivo, e iria conquistá-lo mesmo que significasse morte. Sephar apertou os olhos com força, recitando em sua mente a oração em nome de Fauce mais intensamente. Quanto sua coragem retornou, abriu os olhos e sua voz saiu sem tremer:
— Estou em uma missão em nome da deusa Fauce. — Ele apontou a maça em direção a criatura. — Irei expurgar este lugar de todo mal.
— Claro, claro. Vocês, humanos, sempre vem a mim com os mesmos motivos... Ganância... fama... poder... fé. — O demônio suspirou. — Quando irão me surpreender? Desejo repousar até meu Senhor e irmãos voltaram e a este mundo, e continuam a me incomodar com estes motivos fúteis. Hmm... parando para pensar um pouco, estas são as únicas coisas que movem os humanos.
— E vocês são muito diferente disso?
— Exatamente. — Ele riu. — Somos bem parecidos. Humanos e demônios. Isso é meio preocupante, não acha? Vocês nos menosprezam, sentem nojo, medo... mas somos tão parecidos! A semelhança é tanta que humanos destroem humanos... E até mesmo nós, demônios, tentamos evitar isto, apesar de não termos apreço por nossos semelhantes. Sabemos que, para prosperar, precisamos no unir.
— Escute, demônio, não pretendo defender meus semelhantes e nem vim para escutar suas filosofias de merda. Estou aqui pa-
— E eu muito menos vim aqui para confrontar um reles paladino. Mas, cá estamos nós, você escutando a filosofia de merda de um demônio e eu tendo que enfrentar mais um humano de merda. — Após um breve suspiro de tédio, o demônio deixou o dedo indicador em riste e o moveu de forma incitadora. — Venha, se lhe resta coragem.
Sephar tentou mover suas pernas, mas percebeu novamente que elas tremiam e estavam travadas. Percebeu, também, que o medo dominava seu corpo, lento e assustadoramente. Seu coração batia mais forte, sentindo o horror envolvendo-o, a escuridão devorando suas entranhas. Então, apertou com a força os olhos e recitou em sua mente uma melodia dedicada a Fauce, e as trevas foram preenchidas com luz. Ora, o paladino, sob um grito de libertação, investiu com sua maça em punho em direção a criatura vil.
Com indiferença, o demônio deu um leve aceno com sua mão em riste.
Subitamente, Sephar fora atingindo por uma massa invisível, tão poderosa que o arremessou para o lado oposto, fazendo-o rolar pelo chão até seu ponto inicial. Isto fez o demônio rir.
— Ora, eu apenas movi minha mão, humano. — Uma pausa para rir. — De novo, vamos.
— Que Fauce me dê forças — murmurou o paladino ao se erguer.
A luz branca começou a ondular pelo seu corpo, reforçando-o e dando-lhe coragem. Sem pensar duas vezes, retomou sua investida com ainda mais ímpeto. Contudo, desta vez, o demônio vociferou com fúria:
— Sua deusa não tem poder aqui!
Em um aceno brusco, a luz se apagou imediatamente e o humano fora projetado violentamente contra uma parede, esmagando-o e fazendo a estrutura tremer. Sephar caiu de joelhos no chão, cuspindo sangue, pois a massa o atingiu com mais força do que a última vez.
Finalmente o demônio se ergueu do seu trono de ossos, revelando sua terrível aparência. Sua forma corporal era muito parecida com a estatura humana, porém com a carne vermelha e podre, que faltavam em algumas partes e deixavam os ossos de fora. Ele era alto, chegando aos dois metros, e magro. Sua cabeça era desprovida de carne, onde seus orifícios queimavam em brasa, acendido pelo fogo do abismo. Seus chifres brotavam do topo da cabeça, curvos em forma de “C”, um maior que o outro. Era como se olhasse para um meio humano e demônio, significando que aquela criatura horrenda ainda não havia alcançado sua forma das trevas. A armadura, velha e desgasta, detinha peças faltando e um trapo, que outrora fora uma capa, cobria suas costas. Da pilha de ossos, retirou uma espada longa de dois gumes de um prateado enegrecido pelo tempo e sujeira.
— Você sabe ao menos quem sou, paladino? — questionou enquanto se aproximava.
