Fanfics Brasil - 28 Desejo Proibido - Vondy ( Finalizada )

Fanfic: Desejo Proibido - Vondy ( Finalizada ) | Tema: D&C


Capítulo: 28

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— Eu estava em uma clínica de aborto. Diz pra ele Larissa. Foi ela quem me deu o telefone.


— Corta essa garota. Não existem clinicas de aborto em Montana, isso é coisa de gente que vem de longe, como você. — Neste momento, o policial que entrara para revistar o apartamento, retornou, fuzilando-me com olhos ainda mais hostis. — Escuta essa Madureira, a moça disse que tava numa clínica de aborto na hora do crime. — Completou, sorrindo com escárnio.


— Parece que você pretendia deixar a cidade, não mocinha? — O detetive praticamente me incendiava com o olhar.


— Eu ia voltar pro Rio amanhã. Isso não faz de mim uma criminosa. A arma deve ter sido colocada em meu carro. Eu não atirei em ninguém, eu juro. Se tivesse atirado tinha deixado a cidade a esta altura. Pensem bem.


— Chega de conversa. Vamos embora.


Quando o policial uniformizado começou a me puxar para a porta, minha ficha caiu de vez. Me dei conta do tamanho da encrenca na qual estava metida. Alguém tinha armado para cima de mim, uma armação muito bem-feita, da qual eu dificilmente conseguiria sair, visto que devia ser uma pessoa muito poderosa, que queria me ver fora do seu caminho, moradora da cidade e, portanto, amiga daqueles policiais. O primeiro rosto que me veio à mente foi o de Valentina. Com aquilo, ela tiraria a mim e Isabela do caminho de Christopher ao mesmo tempo.


— Larissa, eu não atirei em ninguém, eu juro. Vou provar isso. Diz pro Felipe que preciso de ajuda, de um advogado.


Continuei falando até que fui arrastada para fora do apartamento e depois para a viatura policial que nos aguardava diante do prédio, a qual foi conduzida por um terceiro policial para as ruas da cidade, já banhadas pela penumbra da noite.


Fui levada para a mesma delegacia onde dei queixa sobre o roubo do meu carro, sem que durante todo o percurso, ou depois que cheguei lá, tivesse chance de defesa. Os policiais simplesmente ignoravam tudo o que eu dizia, agindo como se estivessem convictos de uma verdade, sem que esta tivesse chance de ser pelo menos questionada.


Fui deixada em uma carceragem onde havia um colchão de solteiro sujo estendido no chão e nada mais.


Pelo menos estava sozinha, e não em uma cela cheia de criminosas de verdade. Me disseram que o delegado responsável pelo caso pegaria meu depoimento só no dia seguinte e não soube se sobreviveria sem meus remédios para enjoos e sem uma refeição descente até lá. Nem mesmo o telefonema ao qual eu tinha direito, eles me permitiram dar.


Com a minha mente fervilhando por pensamentos, caminhei durante horas de um lado para o outro da cela com cerca de quatro metros quadrados, tentando pensar em uma forma de sair daquela encrenca. E a única forma que eu via, era provando que estive praticamente durante toda aquela tarde na maldita casa de aborto. Ao dar meu depoimento ao delegado, exigiria que ele buscasse tais provas. O problema era que eu não estava em condições de exigir nada, pelo contrário, estava nas mãos daquelas pessoas, que certamente deixariam de se dedicar às investigações para não ter que condenar um dos seus, ou seja, a pessoa que armou tudo aquilo para me incriminar.


Era uma pessoa perigosa e que me queria fora do seu caminho. Eu só conseguia pensar em Valentina, movida por uma mente sórdida e pela sua obsessão por Christopher.


Consegui cochilar por cerca de duas horas no colchão fétido no chão. Quando do dia amanheceu estava acabada, faminta, com enjoos fortes e me sentindo muito fraca. Um dos guardas me trouxe um pedaço de pão velho e um copo pelo meio de café puro, frio e fraco, os quais me obriguei a comer apenas para manter a mim e ao bebê vivos. Em seguida, fui levada à sala do delegado, onde encontrei o homem barbudo, muito alto e com uma expressão naturalmente rude, sentado atrás da sua mesa.


— Eu não sei o que está acontecendo aqui, mas sei que não atirei em ninguém. — Disparei, nervosa, assim que entrei na sala pequena.


— Sente-se moça. — O guarda me acompanhou até que eu estivesse sentada do lado de cá da mesa do delegado.


