Fanfics Brasil - 19 Desejo Proibido - Vondy ( Finalizada )

Fanfic: Desejo Proibido - Vondy ( Finalizada ) | Tema: D&C


Capítulo: 19

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Devagar, Christopher trouxe seu olhar para o meu rosto, ainda estava atônito, porém a mágoa também já era visível na sua expressão.


— O que ela está dizendo, é verdade?


Com meu sangue gelado nas veias, o coração apertado no peito, não apenas porque o perderia, mas pelo quanto aquela verdade o magoaria, cogitei seriamente mentir, negar tudo, para que não me odiasse, mas seria em vão, Valentina era astuta o suficiente para ter guardado alguma prova do nosso plano.


Então, com o meu mundo prestes a ser destruído, confessei.


— Sim. — Minha voz saiu trêmula, anunciando a enxurrada de lágrimas que ameaçava cair. — No começo fiz pelo dinheiro, mas depois foi porque te desejava de verdade. Eu já tinha desistido do que ela ia me dar quando ficamos juntos. Fiquei com você porque eu quis. Porque te quero demais, não...


— Cala a boca! — ele gritou, sua voz ecoando pelo lugar deserto, o misto de ódio e dor se refletindo em seu olhar. — Toda aquela conversa de que me desejava, toda aquela encenação para eu ir dormir no seu quarto, era tudo armação, fingimento, tudo por dinheiro?! Como pode ser tão inescrupulosa e baixa? — Acusava-me e condenava-me com o tom da sua voz e com o seu olhar, enquanto eu apenas me encolhia, desviando meus olhos para o chão, sem encontrar palavras com as quais pudesse me defender. Não havia defesa para mim. Ele estava certo em me condenar. O que eu fiz não tinha justificativa. — O que pretendia fazer agora? Por que quis vir pra cá se já tinha conseguido seu objetivo?


— Ela deve ter descoberto que você é rico e quis garantir um segundo golpe do baú caso não desse certo com Felipe. — Foi Valentina quem falou.


— Cala a boca, Valentina. Vai embora daqui! — Christopher voltou a gritar. Valentina permaneceu onde estava.


— Você achou mesmo que teria alguma chance de voltarmos depois disto? — Gesticulou na minha direção como se eu fosse algum tipo de bactéria benigna. — Você me fez de bobo. Se havia sobrado qualquer vestígio de amizade entre nós, ela acaba aqui. — Virou-se novamente para mim, fuzilando-me com olhos mortais. — Por que fez isso comigo, Dulce. O que eu fiz pra você? — Abri a boca, mas ele não esperou que respondesse. — Eu te ajudei quando você precisou, te acolhi, te dei um emprego quando todos negaram. Por que me usou desse jeito? Por que destruiu a minha vida por... dinheiro?


Não consegui segurar e deixei que as lágrimas rolassem soltas pelo meu rosto, a dor latejando em minhas entranhas, uma pena absurda de Christopher, que certamente se senta pior que eu. Daria a minha vida para poder voltar no tempo e não ter feito aquilo. Teria sido melhor contar-lhe a verdade, que me entregado ao desejo dentro de mim.


— Me perdoa, Christopher. Não agi com a intenção de te fazer mal, eu juro. Quando ela me procurou eu estava com fome, sem dinheiro pra nada, precisava pelo menos arranjar o suficiente para a passagem de volta para o Rio.


Não sabia que você pretendia me dar um emprego. Se soubesse eu teria te esperado.


Quanto mais eu falava, mais ele se mostrava ferido e furioso.


— Nada disso justifica! Você podia ter negado a concordar com isso. Não pensou que podia estar aceitando destruir a vida de alguém? — Mais uma vez, continuou, sem esperar resposta. — Pessoas como você não pensam em mais ninguém que não em si mesmas, não é? Uma mulher que tem coragem de se vender, de ficar com qualquer um por dinheiro, é capaz de tudo. Idiota fui eu, de me deixar cair nessa.


— Não é bem assim. Não fiz pelo dinheiro, eu juro. No começo foi, mas não depois.


— Cala essa boca! Você me dá nojo. — Desesperada, soltei um soluço em meio às lágrimas. — Nunca mais quero olhar na sua cara. Vai embora de Montana. Você é uma excelente profissional, sabe fingir como ninguém, vai ter muito sucesso na sua carreira de prostituta.


— Christopher... não fala assim. — Tentei. — Tudo o que aconteceu entre nós não foi mentira, eu não estava fingindo.


— Não fala mais meu nome, prostituta! — Gritou de novo. — Mulheres como você são capazes de tudo por dinheiro. Espero que tenha valido à pena o que recebeu para acabar com a minha vida.