Sephar, agarrando o punho de sua maça com força, aguardou enquanto reunia forças. No momento em que o demônio alcançou seu raio de ação, o humano golpeou com força, mas a criatura desviou o golpe facilmente com a lâmina. Sephar se recuperou rapidamente e aproveitou do desvio para pegar mais força no segundo ataque, mas a espada travou o movimento da maça. Em resposta, o sombrio atingiu a costela do humano com um soco de esquerda, arremessando-o para longe.
— Eu sou Kruulgenmolith, um dos demônios Superior do Abismo. Tem noção do quando de trevas um lugar deve ter para que eu possa conseguir invadir este mundo?
Graças a armadura, nenhuma costela do paladino havia se partido. Ele tentou fazer a luz pura de sua deusa fluir de seu corpo, mas não teve sucesso. Sei que não estou sozinho, pensava, mas o poder de minha deusa realmente não irá chegar até mim aqui. Sem ter escolhas, Sephar avançou novamente, utilizando apenas sua capacidade humana. Com a maça, desferiu uma sequência de golpes, no qual o demônio conseguiu bloquear cada um sem muita dificuldade. Na última tentativa, Kruulgenmolith segurou a maça com a mão livre e desferiu uma joelhada contra o humano, que fora bloqueada com o escudo. No movimento seguinte, Sephar atingiu o queixo do demônio com seu escudo, mas seu momento de glória terminou praticamente no mesmo instante, quando sentiu a lâmina fria trespassar sua armadura e corpo como se fosse nada. Ele tentou recuar, contudo sua maça não se movia. Quando Kruulgenmolith abriu os dedos da mão, libertando a arma do inimigo, o humano recuou desesperadamente, quase caindo para trás com a espada ainda encrustada.
Os olhos de Sephar focaram na lâmina cravada em seu peito — o sangue vertia em finos filetes. Ele ficou assustado com a facilidade de que aquilo tinha perfurado sua armadura, de forma que nunca havia acontecido antes. Sua mente só voltou a focar no embate quando viu a mão do sombrio alcançar o punho da espada. O paladino tentou reagir, porém Kruulgenmolith chutou-o. O humano deslizou para fora da lâmina e parou ao chocar-se contra a parede.
— Você não tem nem mesmo noção do que faziam aqui, não é? Típico da manipulação de Fauce.
Do ferimento, o sangue verteu com mais intensidade, deixando Sephar desnorteado. A dor se alastrava pelo seu corpo, juntamente com o medo e a solidão. Sentia-se abandonado.
Quando percebeu a movimentação do sombrio, Kruulgenmolith já estava a centímetros de seu rosto. O humano encarou diretamente as órbitas do demônio preenchidas pelo fogo, e sentiu o Abismo o encarar de volta, sentindo que sua alma estava em brasa. O medo o subjugou por completo, tanto que nem conseguiu se mover.
— Sinto pena de você. — O demônio riu. — Pois bem, irei lhe contar brevemente. — Kruulgenmolith agarrou o humano pelo pescoço e içou até quanto seu braço permitia. — Há muito tempo, este templo pertencia a Fauce e seus seguidores, como você já deve saber. O que não sabe é que, em determinada geração, as coisas se tornaram um pouco sinistras... O Alto Clérigo da época julgou interessante cobrar dízimos de seus fiéis, e, caso não pagassem, julgava-os como infiéis. E eles eram bastante criativos com estes “infiéis”... — Mais uma vez o demônio riu, divertindo-se com as lembranças. — Ora, eles “convertiam” estes infiéis com espancamento, tortura e desmembramento. Desta forma, qualquer um fica inclinado a pagar, não é mesmo? Mas... realmente existem humanos sem dinheiro no mundo, sabe? Assim, novamente esse clérigo foi criativo de novo: decidiu vendê-los como mercadoria. Muito inteligente! Até porque, seja homem, mulher ou criança, os humanos servem para ser escravos e objetos para brincadeiras sádicas ou sexuais! — Ele riu com mais intensidade. — E a ganância deste clérigo não parou por ai.
Kruulgenmolith arremessou o humano com força no chão. Sephar, com o forte baque, sentiu sua respiração falhar por poucos segundos. Quando conseguiu recuperar o controle sobre si, notou que não conseguia se mover direito. Arrastando-se pelo chão, ele fintou a porta, a luz que adentrava em sua fresta, e começou a se dirigir para lá.