— Vamos aos fatos. O que temos aqui é o depoimento de duas professoras do orfanato afirmando que você esteve lá há dois dias para falar com Christopher, que lhe disse estar noivo de Isabela. No dia seguinte, Isabela vai almoçar com a irmã na cidade e na volta para Santa Maria, na estrada deserta, é baleada. Na mesma noite, o revolver usado para o disparo é encontrado em seu carro. De acordo com o detetive responsável pelo caso, você alega ter ido a uma clínica de aborto na cidade, no entanto, não demonstra qualquer sintoma de que acabou de fazer um aborto. O que tem a dizer sobre isso?


— Que tem alguém armando pra mim. Eu não faço ideia de quem possa ser, mas é alguém que quer me ver fora do caminho. — Foi inevitável, como se projetasse a cena de um filme, lembrei-me de que Valentina convenceu aquele homem a mentir sobre ter encontrado o meu carro roubado e a me dar um carro que não era meu. Puta merda! Eu estava fodidamente ferrada. Mesmo que conseguisse provar minha inocência, dificilmente sairia dali. — Posso provar meu álibi, basta que o senhor investigue o endereço onde fica a clínica. É uma casa comum, nos fundos de um bar, onde uma mulher idosa atende várias mulheres. Não estou com sintomas de quem fez um aborto porque não fiz. Mudei de ideia no último minuto.


O homem me encarava com uma expressão de incredulidade que eu não sabia se era encenada ou verdadeira. Talvez tivesse plena convicção de que eu era inocente e estava trabalhando a mando de Valentina, ou talvez realmente acreditasse realmente que fiz aquilo.


Para redigir meu depoimento, ele me fez narrar cada acontecimento da minha vida dos últimos dias, inclusive tive que lhe revelar o fato de que fui atrás de Christopher também na casa dele na cidade, quando participei de um racha com ele e sua turma. Ao final da minha narrativa, recebi a promessa de que a tal clínica seria investigada e se sua existência fosse provada e a proprietária confirmasse que estive lá, eu seria liberada. Entretanto, eu não acreditava que isto aconteceria. Duvidava que a polícia se interessasse em invadir a casa de uma de suas cidadãs para checar se tinha equipamentos médicos lá e assim obter provas concretas da existência da clínica e mesmo que obtivessem, eu duvidava também que aquela enfermeira admitisse que estive lá. Ao meu ver, eu já tinha sido julgada e condenada pela polícia, que agia de acordo com o que a pessoa por trás de tudo isso queria.


Minha única esperança era que Felipe me ajudasse contratando um advogado bom e não conivente com todo aquele complô contra mim, que fosse atrás da verdade e a expusesse de modo que a polícia não tivesse outra alternativa que não procurar o verdadeiro culpado.


Contudo, eu não sabia se ele acreditaria em mim, ou se pensaria como a polícia. Sequer me deixaram telefonar para ele, a única pessoa que eu tinha naquele momento.


As respostas para as minhas dúvidas vieram logo depois que fui deixada novamente na cela, quando um guarda uniformizado veio me avisar que eu tinha visita e me levou até uma sala semiescura, pequena e mal ventilada, onde quase tive um treco quando vi Felipe me esperando.


— Felipe! — Quase gritei ao ver seu rosto amigo e corri para abraçá-lo.


— Oi Dulce. — Abraçou-me de volta, apertado.


— Eu não fiz o que estão dizendo. Eu juro. Não atirei em ninguém. Você acredita em mim?


— É claro que acredito. Larissa me contou tudo sobre a gravidez e sobre sua decisão de fazer um aborto. Eu sei que você estava nessa clínica como diz. Só precisamos provar isso.


— Obrigada por acreditar. — Suspirei aliviada, afastando-me do abraço. — Como podemos provar isso?Aquela mulher nem me deixou ver o rosto dela, não tenho como identificá-la e duvido que confesse a verdade à polícia. Vai negar tudo pra livrar o próprio pescoço.


— Não pense negativo. Não vai ser fácil, eu concordo, mas vamos conseguir provar sua inocência. Meu advogado já acionou uma equipe de investigadores para estudar o caso. A verdade virá à tona antes do que imaginamos.


Fiquei emocionada com sua atitude.


— Nem sei como agradecer. — Falei.


Ele ficou me encarando em silêncio por um tempão.