Com isto, entrou na casa e quando saiu usava uma camiseta por cima da bermuda. Passou rapidamente por nós, sem olhar para os lados, dirigindo-se direto para a picape. Entrou e deu partida, arrancando em uma velocidade mais elevada que a aceitável para o terreno arenoso.


— O que você pretendia vindo pra cá? — Valentina indagou, fitando-me com altivez e evidente desprezo. — Achou mesmo que podia ficar com ele?


— Eu me apaixonei. Sinto muito, não planejei isso. E nunca me enganei achando que ele ficaria comigo, só queria mais tempo na sua companhia.


Sorriu de lado, com escárnio.


— Esse é o efeito que Christopher tem sobre as mulheres, é capaz de fazer qualquer uma perder a cabeça, embora nunca será de nenhuma outra, só meu. Quanto a você, embora sendo uma péssima profissional, se envolvendo com o trabalho, pode ficar com os cem mil que te dei, mas não espere que eu não conte essa história também a Felipe. Não posso permitir que um cara que conheço desde que nasci se envolva com uma puta profissional. Agora espero que tenha um pouco de bom senso e deixe a cidade o mais depressa possível. Adeus.


Assim, foi para o seu carro e partiu, pela mesma estrada por onde Christopher seguiu.


Com minha alma despedaçada, sentei-me no alpendre da varanda, que se tornara subitamente grande demais, afundei o rosto entre as mãos e deixei o pranto rolar solto, as lágrimas banhando-me a face abundantemente, embora não fossem capazes de arrancar de dentro de mim aquela angústia dolorosa que me assolava. Eu já sabia que aquilo aconteceria, sabia que Valentina contaria a verdade e que Christopher me odiaria quando ouvisse tudo, o que eu não imaginava era que aquela porra podia doer tanto. Eu estava devastada, com a sensação de que minha vida tinha acabado. Foi naquele instante que percebi que o que sentia por Christopher ia muito além de um simples desejo carnal, eu amava aquele homem, mais do que já amei qualquer coisa ou alguém na minha vida, ele era tudo para mim, a única coisa boa que já tive, e tudo tinha acabado, nunca mais voltaria a vê-lo, não ouviria mais sua voz gostosa, nunca mais o tocaria. Aquela era a minha vida, uma sucessão de desastres, que só então eu percebia serem todos causados por mim mesma. Se eu não tivesse aceitado aquela maldita proposta de Valentina, teria alguma chance de viver esse amor e ser feliz, da mesma forma que se eu não tivesse começado a me prostituir aos dezessete anos, quando ainda não precisava, não teria sido expulsa de casa e teria alguma chance de ter um bom futuro, terminando os estudos, arranjando uma boa profissão. Eu não era uma pessoa sem sorte como me julguei tantas vezes, eu era inconsequente, desprovida de sabedoria suficiente para viver, fazia tudo errado e colhia os frutos amargos dos meus erros. O mais amargo de todos estava sendo perder Christopher, o melhor homem que já conheci, o único que amei verdadeiramente.


Esperava que aquilo pelo menos me servisse de lição, para não continuar dando cabeçadas na porra dessa vida.


Ali sentada, em prantos, eu estava desorientada, sozinha e sem ter como voltar para o orfanato, onde estavam minhas coisas e o dinheiro que Valentina me dera, o único que tinha para recomeçar. Não sabia o que fazer, e não fazia ideia de pôr onde começar.


As horas se seguiram sem que eu as visse passando, quando me dei conta já tinha anoitecido e só então decidi que precisava sufocar toda a dor e seguir em frente, não podia ficar sozinha naquela casa cheia de lembranças.


Assim, troquei de roupas, vestindo algo descente, peguei uma lanterna e segui pela trilha que Christopher dissera levar à casa do caseiro. Uma construção de tijolos relativamente confortável para quem cozinhava a lenha.


Sem muitas explicações, pedi ao marido de Sebastiana que me ajudasse a sair dali. O homem afro descendente, muito gentil, se prontificou a me levar para onde eu quisesse na sua caminhonete antiga e desejei poder ir direto para o Rio, sem precisar passar nem no orfanato nem em Montana, para não ter que ver Christopher me odiando de novo, mas sem o dinheiro que estava lá, eu não chegaria muito longe.


Agradeci aos céus quando, percebendo que eu não estava bem, Sebastiana se ofereceu a nos acompanhar, assim eu pediria que ela fosse até o casarão pegar minhas coisas, para que eu não precisasse entrar e me deparar com Christopher, pois seria doloroso demais presenciar sua fúria por mim novamente. Preferia guardar na minha memória apenas os momentos bons que vivemos, os quais jamais se apagariam.