— O clérigo, corrompido pela ganância, agora não recebia tanto benefício assim de sua deusa. Sentia-se fraco. Precisava de mais poder. Então, começou a praticar artes profanas, sacríficos... pactos. Queria seguir um novo deus... Este vindo das trevas. — A criatura do Abismo abriu os braços. — E chegamos a mim! Aproveitei-me da alma suja e fraca daquele ser e do lugar profano, para adentrar neste mundo por meio desta carne podre, que outrora fora um Alto Clérigo.
O demônio se aproximou do humano e o chutou com força contra a porta. O paladino destruiu a estrutura de rocha com o impacto e seu corpo continuou se projetando para fora, rolando pelo chão e parando virado de bruços.
— Entende aonde desejo chegar, humano? — indagou Kruulgenmolith enquanto saia do templo para o pátio. — Fauce abandonou este lugar muito antes de eu chegar. Então, por que depois de tantos anos a desgraçada decide me incomodar?
Por entre as nuvens negras, um raio de luz traçou seu trajeto até o corpo do paladino, banhando-o com o calor.
— Linne in’cheak, cure nath — sussurrou o paladino.
Sephar, após recitar sua magia de cura, conseguiu se erguer ao se livrar de seus ferimentos. Contudo, o limite que conseguia era de duas vezes dentro de um prazo de quarenta e oito horas, portando não podia mais se dar ao luxo de se ferir gravemente de novo.
Ele encarou o demônio.
— Sobre o Alto Clérigo corrompido: não me importo. Os preços de seus pecados já foram devidamente pagos há tempos, pelo o que vejo. Sobre as decisões de minha deusa... não faço a mínima ideia. — Ele apontou a maça para o demônio. — Mas Ela me enviou aqui para matar você. Esta é a Sua decisão, e minha redenção.
O paladino acionou um botão na haste de sua arma e a cabeça de ferro maciço da maça pendeu por uma corrente até tocar o solo, transformando-se em um mangual. Jogando o ferro para cima, ele subiu em direção aos céus, com a corrente se estendendo longamente. Quando atingiu seu limite, Sephar imediatamente puxou a corrente de volta, fazendo a cabeça de ferro descer rasgando o ar com ímpeto e, ao ser imbuído com a luz branca, com resplendor. Desta vez, sentindo real perigo por este ataque, Kruulgenmolith se atentou e fez com que chamas laranjas envolvessem sua espada. Com indiferença, o demônio moveu seu aço flamejante contra o ferro cintilante, causando uma poderosa explosão com impacto, irradiando muita luz e calor. Contudo, no fim, o ferro do paladino fora repelido de volta para o ar e o demônio se manteve imaculado.
— Admiro o serviço que Fauce faz, de verdade — observou a criatura do abismo.
Sephar chicoteou com o braço, desta forma a corrente ondulou no ar e o ferro maciço voltou-se novamente contra o demônio, porém, por estar com menos ímpeto, fora repelido novamente e com mais facilidade, sem necessitar de envolver a lâmina com o fogo.
— Ela seleciona cuidadosamente humanos como você... que tiveram uma vida regrada a pecados...
O seguidor de Fauce não desistiu: moveu seu braço de um lado para o outro, fazendo a corrente ondular exageradamente no ar e abaixou novamente, assim um terceiro ataque se sucedeu. A criatura do abismo seguiu o movimento com os olhos, tornando-se fácil se defender com a espada novamente.
— E, no último instante de suas medíocres vidas, Ela simplesmente os salvam, prometendo redenção e boa vida após a morte que tanto temem! Perfeito! Fauce sabe muito bem manipular os humanos pelo o que eles temem: a incerteza do que virá após a morte e como irão pagar pelos seus atos horrendos.
Cansado de brandir sua lâmina contra os ataques ineficazes do paladino, Kruulgenmolith deu passo para trás, e o ferro acertou o solo. Ele flexionou os joelhos e atirou-se em direção ao humano, em uma estocada com a espada. Sephar imediatamente ajeitou sua postura e ergueu seu escudo, em seguida a luz branca pulsou por todo seu corpo, preparando-o para suportar a estocada. No momento em que a ponta da lâmina encontrou o escudo, um baque fino ecoou em meio ao cintilar branco da magia do paladino. Sephar deslizou metros para trás, mas sua postura não se desfez e sua defesa não fora quebrada. Resistiu ao golpe com seus músculos gritando e magia pulsando.
— Irei destruir este escudo! — vociferou.