— Vamos nos sentar. — Acomodou-se em uma das cadeiras da mesa pequena que havia ali, enquanto eu me sentava na outra. — Dulce, eu vou estar do seu lado nesse problema, vou dar tudo de mim para provar sua inocência, o que não vai ser fácil considerando que a pessoa por trás de toda essa armação pode ter o apoio do delgado, de modo que vamos ter que acusá-lo também.Mas em troca, eu quero que você vá embora comigo para os Estados Unidos. Vou vender minha parte nos negócios da minha família, isso me tornará um homem rico. Então recomeçamos do zero em outro país. Eu me caso com você, te dou uma vida boa e assumo seu filho, mesmo sabendo que não é meu e sim de Christopher.


Lentamente, eu digeria as suas palavras, constatando o quanto a vida era irônica. Quando deixei o Rio para viver em Montana, meu objetivo era conquistar exatamente o que ele me oferecia: um marido rico e uma vida estável.


No entanto agora, aquele era o preço pela minha liberdade, um preço que me parecia alto demais a pagar, considerando que eu precisaria sacrificar a felicidade de Larissa em nome da minha.


— E quanto a Larissa? Ela te ama.


Felipe se mostrou surpreso.


— O que ela te disse?


— Não disse nada. Eu vi vocês dois transando uma vez.


Ele ficou pálido.


— Larissa é só uma transa fácil. Nada mais. Não significa nada para mim. Você é a mulher que eu quero.


Eu sei que fui ingrata ao odiá-lo por dizer aquilo, um sentimento provindo da constatação do quanto os homens proferiam tais palavras com facilidade sobre uma mulher, depois de moverem meio mundo para levá-la para a cama.


Muitos já devem ter falado o mesmo ao meu respeito.


Falam de quase todas com quem têm relações. E foi pensando nisso, que decidi enganá-lo sem que minha consciência pesasse minimante. Diria-lhe que concordava com sua proposta de deixarmos o país juntos até que ele me tirasse da cadeia e na primeira oportunidade eu fugiria, iria embora de Montana, sozinha, claro. Afinal eu só tinha ele, se não aceitasse sua ajuda, nunca sairia da prisão.


— Nesse caso, eu concordo. Me tira daqui e serei sua mulher para o resto da vida. — Menti e o vi abrir um sorriso largo.


“Vou te ensinar a nunca mais tratar uma mulher como objeto descartável, como está tratando Larissa.”


De volta à cela, eu lutava para não cair em depressão, pesando o quanto as pessoas podiam ser cruéis para alcançar seus objetivos, tal como a pessoa por trás daquela armação estava sendo e no quanto a vida era injusta permitindo que essas pessoas se dessem bem. Se Felipe realmente conseguisse me tirar dali, eu nunca mais colocaria meus pés em Montana, voltaria para o Rio e, se necessário fosse, iria morar em uma favela onde nem a polícia teria coragem de subir para me apanhar.


Era quase meio-dia, eu estava ficando tonta de fome, me acabando de enjoos quando o guarda veio me chamar para receber outra visita. Achei que fosse o advogado contratado por Felipe, contudo, minha surpresa foi colossal quando o sujeito disse que era Christopher.


Certamente tinha vindo tirar satisfações pelo que acreditava que fiz com sua noiva. Ainda pensei em não ir vê-lo, entretanto, me recusei a desperdiçar aquela chance de olhar no rosto dele.


Entrei na pequena salinha semiescura com as pernas trêmulas, meu coração disparando no peito quando me deparei com o homem que, apesar de tudo, ainda amava demais. Como sempre, ele estava lindo, usando uma jaqueta de couro preta por sobre a camiseta de malha e calça jeans. Tinha o cabelo despenteado, a barba sem fazer e seu rosto lindo estava contorcido de angustia. Algo que duvidei que fosse por minha causa, cheguei inclusive e cogitar que sua noiva tivesse morrido no hospital e viera me acusar.


Depois que o guarda se foi, deixando-nos sozinhos, o silêncio reinou entre nós por um logo momento durante o qual não desviamos o olhar um do outro.


— Vou perguntar só uma vez, por favor seja sincera comigo. Você fez aquilo?


Seu tom de voz soou como uma acusação, o que me feriu profundamente. Eu já estava quase me acostumando a ser magoada por aquele homem.


— E de que me adianta dizer que não, se você nunca acredita em mim?


— Por favor Dulce, não brinque com uma coisa dessas.


— Não. Eu não atirei na sua doce noivinha. Era só isso?


— E quem atirou? Por que a arma do crime foi parar no seu carro?


— Eu não faço ideia. Só sei que estão armando para cima de mim.


Ele encarou-me em silêncio por um longo momento, como se me sondasse.


— Acredito em você. — Declarou.