Concordando em me ajudar, o casal me deixou nas proximidades de Santa Maria e foram juntos ao casarão, retornando pouco tempo depois com minhas roupas e o dinheiro, sem que eu encontrasse coragem de perguntar se tinham visto Christopher e como ele estava. Certamente estava tão devastado quanto eu, por causa da minha inconsequência. Eu me perdoaria por ter feito aquilo comigo, mas jamais por ter feito com ele. Se havia uma pessoa nesse mundo que não merecia sofrer, essa pessoa era Christopher, só que infelizmente ele teve a má sorte de cruzar o meu caminho.


Sem expressar qualquer reação diante do que acontecia, mas apenas me dando apoio, Sebastiana e seu marido atenderam meu pedido mais uma vez e foram me deixar na rodoviária. 


Chegando lá, fui direto para o guichê comprar a passagem para o Rio, quando descobri que o próximo ônibus só deixaria a cidade na manhã seguinte e indo para Goiânia, onde eu precisaria pegar outra condução.


Mas que fim de mundo do caralho!


Eu poderia passar a noite em um hotel confortável, tinha dinheiro para isto, ainda dos cem mil que consegui arrancar de Valentina. Entretanto, não havia um hotel ali perto e eu não queria ficar perambulando pela cidade, correndo o risco de encontrar Christopher, Felipe ou Valentina e ser ainda mais magoada. A rodoviária era bem isolada, ali ninguém me veria. Passaria noite em um dos bancos de cimento, havia muitos por ali e estavam todos desocupados.


Decidida, fui até uma lanchonete que estava fechando e convenci o atendente a me vender um último lanche.


Depois, acomodei-me em um dos assentos e coloquei meus fones de ouvido, por onde ecoava a voz melodiosa de Paula Fernandes, enquanto observava o último ônibus chegando, a pequena multidão de passageiros deixando o lugar para que em seguida este ficasse totalmente deserto, o que seria assustador se não houvesse dois guardas circulando de vez em quando, observando-me com curiosidade quando passavam por mim.


Eu só não podia ser assaltada de novo, isso seria o fim, pois todo o dinheiro estava comigo, não tivera tempo de abrir uma conta no banco. Apesar de Montana ser uma cidade pequena e pacífica, precisava manter os olhos bem abertos, não podia nem cogitar adormecer ali.


Contudo, eu estava cansada, emocionalmente esgotada, de modo que minhas pálpebras insistiam em se tornarem cada vez mais pesadas. Troquei Paula Fernandes por um rock agitado, mas não adiantou, o sono continuava me ameaçando.


Estava quase adormecendo ali sentada, quando vi de relance um homem chegando por trás, sentando-se ao meu lado. Por uma fração de segundos meu coração se agitou, iludido por um vago lampejo de esperança de que fosse Christopher. A decepção foi colossal quando me virei e vi o rosto de Felipe. Instintivamente, afastei-me um pouco, colocando minha mochila entre nós.


— Não é seguro ficar aqui sozinha. — Foi o que ele disse.


— Eu sei.


— Você está bem?


— Não.


Ficou em silêncio por um momento, como se escolhesse as palavras, depois continuou.


— E então, o que Valentina está dizendo a seu respeito é verdade?


— Eu não sei o que ela está dizendo.


— Que você é uma garota de programas. Que te contratou pra convencer Christopher a quebrar o voto de castidade.


— Sim, é verdade. — Não consegui sustentar seu olhar. — Me desculpa por isso, eu não queria mentir pra você.


Ele percorreu os dedos entre seu cabelo, emaranhando-o. Ficou em silêncio por um longo momento e então falou:


— Deve ser uma vida difícil, principalmente em uma cidade violenta e perigosa como o Rio de janeiro.


— É o que se faz quando não se tem outra opção. Com o tempo a pessoa acaba se acostumando. — Dei de ombros, sem conseguir disfarçar minha imensurável tristeza.


— Você vai voltar a fazer isso?


— Não. Valentina me deu cem mil. É suficiente para começar outra coisa.


Ele passou os dedos pelo cabelo de novo.


— Tem muita coisa nessa história que não se encaixa.Valentina teria te dado mais dinheiro e teria escondido teu segredo se você não tivesse ido para o sítio com Christopher.Por que você fez isso, está apaixonada por ele?


— Sim, estou. — Minha voz saiu trêmula. — Me desculpe.


— E por mim, você nunca sentiu nada?


— Claro que senti. Eu gosto de você de uma forma diferente. Você é especial, Felipe. É o homem com quem planejei me casar e construir uma família.


— Sei, se casar por causa do meu dinheiro.


— Não era só pelo dinheiro, embora eu não o teria escolhido se você não fosse rico. Se fosse unicamente pelo dinheiro eu teria aceitado os quinhentos mil que Valentina me ofereceu inicialmente. A verdade, é que eu queria alguém para cuidar de mim, alguém com quem envelhecer, entende?


— Eu também sonhei em envelhecer do seu lado.


— Desculpa te desapontar.


Refletiu em silêncio por um longo momento antes de prosseguir.