Kruulgenmolith iniciou uma sequência incessante de golpes diretos com a espada. Sephar manteve seu escudo em riste, aparando todos os ataques. A cada impacto, sentia seus ossos tremerem e seus músculos rasgando. A força do demônio era desoladora: muito maior de qualquer um que ele já havia enfrentado. Em uma medida desesperada, ele largou a maça e segurou o escudo com ambas mãos. Seus braços doíam, suas pernas ameaçavam a fraquejar, contudo o paladino ainda se mantinha, esperando por uma oportunidade que provavelmente não iria vir. Kruulgenmolith deixou sua lâmina envolvida em chamas e preparou-se para um último ataque. Meu escudo irá romper e irei morrer!¸ pensou Sephar, reforçando-se ainda mais com sua magia e encolhendo-se atrás do escudo, esperando sua sentença... que simplesmente não veio.
Sephar, percebendo que o demônio não estava mais a sua frente, rapidamente começou a olhar ao redor para procurá-lo. Ora, no momento em que o humano retomou sua postura de combate, Kruulgenmolith decepou seu braço esquerdo com a lâmina. O braço que segurava o escudo caiu no chão, e o paladino berrou de dor enquanto o sangue jorrava do ferimento.
— Que irônico! O paladino acreditar nas palavras do demônio! — riu o demônio. — Nunca visei seu escudo, tolo.
Girando sobre a própria perna, o demônio acertou um chute nas costas do humano, projetando-o até para perto do templo. Sephar rolou pelo chão debilmente até finalmente parar. A dor que sentia havia voltado por completo, pior, mas dessa vez estava entorpecido pela fúria — havia caído nas palavras de um demônio, e isto era inaceitável. Então, com seu braço sendo completamente envolvido pela luz branca, ele socou o chão. A luz branca saiu rasgando desenfreadamente o solo em ondas cintilantes em direção a criatura das trevas.
— Só isso?
Com a espada imbuída pelas chamas, Kruulgenmolith disparou um corte flamejante, rasgando-se no chão até encontrar a magia do paladino, que fora facilmente anulada. O calor seguiu até atingir o humano, atirando-o para dentro do templo novamente.
Sephar havia protegido seu corpo por meio da magia antes do impacto, e, por conta disto, a queimadura não foi fatal. Contudo, o sangue não parava de escorrer pelos seus ferimentos, deixando-o cada vez mais fraco. Queria se mover, mas era como se tivesse toneladas sobre seu corpo. Tentou olhar ao redor, mas tudo o que enxergava era escuridão. Não posso morrer, pensava, não sem antes eu matar este demônio... Tentou se erguer novamente, porém não conseguiu.
— Vai continuar ai? — indagou o demônio, ainda do lado de fora do templo.
Medo. Sephar sentiu o medo dominar sua alma novamente. Queria se mover, mas agora até mesmo o terror estava o imobilizando. Não sou capaz de fazer isto sozinho, pensou.
“Siga a luz”, sussurrou uma voz feminina em sua mente. Era suave e doce.
Luz? Que Luz?, pensou enquanto olhava ao redor, entretanto tudo o que via era escuridão... uma profunda escuridão que o devorava. Não há luz aqui!
“Siga a luz, meu filho... e eu estarei com você”, sussurrou novamente.
— Fauce? Minha deusa? É Você?
Com esforço, ele conseguiu se colocar de pé e, ao olhar para trás, viu a luz: ela adentrava pela janela, logo atrás do que outrora fora um trono. De imediato, Sephar começou a caminhar em direção a Ela.
— Para onde pensa que vai, humano?
O paladino ignorou o demônio e começou a correr. Seus passos oscilavam, fazendo-o quase cair muitas vezes, e isto fazia a criatura do abismo rir atrás dele. Ele esticou sua mão em direção ao seu destino, e, sem seu consentimento, a luz branca começou a pulsar por entre seus dedos e disparou-se contra a janela, destruindo a parede e dando-lhe um local para fugir. Sem pensar duas vezes, Sephar saltou da abertura, o que o levou diretamente para a queda do precipício. Metros e mais metros de queda em meio as rochas até se estatelar no chão o aguardava...
Mas ele não temeu.
Pois a Luz estava o tocando.
Autor(a): TioArcanjo
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Sephar abriu os olhos. O céu azul com poucas nuvens se fazia sobre ele. Percebeu que estava deitado em algo tão macio que parecia ser uma das melhores camas que já viu. Então, lembrou que estava em uma luta contra um demônio. Subitamente se pôs de pé, mas percebeu que estava em um lugar completamente diferente. Era um campo fl ...
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