Fiquei surpresa, visto que de todas as pessoas que eu conhecia, ele era a uma das que mais me julgava.


— É sério? — Indaguei.


— E por que não seria?


— Porque você é a pessoa que mais me julga nessa vida.


— Isso não é verdade.


— É sim. Você me fez sentir discriminada na última vez que nos vimos.


— Fiz isso porque estava magoado. E ainda estou. Eu queria te ferir assim como fui ferido por você. — deu um passo na minha direção, enquanto eu recuava outro. — E foi por isso que pedi Isabela em casamento, não apenas para te atingir, mas para me proteger de você, de ter outra recaída quando te encontrasse de novo. Eu ia me casar pra tentar te esquecer, mas não estava dando certo.


Suas palavras traziam um certo conforto à minha alma, todavia, quando se tratava dos sentimentos de Christopher em relação a mim, palavras não eram suficientes, pois ele já dissera que amava antes, na noite em que dormimos juntos depois da corrida de racha e ainda assim me rejeitou ao amanhecer, para logo depois pedir Isabela em casamento.


Portanto, eu me recusava a dar ouvidos à esperança de que ficaríamos juntos algum dia.


— Ia? Como assim? Ela morreu?


— Não. Está se recuperando bem. Foi atingida no ombro.


— Ela não viu quem atirou?


— Não. O atirador estava escondido no pasto. Colocou pregos na estrada para furar os pneus do carro dela e fazê-la parar.


Tentei pensar sobre suas palavras, mas eu só conseguia sentir, e sentia a paixão visceral queimando em minhas entranhas. Eu olhava para ele e o amava ainda mais, sem compreender o porquê, afinal deixou claro, em nosso último encontro, o quanto não me merecia.


— Se quer me esquecer, o que está fazendo aqui?


— Por que você não me falou que está grávida?


Puta merda! Então era isto. Ele não estava ali por minha causa, era pela criança. Talvez sua consciência tenha pesado e agia exatamente da forma como eu não queria, se aproximando de mim por obrigação. Eu não o queria assim.


— Porque não é da sua conta. Esse filho não é seu. É do namorado que eu tinha no Rio. Sei disso porque já estou de oito semanas. Não tem como ser seu. — Menti, decida a não obrigá-lo a se prender a mim por causa da gravidez.


Ele ficou pálido.


— Você já sabia que estava grávida quando ficamos juntos e por isso mentiu dizendo que tomava anticoncepcional?


Esse era o Christopher que eu conhecia: aquele que me julgava sempre que tinha oportunidade. Senti vontade de mentir, dizendo-lhe que suas suposições eram verdadeiras, apenas para magoá-lo de volta, contudo, me recusava a embarcar nesse joguinho infantil de bate e volta.


— Não, eu não sabia. E realmente tomo anticoncepcional, desde que iniciei minha vida sexual.Engravidei porque me esquecia de tomar a pílula todos os dias. Foi um descuido bobo. Se era só isso, já pode ir embora.


— Você vai procurar o pai da criança?


Puta merda! Me julgando de novo, desta vez insinuando que eu pretendia esconder a gravidez do pai da criança.


— Eu não sei. Mas isso também não é da sua conta. Se era só isso, pode ir embora.


— Não é só isso. Mesmo que esse filho não seja meu, não vou te abandonar nesse momento. Quero te ajudar a sair daqui. Pessoas poderosas podem estar armando contra você. Não terá chance de escapar se estiver sozinha.


— E quem te disse que estou sozinha? Felipe vai me ajudar. Já contratou um advogado e acionou uma equipe de investigação. Quando conseguir me tirar daqui, nós dois vamos embora para os Estados Unidos.


Vi seus punhos cerrarem, seu maxilar enrijecendo, uma veia pulsando mais forte em seu pescoço.


— E você ainda tem a cara de pau de me dizer que não tem nada com esse sujeito.


— Acontece que não tenho mesmo. O que não significa que não possamos ter.


Seus olhos verdes se estreitaram sobre os meus, enquanto ele tornava se aproximar um passo, para que eu recuasse de novo.


— E nem passou pela sua cabeça que pode ter sido ele a armar isso tudo para você e te convencer a ir embora com ele em troca da sua liberdade? Pensa bem Dulce, por que Felipe te daria um carro se não tinha nada com você? Quem mais saberia que você estaria num lugar tão improvável exatamente naquela hora?


A princípio sua acusação me pareceu altamente descabida, porém, à medida que eu ponderava as possibilidades, o que ele dizia parecia fazer todo sentido.