— Pode não ser tarde. — Fitei-o surpresa. — Ainda podemos construir um futuro juntos. Você acha que é capaz de esquecer Christopher?


Me senti lisonjeada por receber uma demonstração de afeto tão bonita de um homem legal como ele, mas nunca ia dar certo.


— Não faça isso com você, Felipe. Eu estraguei a vida de Christopher, não me faça estragar a sua também.


— Estou disposto a correr esse risco, se você me quiser. E gostaria muito que você quisesse.


— Antes de você saber a verdade sobre mim, havia alguma chance de darmos certo juntos, mas agora é tarde.Na primeira discussão que tivermos você vai jogar na minha cara que me tirou dessa vida, quando se sentir frustrado com alguma coisa, vai descontar em mim, porque serei a criatura mais indefesa por perto, talvez até vai me bater. Eu vi isso acontecer muitas vezes com outras mulheres que tentam reconstruir suas vidas assim.


— Nem todos os homens são iguais, nem todos batem.Eu sou diferente  jamais te trataria mal.


Observei-o confusa, perguntando-me porque um homem que podia ter qualquer mulher que desejasse, estaria tentando convencer uma garota de programas a ficar com ele, sem que houvesse qualquer interesse secundário por trás disto.


— Você diz isso agora, com o tempo você muda. É sempre assim.


— Vamos fazer assim: você fica no meu apartamento por um tempo, sem compromisso algum e depois você decide se fica ou não. O que acha?


Parecia uma boa proposta, uma chance de ficar um pouco mais na cidade até ter tempo de abrir uma conta no banco para depositar meu dinheiro e voltar para o Rio com mais segurança, sem o risco de ser assaltada e perder tudo de novo. Além do mais, eu não tinha nada a perder ficando em Montana por mais alguns dias e embora duvidasse de que isso fosse possível, quem sabe com o tempo Felipe não se mostrasse o homem íntegro que dizia ser e pudéssemos construir uma vida juntos. Não custava nada tentar, se não desse certo, eu só teria adiado meus planos e os retomaria.


— Tem certeza de que você quer isto? — Perguntei.


— Claro que tenho. É o que mais quero.


— Por quê?


— Porque eu gosto de você, como nunca gostei de outra garota. Você é especial para mim, Dulce. Quero ter uma vida do seu lado, o seu passado pouco me importa.


Não consegui deixar de sorrir, apesar da minha tristeza, suas palavras, proferidas na hora certa, me comoveram como sempre.


— Nesse caso, podemos tentar então.


Foi sua vez de sorrir, seus lábios se esticando amplamente.


— Eu prometo dar tudo de mim para te fazer feliz.


— Obrigada.


Com isto, o abracei apertado, lamentando que não fosse Christopher a me estreitar em seus braços tão amados.


Mas a vida é assim, não se pode ter tudo.



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Autor(a): Lene Jauregui

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 66



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  • anne_mx Postado em 20/09/2020 - 00:39:59

    Não sei se eu tô de TPM ou se é realmente emocionante mas eu chorei, que fanfic linda e que incrível eles superando tantas coisas em nome do amor <3

  • siguevondy Postado em 03/05/2020 - 16:11:08

    Simplesmente amei <3

  • Dulcete_015 Postado em 01/05/2020 - 21:25:39

    Eu ameii,q bom q Dulce perdoou a familia

  • jeffery Postado em 01/05/2020 - 20:36:32

    Meu deus ta acabando, poxa vida

  • Dulcete_015 Postado em 01/05/2020 - 19:23:14

    Continuaaa

  • lariiidevonne Postado em 30/04/2020 - 22:34:32

    Contínua

    • Lene Jauregui Postado em 01/05/2020 - 17:26:08

      Continuei meu anjo'h.

  • Dulcete_015 Postado em 30/04/2020 - 16:20:29

    Continuaa,finalmente os dois voltaram Poxa q triste q já está no fim

    • Lene Jauregui Postado em 01/05/2020 - 17:27:15

      Poisé meu Anjo'h, finalmente nosso casal estão juntinhos de novo. E sim, é uma pena que a web já esteja acabando.

  • jeffery Postado em 30/04/2020 - 15:46:11

    Socorro continua

    • Lene Jauregui Postado em 01/05/2020 - 17:27:36

      Continuando amoré.

  • jeffery Postado em 29/04/2020 - 22:52:18

    Neu deu Socorro continua

    • Lene Jauregui Postado em 30/04/2020 - 12:24:14

      Atualizado meu Anjo'h.

  • lariiidevonne Postado em 29/04/2020 - 22:09:53

    Meu Deus! Tadinha da Dul... Continua

    • Lene Jauregui Postado em 30/04/2020 - 12:24:53

      Tadinha msm amoré. Capítulo atualizado, espero que goste


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