Quase pude projetar em minha mente o momento em que Larissa contou a Felipe sobre a gravidez e sobre o fato de eu estar indo à clínica de aborto naquela tarde. Se havia uma pessoa próxima de mim o suficiente para estar informada sobre cada um dos meus passos, a ponto de prever cada um deles e então armar aquilo tudo tão minuciosamente, esse alguém era Felipe. Sua proposta de me ter ao seu lado, em troca da minha liberdade, provava que não era tão bonzinho assim, se realmente fosse, me tiraria da cadeia sem pedir nada em troca.


Por outro lado, eu me recusava a acreditar que alguém que me ajudara tanto, que sempre se mostrara tão bom, gentil e prestativo, como Felipe, podia ser tão perverso.


Preferia acreditar que foi Valentina, afinal, ao me contratar para seduzir Christopher, ela deixara claro que era capaz de qualquer coisa por ele.


— E quanto à Valentina? — Indaguei. — Não passou pela sua cabeça que pode ter sido ela?


Ele permaneceu  em silêncio por um instante, para em seguida percorrer os dedos pelo cabelo, demonstrando nervosismo.


— Pensei nisso também. Se for qualquer um desses dois, você não vai ter a mínima chance de sair daqui. Eu os conheço desde que nasci, são igualmente ricos, poderosos e não medem esforços para conseguirem o que querem e o delegado, assim como todas as autoridades de Montana, abaixam a cabeça para eles, por dinheiro e prestígio. Você é pobre, é de fora, infelizmente adquiriu uma péssima reputação na cidade. É um alvo fácil no meio desse complô. Se eles cismarem, te acusam de outro crime antes que você saia daqui para garantir sua permanência na cadeia.


Processei suas palavras e um calafrio desceu pela minha espinha. Mesmo antes de Christopher me dizer tudo aquilo, eu já tinha constatado que as coisas realmente eram assim, eu não tinha chance alguma de defesa naquela armação, sendo Felipe ou Valentina a encabeçá-la.


— E o que você espera que eu faça? — Cruzei meus braços diante do corpo, subitamente com frio, meu corpo todo trêmulo.


— Eu não sei. Mas vou dar um jeito de te tirar daqui.


— Como? Se você me arranjar um advogado, vai atiçar ainda mais o ódio de quem está fazendo isso comigo, seja essa pessoa Valentina ou Felipe, o que só pioraria a minha situação.


— Advogado não adianta nada nessa situação se o delegado estiver a mando de quem armou isso tudo. Vou dar outro jeito. Fica preparada.



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Autor(a): Lene Jauregui

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 66



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  • anne_mx Postado em 20/09/2020 - 00:39:59

    Não sei se eu tô de TPM ou se é realmente emocionante mas eu chorei, que fanfic linda e que incrível eles superando tantas coisas em nome do amor <3

  • siguevondy Postado em 03/05/2020 - 16:11:08

    Simplesmente amei <3

  • Dulcete_015 Postado em 01/05/2020 - 21:25:39

    Eu ameii,q bom q Dulce perdoou a familia

  • jeffery Postado em 01/05/2020 - 20:36:32

    Meu deus ta acabando, poxa vida

  • Dulcete_015 Postado em 01/05/2020 - 19:23:14

    Continuaaa

  • lariiidevonne Postado em 30/04/2020 - 22:34:32

    Contínua

    • Lene Jauregui Postado em 01/05/2020 - 17:26:08

      Continuei meu anjo'h.

  • Dulcete_015 Postado em 30/04/2020 - 16:20:29

    Continuaa,finalmente os dois voltaram Poxa q triste q já está no fim

    • Lene Jauregui Postado em 01/05/2020 - 17:27:15

      Poisé meu Anjo'h, finalmente nosso casal estão juntinhos de novo. E sim, é uma pena que a web já esteja acabando.

  • jeffery Postado em 30/04/2020 - 15:46:11

    Socorro continua

    • Lene Jauregui Postado em 01/05/2020 - 17:27:36

      Continuando amoré.

  • jeffery Postado em 29/04/2020 - 22:52:18

    Neu deu Socorro continua

    • Lene Jauregui Postado em 30/04/2020 - 12:24:14

      Atualizado meu Anjo'h.

  • lariiidevonne Postado em 29/04/2020 - 22:09:53

    Meu Deus! Tadinha da Dul... Continua

    • Lene Jauregui Postado em 30/04/2020 - 12:24:53

      Tadinha msm amoré. Capítulo atualizado, espero que goste


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